New Day escrita por Kemily Bez


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

O primeiro capítulo, cometem o que vocês estão achando.



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Capítulo 1.

 

                       Eu estava muito cansada, física e mentalmente. Depois da noite toda dirigindo as 192 milhas que separam Hopkinton de New York, finalmente tinha chegado a minha cidade natal.   

                     Segui direto para o Hospital Mercy’s, que fica no centro da cidade. Assim que cheguei fui direto a recepção, onde uma mulher de meia idade estava claramente entediada depois de passar a noite trabalhando. Ela lia uma revista debaixo do balcão de atendimento.

         -Olá. Preciso saber o número do quarto da minha mãe

         - O nome da paciente por favor. Ela parecia um pouco irritada por ter sido interrompida na sua leitura, mas ignorei.

        - Roseline Everdeen.

        -Quarto 502, terceiro andar. Pegue o elevador e siga as placas.

        -Obrigado- disse e fui em direção dos elevadores. Ignorei a sensação de pânico crescendo no meu peito. Sai no terceiro andar e segui as placas, que me levavam a ala de tratamento intensivo do hospital.  

              Quando estava abrindo a porta do quarto 502 uma enfermeira me parou.

—A Srta. Não pode entrar aqui. E a terapia intensiva.

—Ela é a minha mãe, dirigi de New York até aqui! As lágrimas estavam ameaçando cair, mas eu as segurei, me recusava a começar a chorar.

—Sinto informar mas o estado da sua mãe é crítico, além disso está fora do horário de visitas, você não poderia visitar ela de jeito nem um agora.

—Tudo bem. Mas eu preciso saber onde está a minha irmã, ela está sozinha.

—Vou buscar informações, qual o seu nome?

—Katniss Everdeen.

—Ok. Volto em alguns minutos. Aguarde na sala de espera.

Fui até a sala que ficava no final do corredor, era bem simples. As paredes eram pintadas de um tom de azul claro, com sofás e poltronas espalhadas pela sala, uma Tv estava sintonizada em algum Jornal mesmo que a sala estivesse vazia.

        Me sentei em uma poltrona e procurei o celular. Ainda estava carregado. Digitei mensagens e deixei alguns recados, explicando que tinha problemas pessoais. Só esperava que a administração da universidade entendesse. Tinha sido uma semana bem corrida na universidade, mas felizmente na sexta as coisas estavam mais calmas.

             Minha mente estava uma confusão. Com os olhos fechados, o rosto apoiados nas mãos. Senti alguém tocar meu ombro de leve, me despertando. Era a enfermeira.

—A Srta. Pode me acompanhar por favor?

—Claro. Disse e agarrei meu casaco, e a bolsa. Andamos até os elevadores onde ela apertou o botão do primeiro andar.

—A assistente social quer falar com a Srta. Ela está com a sua irmã.

              Ela me levou a um corredor e depois me mostrou a sala, agradeci antes dela ir embora. A sala era pequena, atrás de uma mesa bem organizada estava uma mulher de meia idade escrevendo em bloco de anotações. Ela parou assim que eu entrei, e me pediu para sentar na cadeira a sua frente.

—Srta. Everdeen. Meu nome é Susan Davis, falei com a Srta. algumas horas atrás. Fez um bom tempo, imagino que tenha viajado a noite toda.

—Sim, foi uma viagem longa. Esperava encontrar minha irmã assim que chegasse.

—As coisas são complicadas Srta. Sua irmã está na sala do serviço social, ela está bem.

—Posso falar com ela agora?

—Sim, mas antes precisamos conversar.

—Claro.

—Srta. Everdeen...    –Por favor, me chame de Katniss.

              -Katniss, a situação da sua mãe e muito grave. Ela tentou se suicidar tendo uma overdose de remédios.

                 Sua irmã a encontrou caída no quarto dela, sua irmã e muito inteligente, ela correu até a casa dos Mellark e pediu ajuda. Peeta Mellark foi quem prestou a primeira ajuda médica e acompanhou a sua irmã até o Hospital.    Não consegui não ficar surpresa ao ouvir aquele nome.

                            Peeta, meu melhor amigo e ex namorado. Faziam anos que eu evitava falar sobre ele, nem mesmo pensar sobre Peeta era permitido, mesmo que às vezes fosse inevitável.

                 Só a menção a ele me causou uma dor no peito estranhamente conhecida mas tentei fingir que aquilo não era nada, felizmente a Sra Davis não percebeu ou não ligou para a minha reação e continuou.   

               Enquanto estava a caminho do hospital o coração parou e ela teve que ser ressuscitada, os médicos conseguiram trazer ela de volta, mas foi por muito pouco.   

—Quando ela vai poder ir para casa?

—Katniss, sua mãe não pode ir para casa. Ela está com depressão profunda, a saúde mental dela está horrível. Você sabe que ela toma antidepressivos desde a morte do seu pai certo?

—Sim, eu sei.

—A mais ou menos um ano ela parou de tomar qualquer remédio. Desde então a situação dela só piora. Quando ela sair daqui, sua mãe vai para uma clínica de reabilitação.

        Tentei me manter calma por fora, mesmo que me sentisse o oposto por dentro. A sra Davis ficou em silêncio, me dando tempo para que eu digerisse.

—Reabilitação?

—Sim. Os cuidados médicos que sua mãe precisa são muitos. Ela não poderia receber em casa ou em consultas no hospital.

—Tudo bem, mas é a Prim?

            -Já que sua mãe está impossibilitada, a Srta. E a guardiã responsável por ela. Preciso saber, você pode cuidar da sua irmã? Se não puder creio que você sabe que ela não tem mais ninguém.  Então ela estará em custódia do estado e será levada para um lar comunitário.

            Imaginar Prim em um lar comunitário foi quase tão doloroso quanto pensar nela sozinha. Prim era muito frágil para um lugar assim, eu nunca poderia concordar que ela fosse levada.

              Sabia que tudo na minha vida mudaria dependendo da minha resposta. Sentia o nervosismo, medo, pânico, tudo junto no meu estômago.

                 Eu poderia cuidar da minha irmã? Sabia o que estava em jogo, mas não conseguia tirar a imagem da minha irmã da minha mente, eu tinha que fazer isso. Era meu dever, eu tinha prometido isso, agora era uma prioridade.

                -Sim, eu posso.  

                   

                     








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Notas finais do capítulo

E ai pessoal, o que acharam?



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