Nunca foi fácil escrita por chaemalie


Capítulo 1
Nunca foi fácil


Notas iniciais do capítulo

Bem, essa fanfic surgiu a idéia enquanto eu estava vegetando na minha cama e PÁ
Então eu fiquei escrevendo isso até quase uma hora da madrugada então tratem de ler.
Vou agradecer ao blackinnon squad pelo super apoio de vocês que quiseram ler só com spoilerzinho; à Adri (/320316) que deu uma olhadinha antes de eu postar e à Cherry (/384014) que deu outra olhadinha e me ajudou a colocar o gênero rs BEIJÃO AMORES
Espero que gostem sz



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Para Marlene McKinnon, nunca foi fácil.

Não foi fácil estar no meio de uma guerra onde sua família seria um dos primeiros alvos de assassinato. Onde sua melhor amiga seria um dos primeiros alvos de assassinato. Onde seu melhor amigo teria de fugir de sua casa senão seria um alvo de assassinato.

Ela dizia que faria qualquer coisa por eles, por aqueles que amava.

E ela de fato fez.

Enquanto corria desesperadamente levando seus irmãos até o porão de sua casa e trancando-os sem lhes dar alguma explicação, alguns flashes aparecem em sua mente.

— Se algum de vocês virarem um comensal, eu juro que não tenho dó de dar um avada. — James diz enquanto brinca com um pomo de ouro.

— Credo James! Vira essa boca para lá — ela fala dando um leve empurrão no ombro do amigo.

— Sei lá, Lene... Não dá para confiar em qualquer um...

Sirius dá uma olhada de esguelha em Peter que comia um chocolate dado por Remus distraidamente. Marlene nota e levanta a sobrancelhas em reprovação enquanto pensa: "Pettigrew nunca faria isso. Como Sirius pode ser tão idiota?"

Talvez Pettigrew não fosse tão inocente quanto parecia.

Não foi fácil acordar de manhã achando que o dia seria normal como todos os outros, com aulas chatas e mais uma detenção. E acabar sabendo de uma notícia horrível.

"Edwin e Georgia McKinnon foram mortos na noite passada por comensais da morte que os surpreenderam em uma rua comercial trouxa de Ullapool, na Escócia. O casal deixa quatro filhos, os dois mais novos ainda cursam em Hogwarts. Informações sobre o enterro do respeitado casal de aurores será divulgado em breve."

— O-o quê?... — ela sussurra enquanto encara o papel em sua mão.

Lily a abraça e James sai de onde estava sentado indo até elas para se juntar ao gesto de carinho. Ela levanta os olhos para a mesa da Corvinal e vê o irmão chorando abraçado à namorada. Ao ver as lágrimas caindo dele, percebe o quão molhado e quente seu rosto está.

— Lene... Não queremos te ver assim, okay?

— Aqueles filhos da puta! — Marlene se levanta bruscamente cheia de raiva enquanto sai pisoteando até o quarto — Vai cair sangue de cada um deles.

Talvez cada um deles fosse demais.

Não foi fácil ir até a Torre de Astronomia por causa da insônia e encontrar Lily e Sirius chorando um em cada canto do lugar.

— L-Lene?

— Lily? Sirius? O que 'tá acontecendo? — ela chega mais perto da amiga, que se joga em cima dela a abraçando.

— Estou com medo Lene... E se... E se ele vier atrás de mim?

— Ele? — ela aponta para o garoto do outro lado do lugar — Sirius?

— Não idiota. Ela quis dizer Voldemort. Esse cara provavelmente vem atrás de mim também. Walburga não vai deixar barato. — Marlene nota que ele não estava somente comentando, ele estava com medo.

Ela se senta ao lado de Lily e a abraça de lado. Dá um longo suspiro e fala:

— Vocês não precisam ter medo. Eu não tenho medo de morrer. Eu acho que... É mais rápido do que cair no sono. Se fosse tão devagar, meus pais teriam me avisado antes de irem. E tenham certeza de que se despediram de mim antes eu morrer.

Talvez, só talvez, a morte não fosse assim tão rápida quanto Marlene supunha. Pelo menos, não a dela.

E enquanto ouvia as batidas na porta, o frio descia para sua barriga. Era medo. Não de morrer. Mas de acontecer algo pior que isso.

— McKinnon, minha querida — Voldemort dizia depois de arrombar a porta de sua casa — Onde está sua família?

A loira fica quieta e o homem começa a andar até ela. A cada passo que ela dava para trás os olhos vermelhos dele pareciam mais maldosos. Em um movimento brusco, ele puxa o braço de Marlene e levanta a manga de sua blusa deixando a mostra a grande tatuagem em seu braço. E assim uma última memória é lembrada por ela.

— Lene? Está doente?

— Quê? Não Sirius! Por quê?

— Está calor. Tire essa blusa!

— Estou com frio. Talvez eu esteja doente mesmo. — ela diz cruzando os braços e dando as costas à Sirius indo para o quarto.

— McKinnon. Vem aqui.

— Tchau Sirius! Tenha uma boa tarde!

— Marlene! - ele grita, enquanto a puxa em um movimento brusco, e depois levanta a manga de sua blusa. — O quê?... O que você fez? Está apoiando eles? Marlene?!

— Sirius... Eu... Tive que fazer isso...

— Não McKinnon! Isso é errado! Você disse que os odiava e se tornou um deles?

— Eu tive que fazer isso... Ele me obrigou. Me disse que...

— Ele te enganou! Como pôde ser tão tonta? Achei que fosse da Grifinória! E todo o papo de coragem? Ein?

Talvez Marlene McKinnon não fosse tão corajosa.

Sirius não falou mais com ela depois daquele dia. Mas também não contou aos outros sobre a marca em seu braço. Quando vieram as suspeitas de um traidor no meio da Ordem, ela tinha certeza que o Black desconfiava dela. Mas ficou quieta. Ficou quieta por um bom tempo até nesse dia em que Voldemort bateu em sua porta.

— Me traiu, McKinnon? Disse ao Black nojento que Pettigrew era o traidor? — a voz fria dizia em seus ouvidos e o dono dela apontava a varinha para o seu pescoço — Acha mesmo que vou poupar sua família depois dessa? Acha mesmo que vou poupar Lily Evans depois dessa? James Potter? Sirius Black? Ou até Remus Lupin? Acha que eu vou poupar Harry Potter?

— Por favor... Não os machuque... Eu os amo... — lágrimas grossas desciam pelo pele delicada cheia de sardas da McKinnon — Por favor...

— Não estou aqui para brincar minha querida... — ele dá um sorriso maligno — Severus me ensinou um feitiço muito interessante esses dias... Quer testá-lo? - Marlene observava o sorriso maléfico e ao mesmo tempo divertido no rosto do bruxo, e contra a sua vontade, seus lábios começaram a tremer. - Ah, mas que pergunta! É claro que quer! - Erguendo a própria varinha, Voldemort exclama, ainda sorrindo: - Sectumsempra!

Marlene cai no chão gritando de dor enquanto um corte em seu braço jorrava sangue. O grito foi tão alto que seu irmãos conseguem ouvir e depois pôde se ouvir barulhos vindo de uma tampa no chão a alguns metros deles.

— Que fofos, não acha? Tentando salvar a irmãzinha em perigo. — ele sorria para jovem ensanguentada gemendo de dor ao seu lado — Você não precisa de resgate, não é querida?

Marlene McKinnon não era tão inocente quanto parecia. Marlene McKinnon não era forte o suficiente para derrotar cada um deles. Marlene McKinnon não era tão corajosa quanto se mostrava. Marlene McKinnon não teve uma morte rápida como pensava que teria.

Enquanto se sentia cada vez mais fraca por causa da perda de sangue, ela olhava para o braço marcado pela caveira com uma cobra saindo pela boca e se perguntava o porquê de ter feito aquilo.

Tinha sido por amor? Tinha. Mas não era melhor solução. Ela podia ter lutado. Era medo.

Talvez aqueles que ela amava eram a sua maior fraqueza.
Ela deixou o medo tomar conta dela e se submeteu a andar ao lado do mau pois parecia o jeito mais fácil de salvar aqueles que ela amava.

Mas ela tinha se esquecido que...

Para Marlene McKinnon, nunca foi fácil.


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