A Era dos Tronos escrita por Andrew Ferris


Capítulo 1
Aos dragões, o ferro!


Notas iniciais do capítulo

Mais uma história se inicia! Espero que curtam!!!



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— Iarcleryn voa como ninguém, não acha majestade? – Pergunta Hargot se aproximando de Daenerys convicto.

— Voa sim – Afirma a jovem sem emoção. Ela observa Iarcleryn duvidosa, havia algo de errado – Não me lembrava dele ser tão pequeno.

— Iarcleryn é assim desde que o tirou da Brasa Ascendente – Daenerys confirma com a cabeça, mas a dúvida permanece abatendo seu coração e Hargot percebe o comportamento rainha – Talvez vossa majestade precise dormir um pouco. Política está afetando sua memória, além da falta de sono – Daenerys concorda com um meneio e, jogando uma mecha de cabelo para trás, se une a dois soldados para retornar à cidade. Assim que chegam na cidade, Daenerys percebe três corpos em chamas atados a longos troncos de madeira, e abaixo deles se erguia uma pira de palha e carvão.

— Quem são aqueles? – O soldado a observa intrigado.

— Traidores. Vossa majestade nos pediu para deixar seus corpos queimando na frente de todos.

— Me lembro bem do que disse, mas tirem esses corpos assim que o sol se por. Não quero que vejam isso por mais tempo do que o necessário.

— Sim majestade – Daenerys continua caminhando na companhia dos soldados até chegarem num muro alto, repleto de bolor nas partes baixas e dúzias de sal nas poças. Ali, onze homens estão enfileirados com correntes em seus punhos e calcanhares, sendo chutados e zombados por homens corpulentos sem clemência, mas Daenerys mantém seu olhar fixo em um desses homens, baixo, um anão, com vestes cinzas e algumas meras joias que lhe são arrancadas antes de receber um rasteira e cair de cara em uma poça, sujando o rosto com sal e lama.

— O que pensam que estão fazendo? – Questiona Daenerys intrigada num salto repentino de preocupação.

— São traidores e falsos amigos da coroa, majestade – Explica um gordo bigodudo mantendo o olhar nas joias sem brilho do anão.

— Levante-se – Vocifera Daenerys para o anão, que tem dificuldades para se levantar, mas ao fazê-lo evita olhar diretamente para a rainha. Pelo contrário, usa suas mãos para retirar o excesso de lama do rosto, embora o sal estivesse cobrindo grande parte de sua barba – Que faz aqui?

— Sou o que ele disse, não sou? – Questiona o anão ainda com a cabeça baixa.

— Olhe nos olhos da rainha, começo de aborto – O soldado segura o anão pelos fios castanhos e o obriga a levantar a cabeça, então ele o faz, enquanto Daenerys o encara com repugnância.

— Quem ele é?

— Um Lannister, majestade.

— Não quero ver Lannister nunca mais. Coloquem-no na torre mais distante de meus aposentos, e certifiquem-se de que seja apropriada para ele – Assim, Daenerys se afasta enquanto o Lannister anão a encara com os olhos repletos de lágrimas, embora ele se segurasse para não deixar que suas emoções transparecessem.

— Majestade – Declara Varys se aproximando da rainha.

— Estamos prontos para prosseguir?

— Não acredito que seja um momento propício para prosseguirmos, majestade. Kings Landing está há uma longa distância daqui, temos tempo de sobra para nos prepararmos.

— Só espero que estejamos prontos para eles antes que eles estejam prontos para nós.

— Claro, majestade. Estaremos – Assim, Daenerys é deixada para seguir aos seus aposentos, e quando chega lá, se tranca e passa as mãos pelas leves cortinas que cobriam sua nova cama. A mobília excedente em todos os lados, além do excessivo uso de ouro e prata em tudo o que havia.

— O que está acontecendo comigo? – Ela olha fixamente para o chão, se abraçando em consolo. Nunca em sua vida havia se sentido tão perdida. Uma lágrima escorre de seus olhos, e Daenerys abaixa a cabeça para se derramar em pranto quando uma cortina voa de uma das janelas e começa a se mexer depressa pelo chão. Ela se levanta assustada e saca uma adaga quando a cortina se rasga de dentro para fora e ela finalmente descobre ser Iarcleryn – Era você, meu bebê? Os outros não fizeram nada com você, fizeram? – Daenerys pega o pequeno no colo e percebe uma série de arranhões pela extensão do seu corpo e de suas três cabeças – Depois eu converso com seus irmãos, está bem? Pode ir agora, a mamãe quer ficar sozinha por um tempo – No entanto, ao deixa-lo no chão e seguir para sua cama, o filhote a segue, e o mesmo acontece quando ela se senta na cama, Iarcleryn sobe abrindo leves rombos nos lençóis – Iarcleryn! Eu disse que preciso ficar sozinha – Ele desce da cama, então Daenerys olha outra vez para o excesso de brilho em sua mobília, o que faz Iarcleryn voar até um móvel e abrir uma de suas bocas – Iarcleryn, não! EU disse não! – Mas o dragão ignora e assopra no ouro, que no exato momento que parecia estar derretendo simplesmente muda de cor e de textura – O que você fez? – Pergunta Daenerys se aproximando do armário e observando suas novas características – Isso não é ouro, parece ferro – Iarcleryn sobe em seu ombro, onde ela vê as cabeças com mais atenção e repara que havia uma verde, uma branca e uma preta com detalhes vermelhos e laranjas – Cada uma faz algo diferente com seu sopro – Ela se senta e coloca Iarcleryn no colo – Você não é como seus irmãos! Você é muito diferente. Agora entendi a razão do seu nome. Falta saber por que você existe!


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Notas finais do capítulo

O que aconteceu com o reinado de Daenerys? Por que ela odeia Tyrion sem mais nem menos? O que Iarcleryn tem a ver com tudo isso?



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