Ólafur Arnalds - Everything Must Change

“Senhor Lupin, parabéns”, elogiou a professora, entregando-lhe a prova.

Ele sorriu, abaixando os olhos.

“Eu só tenho certeza de uma coisa, Remus vai ser o único que vai conseguir terminar Hogwarts”, afirmou Sirius, frustrado de tanto estudar.

Ele continuou sua leitura, cego pelo medo de falhar.

“Doente de novo? Tem certeza que pode chegar perto dos bichinhos assim?”, questionou uma aluna antes de colocar um filhote em suas mãos.

Ele assentiu lentamente, vermelho.

“Sai desse livro e presta atenção, Moony”, Sirius chutou o livro para longe.

Ele rolou os olhos e fingiu prestar atenção no plano de invadir do gabinete de Filch, mas ainda só queria voltar para o mundinho onde a Lua Cheia não estava próxima.

“Remus”, sorriu Lily, “Você é a definição de cavalheiro”

Ele ri, envergonhado, e continua ajudando as meninas a pularem do vão do trem.

“Lupin”, debochou Snape, “Quem cala consente”.

Ele deu um último olhada no garoto caído no chão antes de seguir os amigos.

“Remus Lupin... O senhor é o único com quem não preciso me preocupar”, McGonagall alfineta seu uniforme com o crachá de Monitor.

Ele sustenta seu olhar, mesmo temendo desapontá-la.

“Tem alguém aí? No que você tanto pensa?”, questionou Peter, o observando perdido em pensamentos.

Ele sorri, mudando de assunto.

“Eu pago, Moony”, disse Sirius, abaixando sua mão.

Ele pensa em negar, mas prefere guardar o dinheiro e manda-lo novamente para os pais.

“Você via se prejudicar por conta deles”, alertou Lílian.

Ele manteve a mentira diante do diretor, mesmo sabendo que aquilo tiraria seu cargo.

“Senhor Lupin em primeiro novamente”, o troféu foi guardado entre os outros.

Ele sorriu para si mesmo na imagem contra o vidro, orgulhoso.

“Sempre metódico...”, comentou Dorcas, dando-lhe as costas.

Ele continuou parado, tomando ar.

“O coração quer o que ele quer, certo Moony?”, sorriu James com o crachá de Monitor Chefe.

Ele ignorou o olhar fulminante de Lílian e forçou um sorriso.

“Qual o seu problema? Por que você não me conta as coisas?”, sussurrou Sirius durante a aula.

Ele ignorou o amigo, começando a anotar coisa sem sentido, já que não conseguia ouvir o professor com os pensamentos que Sirius forçou.

“James e Sirius fazem e nós assistimos, essa é a regra huh?”, disse Peter dando alguns passos para trás, indo embora.

Ele olhou a passagem secreta e atravessou, mesmo sabendo que devia ficar.

“Remus, abre a boca e fala, você é a voz da razão”, James continuou com o mapa aberto e os três o olharam.

Ele respirou fundo, fechando os olhos.

“No que você tanto pensa?”, perguntou Dorcas.

Ele a olhou, ainda em silêncio. E manteve-se.

“Às vezes eu acho que você anda com James e Sirius só pra... Fingir ser jovem”, riu Lily.

Ele sorriu, desviando o olhar, olhando os amigos ao longe.

“Em Remus podemos confiar, huh?”, brincou Sirius, abrindo a garrafa de vodka.

Ele assentiu, fingindo animação.

“Em Remus podemos confiar”, afirmou.