E Agora Mockingjay? escrita por Leticiaeverllark


Capítulo 64
Capítulo 64




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POV KATNISS

Saio de la e subo pro quarto, bato a porta me trancando no banheiro.

Por que ele quer mais filhos? Não esta dificil com a Hope o suficiente?

Passo horas la.
Pelo jeito, essa é a única coisa que o mantem em casa ultimamente!

Vejo que ela deve estar querendo mamar e desço as escadas, Peeta esta sentado no chão e ela brincando com um urso.

Vou ate la e a pego nos braços, Peeta me olha mas não diz nada.
Resolvo subir, sento na poltrona em seu quarto e amamento minha filha.

Depois dou um banho nela e em pouco tempo dorme tranquilamente.

Vejo que esta tarde e como alguma coisa leve, uma maçã e nada mais passa pela minha garganta.

Troco de roupa e deito na cama, essa noite sera uma das mais difíceis que estou enfrentando.

Tenho pesadelos e parece que Hope tambem não esta dormindo muito bem pois acordo 4 vezes com seu choro, vejo se é fome ou alguma frauda cheia, mas no final percebo que é cólica.

Sento quase deitando na poltrona e a coloco deitada em meu peito de barriga pra baixo, levanto a blusa de Peeta que uso pra dormir e preciono minha pele contra a dela.
Parece que isso ajudou a aliviar pois fica soltando baixos resmungos, pelo jeito terei que dormir aqui.

Passo meus braços envolta de seu corpo e fecho meus olhos suspirando de cansaço, se com os pesadelos não dormir nada, com Hope meu sono esta acabado.

Fico trocando meu passarinho de posição pelo resto da noite e quando amanhece tiro um breve cochilo, quando acordo vejo que Peeta esta no batente da porta de braços cruzados nos observando.

Viro minha cabeça pro lado oposto do dele e tento voltar a dormir mas ele a tira de mim, Hope começa a chorar.

—O que ela tem?- pergunta a colocando de volta entre meus braços, a aconchego e não olho pra ele.

—Cólica!- digo ouvindo-a suspirar e sua mão agarrar a blusa que esta levantada ate a altura de meus seios, Peeta fica nos olhando e isso me deixa brava.

—Que horas o trem sai?

—As 9!- digo somente isso, ele confirma passando os dedos pelos cabelos dela.

—Ja são 7 horas!- diz e concordo nao dando muito moral, Peeta percebe isso e sai do quarto.

Fico mais um tempo ate perceber que a dor deve ter passado, levanto sentindo minhas costas doerem como o inferno.
Meus braços protestam na hora de segura-la e minhas pernas bambeiam por estar na mesma posição a muito tempo.

Ela resmunga e suspiro, o que posso dar pra melhorar?
Resolvo ir dar uma olhada no livro de ervas e depois de procurar acabo encontrando uma receita, meu pai diz que minha mãe usava muito comigo.

Desço pra cozinha e encontro Peeta preparando o café, o ignoro e reviro os armarios com Hope resmungando quando a mudo de braço.

Acho folhas de louro e coloco pra ferver na água, subo as escadas novamente e pego uma mamadeira dela.
Fico esperando ate a agua ferver, retiro as folhas e espero esfriar, coloco na mamadeira e dou pra ela tomar.

Depois de sugar umas 4 vezes, cospe não gostando do gosto.

Sento na cadeira dando seu cafe da manhã, para tirar esse gosto ruim.

—Você tem que ficar boa, querida! Mais uma noite dessas e mamãe não aguenta.- digo dando um cheiro em seu pescoço, ela sorri, mas muda seus olhos de direção encontrando seu pai.

Ele sorri e nossa filha levanta os braços querendo o colo dele, a passo pra ele e subo pra tomar um banho.

Relaxo meus músculos e sinto a sono chegar, mas não posso dormir ou perderemos o trem. Pego nossas coisas e arrumos as de Hope rapidamente, Peeta sobe com ela nos braços e toma seu banho.

Dou o de Hope e coloco um lindo vestido nela, prendo uma presilha pequena e delicada em uma mecha de seu cabelo e suspiro quando ela começa a querer chorar de novo.

Pego seu mordedor e meu passarinho o agarra levanto ate a boca, desço com a minha bolsa e a dela.

Peeta chega com as outras coisas dela, tomamos cafe e um carro vem nos pegar e levar pra estacao.

Compramos nossas passagens, vemos que Haymitch e Effie tambem estao embarcando, nao estou afim de conversar e sigo pro quarto com Hope.

Ela parece estar com sono e agradeço pois preciso dormir urgentemente, Peeta aparece depois de um tempo e vejo que temos um problema.

Ele terá que dormir no mesmo quarto e na mesma cama que eu.
Percebo que ele não vai pedir pra trocar de quarto e eu tambem não, de forma que coloco Hope em seu berço portatil que Peeta montou.

Pego um cobertor e deito na sofá ao lado da onde arrastei o berço, Peeta me olha antes de entrar no banheiro.

Fecho meus olhos sentindo o cansaço e o desconforto ficarem brigando pra ver quem ganha, no final o cansaço me leva.

Novamente não consigo e acordo levanto um susto, Peeta passa seus braços por mim e levanta meu corpo.

Tento sair, mas ele me prende, olho pro seu rosto sem entender. Vejo que seus olhos estão vermelhos.

—Me solta!

—Não diz nada...- sua voz denuncia que andou chorando, fico quieta quando meu corpo é colocado na cama.

Peeta arrasta o berço de Hope ate meu lado e deita, viro de costas pra ele, ouvindo um suspiro de sua parte.

Agora mais do que nunca sinto falta de seu corpo, seus braços ao meu redor e sua boca na minha.

Quantos dias Peeta não me beija?
Ou simplesmente abraça?

Sinto falta do seu afeto, acostumei com seus beijos de manhã e seus braços a minha volta quando durmo.

Não consigo dormir muito pois Hope começa a chorar.

O que minha filha tem?
Sera que sua colica nao passou?
Nao aguento ve-la com dor ou sofrendo!

—Querida...Ajuda a mamãe...- levanto e a pego em seu berço, verifico o que possa ser e acho o problema.
Sua frauda esta suja.

Troco rapidamente e espero ela dormir, o que não acontece tão rápido.
A seguro e ando pelo quarto bem devagar para não acordar o Peeta, paro ao lado da janela e puxo a cortina vendo que ainda esta longe de amanhecer.

Apoio minha cabeça no vidro e fecho os olhos, ela resmunga e pega uma mecha do meu cabelo.

—Hope, mamãe esta acabada! Você precisa dormir um pouco, querida!- ela me olha com seus olhos grandes e azuis, suspiro baixo e volto a andar pelo quarto.

Do nada ela começa a chorar alto, tento fazer de tudo mais nada dela parar.
Peeta acorda e percebe meu estado, meus olhos começam a marejar e ele vem me ajudar.

—O que houve?- pergunta vindo ate mim, nego com a cabeça tentando muda-la de posicao.

—Eu não sei...Não sei o que fazer!- digo começando a chorar, ele aperta os labios e a pega de meus braços.

O alivio é imediato, Hope esta pesada e faz com que meus braços virem gelatinas por carrega-la tanto tempo.

—Shiii, calma, querida...Não precisa disso tudo!- diz, so a voz dele a acalma, encosto meu corpo na parede e fico ouvindo seu choro acabar.

Peeta fica alguns minutos com ela andando pelo quarto, percebo que seu corpo esta mole e seus olhos fechados. Ele a coloca no berço e cobre com sua manta.

Levanto secando meu rosto, não vou conseguir dormir, saio do quarto e sigo ate o vagão sala.

Sento em um sofa me encolhendo sentindo o frio que esta fazendo, percebo que Peeta chega e desvio de seu olhar.

—Podemos conversar?

—Não é uma boa hora!- levantando tentando sair daqui, mas ele segura meu braço impedindo.

—Ate quando vamos ficar assim, Katniss? Evitando um ao outro...

—Voce começou isso!- digo puxando meu braço do seu aperto, ele suspira e passa a mão no cabelo.

—Me importo com você!

—Importa? Ah é mesmo?

—Você sabe que sim, Katniss!

—Você quer uma coisa que não posso te dar! -digo tentando sair, ele me para novamente.

—Da pra você conversar civilizadamente?

—Você é um egoista!- digo alto explodindo minha paciência junto com a raiva.

—Eu?- ele arqueia as sobrancelhas.

—Não quer entender o meu lado! Quer mais filhos? Otimo, ande pelo Distrito e encontre qualquer uma que caia aos seus pés! Qualquer que não tenha medos, traumas ou seja problematica a ponto de querer te matar!- grito sentindo as lágrimas a ponto de cairem, ele me olha assustado.

—Olha o que você esta dizendo!

—São verdades, Mellark! Não aguento pensar na possibilidade de ter outro filho e ele poder morrer! Eu perdi gente demais...Não vou suportar mais isso!- digo agora sentindo o molhado das lágrimas descerem bem devagar.

Olho pro seu rosto e suas lágrimas caem, sinto como se a cada uma que descesse por seu rosto fosse um corte feito em mim.

—Desculpe!- digo e saio correndo de la...

 


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