O céu estava escuro, cobertos de nuvens novamente, o sol estava escondido tentando de alguma maneira ultrapassar as grandes e grossas massas gasosas pretas que tomavam sua frente. Tentei levantar e em um piscar de olhos estava em pé, encarando o verde da grama enquanto pensava no por que de eu estar aqui. Olhei em volta e só consegui ver o verde que me rodeava, e ouvir o delicado cantar dos pássaros. Era tudo muito novo e estranho pra mim. Eu olhava ao redor e observava cada detalhezinho, e ficava maravilhada com o que eu via. Mas as persistentes perguntas me tiraram de meus pensamentos:

“Quem eu sou?”

“Eu tenho que ser alguém ou algo?”

“O que eu to fazendo aqui?”

Examinei mais uma vez ao meu redor e senti um cheiro completamente doce. Era uma verdadeira tentação pra mim. Minha garganta ardia veemente. De imediato corri, até que cheguei mais perto do doce aroma, que agora estava mais forte e subi, silenciosamente em cima de uma árvore e observei, sem forçada, a entrar na floresta por um homem, que segurava seu braço, com tamanha brutalidade. A raiva me preencheu por inteiro. Observei melhor e vi que não era bem um homem, era um garoto alto, e forte. Com olhos verdes e pele muito branca. Ele é do tipo atlético, e seus cabelos loiros caiam sobre o seu rosto de uma forma despojada. A menina era um pouco baixa, e seus cabelos lisos caíam sobre seu rosto e escondiam marcas roxas em seus braços, era branca também. Mais não tanto quanto o rapaz, seus olhos eram cinza. Parte de seu rosto que estava amostra, eu via uma grande marca roxa, que tomava parte de seu rosto. Algo dentro de mim despertou-me uma sensação estranha por aquela menina, que me parecia tão indefesa.

De repente gritos me tiraram de meu transe e eu corri em direção a ele, quando vi a cena mais repugnante que, eu me lembro de ter visto, em toda minha vida.

A bela garota estava deitada no chão sangrando. Em baixo dela já havia uma grande poça de sangue, e de sua boca, seu nariz, saiam mais sangue. E quando do auto da outra árvore eu via o garoto correndo por entre a floresta.

A raiva que já estava em mim cresceu mais ainda. E eu corri sem dificuldade alguma em direção á ele. Quando o encontrei no meio de uma clareira, senti um cheiro deferente... Repugnante, assim como ele e a cena que eu vira minutos atrás.

Ele estava com algo na mão... E era dali que vinha o cheiro. Ele encostou-se no tronco de uma árvore enquanto punha na boca o objeto e depois saia, não sou maça de seu nariz como da sua boca também.

Como alguém poderia fazer o que fez e não sentir remorso?Não pensei duas vezes, quando vi estava pendurada na árvore pelos pés, enquanto minhas mãos apertavam seu pescoço, e o observava a mudar de cor até ficar completamente sem ar. E larguei o cadáver ali. Com raiva ainda. Segui em direção aonde a menina se encontrava e quando a vi novamente. Em seu estado deplorável. Ajoelhei em sua frente. Algo me dizia que tinha como salva-lá.Que se eu não fizesse isso, existia uma grande possibilidade de ela não agüentar.

E então, fechei os olhos e quando cheguei perto de seu pescoço, senti o doce aroma que me atraiu até ela, e disse:

-Seja o que for o que eu estou fazendo. Se for algo ruim, digo. Perdoe-me.

E meus dentes perfuraram facilmente sua pele, e seu doce sangue invadiu minha boca descendo pela minha garganta, que queimava mais e mais. Alguém gritava em minha mente:

“Pare!,Pare!,Pare!,Pare!”

E então eu parei completamente assustada e ao mesmo tempo curiosa com o que eu acabara de fazer. De repente um forte trovou ecoou no céu e de pouco em pouco, começou a chover, deixando-me completamente molhada. Então peguei o corpo que se debatia estranhamente no chão e corri em direção a algum lugar.

E pude notar que enquanto eu corria entre as árvores da floresta, tudo e todos em minha volta estavam me dando, por algum motivo, Boas Vindas.