A Perfeita Imperfeição de Existir escrita por AllyOliveira


Capítulo 2
Segundo Ato




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— Sasori Akasuna — disse Kankuro.

Os olhos de Sakura ergueram-se para encontrar o rosto do mestre de marionetes. Kankuro viu choque e temor nos largos olhos cor de jade da garota. Ele pressionou os punhos pelo ódio que percorria todo o seu corpo.

— Como?— o  jounin  rosnou. — Como isso é possível?

— Isso é o que eu gostaria de saber — disse Gaara, fixando seus olhos rígidos feito aço em Sakura.

— Sakura , eu quero que você descubra o que puder a respeito da condição dele e, logicamente, o porquê dele ainda estar vivo.

Sakura desviou os olhos do corpo adormecido de Sasori para encontrar os de Gaara.

— Sasori Akasuna —  ela sussurrou.

— Sim. Ontem à tarde uma de nossas equipes ANBU encontrou um esconderijo da Akatsuki onde depararam-se com o corpo de Sasori Akasuna. Além, é claro, do grupo ANBU ao qual me referi — Gaara pausou sua fala e apontou para os guardas ao redor da sala. O Kazekage então completou: —, apenas nós sabemos sobre isso. — Ele deu um passo para mais perto de Sakura e prosseguiu: — O que eu realmente quero descobrir é como ele ainda está vivo. Todos pensávamos que ele tivesse descartado seu corpo humano para se transformar em uma marionete.

Sakura esforçou-se para engolir o medo praticamente palpável que ela estava sentindo e tentou ligar seu modo de médica profissional. 

— Verei o que posso fazer.

De repente, a garota sentiu uma mão morna sobre seu ombro. Ela virou-se e viu Kankuro em pé do seu lado. Ele apertou levemente o ombro da kunoichi e disse:

— Nós estamos aqui com você.

Sakura imediatamente sentiu uma forte onda de gratidão por aquela singela, mas significativa demonstração de apoio do shinobi mais velho. Ela deu uma última olhada para Gaara que fez um sinal positivo para ela, dando permissão para que a ninja começasse a agir. Sentindo-se significantemente mais corajosa pela presença dos irmãos da areia, a ruiva lentamente moveu suas mãos para o peito de Sasori. Forçando-se a pensar que aquele homem era apenas mais outro de seus pacientes anônimos, ela impulsionou um pouco do seu chakra médico para sondar o corpo do ninja renegado.

Sua descoberta foi extremamente perturbadora. Depois do que lhe pareceu alguns poucos minutos, Sakura recolheu suas mãos do corpo do prisioneiro e olhou para Gaara, sentado numa cadeira próxima a ela, e para Kankuro, que encontrava-se escorado na cama. A kunoichi piscou para eles e franziu o cenho.

— Você acabou? —  Kankuro perguntou.

— Quê?

— Você examinou ele por quase meia hora — Gaara informou.

Sakura ficou espantada. Ela tinha a tendência de lançar-se em seu trabalho e perder a noção de tempo e espaço. Todavia a jovem ninja tinha certeza que dessa vez sua total distração tinha relação com a descoberta bizarra que havia feito enquanto examinava Sasori. Sakura respirou fundo e começou a explicar suas constatações.

Pelo que parecia, Sasori estava tão vivo quanto ela ou outro humano qualquer. Olhando bem para o rosto do ninja renegado, a ruiva percebeu claramente que o corpo dele parecia mais velho em relação à aparência da marionete com a qual Chiyo e ela tinham lutado anos antes, entretanto ele não aparentava nem de perto sua real idade — quarenta anos, julgando pelo tempo que deixou a Vila da Areia. Sakura não entendia como aquilo era possível.

Na mesma inspeção, a kunoichi da Folha descobriu traços de um chakra estranho no corpo de Sasori. Ela explicou que em vez de ficar inerte, como chakra forasteiro tende a se comportar no corpo de um ninja, esse chakra fluía por todo o corpo do shinobi desertor, quase como sangue nas veias. Finalmente, Sakura revelou o mais perturbador dos seus achados. Sasori tinha somente metade do seu coração, e o chakra estranho em seu corpo parecia concentrar-se em torno da metade restante antes de circular ao redor do resto de seu corpo.

— Mas isso não é possível. Como alguém pode viver com apenas metade do coração? — Kankuro perguntou, incrédulo.

— Eu realmente não faço ideia. Por tudo o que sei, ele não deveria estar vivo — Sakura admitiu. Após uma pausa, ela adicionou: — Há algo mais que eu ainda não descobri. Nunca vi uma pessoa viva com apenas metade de um coração, então eu não posso dizer com certeza se é uma causa direta ou independente, mas as funções do corpo do Sasori (todas, desde a sua pulsação até a taxa de divisão celular) estão muito lentas. É quase como se ele estivesse vivendo em câmera lenta, se é que isso faz sentido.

Gaara olhou de sobrancelhas franzidas e disse:

— Ele deveria estar morto, mas o fato é que está muito vivo.

Sakura encontrou o olhar do Kazekage.

— Eu tenho que tomar uma decisão sobre o que fazer a respeito disto. Sasori Akasuna é um criminoso. Ele sequestrou e matou o Terceiro Kazekage, o que por si só é suficiente para condená-lo à morte.

Entretanto, Sakura não perdeu a leve hesitação na voz de Gaara.

— Eu vou ter que discutir isso com o Conselho Jounin. Mas, em última instância, a decisão é minha.

— O que você está tentando dizer? — Kankuro perguntou, com tom cético.

Gaara definitivamente teria uma enxaqueca pensando em como explicar a situação para o Conselho Jounin, de forma que seus integrantes concordassem com o prolongamento da vida de Sasori.

— Eu penso que seria uma grande vantagem para nós termos Sasori vivo para ser interrogado a respeito de informações sobre a Akatsuki. É fato que pouco sabemos sobre eles e suas verdadeiras intenções.

Kankuro ficou boquiaberto com seu irmão.

— Não quero ser um estraga-prazer, irmão, mas eu realmente não acho que Sasori esteja em condições de responder a quaisquer perguntas. Olha só para ele, é praticamente um morto-vivo.

— Foi por isso que eu pedi a Sakura que viesse aqui.

Agora, foi a vez de Sakura se assustar.

  — Oh, não. Se você está sugerindo que eu tente reanimá-lo, então temo ter que recusar seu pedido.

— Por quê?

— Eu nunca vi alguém em uma situação como a dele. Eu sequer sei se ele pode ser curado. A julgar pelo chakra estranho em seu corpo, isso pode tratar-se de uma armadilha. É arriscado.

— Infelizmente, você não toma as decisões aqui, Sakura. Enquanto você estiver a serviço de Suna, obedecerá minhas ordens.

Sakura sentiu seus olhos se contorcerem em aborrecimento.

— Claro, vou informar a senhora Tsunade sobre esta nova circunstância. Mas acho que você e eu sabemos que são grandes as chances dela ficar do meu lado nessa situação.

Sakura cruzou os braços desafiadoramente. Kankuro suspirou.

— Gaara, você realmente não aprendeu nada sobre como falar com as mulheres.

Gaara virou-se para seu irmão.

— O que isso quer dizer?

Kankuro riu e balançou a cabeça.

— Nada. — Ele lançou um olhar travesso para Sakura.

Gaara suspirou, sabendo o quão teimosa Sakura poderia ser. Ele resolveu escolher uma abordagem diferente.

— Sakura, deixe-me colocar desta forma. Você é uma ninja médica muito capaz e tenho fé que você é mais do que qualificada para esse trabalho. Tudo o que peço é que você faça tudo o que puder para acordá-lo. Vou lidar com o que acontecer depois.

Sakura olhou para Gaara. Como Kankuro, ela se acostumou com o Kazekage estoico ao longo dos últimos meses. Ele não saía muito e a única mulher (além de Sakura) com a qual ele conversava sobre assuntos não relacionados ao trabalho era Temari. A kunoichi de Konoha inicialmente foi bem cautelosa com ele, afinal a memória do demônio Shukaku enlouquecido tentando matá-la na sua época de genin não era fácil de expulsar de sua mente. Mas, no fundo, Gaara realmente era uma pessoa amável, que só precisava de gente para ouvir e acreditar nele. O jovem Kazekage era muito parecido com Naruto, por isso Sakura não conseguia não gostar dele. A garota suspirou, desanimada, sabendo que ela nunca poderia recusar-lhe qualquer coisa.

— Tudo bem, Gaara. Eu vou fazer tudo que puder. Mas não posso prometer nada. A condição de Sasori é absolutamente extraordinária.

Gaara assentiu.

— Eu entendo. Vou escolher uma equipe de ninas ANBU para supervisionar o seu trabalho.

Um cuidado extra para o caso de Sasori realmente acordar, pensou Sakura. Ótimo. Apenas imaginar ele despertando causava terror na garota.

— Devemos contar tudo para Temari assim que ela voltar de Konoha — Kankuro comentou.

— Sim, seria impossível esconder isso dela.

Sakura sorriu. Temari realmente conseguiu por coleiras apertadas nos dois. A ruiva supôs que as coisas em Suna funcionavam da seguinte forma: enquanto Gaara ostentava o título de Kazekage, Temari era a responsável pelo trabalho tedioso de escritório, nos bastidores. Afinal de contas, atrás de cada grande homem, há uma mulher ainda maior.

— Então, quando você quer que eu inicie o diagnóstico preliminar?

— Imediatamente. — Ele a olhou uma vez, e , em seguida, acrescentou: — Depois de comer alguma coisa, é claro.

Sakura revirou os olhos.

— Sim, sua Majestade.

— Não me chame assim.

Kankuro sacudiu a cabeça.

— Pessoal, é sério, que diabos estamos ponderando fazer aqui? Eu simplesmente não posso acreditar no que estou ouvindo.

Um momento de silêncio se estendeu entre os três shinobi. Sakura voltou seu olhar para Sasori. Ele definitivamente parecia mais velho do que a última vez que ela o tinha visto. Naquela época, o grande mestre marionetista parecia quase angelical em sua juventude perfeitamente preservada. E, no entanto, ele atacou Sakura e Chiyo, sua avó, sangue do seu sangue, sem piedade. O Sasori que ela lembrava era um vilão em todos os sentidos da palavra. A kunoichi estremeceu, perguntando-se no que estava se metendo. Que tipo de consequências que a decisão de Gaara sobre reanimar o ninja renegado poderia trazer mais tarde?

— Vamos deixar da seguinte forma. Por agora, Sakura, apenas se concentre em acordar Sasori Akasuna. Kankuro, vou precisar da sua ajuda quando eu for falar com o Conselho Jounin.

Kankuro sabia o que isso significava. O conselho certamente repudiaria a ideia de deixar Sasori vivo. Ele era o criminoso mais procurado de Suna, embora a maioria da geração de Kankuro  não soubesse muito sobre ele. Os shinobi mais velhos, no entanto, iriam querer a cabeça de Sasori em uma bandeja por seu envolvimento na morte do Terceiro Kazekage. Seria uma longa noite discutindo a sensatez da ideia de Gaara a respeito de manter Sasori vivo para um interrogatório. Kankuro realmente esperava que Temari voltasse logo de Konoha. Ela era muito melhor no que se refere à diplomacia e negociação.

— Certo, irmãozinho. Eu só espero que Temari volte logo.

— Eu já entrei em contato com nossa irmã. Se tivermos sorte, ela estará aqui nos próximos dias.

Kankuro se virou para Sakura e disse:

— Então, vamos preparar algo para você comer, de modo que possa começar logo a Operação Frankenstein.

Sakura se encolheu com a metáfora horrível.

— Certo. Eu acho que isso é o que eu recebo por ter escolhido o caminho da vida sobre a morte. Gaara, você vai se juntar a nós?

— Eu vou começar a me preparar para a reunião de emergência que irei  convocar. Vocês dois vão, mas sejam rápidos. Quanto mais cedo pudermos acordá-lo, melhor. Pode me ajudar a convencer o Conselho.

Sakura estreitou os olhos para ele.

— Se Temari estivesse aqui, ela iria exigir que você comesse alguma coisa. Eu sei que você vai ficar acordado a noite toda por esse problema, assim que esta é minha única chance para me certificar de que você não morrerá de fome no processo. — Ela fez uma pausa. — Já que sou sua médica pessoal, eu peço, ou melhor, exijo, que você coma alguma coisa.

Sakura olhou nos olhos de Gaara. Era difícil lidar com o prodígio da Areia, quando ele era teimoso até mesmo com o cumprimento dos hábitos regulares para manutenção da saúde. Ele trabalhava exageradamente. Mas se o Kazekage estava usando sua posição para impor suas ordens, pensou a kunoichi, ela faria o mesmo estando respaldada por seu prestígio como médica.

— Tudo bem. Mas vamos fazer isso rápido.

Depois de um rápido jantar com os irmãos da Areia, Sakura deixou-os a lidar com a agitação política que tinham certeza que ocorreria na sequência do regresso de Sasori. Seguindo o conselho de Gaara, ela tentou não pensar muito sobre  assuntos que não fossem relacionados à condição clínica do ninja da Akatsuki. De verdade, ela ia ter que quebrar, e muito, sua cabeça na procura por uma solução para aquele caso sem precedentes.

Ela voltou para o leito de Sasori na ala dos prisioneiros, onde dois dos guardas ANBU anteriores estavam à espera, para seu alívio. Honestamente, ela não queria ser deixada sozinha, mesmo com um Sasori meio morto. O quarto era pequeno e o laboratório de Sakura estava do outro lado do hospital, infelizmente. Mas, na sua ausência , ela percebeu que alguém tinha criado um mini laboratório numa mesa de metal comprida ao longo da parede oposta à cama. Ela levou algum tempo para verificar todos os equipamentos  e depois correu para seu laboratório para adquirir mais alguns itens. Logo Sakura sentiu-se pronta para começar a fazer os primeiros testes.

Precisava de um nível minucioso de delicadeza para Sakura extrair amostras do coração mutilado de Sasori, mas ela conseguiu realizar a tarefa com sucesso. Usando um microscópio, a ruiva examinou a amostra de tecido cardíaco e concluiu que estava estranhamente saudável e normal, o que era uma boa notícia — se é que a possibilidade do temível mestre de titeriteiro acordar podia ser considerada uma boa notícia.

Sakura chegou à conclusão que o melhor a se fazer para resolver o problema do coração de Sasori seria usar uma variação da técnica de estímulo à regeneração, de Shizune, para acelerar a divisão celular no músculo cardíaco do ninja renegado. Assim a metade em falta do coração dele voltaria a crescer, tal como ocorria com um membro amputado sob a mesma técnica. Em vez de usar uma amostra de tecido de alguma outra parte do corpo de Sasori para atuar como uma espécie de mediador no processo de regeneração, Sakura começou a ponderar a possibilidade de focar toda a sua energia no coração dele, de forma que pudesse acelerar os processos de divisão e crescimento natural de suas células. Isso poderia funcionar desde que ela usasse a quantidade certa de chakra para induzir o processo. Mas Sakura estaria fazendo uma aposta muito arriscada, pois um movimento errado poderia causar danos irreparáveis ​​no coração do shinobi da Areia. O que quer que ele tenha feito consigo mesmo, tratava-se de uma uma situação muito delicada. A jounin de Konoha se perguntava por que diabos ele iria colocar-se numa situação tão perigosa. Caso Sasori não tivesse contato com a ajuda de um ou dois médicos altamente qualificados, passar por aquele processo aberrante que Sakura descobriu durante a varredura no organismo dele seria semelhante ao suicídio. Que diabos se passava na cabeça daquele ninja louco?

Um grande problema para Sakura era que ela não era capaz de realizar sozinha a técnica de regeneração de Shizune. Gaara tinha deixado bem claro que ele queria que toda essa operação fosse mantida em segredo, logo a garota desconsiderava a hipótese do jovem Kazekage permitir que ela recrutasse funcionários do hospital para ajudá-la. Entretanto,  talvez ela não precisasse de ajuda, afinal, o fato de não ter que converter  células retiradas de outra parte do corpo de Sasori numa forma apropriada para a parte danificada do seu coração era, sem dúvida, um grande ganho de tempo. Essa parte era a que mais exigia dos médicos durante a execução de uma técnica de regeneração normal. Talvez, se tivesse tempo suficiente, ela poderia realizar sozinha essa regeneração muito mais simples. Em todo caso, a jounin não tinha outra escolha.

Assim sendo, Sakura começou a examinar uma amostra do chakra estranho que ela cuidadosamente extraiu do corpo de Sasori. Aquele chakra se comportava de uma maneira muito peculiar. Mediante inspeção mais rigorosa, a ninja médica percebeu que a energia espiritual em questão parecia congelar qualquer coisa com a qual entrasse em contato. Curiosa, Sakura injetou um pouco da amostra de chakra em um rato vivo. Os resultados foram instantâneos. Observando através do seu próprio chakra, a garota notou que as funções corporais da cobaia desaceleraram até o ponto de quase inércia. Era quase como se o relógio interno do rato tivesse passado a andar mais lentamente. Todavia, sondando por mais tempo o organismo do roedor, ela concluiu que tudo estava funcionando normalmente, só que em um ritmo muito mais moderado que o considerado normal. Intrigada, Sakura retirou o chakra estranho do rato, que se contraiu violentamente pela ação, como se estivesse enfrentando um processo de convulsão. A princípio, a ruiva pensou que estivesse matando sua cobaia, no entanto, depois de alguns minutos, o animal despertou, cheirando o ar como se nada tivesse acontecido. Não demorou para que ele começasse a correr com todo o seu ímpeto ao redor da mesa. O pequeno ser estava mais vivo do que nunca!

Sakura olhou de volta para a figura adormecida de Sasori. Depois das experiências com o rato, ela ficou  completamente fascinada com a condição na qual se encontrava o mestre de marionetes. De alguma forma, o chakra forasteiro que estava nele havia quase parado o tempo para o seu corpo, como uma espécie de efeito de hibernação. Talvez isso explicasse por que ele não havia morrido ainda. Se seu corpo estava sendo preservado pelo chakra estranho, provavelmente levaria um tempo muito longo para que começasse a reagir à ausência de metade do seu músculo cardíaco. 

Depois de suas observações, Sakura concluiu que poderia restaurar o coração de Sasori antes de remover o chakra estranho e, assim,  talvez acordá-lo! Em qualquer caso, o grupo ANBU na sala pareceu sentir a excitação da jovem enquanto ela rabiscava às pressas um bloco de notas e distribuía olhares entre o rato correndo pelo laboratório e Sasori.

— Está tudo bem, Haruno-sensei?

— Ah, sim. Eu acho que tudo vai ficar bem.

Sakura não estava assustada pela possibilidade de reviver Sasori, na verdade, naquela altura, o espirito científico da kunoichi já tinha dominado-a, afinal de contas aquela condição biológica que ela estava presenciando era absolutamente excepcional. Talvez as experiências adquiridas no tratamento do shinobi da Akatsuki pudessem ajudar na descoberta de métodos para  reconstrução de órgãos e, assim, aumentar as possibilidades de sobrevivência em casos de pessoas mortalmente feridas. Outra possibilidade de uso desses conhecimentos poderia ser a evolução dos processos de transplante de órgãos. As possibilidades eram infinitas! Porém Sakura sabia que a melhor maneira de obter algumas respostas concretas e dar crédito as suas teorias seria interrogando o próprio Sasori. De repente, ela sentiu mais determinação do que nunca para ter sucesso nessa missão. Sasori acordaria de qualquer jeito, ele querendo ou não. Isso era tudo que ela tinha a dizer sobre isso.

Com esse pensamento em mente, Sakura encerrou suas atividades naquele dia. Já era muito tarde e ela ia precisar de sua força para os dias à frente. Então, ela pediu licença e voltou para sua habitação. Certamente o dia seguinte seria ainda mais emocionante, especialmente se ela conseguisse fazer algum progresso  no que diz respeito à restauração do coração incompleto de Sasori.


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