Encontros, Acasos e Amores escrita por Bell Fraser, Sany, Gabriella Oliveira, Ester, Yasmin, Paty Everllark, IsabelaThorntonDarcyMellark, RêEvansDarcy, deboradb, Ellen Freitas, Cupcake de Brigadeiro, DiandrabyDi


Capítulo 16
A manhã seguinte


Notas iniciais do capítulo

> Olá, quem aí estava com saudades da coletânea? Bem, devo dizer que esta terceira temporada será um tanto diferente, mas divertidíssima e com novidades excepcionais. Duas maravilhosas autoras se juntaram a nós... hehehehehe... a Cupcake de Brigadeiro (ASDH) e a Diandra, autora de Amarras do Passado. Que elas sejam acolhidas por vocês também. Cada One foi escolhida por tema individual (eu escolhi o que eu queria escrever... a Sany escolheu o que ela queria escrever e etc...) quem nos desafiou poderia dar algum detalhe (um desafio) em cima do nosso tema. A Arabella foi bem boazinha comigo e deixou-me “livre” e apresento a vocês A Manhã Seguinte. Gente eu amei escrever esse enredo, tanto que se vocês gostarem e quiserem vou fazer uma fic (essa One será uma passagem do “meio” da fic que imaginei) Vamos ver se curtem o enredo...

> Esse belo e perfeito banner foi a querida Débora Duarte quem fez e fiquei emocionada quando ela me entregou, eu chonei gente.

> Tentei criar aqui uma comédia, mas preciso que leiam escutando uma música que separei para o enredo, ela aparece em um trechinho aqui da One. Vou deixar o link onde recarreguei a trilha que me inspirou esse enredo. Vocês poderão estar baixando, caso queiram e está livre de vírus rss. (É só clicarem no link em um determinado ponto da história). Avisando que o link não abre outra aba no navegador da net, então se quiser procurar o link abrir e logo abrir uma aba para lerem escutando, sugiro isso, ok?

> SINOPSE

Katniss sempre se achou imperfeita diante do presente que o destino reservou a ela – seu adorável agente Peeta Mellark – já ele acreditava que a garota de olhos tempestuosos era o encaixe perfeito para sua vida pacata. Em uma manhã surpresas aconteceriam após um pedido irrecusável.



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Era aquele típico dia de maio na tão movimentada Nova York. O combate ao crime incessantemente continuava a ser enfrentado pelos melhores agentes do FBI (Departamento Federal de Investigação).

Uma quadrilha, com máscaras de palhaço, estava dando trabalho para a polícia local, e logo os agentes entravam em ação. Um ótimo plano fora planejado com êxito pela agente especial e chefe GS15, Amanda Paylor.  

— O que nós sabemos é que eles vêm assaltando apenas bancos privados. E como estão cientes, ontem roubaram uma agência muito importante, e conseguiram arrombar um cofre de segurança a laser, sem disparar o alarme. – Paylor conversava com a equipe designada para a missão “palhaços assassinos” nome dado por Gale, assim que soube que o gerente havia sido brutalmente morto, ao reagir a quadrilha.

— Meu palpite é que tenha um hacker experiente entre eles.

— Descubra quem é, agente Hawthorne – ordenou Paylor. – Estão dispensados.

Gale ajeitou seu distintivo e esbarrou o ombro propositalmente em sua parceira.

— Agora conseguiu o que queria, Catnip.

A morena revirou os olhos ao ajeitar seu terninho.

— Cale-se! – disse ela devolvendo o esbarrão no ombro.

Os dois estavam se estranhando desde que Hawthorne passou a pegar no pé da parceira que queria estar em combate com o namorado, detalhe, mal tinham tempo de ficar juntos mesmo que morassem debaixo do mesmo teto.

— Ele está vindo do escritório de Washington, é isso?

— Sim, Coin pediu que fosse até lá para designá-lo para esta missão.

— Ele não estava atrás de um contrabando na Carolina do Norte?

— Exato, e faz uma semana que não o vejo – choramingou ela depois de jogar os cabelos para o lado.

— Ih... lá vem você com seu drama.

— Não é drama, Gale. Sinto falta dele todos os dias.

— Pois é, e como não notei isso antes? – Fazendo a maior graça o moreno seguiu para a van juntos de sua equipe que consistia: Finnick Odair o melhor hacker - um verdadeiro mago da tecnologia -, formado pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology). Homes e Mitchell os melhores atiradores do departamento e a comando da agente especial Andrea Jackson. Seguiram por avenidas parcialmente movimentadas até estacionarem ao meio fio do tal banco. – Finn, pelo visto você tem mais uma missão impossível aqui.

— Paylor já me enviou as instruções – disse Finnick ajeitando a armação acrílica de grau sobre seu rosto. – Vou derrubar qualquer firewall que tiverem.

— É assim que fala, Odair. – Gale deu um tapinha em seu ombro antes de saltar da van sendo seguido pelos demais.

— Homes e Mitchell, quero que averiguam o perímetro e tentem encontrar algo que a polícia não conseguiu enxergar – falou Jackson para os dois homens que apenas assentiram e atravessaram a faixa de isolamento. – E vocês dois, sem detalhes à imprensa.

Sim. — Katniss e Gale responderam juntos, e quando Jackson não estava olhando trocaram careta um com o outro, por acharem que a ordem fora desnecessária já que sabiam que não podiam dar detalhes da missão. 

Enquanto a agente especial conversava com alguns seguranças do banco, Gale e Katniss adentraram no saguão principal, onde havia estilhaço de vidro por todo o chão de mármore muito bem lustrado, ou pelo menos foi algum dia.

— Esses palhaços sabem dar uma festa – comenta o moreno com certa ironia.

— Defina a palavra festa, Hawthorne. – Aquela voz potente soou aos ouvidos de Katniss que se virou e deu de cara com sua imensidão azul favorita.

— Peeta... – A morena correu até a entrada onde seu amado estava parado, e antes de se jogar sobre ele escorregou quase dando de cara no chão se não fosse os braços fortes do namorado para segurá-la. – Senti tanto sua falta. – Ela se agarrou a ele e o beijou como se não houvesse um amanhã. Porém, o loiro, quase inaudível gemeu de dor.

— Também senti sua falta.

— O que aconteceu? Está ferido? – Preocupada se afastou e começou a apalpá-lo.

— Tiro de raspão no ombro.

— Que tipo de arma?

— Uma Jericho 941, de 9 mm.

— Oh... Peeta.

— Eu estou bem melhor, acredite.

Enquanto os dois se encontravam em uma bolha particular, Gale pigarreia lembrando que ambos estavam em campo de trabalho.

— Bem-vindo de volta, Mellark.

— Gale, o que temos aqui? – Peeta olhou ao redor vendo a tremenda bagunça.

— Não tinha muitos civis no local na hora do assalto, mas soubemos que ocorreu por volta das 17hr. Horário que a avenida está praticamente interditada de ônibus escolares.

— Como conseguiram assaltar a essa hora?

— Os clientes apenas aguardavam os últimos serviços do dia. As portas principais já estavam fechadas. Eles arquitetavam esse assalto há tempo, disso tenho certeza.

Os três andaram por todo o perímetro e Peeta se deslocou para a sala do gerente franzindo a testa achando aquilo tudo muito estranho.

— Encontrou alguma coisa, Peeta? – Katniss se aproximou dele na intenção de entender o que ele via.

— Estranho eles matarem o gerente... a não ser que... – divagou como se estivesse sozinho.

— A não ser o quê?

De súbito ele caminhou até Jackson que agora, conversava com o segundo gerente pegando mais algumas informações.

— Agente Jackson, posso perguntar algo ao cavalheiro?

— Claro, Mellark. Fique à vontade.

— Quais funcionários tinham acesso a senha do cofre?

— Eu, o Sr. Snow e Crane o outro gerente, o qual acabou sendo morto.

— Hum... certo. – Peeta se afastou pensativo e Jackson conhecendo aquele olhar pediu licença ao homem e foi atrás do agente.

— Peeta, o que acha que aconteceu aqui?

— Jackson, acredito que alguém passou informações para a quadrilha, na esperança de dividirem o lucro, mas no último minuto foi traído pelo mesmo.

— Você é brilhante, Mellark. Vou agora mesmo pedir para o Finnick tentar rastrear algo sobre ele. Os pertences da vítima foram levados para o Departamento Forense, e se não me engano tinha um celular pré-pago junto. Isso pode ser a chave. – Antes que Jackson terminasse de atravessar as portas ela parou e girou os calcanhares em direção a ele. – Está de carro, Mellark?

— Estou.

— Assim que anotarem o relatório, leve aqueles dois ali com você de volta à base.

Gale e Katniss que seguiam com o olhar o movimento de Peeta, se entreolharam estupefatos.

— Já terminaram suas anotações? Estou louco por um cappuccino. – Como sempre Peeta já tinha terminado suas observações e guardara seu caderno de anotações com cuidado no bolso interno de seu terno.

— Vamos tomar café no Luciu’s? – perguntou Katniss ansiando pelo seu lanche da tarde.

— Sim, minha deusa, se assim quiser – respondeu o loiro com o sorriso ladeado o qual ela suspirava de paixão.

— Ah, eu já disse o quanto você é perfeito e o melhor namorado? – cantarolou após um grande suspiro.

— Hoje você não disse.

— Então vem cá e te direi tudo o que estou pensando. – Logo Katniss se encontrava nos braços de Peeta e sorriam abobalhados um para o outro.

— Ai, credo... vocês dois são o pior casal agente que já vi. Tão melosos – brincou Gale revirando os olhos e colocando a língua pra fora da boca em uma careta cômica.

Já na cafeteria...

— Que tal preparamos o jantar juntos? – A morena brincava com a gravata do namorado entre os dedos, e ele se mantinha compenetrado em seu saboroso cappuccino.

— Você não gosta de cozinhar, minha Niss – observou depois de bebericar sua bebida.

— Não saber cozinhar é bem diferente de não gostar de fazer. Sabe que sou péssima. Tudo que preparo sai uma gororoba.

Gale acabou cuspindo seu café ao escutar aquelas palavras, o que causou respingos na roupa de seu amigo que estava sentado à sua frente.

— Ah, Catnip não acredito que ainda só saiba preparar macarrão instantâneo – gargalhou limpado sua boca com o guardanapo e recebendo um olhar desaprovador do casal.

— Obrigado por me dar um banho de café, Hawthorne. A propósito, Katniss tem progredido muito na cozinha. – De peito estufado, Peeta elogiou sua amada que apenas lhe lançou mais um olhar apaixonado.

— Pelo menos você não irá passar fome, quando se casarem. – Desta vez foi Katniss que quase cuspiu sua bebida, mas ao contrário do Hawthorne ela acabou se engasgando e tendo o amparo do namorado ao dar tapinhas em suas costas.

— Tenho certeza que nós dois não iremos passar fome – afirmou Peeta.

 

✗✗✗✗✗✗✗✗✗✗✗✗

 

Peeta e Katniss se encontravam eufóricos ao se atacarem vorazmente no quarto do apartamento em que a garota convivia com ele já há algum tempo.

— Eu estava com tanta saudade de você... oh, Deus como eu estava... – Ela já tinha tirado praticamente toda roupa dele e passeava avidamente suas mãos pelo tórax definido enquanto demonstrava todo seu amor e devoção pelo seu loiro.

— Ah... Niss... eu estou louco já com essas viagens. Quando não sou eu, é você. – Peeta tinha sua morena já nua em seus braços.

— Veja pelo lado bom, agora somos parceiros não só aqui em casa, mas no trabalho querido. – Ela o abraçou com força e o encheu de beijos.

— Niss, eu queria te perguntar algo...

— Pergunte.

Quando os dois iam se unir em um só o bip de ambos apitou com insistência e como se isso não bastasse o celular do loiro tocava estridentemente.

— Droga! – gemeu Peeta.

— Merda, mil vezes, merda! – esbravejou Katniss.

— Finnick interceptou um sinal vindo de um prédio abandonado na 4th Express com a 65th Avenue – falou Peeta ao olhar o visor de seu bip. – A informação é para que nós dois estejamos lá em quinze minutos.

— Quinze minutos? Oh, meu Deus... nesse estado que estamos? – Katniss olhou para si e depois para o namorado que apenas deu de ombros.

— O dever nos chama, amor.

— Eu sei – choramingando começou a se vestir e por último ajudou Peeta com a gravata.

— Distintivos, arma, colete? – perguntou ele.

— Ok.  

— Então vamos. – Peeta dirigiu o mais rápido até o local designado e com armas em punho, os dois andavam cautelosamente pelo prédio abandonado. O comunicador ocular estava ativado em ambos para manterem uma comunicação com a base. O loiro escutou alguns grunhidos no piso superior e fez um sinal com a cabeça para Katniss o acompanhar. Quando se encontravam à porta levantou o dedo. 1, 2, 3... – FBI, parado! – Com um chute a porta se abriu e o que encontraram foram quatro homens jogando pôquer. Os homens se atrapalharam no primeiro instante, mas sacaram as armas e uma luta física se iniciou.

Katniss agilmente colocou suas incessantes aulas de artes márcias em ação, enquanto o namorado se livrava de alguns golpes dado por um dos bandidos pela sua habilidade com o box.

— Muito bem, nós arrasamos – falou ela algemando um que acabara de desmaiar.

Três dos bandidos se encontravam algemados e inconscientes.

— Katniss estou planejando de te fazer uma pergunta há semanas, mas toda vez algo nos interrompe... – Ele mal acabara de falar e um dos caras – que estava deitado bem próximo - voltava a consciência, e vinha pra cima de Peeta que deu uma cotovelada fazendo sangue jorrar do nariz do bandido.

— Então fale de uma vez – pediu Katniss, sentindo a ansiedade tomar conta de seu ser.

— Katniss Everdeen, pela nossa fidelidade, bravura e integridade quer se casar comigo? – Peeta acabara de citar o lema do FBI.

— Isso é sério? – perguntou a morena estupefata.   

— É muito sério. Assim podemos tirar nossas férias vencidas e viajar para a Grécia como você sempre sonhou...

— Ahhh... Peeta, é claro que aceito me casar com você!

Quando os dois se abraçaram puderam escutar risadas e algo como “já estava na hora” pela escuta no ouvido, e na mesma hora riram sem graça.

Deste modo chegaram a base de mãos dadas. Os amigos presentes aplaudiram e começaram as piadinhas.

— Cadê o anel de brilhante, Everdeen? – Gale gracejou.

— Vou entregar a ela quando chegarmos em casa – interviu Peeta.

— Uh, isso pede uma comemoração. – Finnick fez uma dancinha pegando seu celular. – Temos que ligar para as garotas, Gale.

— Vamos combinar uma noitada no Ace of Clubs, ainda nessa semana – disse Katniss animada.

— Combinem com as garotas de vocês e nos avise. Agora, deixe-nos ir para terminarmos o que começamos mais cedo. – Katniss deu um risinho cheio de segundas intenções e foi praticamente arrastada dali por seu noivo.

 

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— Katniss, como o Mellark é romântico. – Madge aplaudia animadamente com tamanha empolgação que, a futura senhora Mellark relatava como havia sido o pedido.

— Verdade, Peeta sempre fora muito romântico, e ele arrasou na escolha do anel – concordou Annie segurando novamente a mão da amiga para observar melhor o brilhante em seu anelar esquerdo.

— Estamos falando de Peeta Mellark, um dos agentes mais carismáticos e perfeito de toda Nova York.

— Mad, querida não é porque o Peeta é seu melhor amigo, e a Kat sua prima que vai ficar puxando sardinha, você tem que defender seu namorado.

— Não enche, Annie.

— A propósito, Katniss você irá convidar a Johanna pra fazer parte das damas de honra? – Foi a pergunta de Annie para a amiga que lhes pediu que participassem do grande dia.

— Desde que ela não retire coelhinhos de dentro do meu buque, é claro que convidarei, afinal Johanna faz parte do nosso grupo de amigos.

— É perigoso ela acertar o machado no Mellark. – Annie soltou um riso anasalado.

— Que horror Cresta, claro que não vou permitir que ela bagunce o meu dia D.

— Confesse Katniss, nós todos somos uma bagunça.

E assim elas passaram a tarde no escritório de advocacia, Justice & Law, falando sobre os preparativos.

— Annie e Madge, nos encontramos em casa na sexta-feira às sete, certo?

— Combinado – afirmou as duas ao mesmo tempo.

A morena partiu do escritório onde as duas amigas eram sócias e foi direto para o salão. Era algo raro, já que não tinha tempo pra si, ou nem mesmo pra se pegar com o, agora, noivo vez em quando.

Já na sexta-feira, Katniss ao chegar em seu apartamento foi direto tomar banho, tendo cuidado com o cabelo, o protegendo de vapor. Ela se achava meio azarada quando se falava em pequenos detalhes como este. Acabou optando por se banhar com o pequeno chuveirinho o qual uma mangueira interligava com a ducha principal.

Peeta demorou um pouco para chegar, mas logo foi se aprontar.

— Uau...vo-você está linda, amor. – Ele babava ao analisa-la com o tubinho vermelho que deixava sua pele e todo o resto dez vezes mais sexy.

— Você está perfeito também. Adoro quando você coloca esse terno grafite.

Os dois trocaram alguns beijos e carícias. Logo montaram uma bandeja com vários aperitivos. A campainha tocou e eram os quatro amigos. Gale, Madge, Finnick e Annie.

— O porteiro pediu para que trouxemos até vocês essa encomenda. – Finnick entregou uma cesta de tamanho grande para o anfitrião.

 - Tem um bilhete. – Peeta abriu o papel de cor dourada.

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Parabéns,

Peeta e Katniss, vocês merecem uma festa de verdade...

Abraços, Johanna.

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— Que gentil ela nos enviar champanhe, pra comemorarmos nosso noivado, não é amor?

— Sim, muito gentil, Niss.

Sem pestanejar, abriram o champanhe e encheram as seis taças de cristal. Finnick com uma câmera começou a registrar o momento.

— Um brinde... – Gale levantou sua taça euforicamente.

— Espere, amor vamos ver se meu amigo tem algo a dizer antes. – Madge sorriu em direção de Peeta.

— Bem, eu queria agradecer a presença de vocês e dizer que se pudesse, congelaria esse momento. – Peeta fez um gesto com a mão rodeando sua taça diante dos amigos. Eles eram uma bagunça, mas ao mesmo tempo os melhores amigos, daqueles que se podia contar em qualquer momento.

— Hum-hum... então, um brinde aos noivos. – Madge ergueu sua taça na direção do casal e Gale completou:

— Aos amigos também, que sempre estarão por perto quando e onde precisarem. Estaremos sempre aqui pra vocês dois que estão iniciando o felizes para sempre – reafirmou o moreno.

— Ah... Hawthorne eu vou chorar... – Gargalhou Finnick segurando a câmera em uma mão e na outra sua taça.

— Esta noite é para comemorarmos o nosso casal favorito Peetniss... – Annie ergueu sua taça dando um sonoro gritinho.

— Saúde!!!!

Gritaram ao mesmo tempo em que os cristais tiniram umas nas outras.

 

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Na manhã seguinte...

Peeta abriu os olhos com muita dificuldade. A dor em sua cabeça era como se estivessem quebrando pedras e mais pedras. Quando percebeu onde e como estava deu um salto.

— Oh, meu Deus! O que aconteceu? – Ele tinha uma das mãos algemadas à cabeceira de uma luxuosa cama e sua acompanhante (trajando uma lingerie tremendamente vermelha e sexy) era nada mais nada menos que Madge Undersee, sua melhor amiga. – Acorde, Madge... ei... psiu... – Começou a sacudi-la. A loira também tinha uma mão algemada, juntamente com a dele.

— Hum... Gale me deixe dormir, por mais cinco minutos... você é tão chatonildo— resmungou ela. Peeta começou a sacudi-la mais forte até que Madge deu um berro ao notar a constrangedora situação. – Credo! Que horror! – Rapidamente, com a mão livre, começou a puxar o lençol sobre seu corpo. – O que aconteceu?

— Não faço a mínima ideia.

— Que lugar é esse? – perguntou se sentando meio desajeitada. Seus olhos verdes scanearam o quarto. Havia uma imensidão de pétalas de rosas vermelhas espalhadas sobre a cama e chão. Em cada canto tinha velas aromáticas.

— Comprei este apartamento na semana passada e pretendia trazer Katniss aqui depois que voltássemos do nosso happy hour no Ace of Clubs. Este é o meu presente de casamento para ela. – O desespero tomava conta de Peeta enquanto pronunciava cada palavra.

— Primeiro temos que achar a chave desse troço... – Madge sacudiu a mão presa e Peeta deu um sobressalto.

— O que é isso? – questionou apontado para a mão esquerda da amiga e a mesma observou a dele, continham alianças do sagrado matrimônio.

— Não está achando que nós... – A loira desejava que tudo ali não passasse de uma brincadeira de mal gosto.

— Nos casamos?

— Dissemos sim?

— B-bem... quer dizer...

— Consumamos tudo Mellark?

— A resposta tem que ser não...

— Aaaaaaaaaaaah...— gritaram juntos.

 

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Num  mirante altamente romântico, Finnick e Annie acordaram aconchegados, nus e completamente desnorteados dentro da luxuosa limusine que haviam locado para a noite anterior.

— O que aconteceu amor?

— Não faço a mínima ideia Ann... – O automóvel se encontrava uma verdadeira zona. – Pelo visto foi uma tremenda festa.

— Ah, minha nossa... – A ruiva lia com atenção a metade de um documento.

— O que aconteceu, amor?

— Isso aqui é uma Certidão de Casamento e tem o nome da Madge na linha de assinatura.

— Gale não chegou pedi-la... ou será que perdi isso? – coçou a nuca sentindo-se confuso.

— Claro que não Finn. Madge comentou comigo que estava até temendo que em breve ele faria o pedido, mas não me disse nada sobre algo recente.

— Entendo... – logo o celular de Finnick começou a tocar sem parar. Ele demorou a acha-lo no meio da bagunça, ao encontrar viu que era seu amigo Peeta. – Fala cara... ei... acalme-se... o que?

— Aconteceu alguma coisa com eles?

— Ruiva, Peeta e Madge se casaram na Capela do Amor.

— Como assim, Finn?

— Ele disse que acordou no apartamento que ia dar de presente pra Katniss. Madge estava com ele, algemados à cama.

— Como assim, quem faria uma coisa dessas?

— Eu não sei, mas aparentemente nosso motorista não está aqui conosco, é melhor vestirmos algo e nos encontrarmos no apartamento do Mellark. Eles estão ligando para o celular do Gale e da Katniss, e não estão conseguindo contata-los.

— Ah, meu Deus será que aconteceu alguma coisa?

 

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Na periferia do Bronx, num beco amedrontador uma moradora de rua retirava o belo par de sapato Chanel dos pés de Katniss e colocara no lugar um par de botas gastos e surrados pelo tempo - digamos de passagem - com um baita furo na sola.

— Pronto, agora estou chique – elogiou a velha senhora e saiu clicando os saltos desajeitadamente pelo chão imundo.

— Ai que dor de cabeça... – resmungou Katniss tentando se levantar, mas um braço a apertou ainda mais e tocando acidentalmente no lugar que não devia. – Ei, tira essa mão pervertida daqui agora! – notou que era seu amigo Gale que soltava um longo bocejo.

— Foi mal... onde nós estamos?

— Por enquanto não faço ideia, mas estou sentindo um gosto de sapato velho na boca... credo – repugnou ela.

Os dois se colocaram de pé com certa dificuldade.

— Nossa posso dizer que sobrevivemos nosso maior happy hour... – Gale balançou a cabeça sentindo ela variar. – Geralmente o álcool não me afeta assim.

— Não posso dizer o mesmo, sabe que um drinkzinho qualquer já me deixa pra lá de Bagdá. – Katniss olhou para os pés um tanto incomodada. – Lá se vai meu Chanel favorito.

— Melhor o sapato do que sua vida, se não acha? – Gale caminhava alguns passos à frente de sua amiga. – Oh, estou sem a carteira e o celular – disse ele apalpando os bolsos da calça social. - Precisamos achar uma cabine telefônica e daí você liga para o Mellark...

— Não podemos ligar pra ele! – bradou a morena fazendo seu amigo dar um pulinho de susto.

— Qual é o seu problema, Katniss?

— Perdi o anel de noivado... – choramingou ela.

— Ah, é isso?

— Como você pode ficar tranquilo? Meu anel, o qual Peeta me deu como símbolo do nosso amor eterno. A promessa de que iremos ficar juntos. Não era qualquer anel... era o anel — discursava Katniss como se aquilo fosse de importância nacional.

— Vamos fazer o seguinte, assim que eu achar minha carteira compro um anel novinho pra você, que tal? – Sorriu ele de forma teatral.

— É lindo seu gesto, mas a última coisa que quero é viver uma mentira disseminada pelo meu ex-namorado. Como acha que ficarei diante do Peeta? – A morena fazia o maior beiço.

— Certo... e lá se vai à noite que eu planejava com minha loirinha.

— Ah, e foi só você que perdeu, hein? Eu imaginava acordar ao lado de um outro alguém com alguns centímetros mais baixos que você, loiro de olhos azuis e de uma beleza diferente da sua.

— Me senti tocado...

— Epa, acho que encontrei algo preso ao meu sutiã. – Katniss palpava-lhe por dentro do vestido.

— Ih, isso aí já não me pertence há muito tempo.

— Casa de Show Sensajo? – Olhou confusa para o pequeno panfleto amassado.

— Você nos deu uma pista de onde estivemos na noite passada. Quem sabe encontraremos nossos amigos.

— Eu quero meu anel... – murmurou Katniss.

— Calma, vamos procurar este lugar para obtermos resposta.

Quando se aproximaram de uma rua não movimentada, Gale começou a acenar. Um velho Mustang se aproximava e por sorte lhes deu carona.

 

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— Tudo o que nós sabemos é que, nossa amiga Johanna enfeitiçou o champanhe. - Annie analisou as duas garrafas vazias.

— O pior é que ela está em turnê no Canadá e não consigo falar com ela – observou Finnick andando de um lado para o outro.

— Eu não sei vocês, mas parece que tem alguém apertando meu cérebro. – Madge tomava mais um longo gole de café extraforte. – Precisamos achar Katniss e Gale.

— Como isso pode estar acontecendo? Fiquei exageradamente bêbado, acordei do jeito que acordei, supostamente casei com minha melhor amiga, e o pior perdi a Katniss.

— Acalme-se, vamos encontrá-la. Vou rastrear o celular, ou o cartão de crédito dela assim que for usado. – Finnick já mexia em seu super notebook e outros aparatos tecnológicos.

— Pois é, vamos achar aqueles dois e você não está sozinho, Peeta. Somos seus amigos, lembra?

— Obrigado Annie.

 

CASA DE SHOW SENSAJO

Era o que dizia no neon cintilante azul e vermelho. Gale e Katniss adentraram o local e perceberam que mesmo àquela hora, o lugar se encontrava parcialmente cheio. Em algumas mesas apostadores jogavam pôquer, já em outras bebiam, petiscavam enquanto observavam coristas dançarem sobre o palco.

— Ali está meu lindo e maravilhoso anel. – Katniss olhou para um homem vestido estranhamente e no dedo mindinho dele o tal objeto brilhava.

— Katniss, não vai abordar o cara do nada, primeiro precisamos traçar um plano.

— De forma alguma permitirei que o pilantra me prive do “viveram felizes para sempre.” Aqui vai a noiva ao resgate.

Antes que ela pudesse avançar dois brutamontes surgiu do nada e barraram-na.

— Aonde a senhorita pensa que vai? – inqueriu um deles.

— Vim pegar meu anel de volta.

— Ah, o anel que você apostou no pôquer com o chefe? Sem essa garota.

— Eu jamais apostaria algo se não tivesse garantia que o teria de volta.

— Nessa vida não há garantia, queridinha. – O homem riu irônico e Katniss exprimiu seus olhos querendo avançar para derrubá-lo.

— Ei, Kat é melhor deixarmos pra lá...

— Não Gale!

A morena insistiu em avançar, mas os dois caras seguraram o casal de amigos e os prenderam em uma sala atrás do palco.

— Que maravilha, e agora amiga, o que faremos? – ironizou Gale.

— Eu não sei, mas tenho que pegar meu anel...

— Chega dessa história de anel Frodo!

— Você não entende, né Gale? – fungou Katniss prestes a chorar.

Os dois se encontravam de costas um para o outro com fitas autocolantes, bem apertados.

— O que não entendo? – perguntou ele de volta.

— Eu sempre quis alguém que entendesse a minha visão do mundo. Não quero parecer uma noiva esquisita caminhando até o altar – lamentava enquanto o amigo olhava em volta à procura de algo cortante.

— Katniss no três impulsiona o corpo para chegarmos até aquela barra de ferro ali. – Gale contou e no três começaram a mover os corpos até o local onde o moreno pensou em cortar as amarras.

— Quero que tudo seja perfeito e não minha bagunça de sempre – discursou Katniss.

— Admita amiga, todos nós somos uma bagunça...

— Não, não... Peeta nunca perde as coisas, tá legal? Você tem ideia de quanta pressão existe em ser noiva do senhor perfeição?

Gale tentava cortar a fita colante que envolvia seus pulsos na tal barra de ferro.

— E tem ideia da pressão, em combater o crime ao lado do senhor perfeição? – Finalmente Gale se soltou em seguida desprendeu a amiga. – Beleza, agora vamos sumir desse lugar...

— Não vamos embora sem meu anel de noivado.

— Pelos céus, Katniss! – Gale olhou de um lado para o outro e viu uma arara cheia de fantasias dentre elas as mesmas que as coristas usavam. – Bem, podemos nos disfarçar... – sugeriu apontando para as roupas e Katniss sorriu diabolicamente.

— Eu faço a maquiagem! – A morena deu um gritinho animada enquanto o amigo apenas enrugou o rosto em total pânico.

Não foi nada fácil para Katniss encontrar uma sandália de salto para calçar os pés de mamute de Gale. Ela fez toda a maquiagem dele e até que ficou “uma corista” atraente, com a minissaia branca cheia de franjinhas prateadas que combinava perfeitamente com o top, as luvas brancas, a coroa com penas, diga-se de passagem, que o agente Hawthorne havia ficado deslumbrante. Logo os dois se juntaram as outras garotas e tentavam acompanhar passo a passo a dança.

 

✗✗✗✗✗✗✗✗✗✗✗✗

 

Yes, sou brilhante, não sou?

— O que Finn, encontrou alguma pista?

— Sim, câmeras de segurança detectaram Gale e Katniss próximos a uma casa de shows... Sensajo?

— O que tem? – perguntou Peeta já agoniado por tamanha demora, já se passara o almoço e nada de sua amada noiva.

— É uma casa de shows clandestina. Nem o nome do dono aparece aqui nos registros. – Finnick digitava atentamente as informações necessárias, mas o resultado aparecia um tanto “vago”.

— É melhor irmos armados – argumentou Peeta.

— Nós também vamos. – Annie disse já ajeitando o cabelo desgrenhado.

Os quatro entraram no carro, com a mente um pouco mais sã, e seguiram até o endereço. Estacionaram ao meio fio e ao adentrarem o local escutaram uma animada música. Assim que direcionaram os olhos ao palco, onde as coristas dançavam de forma leve como gazelas, Madge tinha a testa vincada.

— Ali está a Katniss e... Gale?

 

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— Meu anel, Gale... – gritou Katniss avistando o cara bebendo como um porco numa mesa próxima ao palco, sem pensar direito ela avançou.

— Katniss, não... – Gale tentou impedir, mas as roupas brilhosas, a asa que parecia de pavão o incomodava, sem contar os saltos nos pés.

— Quem é você garota? – O homem bizarro esbravejou.

— Sou aquela que você roubou! – Katniss estava em cima do homem tentando arrancar seu anel do mindinho gordo, mas aproximavam os dois brutamontes de antes, assim que a agarram pelos braços Gale arrancou as sandálias dos pés e arremessou na cabeça de um dos homens que gemeu na hora.

— Vocês terão um problema maior com euzinha aqui. – Ele fez graça com uma voz mais afinada, logicamente que essa afinação não dera tão certo, afinal Gale tinha uma voz grave.

Os dois homens avançaram pra cima dele, mas Gale usou sua artilharia de luta kung fu.

— Tire agora meu anel, ou vai ver comigo... – Katniss ainda travava uma luta incansável com o cara esquisito.

— Esse anel me trouxe sorte, gatinha. Agora é meu.

— Não é seu não! – Katniss ergueu a mão dele conseguindo assim fazer o anel saltar para o alto e cair em algum lugar no chão.

— Sua... – O homem pegou Katniss pelo pescoço e a ergueu.

— Solte ela agora mesmo!

Era a voz de Peeta. Um alívio percorreu o corpo da morena ao ver seu noivo avançar sobre o homem - e enquanto os dois travavam uma luta corporal -, ela se ajoelhou e desesperadamente começou a procurar seu precioso.

Tiroteio e uma agitação inigualável iniciou no local, fazendo com que as pessoas se abaixassem desviando de balas. Tanto Madge, quanto Annie davam algumas rasteiras, no meio da confusão as duas foram detectadas como cumplices.  

Quando Katniss encontrava seu anel, alguém passava correndo e chutava sem querer e ela novamente tentava localiza-lo.

O homem com o qual Gale lutava acabou por arrancar-lhe o top de franjinhas o deixando com o peitoral a amostra.

— Cara desiste, uma batalha comigo é derrota no final. – Gale deu-lhe uma rasteira o derrubando, ele trocou olhares com os amigos e viu que Madge precisava dele, um outro idiota dava uma chave de fenda nela. Ele saltou girando um mortal no ar sobre algumas pessoas e acabou por dar uma pesada no homem que prendia sua namorada.

— FBI, todos parado! – bradou Boogs um agente especial e marido da agente Paylor. Um grupo de federais estava junto dele. – Seneca Crane, você e seu pessoal estão presos por porte ilegal de armas. Casa de show clandestino. Falsificação de documentos e dinheiro, e tráfego de drogas.

— Boogs? – Peeta tentava recuperar o fôlego enquanto limpava resquícios de sangue no canto de sua boca.

— Mellark, há meses estávamos atrás desse desgraçado e reviramos meio mundo para encontra-lo e vocês em uma única manhã encontraram o esconderijo deles.

— Quer dizer que resolvemos um caso? – Gale cuspiu um pouco de sangue e logo abraçou a namorada.

— Sim, seus agentes de meia tigela, resolveram um dos casos que mais nos estava deixando loucos.

— Ah, que bom então... isso significa que iremos receber um aumento chefe? – Finnick sorriu como uma criança a espera de uma grande recompensa, como um pirulito, ou um marshmallow.

— Aumento de trabalho, isso sim Sr. Odair.

— Você está bem, querida? – Peeta averiguava sua noiva dos pés à cabeça para ver se ela tinha algum ferimento.

— Agora estou – disse dengosa abraçando seu noivo e recebendo um apaixonante beijo.

Os amigos combinaram de se encontrarem mais tarde no apartamento do Mellark. Finnick havia encontrado na limusine a câmera que filmara o momento épico desde o início.

Já ao anoitecer Katniss e Peeta pediram pizza para os amigos e Finnick conectou a câmera num cabo USB na TV do Mellark.

— Acho que está um pouco danificado, mas ainda contém algumas filmagens.

Logo as primeiras imagens do momento do brinde surgiram na tela.

— Katniss, se estiver vendo isso daqui a dez anos saiba que você é, e sempre será o amor da minha vida... sou louco por você morena...— A voz de Peeta soava grogue pelo champanhe enfeitiçado enquanto se declarava para a câmera.

— Que lindo Mellark eu vou chorar... quer saber vou escrever um discurso bem emocionante pro dia do casamento de vocês. Quero te ver chorando como um bebê loiro...— Gale também falava como uma lesma. – O álcool não me afeta, galera!— gritou ovacionado tentando inutilmente se apoiar na namorada.

De repente, as imagens foram para dentro da limusine. Os amigos continuavam a encher as taças e a falar coisas desconexas.

— Feliz Natal!— gritou Annie.

— Vamos beber, beber...— Madge ergueu uma algema que encontrara no automóvel.

— Aí Jojo... obrigada pelo presente, uhuuuu!— Katniss estava sentada no colo de Peeta que a apertava pela cintura.

— É Jo, você tinha que estar bebendo aqui com a gente...— Peeta acabou por mordiscar o ombro da noiva que soltou um gritinho.

— Ei, casal esperem até chegarmos à capela do amor e casarmos o Gale e a Madge!

— Ah, então a metade da certidão que encontramos era na verdade minha e do Gale – comentou Madge um tanto sem graça enquanto todos riam das cenas engraçadas.

— Ok, mas antes Finnick temos que comprar as alianças... ah, e isso me faz lembrar amorzinho que tenho que comprar as nossas.

— Ah... Peetinha o que seria da minha vida sem você?

Novamente a câmera deu um corte e agora quem aparecia na filmagem eram Gale e Peeta conversando.

— Se tá louco Peeta, a Katniss merece aliança melhor, não essas de vinte pratas que se compra em qualquer lojinha de conveniência.

— Eu sei cara, só comprei pra experimentar no meu dedo e essa coisa não sai... que droga! –  Ria como um pateta ao tentar tirar a aliança de seu anelar.

— Por isso acordei com a aliança no meu dedo... – divagou Peeta, enquanto Katniss fazia um carinho em sua nuca.

— Eu vou lhe dizer uma coisa, Annie... ser o melhor hacker do FBI traz muitas responsabilidades, preocupações sabe... quando tivermos nossos filhos você terá que entender que nem sempre estarei em casa na hora que quiser.— Finnick viajava na maionese fazendo um discurso nada a ver.

— Jura que é o melhor hacker do FBI, seu narcisista – Annie tirou casquinha com o marido ao notar a cara dele nas filmagens.

Logo a câmera fez outro corte e apareceu Finnick fantasiado de Elvis Presley e cantava no karaokê com Annie. Aparentemente festejando a união de Gale e Madge.

— How do we do... how do we do... Ooh, Man said how do we do? Well, i feel the reborn, i feel i'm renew cause the man said, how do we do?

Após a cantoria Annie arrastou o namorado que levou a câmera consigo. Foram para dentro da limusine e se iniciou a intimidade entre o casal Odair.

— Venha aqui, boneca. Vou ver o que você tem aí embaixo dessas roupas... vem... me dá, me dá...

— Epa, pessoal... já chega. Já chega! – Annie já estava à beira de um colapso tentando desligar, ou avançar as cenas da câmera.

Finnick levantou-se do sofá e conseguiu pular as cenas indevidas e ao final da gravação tinha um “Az” ou melhor um brilho diferente antes da incrível Mason surgir vestida tipicamente com seu traje de mágica.

— Saudações amigos, espero que tenham curtido a noite e que na manhã seguinte tenham bebido bastante cafeína e aspirina. Infelizmente não fora possível estar aí, mas aguardo vocês qualquer dia desses em um dos meus shows, afinal o que seria da vida sem um pouco de magia...

E, fim do vídeo.

— Dessa vez a Jô se superou – comentou Peeta coçando a nuca.

— Verdade, pensei que aquele episódio em que vocês dois estavam meio brigados e surgiram do nada sobre o terraço do departamento, onde trabalhamos, algemados de costas um para o outro fosse a jogada de mestre da Jo, mas essa daqui moçada foi o ultimato.

— Gale, nem me lembre daquele dia em que eu amei um pouco menos o senhor perfeição.

— Senhor perfeição? Que história é essa? – Peeta quis saber.

— Ih, amigo nem queira saber...

Assim que todos foram embora Peeta se virou para sua noiva e disse:

— Quero te levar em um lugar?

— Agora?

— Sim, querida agora. Não aguentarei até a manhã seguinte. - Ambos riram e Katniss pegou sua jaqueta para acompanhar o noivo. – Vou tampar seus olhos, é uma surpresa, tudo bem?

— Uma surpresa? Hum... você é cheio de mistérios. – Peeta vedou os olhos de sua garota  com a echarpe da mesma. Abriu a porta com cuidado e a guiou até o centro do local. Ao desatar o tecido do rosto de sua amada, ela mal pôde acreditar no que seus olhos viam. – Que lugar é esse, Peeta?

— É meu presente de casamento pra você. Fica perto do nosso emprego. O lugar é bem amplo e poderemos criar nossos Mellarkizinhos com muito amor e aconchego. Você gostou? – Ele finalizou com a voz um tanto tensa.

— Se eu gostei? – Então ela se virou, ficando de frente pra ele e sorriu escancaradamente. – Eu adorei amor... é perfeito! – Katniss pulou nos braços de Peeta – que quase se desequilibrou – e o beijou com devoção. – Amo você.

— Amo você mais ainda. – Ele a ergueu e encaminhou-se para o quarto aonde - o único móvel de todo o apartamento - a enorme e luxuosa cama os aguardavam.

Após se amarem com fervor Katniss acariciou os cabelos louros e suados de Peeta e confessou:

— É o seguinte Peeta, me odiarei pra sempre se não te contar algo... – Ela sentia seu coração acelerar cada vez mais. – Eu perdi o anel que você me deu... eu-eu o recuperei, mas... por favor me perdoa?

— Niss, não tem o que perdoar – iniciou ele a apertando ainda mais em seus braços fortes. – O anel não é o que importa, é você. – Katniss o olhou com ar de mais apaixonada. – Agora eu também tenho uma confissão a fazer. Quando acordei hoje de manhã e não te vi ao meu lado quase enlouqueci.

— Pee... sei que as vezes sou muito efusiva e atrapalhada. – Katniss já se afastava dos braços aconchegantes do noivo e se sentava na cama. – Não sou perfeita...

— Olha, se essa história de casamento for demais pra você, eu vou entender.

— Pare já com isso Peeta Mellark. Não consigo explicar.

— E não precisa. Eu me casaria com você em quatro dias, ou em quatro anos sem problemas.

— Ah... foi lindo isso que você disse. – Não resistindo mais aquele sorriso que a deixava com as pernas bambas, Katniss se deitou sobre ele e o beijou com todo amor que sentia cravado em seu peito. – Agora precisamos contar ao papai e a Prim.

Desde o pedido, Katniss havia comunicado apenas aos amigos. Daquele momento em diante teria que comunicar ao pai, um famoso agente da CIA, e a irmã caçula Prim.

Peeta engoliu seco diante da última frase proferida por ela.

— Não havia pensado direito... – resmungou para si.

— Pensado o que minha vida?

— Que seu pai pode...

— Ele vai adorar a ideia amor. Faz tempo que papai anda perguntando quando você ia fazer o pedido. Sabe como ele é antiquado, e não consente com nós dois morando juntos sem estarmos casados.

— Se é assim, vamos marcar com ele e Prim um jantar especial... que tal nesse sábado? – expressou-se nervoso.

— Pra mim está perfeito... senhor perfeição.

Finalmente Peeta respirou profundamente, e puderam continuar matando a saudade que sentiam um pelo outro, e a manhã seguinte... que os aguardassem.

FIM


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Notas finais do capítulo

A música que usei nessa One é interpretada por Cassidy Freeman e Alessandro Juliani

E aí? Preciso da crítica de vocês rss, e se for a vontade de vós, farei uma fanfic em cima desse tema e nem imaginam quem é o pai da Kat... alguém aí quer dar um palpite? Kkkkk... Ah, perceberam que a Johanna é uma mágica? A próxima autora a postar será a SelRegina e vem coisa boa por aí... obrigada pelo carinho e a paciência de cada um. Um forte abraço de urso a todos.



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