Aprendendo a Lutar escrita por TinaS
Notas iniciais do capítulo
Gente minha primeira original eu quero muito a opinião de vocês e espero que gostem!
Super nervosa
Let's Go ^^
Dor...
Uma palavra aparentemente pequena, mas com um grande significado. Pessoas tendem a sentir dor por diversas razões e elas podem ser divididas como dores físicas ou emocionais. E pra quê falar sobre a tão famosa Dor? Lia já havia atravessado o grande portão de sua casa ou mansão como preferirem chamar. Era enorme, tinham 3 andares e logo que abriu a porta já deu de cara com as escadas. Estava encharcada, a chuva não dava trégua e Lia nem se incomodou nada mais parecia importar era assim todos os dias. As constantes agressões no colégio ou como a rainha gostava de chamar "Punições". A garota deu uma risada sarcástica parecia ter ouvido a voz da garota que se julgava a dona da escola.
—Filha – Lia foi despertada de seu devaneio quando ouviu a voz de seu pai a chamar num tom preocupado - está ensopada por que não chamou o motorista?
—Desculpe – a garota se limitou a dizer não se importando muito com seu estado.
—Não se desculpe – o senhor Smith disse segurando em seus braços - só não quero que fique doente – ele disse e gesticulou para os empregados prepararem um banho quente para sua filha.
A garota não disse mais nada, sua cabeça estava a mil. Pensava demais e esse acabava sendo o seu mal. Subiu degrau por degrau sentindo o peso de seus passos e finalmente chegou ao seu enorme quanto, tinha de tudo uma cama enorme, closet, banheiro, televisão, e enormes janelas sendo uma varanda, e finalmente seu cantinho mais perfeito do quarto o cantinho dos estudos e várias estantes repletas de livros. Como amava aquilo, sua inteligência era sua arma mais poderosa e ela não duvidava disso e sabia que um dia iria ter a chance de usá-la. Jogou sua mochila no chão e entrou no banheiro, tirou suas roupas peça por peça e por um momento se permitiu olhar no espelho. Cabelos ruivos ondulados que iam até o fim de suas costas, pele extremamente branca, olhos azuis e com um corpo cheio de curvas era perfeito se for comparar com os padrões sociais. Suspirou, gostava do que via a não ser pelos hematomas em seu corpo. Entrou na banheira e sentindo o contato de seu corpo com a água relaxou. Amanhã seria mais um dia que iria para a escola e provavelmente seria punida de novo sem razão aparente. Fechou os olhos e aproveitou cada segundo de paz que sua casa lhe proporcionara.
"Senhorita Lia o jantar está servido" Lia ouviu a voz e despertou, estava a uns 40 min naquele banheiro e finalmente saiu. Se enxugou e procurou uma roupa confortável em seu closet e optou por uma calça moletom e uma blusa larga, deixou os cabelos soltos já que estavam molhados e finalmente desceu rumo a sala de jantar.
—Seu irmão não virá - o senhor Smith disse desviando sua atenção que estava no prato para a filha.
—Ele está na farra não é? - a garota disse e sorriu abertamente já se sentia melhor depois dos episódios diários.
O jantar se passou calmo e divertido, Lia e seu pai eram muito conectados e sempre que podiam conversavam, apesar dele ser um homem muito ocupado com sua empresa que estava no auge ele sempre colocava a família em primeiro lugar. O senhor Smith se recolheu cedo e beijou a testa da filha e foi rumo ao seu quarto. Enquanto isso a ruiva optou por colocar seus óculos e continuar a sua leitura, se jogou no sofá.
O tempo estava passando razoavelmente rápido e a chuva resolvera dar uma trégua. Lia ouviu um barulho na porta e desviou sua atenção do livro para ela.
—Você é linda – um garoto ruivo adentrou a mansão aos beijos com uma garota morena. Eles estavam bem "alegres".
—Huhum – Lia praguejou e voltou a olhar para o livro, assustou os dois jovens a sua frente que se soltaram rapidamente.
—Maninha – ele disse e a encarou - vá pro meu quarto subo em 1 minuto – sussurrou para a garota ao seu lado.
—Zac – a ruiva respondeu e largou o livro vendo a acompanhante de seu irmão subir as escadas com pressa.
-Pensei que já estaria dormindo – ele disse se sentando ao lado da irmã mais nova e a puxando para um abraço apertado.
—Só queria te dar boa noite – ela disse e retribuiu o abraço - mal nos vemos aqui em casa.
—Desculpe – ele disse e encarou os próprios pés se sentindo culpado - é a faculdade e – ele coçou a cabeça - garotas – ele deu uma risada.
—Boa noite – Lia resolveu fugir antes do assunto "sentimentos" vir a tona.
Subiu as escadas e encarou o quarto do irmão rindo, ele não queria compromisso com ninguém. Se arrumou e finalmente deitou, amanhã seria um dia cheio e como todos os dias seria horrível ir ao colégio.
—x-
—Como assim? - Juliana melhor amiga de Lia dizia em meio a risadas.
—Peguei eles se agarrando acredita? - a ruiva lembrou do episódio anterior em sua casa e tomou um gole de seu café.
As duas estavam no refeitório da escola que estava um tanto vazio já que ainda faltavam 45 minutos para a aula. Juliana e Lia eram confidentes e grandes amigas. Enquanto Lia era ruiva de olhos azuis e a altura na medida certa, já Ju era baixinha de cabelos longos e pretos e olhos castanhos. Uma entendia a outra já que passavam pela mesma coisa na escola.
—Bom dia – elas ouviram a voz conhecida, era Enzo o melhor amigo de Lia desde que eram crianças. Alto moreno e cobiçado pelas garotas, mas ele tinha uma em especial. Era jogador de futebol.
—Bom dia – Ju disse se arrumando na cadeira e dando seu melhor sorriso e encarou Lia que parecia ignorar o garoto.
—O que foi? - ele disse chegando perto da amiga.
—Quer que eu ganhe uma punição? - Lia arqueou uma sobrancelha e riu de canto.
—Desculpe – ele disse e viu o roxo no pulso da amiga, Enzo cerrou os dentes não conseguia defendê-la.
—Até parece – Lia socou o braço do amigo que gemeu de dor – vamos pra sala – ela disse se levantando acompanhada de Ju.
—Por que? - Enzo perguntou massageando o braço que a pouco fora socado.
—Prova lembra? - Ju disse docemente e La fez cara de indignação.
—Meu Deus – Enzo saiu correndo do refeitório.
—Lá vamos nós - Lia revirou os olhos e pegou sua mochila e elas andaram em direção a sala de aula.
—x-
A prova havia terminado, Lia estava contente e crente de que seu resultado seria muito positivo. Além do mais em termos de nota ela era a número um na sua escola e graças ao seu alto padrão e o jeito como levara a sério os estudos nunca era ameaçada a passar cola aos valentões já que ela era tão boa no que fazia o diretor desconfiar se alguém se igualasse a ela. Ainda mais se fosse um jogador de futebol ou líder de torcida. "Falso". Lia sabia que o diretor deixava a Rainha e o Rei da escola fazerem o que queriam por causa de dinheiro. Os pais de Renata a Rainha da escola e de Yan o Rei eram os maiores mantenedores do colégio e isso dava carta branca aos seus filhos. Lia andou até o seu armário e colocou a combinação trocou os livros e pegou sua versão de bolso para ler enquanto esperava o próximo tempo.
—Ora ora ora – Lia suspirou ao ouvir a voz de Renata a Rainha da escola – pensei que havia sido clara ontem.
—Eu recebi a punição - Lia disse e a olhou nos olhos. Renata tinha cabelo bem curto e preto assim como os olhos ela estava usando o uniforme das líderes de torcida e era a capitã.
—E cadê as lentes? - Renata encarou a ruiva com fúria - eu não quero mais ver esses olhos azuis em você! - Lia arregalou os olhos "que garota maluca"— esqueci que você é pobre.
—Sinto muito a genética ter sido boa comigo – Lia disse com um pouco de ironia que não passou despercebida pela rainha.
—Vou te dar um número 3 hoje – Renata sorriu vitoriosa e se virou – aguarde a qualquer momento.
"Droga", Lia sabia que devia ficar calada, mas implicar com a cor dos seus olhos só podia ser sacanagem. Sim haviam 5 punições e a cada nível ia aumentando. 1 – Socos 2 – Socos e chutes 3 – Socos, chutes e Roupa rasgada 4 – Socos, chutes, roupas rasgadas e material danificado 5 – NUNCA NINGUÉM RECEBEU. Sim a número 5 devia ser a pior mas ninguém recebeu.
As aulas passaram lentamente, nada de novo apenas o de sempre. Enzo estava no treino de futebol e no gramado e as líderes de torcida estavam treinando também. O moreno só estava se alongando e olhou em direção as lideres de torcida e a viu. Noemi, loira de olhos azul mar e sorriso encantador. A garota que sempre fora dona de seus pensamentos. Queria tanto que tivessem outra chance mas parecia impossível.
Lia andou até a saída do colégio e o caminho era longo até a saída e tinha que passar pelo jardim da escola já que estava na biblioteca. Estava anoitecendo já, sabia que tinha exagerado nos estudos dessa vez.
—Você recebeu um número 3 – Lia estremeceu ao ouvir a voz de um garoto que parecia amar lhe aplicar as punições.
—Camilo – ela disse se virando e ele estava acompanhado de um garoto.
—Vamos começar - Camilo era forte e moreno, o capacho de Renata.
Lia tentou correr mas ele a segurou pela cintura e jogou suas coisas no chão e o outro garoto só assistia. Camilo a jogou contra o muro e a segurou forte pelo braço. Lia fechou os olhos e esperou a dor que tanto já estava acostumada.
—PAREM! - ela se assustou com a voz firme que ao mesmo tempo a trouxe alívio.
—Mas Yan são ordens da Renata – Camilo disse sem soltar Lia.
—Eu já mandei parar e soltar ela – O Rei da escola disse, alto de olhos azuis e cabelo marrom e uma barba bem feita intitulado o mais sexy do colégio todas as meninas queriam ser namoradas do Capitão do Time de Futebol.
Camilo e o outro garoto saíram dali e Yan se aproximou da ruiva que estava segurando o braço e com o rosto coberto pelo cabelo, parou a sua frente e estendeu a mão.
—Eu ajudo – ele disse e arregalou os olhos quando ela bateu em sua mão recusando a ajuda e o olhando nos olhos com fúria e lágrimas misturadas.
Ele em pé e ela sentada no chão, os dois se encarando olho no olho.
—Por que fez isso? - a ruiva estava com raiva – eu não pedi sua ajuda!
—Eu estava ajudando – ele disse surpreso pela reação dela.
—Eu não pedi por ajuda! - ela se levantou para encara-lo melhor – sabe de uma coisa Yan eu sei que é um valentão também! E se não pode defender a todos não me defenda porque eu sou exatamente igual a todos os outros que são agredidos aqui todos os dias! - ela estava furiosa e Yan escutava cada palavra com atenção - eu não tenho nada de especial para ser privilegiada – a ruiva pegou sua bolsa e saiu dali com pressa.
—Lia espera! - Yan gritou e foi ignorado, não pode evitar o sorriso que se formou em seus lábios - Lia...
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o que acharam em?
Me digam alguma coisa ta legal?
Eu irei postando de acordo como o retorno de vocês, se houver comentários ta bem?
Comentários ajudam demais viu?
Bjos
TinaS