Uma nova versão de: Quem é você, Alasca? escrita por eduarda balhego
— Não vá fazer nenhuma bobagem – disse o meu pai
— está bem.
— Nada de drogas. Nem bebidas. Nem cigarros.
Quando ele estudou na Culver Creek, fez coisas das quais eu só tinha ouvido falar: as festas escondidas, as corridas sem roupa pelas plantações, drogas, bebidas e cigarros, ele levou um bom tempo para parar de fumar.
Eles me abraçaram de novo, depois vi o carro deles sair pela rua sinuosa do campus, talvez eu devesse ter ficado triste e sensibilizado, mas naquele momento só pensava em tomar um ar. Por todos os lados garotos e garotas se abraçavam, sorriam e caminhavam juntos. Eu tinha a vaga esperança de que alguém viesse falar comigo. Até imaginei como seria a conversa.
Pensei no grande talvez e nas coisas que poderiam acontecer e nas pessoas que eu poderia conhecer e em quem seria meu colega de quarto (eu tinha recebido uma carta algumas semanas antes informando o nome dele, Chip Martin, e mais nada).
Fui tomar banho, quando saí do banheiro, a toalha enrolada na cintura, vi um cara baixinho e forte com uma gigantesca sacola militar para dentro do quarto.
Ótimo, pensei, estou prestes a conhecer o meu colega de quarto e estou pelado, ele puxou a bolsa, fechou a porta e veio em minha direção.
— Sou Chip Martin, anunciou com uma voz grossa de locutor de rádio, e, antes que eu pudesse responder, acrescentou: - Eu apertaria a sua mão, mas acho melhor você se concentrar em segurar essa toalha até vestir alguma roupa.
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