E Agora Mockingjay? escrita por Leticiaeverllark


Capítulo 56
Capítulo 56




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POV KATNISS

Paramos no Distrito 7 para pegarmos Johanna, é quase hora do almoço quando ela embarca.

Percebo que mais gente está na sala, Prim e minha mãe, Haymitch e Effie. Johanna acena cumprimentando todos e pra me irritar, ela cisma em agarrar o Peeta.

—Como vai, padeiro? Está ficando mais forte!- reviro os olhos a encarado de forma nada boa, ela puxa os lábios sorrindo de deboche quando passa por mim.

—E você, Katniss? Esta mais gordinha...

—E você bem pior do que o costume!- resmungo e Peeta me cutuca, ele é o gentil. Eu não.

—Que seja, então quer dizer que tem gente nova no pedaço? Estava louca pra usar meu machado novamente! - diz com os olhos brilhando, pego a mão de Peeta ao me lembrar do perigo.

—Nada de violência, Johanna!- Haymitch diz, ela suspira se esparramando no sofá.

—Qual é? Todos nos sabemos que sempre tem morte! Ate parece que vamos todos sentar pra tomar chá e resolver esses assuntos. Ah, por favor...

—Johanna, somos os alvos principais deles! Caso não tenha percebido!

Ela me encara e concorda com a cabeça apertando os lábios, quer lutar de qualquer forma.

—E você vai ficar aí fazendo nada enquanto um bando de imbecis, metem o terror sobre sua filha?

Irritação. É o mínimo que sinto.

Ja estava pelo simples fato dela agarrar ao Peeta, agora estou por suas palavras.

—Acha que não quero fazer algo? Que estou virando as costas pra essa droga toda?

—É exatamente isso!

—Se eu pudesse enfiar uma flecha na cabeça de cada um que pense em ferir Peeta ou Hope, eu faria!- digo levantando, ela sorri e levanta também.

—Então por que não faz?

—Por que não posso simplesmente agir por um impulso e deixar Peeta cuidando dela sozinho. Na última vez que agi assim, Peeta quase morreu por culpa de Snow!- digo sentindo as lágrimas darem sinal de vida.

Ela fica em silêncio como todos na sala, respiro fundo me controlando.
Sempre que fico muito nervosa, as crises vem mais fácil.

Sinto os dedos de Peeta pegarem em meu pulso, mas ainda encaro Johanna que não mostra nenhuma reação.

Libero meu braços e saio andando pelos vagões ate chegar em nosso quarto, fecho a porta sentando ao lado do berço de Hope, que esta dormindo.

Será que o medo de perdê-los está me prendendo e deixando inofenciva?

Batidas na porta me assustam, sei quem é pelo jeito de andar.
Deixo minha cabeça apoiada na grade e sinto suas mãos em minha cintura, Peeta rodeia meu corpo.

—Você sabe que não tem porque se sentir assim.- subo minhas mãos ate abaixo de seu ombro, seguro seus braços fortes.

—Ela tem razão. Tenho que fazer alguma coisa. So fico esperando que as pessoas nos protejam, mas eu mesma não faço nada!

—Katniss.. Sei que a sua vida toda você que teve que cuidar de Prim e sua mãe. Mas meu amor, estou aqui agora! Hope está segura conosco. Todos que estão aqui vão nos proteger.

—Eu sei...Mas depois de tudo, sinto medo de que algo aconteça. - tira uma mão de minha cintura subindo até meu rosto.

—Você não está mais sozinha.

Não preciso dizer nada quando o beijo, Peeta sabe que o amo.

Nao sou boas com palavras, meus gestos demonstram tudo.

Peeta me beija com toda sua vontade e retribuo, ficamos muitos minutos so aproveitando esse contato.

Novamente batem na porta avisando que o almoço está servido, vejo que Hope acordou mas não chorou.

—Hey, princesa do papai. Ja estava com saudade de ver seus olhos! -Peeta diz a pegando e colocando na altura de sua cabeca, leva seu rosto na altura do pescoço dela e da um cheiro, a fazendo mexer.

Olho pros dois e percebo que Peeta a olha como se lembrasse de algo, fico imaginando o que deve ser. Parece que lê meus pensamentos, como sempre faz.

—Estou lembrando de minha família. - diz segurando nossa menina contra seu peito, ela segura sua blusa e coloca sua cabeça no pescoço do pai.
—Penso no quanto meu pai iria amá-la, meus irmãos... Até minha mãe, apesar do jeito difícil!

Ele diz e lembro que eles morreram quando o Distrito foi bombardeado, lembro de outra coisa também.

—Foi culpa minha, não foi?

—O que? Não...

—Destruí o campo de força. Foi por minha causa que Snow acabou com nosso Distrito. Verdadeiro ou falso?

—Falso! Ele ja estava planejando fazer isso. - diz segurando nossa filha com um braço, pegando minha mão.

Ficamos em silêncio, mas ele logo quebra me dando um beijo nos levanto pra fora.

—Quer que eu a segure pra você almocar?- pergunto e nega, acho que Peeta precisa desse tempo com Hope.

Almoçamos com os outros, a viagem dura bastante antes de pararmos no Distrito 4 para embarcar Annie com Finnick.

Assim que eles chegam vira uma festa, a barriga de Annie está bem grande.
Está com 7 meses quase 8,
Finnick esbanja uma felicidade que não cabe dentro de si.

Peeta entra em uma conversa bem animada com ele, Annie fica com Hope no colo e me diz que vão descobrir o sexo na Capital.

Ja que ate hoje o bebê não quis ajudar e mostrar se é menina ou menino, fizemos uma aposta e a maioria acha que será um menino.

Ficamos a tarde no último vagão junto com Hope, passamos pelo mar e sorrio ao ver a imensidão azul do mar que é tãoparecida com a cor dos seus olhos.

Peeta a segura no colo e sorri vendo que a pequena observa tudo.

Jantamos e sinto que Hope está agitada, tomo um banho enquanto Peeta a olha.
Saio vestida com uma calça de frio e sua blusa, ele sorri e entra pra tomar seu banho.

Fico com ela no colo, sem sucesso faço ela dormir, ando pelos vagões tentando embarcá-la pros seus sonhos ate que vejo as imagens que passam na TV.

Um grupo grande de pessoas, umas 150 no maximo. Andam pelas árvores com armas e mochilas, suspiro sabendo que devem estar chegando ao 12 a qualquer momento.

—Mas sabem que eles não estão la. - Finnick diz e me assusto, olho pela fresta e vejo que ele conversa com Haymitch.

—Talve sim, talvez não... O 13 tem muita tecnologia, mas so uma pessoa comandava tudo aquilo e vamos pegá-la amanhã no Distrito 3.

—Beetee!- Finnick diz, Haymitch concorda. -Ele vai ajudar a localizar o grupo, e o que vão fazer com essas pessoas depois?

—Bom, duas opções... Se rendem, ou matam todos!-Haymitch diz e travo minha respiração, minha filha fica quieta e a agradeço por isso.

—Não tem chance de ter mais deles na Capital?

—So vivem no 13. É mais seguro pra eles, nao se expor tanto... Paylor quer garantir nossa segurança, é bem inteligente!

Minha filha resmunga e suspiro me afastando um pouco, resolvo voltar pro quarto.

Quando chego encontro Peeta saindo do banho com uma toalha secando os cabelos, veste somente uma calça moletom.

Vem ate mim, segura minha cintura. Nossa filha reclama querendo atenção, pego a toalha da mão do loiro enquanto faz sua mágica a pondo pra dormir.

Em pouco tempo estou deitada com Peeta, nosso passarinho dorme tranquilamente no berço.

Amanhã provavelmente chegaremos a Capital, sinto que tem muito mais coisa acontecendo.

 


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