Capítulo 2 -

 

 

Os pensamentos de Carlisle era de dor, ele estava novamente se dizendo que era um péssimo pai, já que o próprio filho prefere ficar longe dele. Mais sera que ele não entendeu? Não quero ficar longe dele, quero ficar longe daquela humana. Eu poderia mata-la.

 

Eu quero mata-la. E muito.

 

 

- Qual é, Eddie? E daí que o sangue da cut-cut é forte para você? Se controle, homem.

 

- Do que você a chamou?

 

 

Emmett apenas deu de ombros, como se nem tivesse ouvido a barbaridade que tinha falado. É cada um que me aparece, viu?

 

 

- Você não se controlou − o lembrei. − porque eu tenho?

 

- Porque diferente de mim, ela vai ser sua irmã. Alice já tinha nos contado isso, mais ou menos, antes de você chegar.

 

- E vocês concordaram? − olhei para Carlisle, que me olhava sério. − Todos vocês?

 

 

Eles nem precisavam falar, eu podia ouvir o pensamento deles falando "SIM" alto e claro. Mesmo com eles não querendo falar ou admitir. Eles já tinha caído nas garras daquela humana, que eles consideram a "pequena Cullen" como a Alice mesmo falou para eles. Oh, por favor! Eu vou ali vomitar e já volto.

 

 

- Alice nos disse que você não ficará assim − Carlisle disse, se aproximando. − ela garantiu que em pouco tempo você nem sentirá mais o incomodo tão grande.

 

- Impossível. Minha garganta queima, como se estivessem colocando fogo por dentro dela. − os dois respiraram fundo, sentindo um pouco de sede. − É muito pior que a de vocês agora.

 

- É, eu sei disso.. − disse Emmett. − Mais confiamos em Alice, e em você também. Alem disso, você não está faminto nem nada do tipo, deve ter bebido bastante.

 

- O suficiente − dei de ombros. − mas ainda assim, não funcionou muito.

 

 

E não me ouviram, novidade. Os dois foram andando na minha frente e Carlisle ordenou, isso mesmo, ordenou na sua mente para que eu voltasse para casa. Qual é a deles? Porque eu tenho que conhecer essa humana!? Hello, humanos são para nosso alimento.. e prazer, não ficar brincando de The Sims ou coisa parecida.

 

Eles sabem que ela vai crescer né? E claro, começar a fazer perguntas.. Até saber tudo sobre o nosso mundo. Nada, nada bom para um humano. E como estava chovendo, meu cabelo estava caindo sob meus olhos completamente encharcados, fui andando para casa batendo o pé. Pois é, eu Edward Cullen, fiquei parecendo um menino birrento. Se eles querem que eu mate a criança, era só falar. Porque eu e ela no mesmo lugar, não vai prestar.

 

Assim que cheguei em casa, a casa ficou em silêncio. Todos me olharam, principalmente a criança que estava sentada no sofá. Aproveitei que a porta ainda estava aberta e enchi meus pulmões com ar puro.

 

 

- Que roupa é essa que ela está usando? − todos riram, mais eu não entendi nada. Já começaram a torturar a criancinha? Sinto pena dela, uma futura patricinha desmiolada. Ela estava usando uma calça preta cheia de desenhos com borboletas; a blusa era branca, uma t-shit e com borboletas na manga; estava usando um tênis rosa e um arquinho no cabelo penteado.

 

Ok, eu vou admitir. Para um bebê humano e tudo mais, até que ela era bonitinha e.. OMG! Ela está me passando o encanto também! Será que ela é uma feiticeira disfarçada? Que foi, porque estão me olhando torto? Vampiros existem, porque bruxas não? Tudo é possível! Ok, juro que parei o momento "babaca".

 

Eles começaram a me ignorar e eu já tinha gastado todo o ar que tinha conseguido. Que pena, acabou a animação de verdade nessa casa. Eu não posso falar né!? Hello!

 

 

- Bom, Edward − disse Alice, pegando a humana no colo. − estamos decidindo um nome para ela, já que Emmett custa entender que o nome verdadeiro é lindo.

 

- Não e não! Eu prefiro.. − ele colocou a mão no queixo e depois abriu um enorme sorriso. − Chiara!

 

- O QUE?

 

- Que foi gente? Parece um nome em Japonês né!? Eu gostei. Chiara Cullen! Podemos chama-la de CC.

 

- Cala boca imbecil, ela não tem CC − disse Jasper, segurando a mão dela com um dedo.

 

 

Edward Cullen não vai se calar, never! Eu subi as escadas gargalhando e fui até meu quarto. Jura que Emmett disse para chamarmos ela de CC? OMG, ninguém merece um irmão assim. Voltei para a sala e todos ficaram me olhando curiosos.

 

Alice suspirou dramaticamente:

 

 

- Ele não pode falar, acabou todo o oxigênio.

 

- Ow, deixa de ser burro! − relinchou a anta. − Respira cabeçudo! Não dói e por enquanto, é de graça.

 

 

Rosalie fez o favor de dar um peteleco na orelha dele por mim. Escrevi no meu bloquinho "Obrigado" e lhe mostrei.

 

 

- Tanto faz.

 

 

Ela deu de ombros e sentou no sofá, perto de Tanya que estava lixando as unhas. Pra que? Nem eu sei.

 

 

- Bom, o nome original dela é Isabella Swan! − Alice disse me olhando diretamente. − Bonito nome, não? Um nome de muito poder.

 

 

Revirei meus olhos e escrevi no bloco "Dá para o gasto" e depois fui para outra pagina "acabamos com o outro episodio da novela mexicana?"

 

 

- Que novela mexicana? Eu amo falar mexicano.. até sei umas palavras, querem ouvir?

 

- NÃO!

 

 

Quem falou aquilo? Acho que vocês sabem, mais foi o Emmett para quem não entendeu ou ficou com dúvida. E todo mundo, menos eu, gritou com ele.

 

 

- Então isso está decidido! O nome dela será Isabella Cullen. − Alice disse sorrindo. − Nossa pequena Cullen. Minha filha e do Jazz.

 

- Aff! − Rosalie bufou, morrendo de inveja. − Porque eu não posso também adotar uma criança? Isso não é justo!

 

- Eu não adotei ela..

 

 

Todo mundo ficou esperando ela continuar, e só depois a tapada se tocou.

 

 

→ Alice PDV

 

 

É agora, gatinha, você não tem mais como adiar isso com eles. Cedo ou tarde eles iriam saber mesmo; sorte que o Edward está mudo e não pode fazer comentários insanos. Quer dizer, ele pode escrever. Ok, tanto faz:

 

 

- Bom, tudo começou a dois anos atrás − respirei fundo e sentei no sofá, tomando cuidado com minha pequena. − e foi quando eu comecei a procurar minha família humana. Tudo mundo sabe que eu não lembro de nada, apenas do meu sobrenome.

 

- E?

 

- E, − olhei para Rose, invejosa! − que eu descobri que ainda tem alguns vivos. Ou melhor, tinha alguns. Agora, só tem uma e está bem aqui conosco. Isabella é minha tarataratara..

 

- Entendemos, Alice!

 

- Cala boca, Rose! E continuando, ela é minha taratara.. sobrinha! O que é praticamente, minha filha.

 

- E os pais dela?

 

 

Ela está pedindo para ser espancada, né!? Todo mundo ouvindo quieto e só ela implicando comigo. Inveja é uór, viu?

 

 

→ Edward PDV

 

 

Eu só estava contando os segundos para ver a cabeça de Rosalie voando pela janela. Alice devia estar fazendo o maior controle aqui para não voar na loira. Sério! Mais também né!? Ela tinha que ficar implicando.. e claro, cortando a Ali.

 

 

- O pai dela, morreu. Eu já conhecia ele, coitado, estava cuidando da mulher que estava com câncer e conseguiu ter uma filha antes de morrer. Ele era policial e bom, acabou morrendo quando um bandido o acertou no peito.

 

- E como ela veio parar aqui?

 

- Ele deixou uma carta, que a justiça me enviou alguns dias atrás, apesar das minhas visões. − queria agora mesmo, esfregar a carta na cara dela, mais me segurei. Eu tenho classe, baby. Os pensamentos dela eram hilários. Go Go Alice! − E na carta, ele disse que eu seria a única pessoa que ele confiaria para cuidar da sua Bells, e que era a única parente distante viva. E.. aqui estamos nós. 

 

 

Todos ficaram em silêncio. Eu não disse que isso aqui é uma novela mexicana? Agora só falta a gente sair dançando todos felizes a macarena. Ok, juro que parei.

 

Dei de ombros, me espreguicei e escrevi no bloquinho "estou no meu quarto, qualquer coisa, não me perturbe nem conte comigo" e joguei pro alto enquanto saía andando em direção as escadas. Senti logo os braços de Tanya ao meu redor, colocando seu corpo no meu. Ela não tem o minimo de respeito pela família né!? Isso que dá se "envolver" com barangas.

 

Assim que entrei no meu quarto, fui virado com força bruta e ela colou seus lábios no meu. Ugh, nem dava muito vontade de beijar, mais dá para o gasto por enquanto. Ela me jogou na cama com força e foi a maior sorte não ter quebrado.

 

 

- Sem música, Alice te mataria. − disse quando captei seu pensamento. Ela deu um grito baixo, mais voltou a sorrir maliciosamente para mim.

 

- Quer você mesmo tirar, ou eu tiro?

 

- Só faça o que você sabe fazer, Tanya. − disse sem paciência nenhuma. O grande Edward, meu companheiro, já estava acordando e prontinho para penetrar.

 

 

Tanya caiu de boca nele, literalmente, me fazendo gemer várias vezes. Ainda assim, eu achei um pouco.. errado. Porra, eu estou na casa dos meus pais (que por acaso são vampiros e podem ouvir tudo). Peguei Tanya no colo, sem me importar com roupa nem nada, e pulei da janela.

 

 

- Uau, vamos brincar de Jane e Tarzan?

 

- ABC do sexo, amor, ABC. − disse sorrindo maliciosamente. A noite vai ser boa!

 

 

No outro dia, todo mundo continuava sobre o encanto da pequena feiticeira. Quer dizer, pequena Cullen. Tanto faz.

 

 

- Você está bem para ficar aqui?

 

- Cala a porra da boca, Emmett.

 

- Ué, só perguntei.

 

 

Revirei meus olhos e sentei no sofá, bem longe deles, ligando a Tv. Emmett estava segurando-a enquanto tentava enfiar a mamadeira na boca dela. Era mais fácil ele mata-la asfixiada, do que eu a atacar. Aprendi a prender minha respiração antes de entrar aqui, assim nem sinto o cheiro. Só ouço as batidas do seu coração. Que devo dizer, sempre ficam aceleradas quando eu estou por perto.

 

Estranho, muito estranho. Mais quem sabe, pode ser medo nato por mim. Sorri com isso. Perfeito, quanto mais ela ficar longe, melhor.

 

E como eu pensei, Emmett estava quase asfixiando a criança no colo. Ele enfiou a mamadeira na boca dela, a forçando a tomar.

 

 

- Sério que deixaram você cuidar dela!? − disse me levantando. − Tira isso da boca dela! Ela não respira, está ficando roxa, seu demente.

 

- O nariz é só de enfeite?

 

- Tira logo isso! − ele finalmente tirou. − Cade todo mundo?

 

- Foram caçar, e Alice deve ter ido transar com o Jasper.

 

- Não precisava ter entrado nesses detalhes, Em.

 

- Ué, você que perguntou! − eu revirei meus olhos.

 

 

A criança começou a fechar os olhos e Emmett começou a dar um escândalo:

 

 

- ELA ESTÁ MORRENDO? OMG, EU MATEI A PEQUENA CULLEN!

 

 

Antes mesmo que ele pudesse continuar isso, ela começou a berrar. Saía lagrimas dos olhos dela, muitas, e as mãos dela estavam em punho. Ela se debatia no colo dele, e a boca estava aberta berrando. Ótimo, sobrou pra mim né!? Se eu a matar, vocês estão de prova que não foi por querer.

 

 

- Me passa ela logo.

 

- Não!

 

- Eu não vou mata-la, apenas a fazer parar de chorar.

 

- Não!

 

- Emmett!

 

- Não mesmo!

 

 

Ele nem viu quando eu a peguei de seus braços de tão rápido que foi. Aproveitei para pegar a mamadeira e sai correndo da casa.

 

 

- EDWARD!

 

- NÓS DEIXA EM PAZ! PODE PERGUNTAR A ALICE SE VOU FAZER QUALQUER COISA!

 

 

E ali se foi todo o meu oxigênio. Não que me faltasse, porque não fazia a menor falta, mais era desconfortável. Me lembrei da coisa quente nos meus braços e diminui meus passos, andando como um humano normal. Bella estava deitada, aninhada, em meus braços enquanto seus enormes olhos chocolates líquidos me observavam. Ela já tinha parado de chorar. Ótimo, muito bem.

 

A levei até a minha clareira. Ok, não é "minha" com o papel e tudo mais, mais é minha de um certo modo. Eu gosto de vir aqui para pensar e fora, que aqui tem raios de sol que a deixa linda. Uma vista linda. E acho que ajudou ao bebê já que ela parecia hipnotizada com as flores e o verde em volta de si. Ela fez um forcinha para ficar sentada, franzindo a testa.

 

Eu gargalhei alto daquilo. E o som não a fez chorar nem nada, apenas me olhou e deu um pequeno sorriso. FEITICEIRA. O que eu estou fazendo aqui com esse bebê? Oh não, ela está me enfeitiçando também. Droga, isso não estava nos meus planos.

 

 

Bella, com 1 ano e meio.

 

 

Deixem reviews amores, please, e eu libero rapidinho os cap :]

 

Mafê, beeijos