Você e eu, Eu e você - Reconstruindo um Amor! escrita por Débora Silva, SENHORA RIVERO


Capítulo 23
Capítulo 22 - " Ajudando você!"




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DOIS DIAS DEPOIS...

Nos dois dias que se passaram Victória quase não saiu do quarto, estava um pouco medrosa e chorava muitas vezes escondido de todos, passava mais tempo com Ana e Tereza, Pepino e Antonieta vieram a ver e ela se distraiu mais ainda. Heriberto não trabalhou, mal dormia tentava falar com ela, mas Victória não conseguia estava com um bloqueio e vergonha de estar frente a ele depois de tudo.

Fernando não deu notícias a Tereza nesses dois dias e a deixou doida, andava de um lado para o outro enciumada e pensando barbaridades infundadas. Beth e Luciano mal se viram nesses dois dias, ele trabalhou como um louco e sempre que chegava, ela já estava dormindo, dessa vez ela não brigou mais sempre ficava sentida com essa situação, mas driblava seus pensamentos dando atenção a filha que era o seu maior amor.

Heriberto estava de mãos dadas com Victória a caminho do consultório de Miguel. Era apenas uma consulta de rotina, mas os dois estavam silenciosos e preocupados com os bebês. Bateram na porta e entraram. Heriberto cumprimentou o médico dela e se sentou depois de ajudar ela a se sentar também.

MIGUEL— Como está, Victória? – Ela suspirou.

VICTÓRIA— Quero ouvir meus filhos! – Pediu a ele. Miguel sorriu de leve e estendeu a mão a ela. Victória pegou a mão dele e ele acariciou.

MIGUEL — Seus bebês estão bem e podemos começar a consulta por aí. Agora tira essa cara e me dá um sorriso.

Heriberto apenas ficou em silêncio e sentiu alívio por seus filhos. Não tinha malícia ali da parte de Miguel, queria apenas que ela ficasse calma. Victória deu um pequeno sorriso e ele a fez levantar e foram até a cama para fazer a ultrassom dela. Heriberto os acompanhou em silêncio.

MIGUEL— Ela tem comido bem, Heriberto?

HERIBERTO — Come, mas não como deveria e tem muitos desejos! Come demais e vomita tudo!

Victória se levantou e Miguel começou o exame.

MIGUEL— Eu vou passar um remédio para o seu enjoo e as novas vitaminas também!

Heriberto olhava curioso, amava ver os filhos.

MIGUEL— Aqui está a sua menina, Victória, ela é bem espaçosa e acho que vai te dar um pouco mais de trabalho com o passar dos meses!

Heriberto chorava quando via os filhos e naquela vez não foi diferente. Segurou a mão da esposa e continuou com as lágrimas nos olhos.

MIGUEL — Já o outro bebê não tem jeito, a menina está tapando ele ou ela todo.

Victória chorou de emoção e por saber que os filhos estavam bem.

HERIBERTO — Não importa, Doutor a gente vai amar seja lá o que for!

VICTÓRIA— Que tipo de incomodo?

MIGUEL— Ela vai subir e ficar pressionando sua costela e isso vai doer muito.

Victória mordeu o lábio imaginando o quando iria doer e Miguel sorriu e colocou os corações para eles ouvirem. Heriberto acariciava a mão dela enquanto viu os filhos na tela. Estava tão feliz com aquelas crianças o sonho de uma vida.

MIGUEL— Victória e Heriberto desde já eu quero avisar a vocês que o recomendável é um parto cesária.

HERIBERTO— Sim, faremos o que você determinar!

VICTÓRIA — Eu quero meus filhos de modo natural, não quero cesária!

HERIBERTO— É muito arriscado, meu amor é melhor que você faça uma cesária! Se fosse um parto de apenas um bebê, eu diria que você poderia fazer sem problema, mas Miguel pode te confirmar de parto gemelar é muito perigoso! Você não pode correr esse risco e nem nossos filhos!

MIGUEL— Isso mesmo, Victória, é mais saudável para você e seus filhos!

Victória suspirou e nada mais disse.

HERIBERTO — Eu sei que você queria, meu amor, mas não será possível!

Miguel mediu os bebês e terminou, Victória limpou a barriga e levantou. Heriberto a ajudou a se levantar. Miguel fez mais algumas recomendações e os liberou sorrindo.

HERIBERTO— Vick, você está com pressa?– Ele sorriu a levando ao carro, um sorriso bonito. Ela colocou seu óculos.

VICTÓRIA— Eu não, só estou com um pouco de fome!

HERIBERTO— Quero te levar num lugar!– Ele sorriu. – Tudo bem, vamos!

Victória ainda estava um pouco para baixo, mas tentava deixar ele ficar perto. Heriberto sorriu e a levou ao lindo Observatório marinho, onde pexes de todos os tipos e tamanhos eram visto lá. Queria que ela fosse ali há tempo, andando de mãos dadas, ele sorria explicando as espécies de peixes e sorriu vendo que ela se interessava.

Victória sorriu olhando os peixes.

HERIBERTO— Victória, eu comprei um aquário novo para mim, está no apartamento, tem os peixes que você gosta!– ele riu. – Até meu aquário é cheio do que você quer! Você sempre mandou em mim, Victória!

VICTÓRIA— Eu não mando em você, só peço, é diferente de mandar!

Ele riu.

VICTÓRIA— Compra a pipoca pra mim...– Apontou.

HERIBERTO— Sim! Quer doce ou salgada?

VICTÓRIA — As duas!

Ele riu e comprou com um suco, comprou a maior de todas enquanto voltava a ela sorrindo.

HERIBERTO— Vamos nos sentar ali perto da baleia!

Era um vidro enorme que dava para uma baleia e os dois ficaram sentados comendo pipoca. Victória se sentou e vendo aquela baleia falou.

VICTÓRIA— Podemos compra um tubarão para por no seu aquário?

Ele soltou uma gargalhada enorme. Os olhos brilhavam, ele teve certeza ela era mesmo seu amor mais uma vez. Ela sorriu comendo.

HERIBERTO— Me dá um beijo...– Pediu perto dela os lábios quase colando... – Me dá um beijo agora!

Ela o olhou e negou com a cabeça se afastando um pouco.

HERIBERTO— Amor, tá tudo bem, não precisa recuar! Eu não vou te beijar se você não quer. – ele a olhou em cumplicidade.– Eu comprei umas roupas novas para nossos filhos!

VICTÓRIA— Não vamos comprar demais, bebês crescem rápido e não quero perder as roupas tão rápido!

HERIBERTO— Eu não resisti, Victória, estavam muito lindas! Está tudo no meu apartamento. Você pode passar comigo quando a gente foi embora e pegar. Eu comprei um chocolate para você que é sem açúcar, está lá em casa também!

Ela comia o ouvindo.

VICTÓRIA— Meus chocolates já estou sentindo falta!

HERIBERTO — Você vai poder comer sem se preocupar! Esses não contém açúcar, são Suíços também.

VICTÓRIA — Antes vamos comer um lanche que eu estou com vontade!

HERIBERTO— Tudo bem, que lanche que você quer? Quer comer lanche em casa ou quer que peça agora para você?

VICTÓRIA— Eu vi ali quando nós passamos. Na saída, pegamos e vamos embora! Eu um como no carro e levamos mais um pra comer no seu apartamento!

HERIBERTO— Tudo bem o que você achar melhor. Já tá cansada já quer ir?

VICTÓRIA — Tem mais alguma coisa pra me mostrar aqui?

HERIBERTO— Não só queria que você visse a baleia. – Ele riu implicou com ela.

Ela o encarou.

VICTÓRIA— Você está jogando uma indireta?

HERIBERTO — Victória, por Deus é claro que não! Você sempre gostou de baleias por isso eu trouxe você para ver a baleia, meu amor! Que bobagem é essa, você está linda e vai continuar linda!

Heriberto deu a mão a ela e juntos foram comprar o lanche que ela tanto queria e levaram no carro com ela comendo. Ele comprou logo três lanches, dois para ela e um para ele. Logo chegaram ao apartamento dele e subiram para pegar os chocolates.

Victória entrou no apartamento já tirando os saltos e mordendo seu lanche, foi até a sala e sentou. Abriu um pouco a saia liberando sua blusa se sentindo um pouco mais livre.

HERIBERTO— Amor, quer uma água de coco? Tem aquela tangerina que você gosta. – ele sorriu e se sentou pegando os pés dela e massageando.

Ela se ajeitou melhor relaxando enquanto comia.

VICTÓRIA— Tangerina é bom!

HERIBERTO — Eu pego pra você! – ele massageou os pés dela com carinho com as mãos fortes e suaves ao mesmo tempo. – Você precisa marcar uma massagem amor, pra melhorar seu corpo, vai começar a sentir dores.

VICTÓRIA— Eu não posso mais ficar de bruços, então, você pode fazer em mim.

HERIBERTO — Posso fazer sempre que quiser, meu amor, agora quando você terminar de comer eu posso fazer. Quer tomar um banho? relaxar? Tem roupão ai você deita um pouco no meu quarto com o ar ligado.– ele sorriu e continuou a massagem nos pés dela.

Ela terminou de comer e suspirou. Amava as massagens dele e a relaxava bastante.

HERIBERTO — Vamos, te levo pro banho e você relaxa mais ainda!

Ela o olhou.

VICTÓRIA— O que foi feito dele?– Falou com a voz quase falhando.

HERIBERTO— Amor...– ele suspirou. – Você quer conversar?

VICTÓRIA — Só quero saber o que aconteceu, só isso, nada mais!

O corpo dela ficou rígido.

HERIBERTO— Está preso, foi preso naquele dia logo depois de você fazer o seu depoimento e ser atendida.

VICTÓRIA— Eu quero esse homem na cadeia pelo resto da vida! – falou entre dentes.

HERIBERTO— Ele vai ficar, amor o resto da vida lá! Não vamos pensar nisso, tá! Vamos pensar em coisas boas!

VICTÓRIA— Eu não quero mesmo pensar nele! – suspirou e fechou os olhos.

HERIBERTO — Não pensa, vamos falar de outras coisas. – ele ainda massageava ela com amor. – Vick, sua mãe tem notícias de seu padrasto?

VICTÓRIA— Não e eu estou ficando preocupada!

HERIBERTO— Talvez fosse melhor procurar algum profissional ou alguma ajuda porque se ele estiver sumido? Fernanda não faria isso com Teresa de deixar ela sem notícias! Mesmo que minha sogra esteja pensando besteiras ou pensando que ele está fazendo alguma coisa que não deve, ele ligaria.

VICTÓRIA— Eu também acho que algo de muito ruim aconteceu! Aí vamos pra casa, eu preciso tirar essa roupa!

HERIBERTO— Vamos, amor, vou te levar!

Ela ajudou e os dois foram para casa de Vick carregando os presentes dos bebês e os chocolates dela. Vick chegou e foi direto para o banho, arrancou aquela roupa e vestiu uma camiseta de Heriberto que ali tinha e um shorts molinho e desceu.

Ele estava tomando um suco na cozinha e vestia apenas uma sunga branca, iria para a piscina, não tinha plantão. Ela o olhou e prendeu os cabelos em um coque.

HERIBERTO— Está uma delicia, suco de melancia! – ele sorriu e ofertou a ela. – Quer?

O corpo dele estava quinze quilos mais magro, estava lindo e sexy sem esforço algum. Ela negou com a cabeça e espantou os pensamentos pecaminosos da cabeça.

HERIBERTO— Vou nadar! – ele a olhou com carinho e sorriu. – Não quer se sentar um pouco la fora?

Tereza entrou com Ana no colo gritando.

ANA— Vick! Vick!Vick! rimã, eu cheguei!

Victória a pegou no colo e a encheu de beijo.

ANA— Vick, amo, amo, celosa. – abraçou irmã.

Tereza tinha os olhos inchados de chorar. Victória riu do jeito da irmã.

ANA — Vick, papai num voto, papai sumiu, num voto, né, mamãe? – E depois olhou a mãe.

Tereza começou a chorar e Heriberto a abraçou sentando ela na cadeira.

HERIBERTO — Calma, minha sogra vou te dar um suco pra você se acalmar.

VICTÓRIA— Mamãe, a senhora não descobriu nada?

TEREZA— Eu não consigo falar com ele, quero ir a policia! – ela falou nervosa.

ANA— Ta solando, mamãe? Vick, mamãe tá solando? – ela ficou com carinha triste.

TEREZA — Não to filha. – ela sorriu de mentira. – Mamãe não está!

VICTÓRIA— Eu vou levar ela pra lá! Ela não pode te ver assim alterada. Vamos a piscina, Ana?

TEREZA — Leva, Vick por favor! Leva ela!

Victória levou Ana até a área piscina e ficou brincando com ela lá até que Heriberto saísse para ela o olhar nadar.

HERIBERTO — Amor, mandei sua mãe dormir porque parece que ela não tá nem dormindo! Falei com ela pra descansar um pouco enquanto cuidamos da Ana.

VICTÓRIA — Sim, precisamos ajudar ela!

HERIBERTO— Meu amor, estou preocupado com sua mãe!

VICTÓRIA— Eu também estou e muito, Fernando não é disso!

HERIBERTO— Eu vou tentar de novo falar com ele!

ANA— Helibeto, oi Helibeto. – Ana piscou pra ele e Victória riu.

VICTÓRIA— Tá te paquerando Heriberto? – Falou rindo.

ANA— Heliberto, Vick, é munito, ele é munitão.

Heriberto riu e pegou ela beijando e cheirando.

HERIBERTO — Que gatinha que eu tenho aqui, me paquerando, em, minha gatinha linda! Neném de Heriberto!

VICTÓRIA — Ana, ele é feio!– Falou brincando.

ANA— É não, Vick! Ele é lindo, mim gosta de Helibeto! – beijou ele no rosto e depois pediu o colo de Vick de volta. Vick a pegou e a sentou em seu colo a cheirando.

VICTÓRIA — Neném cheirosa!

ANA— Vick que é!

VICTÓRIA— Vai nadar? – Olhou ele.

HERIBERTO— Vou sim e vou levar minha bituquinha! Vem neném, vem com seu Heli!

ANA— Medo elado, Vick!

HERIBERTO— Não tá gelado não, amor, vem com Heli, vem!

Ana olhou Vick.

VICTÓRIA — Vai, amor se tiver ruim a Vick pega.

Ela sorriu e depois de beijar Victória se jogou nos braços de Heriberto. Pulava como uma pipoquinha. Victória somente os olhou sorrindo. Heriberto foi entrando na água com ela com carinho e deixando que o corpinho pequeno se acostumar com água fria.

HERIBERTO — Tá gelado, meu amor?

ANA— Socolo socolo! – Gritava agarrada a ele.

HERIBERTO— Calma, meu amor, calma! – E não sabia se ria ou se sair da piscina com ela era melhor opção.– Eu vou sair, calma! – Ele saiu se sentando na beirada da escada.

ANA— Vick, socolo!

HERIBERTO— Calma, pronto já tô aqui estava tão gelada assim?

Se encolheu.

HERIBERTO — Desculpa, meu amor!

Victória pegou uma toalha que estava ali e foi até eles a pegou e a enrolou.

VICTÓRIA — Ana, ele nem te molhou sua dramática!

ANA — Ai vick socolo! Quelo sovete! – falou tremendo de mentira.

VICTÓRIA — Não tem sorvete

ANA— Tem mama? Quelo mama! – Cadê mamãe?

VICTÓRIA— Olha lá Heriberto na água, não quer mesmo?

Ana virou ela para olhar ele e fez que não com a cabeça.

ANA — Vick vai com mim? – Pegou nos cabelos da irmã.

VICTÓRIA — O que?

ANA— Na pixina, vai com mim!

VICTÓRIA— Tá fria, Vick não gosta!

ANA — Eu quelo com você!

VICTÓRIA— Cristo de Deus, Ana Lívia, não faz isso com sua irmã!

ANA — Eu quelo!

Ela foi até a ponta e tirou os chinelo e sentou com ela. Ana beijou a irmã agradecendo.

ANA— Me da seu mama, Vick, tem leite? – Tocou a irmã e levou a boquinha.

VICTÓRIA— Não, Ana, não tem mama aí!

ANA— Tem sim! Tem sim, Vick, dexa eu mama aqui!

VICTÓRIA— Não tem, Ana!

VICTÓRIA— Heriberto ajuda aqui.

Heriberto saiu da água todo molhado e pegou Ana. – Ela gritou.

ANA— Sota eu, sota, quelo meu pai! Ce ta zelado! Sai, quelo meu pai!

Victória levantou e a pegou, ela deitou a cabeça no ombro de Vick.

ANA— Vick quelo mama! Cadê mamãe!

VICTÓRIA — Vamos com a mamãe, ela vai te dar peito!

ANA— Cadê mamãe? Quelo mamãe Teleza!

VICTÓRIA — Vamos, Ana!

Entrou com ela e subiu, Indo para o quarto, onde viu a mãe dormindo. Sentou na cama e colocou Ana deitada, e fez gesto para ela fazer silêncio. Desabotoou a blusa da mãe e com cuidado tirou o seio para ela não acordar. Tereza suspirou e puxou a filha ainda de olhos fechados.

TEREZA— Ela chorou? Está gelada!

VICTÓRIA — Peste, ficou gritando lá em baixo!

Ana sugou o seio da mãe com vontade.

VICTÓRIA— Quis ir na piscina, mas desistiu e queria a senhora, não quis te acordar.

TEREZA— Tudo bem, filha, ela não tinha mamado em casa, então achei que ela ia querer mesmo. Com essa situação toda, ela está mais apegada. Ela falou do pai de novo?

VICTÓRIA— Descansa, mãe, a senhora precisa e vou ligar pro meu pai e pedir a ele que ajude a senhora. Já falou com eles?

HERIBERTO— Já eu conversei com Luciano hoje de manhã e ele me disse que vai na verdade ele já começou a procurar por ele.

VICTÓRIA — Sim, ela primeiro chamou Heriberto de bonito e depois gritou querendo o pai. Posso deixar ela aqui? Ou quer que eu fique?

TEREZA— Fica um pouco comigo, filha, me conta como estão as coisas, como você está. Meu amor, deita aqui atrás de mim e fica comigo, Vick, quero minhas filhas comigo!

Vick subiu na cama e agarrou a mãe a beijando.

TEREZA — Isso! Eu gosto mais assim.

VICTÓRIA— Ele vai aparecer, mamãe, deve ter acontecido algo muito grave para ele não ligar!

TEREZA— Achei que era alguma coisa relacionada a sair e se divertir com alguém, mas ele está demorando demais para responder! Será que ele não passou mal e não conseguiu avisar. Não sei, minha filha, não sei! Só que não gosto de pensar em nada disso eu quero ter alguma notícia dele.

Naquela fração de segundo o telefone de Tereza tocou com um número desconhecido na tela.

TEREZA — Alô?

FERNANDO — Tereza?

TEREZA— Amor? Nando? – Ela falou com os olhos cheios de lágrimas.

FERNANDO — Oi, amor, me perdoa, você deve estar querendo me matar!

TEREZA— Fernando! Onde você esta? Por que não deu notícias?

FERNANDO— Me desculpe, eu cheguei aqui e fui direto para as minhas reuniões no final do dia quando estávamos indo para o hotel um carro bateu muito forte na gente e eu perdi tudo e só agora consegui sair do hospital e achar seu número pra te ligar! – Falou tudo de uma vez só.

TEREZA— Meu Deus, Fernando você está machucado o que aconteceu? – Ela se levantou soltando Ana Lívia do peito de tão nervosa. – Como você está? Ele sofreu um acidente, Victória! – falou olhando para a filha.

FERNANDO — Estou bem! Vou voltar pra casa agora!

TEREZA— Venha para casa agora! Você precisa que eu vá te buscar? Quer que alguém vai te buscar?

FERNANDO— Amor, calma! Eu estou no aeroporto, eu vou pegar um táxi quando chegar aí e vou direto pra casa de Victória!

TEREZA— Sim, amor, venha, estamos aqui! Eu te amo, graças a Deus está bem!

FERNANDO— Eu te amo até mais tarde preciso ir.

Teresa desligou o telefone ainda aflita.

VICTÓRIA— Como ele teve um acidente, mãe?

TEREZA— Ele disse que bateram no carro dele foi parar no hospital ficou sem os documentos e as coisas dele. Victória como isso foi acontecer? Será que Fernando tem outra mulher está mentindo para mim?

VICTÓRIA— Mamãe, vamos esperar pra ver como ele vai chegar! Não pense isso!

TEREZA — Victória, eu sei como os homens são! Eu tenho achado Fernando diferente e como como ele está muito enciumado porque seu pai voltou... Não sei, alguma coisa me diz que tem algo fora do lugar!

VICTÓRIA— Mamãe, pare com isso, a senhora viu o que o ciúmes e a desconfiança fez com o meu casamento!

TEREZA — Vick, só que você , Heriberto não traíram um ao outro! Eu estive com seu pai e Fernando não aceita isso, mas cedo ou mais tarde isso vai virar um dilema!

VICTÓRIA— Mamãe, você tem que ter sua consciência tranquila! Não estava com Fernando quando dormiu com aquele homem...– Victória de levantou.

TEREZA— Eu sei, Victória que eu não estava com ele quando fiquei com seu pai mas os homens não pensam assim.

Ana Lívia reclamou querendo peito. Tereza se ajeitou, colocou a filha no peito de novo.

VICTÓRIA— Mamãe, vamos esperar ele chegar e se não tiver um arranhão a gente faz... – Sorriu de leve.

Ela riu.

TEREZA — Estou parecendo uma velha tola! Mas eu quero Fernando feliz, Victória por que esse homem me faz querer ser sempre melhor do que eu sou.

VICTÓRIA— Porque a senhora o ama e pare de pensar coisas e descanse em algumas horas seu amor vai chegar.

TEREZA— Vai chegar e vai deitar, vai dormir porque depois da raiva que ele me fez passar depois do medo, ele não vai tocar em mim!

VICTÓRIA — Mais já esta pensando em sexo, Tereza! – Foi até a mãe e a beijou, ela sorriu.

TEREZA— Eu não vou fazer sexo mais, será greve!

VICTÓRIA — Tá bom, mamãe, descansa! Eu vou ver meu marido!

TEREZA — Sim, amor, e você dorme, Lívia.– Apertou a filha e beijou.

Victória beijou as duas de novo e saiu do quarto e desceu, quando chegou na área da piscina Heriberto estava ao telefone e o último nome que ela ouviu foi "Alessandra". Heriberto olhou para ela e sorriu calmo.

HERIBERTO— Eu quero comer alguma coisa você não quer Victória?

VICTÓRIA— O que ela queria?

HERIBERTO— Amor não é a vagabunda! Alessandra secretária da minha terapeuta, ela me ligou para remarcar minha consulta! Infelizmente ela tem mesmo nome daquela mulher!

Victória cruzou os braços.

VICTÓRIA— Não minta pra mim!

HERIBERTO— Não estou mentindo, quer ligar de volta posso pegar de volta você fala com ela?

Ela virou as costas e saiu dali, passou pela cozinha pegou uma fruta e foi pra sala.

HERIBERTO — Amor! – Deu de cara com ela. – Não era Doutora Alessandra, acredite em mim! Como está a sua mãe? Você deixou Ana com ela? Desse jeito não consegue descansar! – Ele a olhou de modo delicado.– Vamos ver um filme? Alguma coisa? Eu vou tomar um banho e desço para ficar com você! – Ele foi até ela e se sentou na ponta do sofá massageando os pés dela... – Quer sair um pouco de casa? Dar uma volta, ir ao parque? Ao cinema, ao lugar que você quiser!

Ela o olhou, tirou o pé dele.

VICTÓRIA — Não vou a lugar nenhum!

HERIBERTO — Amor...eu não sei o que fazer para te ajudar! Me ajuda, me deixa chegar perto de você! Te abraçar, te tocar, te fazer se sentir protegida.

Ela negou com a cabeça. Estava brava e não conseguia parar de pensar na ligação dele.

HERIBERTO — Vick...Fala comigo! – se ajoelhou para ela. – O que eu posso fazer para sermos felizes?

VICTÓRIA— Poderia começar a tirar todas essas mulheres da sua vida! – Falou ciumenta.

Ele riu.

HERIBERTO — Meu amor... Está enciumada com a ligação? Vick!

Victória revirou os olhos.

VICTÓRIA— Eu não gosto dessa mulher! Eu odeio ela!E ela fica te ligando!

HERIBERTO — Meu amor, quem me ligou foi Alessandra a secretara de minha terapeuta, só para mudar minha consulta. Eu me sinto tão melhor!

VICTÓRIA — E eu estou regredindo...

HERIBERTO— Amor, não diz isso! – ele a tocou no rosto, atordoando com aquela declaração. – Você passou por um momento horrível!

Ela suspirou e o olhou.

HERIBERTO— Não pensa assim, me deixa te ajudar a ser feliz de novo!– tocou a barriga dela e se aproximou beijando ai. – Meus amores, papai ama vocês! Muito muito e a mamãe também!

VICTÓRIA— Fernando ligou pra mamãe!

HERIBERTO— Ligou, amor? Graças a deus, agora podemos ficar mais calmos! O que houve com ele?

Heriberto se fez de bobo e se deitou com ela se aconchegando no sofá.

VICTÓRIA— O que está fazendo, Heriberto?

HERIBERTO — Estou descansando com minha esposa! – ele falou beijando o braço dela.

VICTÓRIA — Esta molhado! – Reclamou.

HERIBERTO — Estou, mas está calor! – riu e beijou mais o braço dela de novo.

VICTÓRIA — Você é abusado e descarado, isso sim!

Ele riu dela e a olhou com amor.

HERIBERTO— Eu quero dormir com você hoje, te abraçar e cuidar de você! – ele beijou os cabelos dela. – Deixa, Vick, precisamos disso, amor, você precisa ficar nos meus braços pra se sentir segura!

VICTÓRIA— Eu não posso mais ser tão dependente de você!

HERIBERTO— Pois eu quero ser totalmente dependente de você, isso se chama amor! – ele suspirou e ficou olhando para cima.

Ela se aconchegou mais nele.

HERIBERTO— Quero depender de você e meus filhos para sempre!

VICTÓRIA— Mais isso não é bom, Heriberto! Se lembra quando você viajou com seus pais depois de uma briga nossa se lembra como eu fiquei?

HERIBERTO — Eu quero ser feliz, Vick... todas as pessoas no mundo dependem de alguém! Eu lembro e sei que aquilo te fez sofrer muito, mas também sei que isso faz parte da vida. Eu sou dependente de você, de seu sorriso, atenção e amor! Eu sou seu inteiramente!

VICTÓRIA— Eu também sou, mas não vai dormi aqui hoje!

HERIBERTO — Amor, eu entendo, não concordo, mas entendo. – ele suspirou frustrado, queria muito estar ao lado dela. – Sua mãe vai embora hoje?

VICTÓRIA — Não sei, depende de como Fernando vai chegar. – Ela acariciou o peito dele involuntariamente. A dias mal deixava ele chegar assim tão perto.

HERIBERTO— Ele vai chegar bem e eles vão querer comemorar! – ele riu. – Os dois estão em lua de mel! Ele só sabe rir, vi os dois se agarrando antes da viagem.

VICTÓRIA— Ele não ligou e passou dois dias fora e diz que se acidentou, mas dois dias é muita coisa.

HERIBERTO— Amor, será que está traindo sua mãe? Tereza vai sofrer se for isso. – ele suspirou acariciando ela.

VICTÓRIA — Se esta eu vou usar a mesma vassoura que usava em você! – Ela passou a perna na dele se roçando inocentemente

HERIBERTO — Amor, ele ama sua mãe, não é isso não, mas sei que o tempo vai fechar! Ele vai chegar todo atencioso querendo rir e querendo atenção e minha sogra vai descascar ele, brava demais! – ele segurou a perna dela e alisou de modo leve para que ela não corresse dele.

VICTÓRIA— Vamos ter que levar Ana pra passear nessa hora!

Ela percebeu mais não recuou dessa vez mesmo sentindo um certo receio de ser tocada.

HERIBERTO — Por que não vamos com ela a um parquinho, amor? Aqui no quarteirão tem um, vamos caminhando com ela e aproveitamos!

Victória se virou a barriga já incomodava daquele jeito.

VICTÓRIA— Vou pensar, estou com preguiça.

O sofá era grande e ela se esparramou em cima dele.

HERIBERTO— Vamos dormir um pouco, ele vai demorar para chegar, amor... Espero que tenha trazido um presente!

VICTÓRIA— Heriberto como você está se aliviando?

Heriberto riu pensando em Fernando. Victória olhou pra ele era uma curiosidade dela.

HERIBERTO— Como estou me aliviando? Que pergunta é essa, amor? – ele acariciava a coxa dela com carinho.

VICTÓRIA— Sim, você não é um homem de ficar assim tão mole! – Falava do membro dele que pela sunga estava bem adormecido.

HERIBERTO— Amor, eu estou fazendo o normal! – ele riu e beijou o braço dela estava mesmo dizendo a verdade. – Eu penso em você e faço, eu até pensei numa boneca com seu rosto, mas... – ele gargalhou provocando.

Ela sentou e o olhou.

VICTÓRIA— Ficou maluco?

HERIBERTO — Por que, Vick? – Ele riu de novo e colocou as mãos na cabeça.

VICTÓRIA— Porque eu não quero você me traindo com uma boneca! – Depois que falou riu de si mesma e negou com a cabeça.

HERIBERTO — Amor, eu não tenho boneca! – ele riu alto e a puxou de volta para ele. – Estou apenas me aliviando com minha mão, três ou quatro vezes ao dia, de manhã é mais complicado, amor, você sabe!

Ela o olhou com os olhos arregalados, três ou quatro vezes?

VICTÓRIA— Meu deus!

Ele a olhou sério. Ela sentiu a louca vontade de tocar ele e mordeu os lábios.

HERIBERTO— É pouco amor? – Perguntou inocente.

VICTÓRIA— Você fica quieto, Heriberto!– Ela alisou o peito dele e desceu a mão.

HERIBERTO— O que está fazendo? – ele sentiu a mão dela carinhosa.

Ela continuou descendo a mão até entrar dentro de sua sunga.

HERIBERTO— Ahhhhhh.– gemeu baixo e fechou os olhos. – Amor, estamos na sala! – ele gemeu bem baixinho sentindo o membro ficar mais duro, em breve teria uma ereção. – Victória, eu...

VICTÓRIA — Heriberto cale a boca! – Apertou sentindo ele se formar tão rápido na mão dela. Heriberto desceu a mão e a tocou também. Ela tirou a mão dele dela não queria aquilo não naquele momento! Ele não insistiu e deixou que ela fizesse o que queria.

HERIBERTO — Ahhhhhh, Vick! – Ela olhou o que fazer e depois olhou pra ele.

VICTÓRIA — Já fez quantas hoje?

HERIBERTO— Nenhuma, estava preocupado com você!

Ela beijou a barriga dele e o sentiu tremer...

HERIBERTO— Eu vou gozar aqui no meio da sala, Vick! Se não me quer, não me tortura assim, amor, eu preciso de você.

Ela tirou o membro de dentro da sunga e ajeitou mais o corpo e o chupou com gosto.

HERIBERTO— Ahhhh, Vick, meu Deus, amor, eu vou gozar só de você me tocar assim! Eu quero isso, ai, Vick!

Ela tirou o membro da boca e o olhou.

VICTÓRIA— Se fizer barulho assim todo mundo vai aparecer, acho melhor parar!

Ele ficou quieto.

HERIBERTO— Não, amor, por favor, continua... – ele implorou baixinho. – Mas eu não quero gozar na sua boca e nem na sua mão, quero gozar dentro de você, amor, estou com tanta saudade! – ele fechou os olhos aproveitando.

VICTÓRIA — Não vai tocar em mim... – Subiu a mão e desceu com calma e voltou a chupar com força. O membro dele tomava toda a boca dela e quase não cabia direito em seus lábios.

Heriberto estava tão necessitado que sentiu que gozaria a qualquer hora. O corpo em brasa, o ar faltando, tudo nele estava piscando de prazer... Victória antes de conseguir tirar os lábios do membro dele sentiu o primeiro jato de sêmen em sua boca.

HERIBERTO — Estou gozando, amor, estou gozando!– ele falou se desmanchando todo.

Victória limpou os lábios em sua camisa e continuou acariciando ele até que liberasse todo seu prazer pra ela. Sentindo o sabor de ser cuidado, ele se esticou todo no sofá e gemeu baixinho, estava no céu. Ela sorriu e depois que ele acabou, se levantou e foi para o banheiro e lavou bem as mãos e a boca.Ele ficou ali, extasiado, se guardou na sunga e a olhou voltar. Ela sorriu. E foi até a cozinha, pegou um pedaço de melancia e um copo com água para ele. Voltou e entregou a ele o copo.

HERIBERTO — Amor, obrigada! pegou a água. – Senta aqui comigo!

Ela pegou o controle da TV e sentou no sofá.

VICTÓRIA— Não vai se limpar?– Mordeu a maçã e o olhou.

HERIBERTO— Ainda estou em choque! – Ele riu se erguendo depois de beber a água.

Victória sorriu de leve. Heriberto se levantou e foi ao banheiro por alguns minutos, depois voltou de lá, banhado e vestido com uma bermuda.

VICTÓRIA— Onde suas roupas estão escondida nessa casa?

HERIBERTO— Amor, minha sogra está do meu lado, eu tenho gente que me ajuda e que torce pra eu voltar.

VICTÓRIA — Vão ser todos despejados e vou viver aqui só com Lais e Max!– O olhou rindo. – É brincadeira você pode escolher o outro nome do bebê! Eu não sou gulosa assim, só quando te vejo nu. – Falou naturalmente.

HERIBERTO — Eu te amo, você pode escolher os nomes! – ele se aproximou e a cheirou e beijou seu rosto, depois deu um selinho. – Te amo, foi maravilhoso!

Ela sorriu de leve.

VICTÓRIA— Eu gosto de te ajudar! Mas ainda não posso estar com você, eu não consigo!

Ele a olhou no olhos com amor.

HERIBERTO— Eu te amo! Você vai superar e eu quero estar aqui te ajudando!

VICTÓRIA— Esse já foi um grande avanço!– Sorriu sedutora para ele.

HERIBERTO— Você sabe que não vou desistir de você nunca, não sabe? Sabe que eu vou sempre lutar pelo que é meu! Você, essa família, esses nossos filhos todos, os cinco, são meus! – ele a sentou em seu colo e sorriu tocando o rosto dela com amor. – Eu não vou deixar que você escolhe um bigodudo para padrasto de minha filha! – ele riu alto, era um implicante.

VICTÓRIA — Eu não gosto de barba!– Tocou o rosto dele. – Gosto assim sem pelo algum! Tanto aqui como lá em baixo!

Heriberto riu carinhoso com ela.

HERIBERTO— Me depilo por sua causa, amor!

VICTÓRIA — Eu sei!

HERIBERTO – Eu não gosto de ficar todo liso, não gosto mesmo!

VICTÓRIA— Por que, amor se quer ser um barbudão? – Riu.

HERIBERTO— Eu não quero, amor, só não gosto de tirar tudo, tiro pra você! Mas nada de você ficar sem pelo, já você tomando banho e sei que...– ele soltou sem querer.

VICTÓRIA— Você estava me olhando, Heriberto?

HERIBERTO — Claro que sim amor, não vou negar! Eu sempre gostei de olhar você e estava preocupado, você demorou no banho eu entrei sem você ver!

VICTÓRIA— Que dia foi isso?

HERIBERTO — Foi ontem, ontem a tarde, eu vi que você não saía, eu fui la e olhei!

VICTÓRIA— A Heriberto que feio!

HERIBERTO— Amor, feio é você tirar todos os pelos e me deixar com minha apertadinha assim, sem nenhum pelinho, toda lisa, nem gosto de lembrar, mas você não quer mesmo dormir comigo, então!

VICTÓRIA — Amor, eu estou grávida não posso ter pelos do jeito que gosta, se Miguel me examinar vai ver eu peluda e vai brigar comigo vai mandar eu tirar do mesmo jeito!

HERIBERTO— Amor, eu sei, que está certa, mas eu quero meus pelos, eu quero minha peludinha! – ele beijou o pescoço dela

VICTÓRIA — Depois da quarentena você terá! – Saiu do colo dele.

Fernando cruzou a sala com a mala na mão. Não tinha machucado algum pelo rosto somente uma tala no braço indicando que algo havia acontecido mais não havia indícios de escoriações pelo corpo, não a vista deles.

FERNANDO — Olá. – Ele falou quase num sussurro.

Heriberto se levantou.

HERIBERTO— Ficamos muito preocupados, Fernando como você está?– ele o cumprimentou e esperou.

FERNANDO — Cheio de dores!

HERIBERTO — Tereza estava desesperada! Ela ficou dois dias sem notícias suas, a semana foi difícil.

FERNANDO— Me desculpem, eu não queria isso mais até conseguir um contato foi difícil. – Falou sofrido. – Onde está minha mulher?

HERIBERTO— Tudo bem, vá descansar! Precisa de algum coisa? Minha sogra está no quarto!

Victória continuava no mesmo lugar só o olhando.

FERNANDO— Eu vou subir e ver elas! Obrigada e não preciso de nada no momento. – Sorriu fraco e se direcionou para o quarto.

Victória olhou bem Heriberto e falou.

VICTÓRIA— Ele está mentindo, mamãe vai matar ele!

HERIBERTO— Amor, não sei porque, mas também achei que ele está mentindo!

Tereza estava com a filha no peito, adormecida e ela acordada olhando a porta, tinha uma sensação estranha e queria vencer aquela sensação. Fernando entrou com cuidado achando que ela estava dormindo. Tereza o olhou de imediato, sentiu o coração pulsar e esperou que ele dissesse algo...

FERNANDO— Oi amor...– Sorriu de leve deixando a mala no chão.

Tereza soltou o seio da boca de Ana que dormia e se ajeitando ficou de pé.

TEREZA— Onde você estava?– ela o olhou séria. – Sentia seu coração saltar pela boca e reviveu seu sofrimento sem notícias dele.

Fernando se aproximou dela e tocou o rosto.

FERNANDO— Me perdoa amor, eu não fiz de caso pensado!

Ela se afastou dele e o olhou de cima a baixo.

TEREZA— Que acidente foi esse, Fernando? Bateu entre as pernas de alguma vagabunda?– falou ciumenta logo de uma vez.

FERNANDO— Tereza o que está insinuando?

TEREZA— Estou dizendo! – ela falou tensa se afastando e falando baixo por que a filha estava deitada.– Eu quase morri do coração, sem noticias , sem telefone, eu não conseguia falar com seu hotel!

FERNANDO — Amor, eu passei esses dois dias no hospital... Eu não estou mentindo! – Falou tenso com aquela acusação dela.

Tereza foi até ele e apertou o braço dele onde estava com a tala.

TEREZA— Está muito machucado?

Ele tirou o braço dela sentindo dor depois de urrar baixo para não acordar a filha.

FERNANDO — Ficou louca?

Ela então o olhou satisfeita.

TEREZA— Quer colocar o que aí nesse machucado?

FERNANDO — Quero que fique longe, se for pra me apertar assim!

Tereza o olhou.

TEREZA— Não vou ficar longe! Vamos para casa, vou arrumar nossa filha e vamos embora!

Ele suspirou segurando o braço.

TEREZA— Você tem que fazer repouso não é mesmo? Vamos para nossa casa e você faz seu repouso!

FERNANDO— Porque está me tratando assim? Acha que eu estou mentindo, não é?

Ele a olhou e ela não respondeu. Fernando tirou a tipoia sentindo dor e tirou o casaco e começou a abrir a camisa mostrando os roxos por todas as parte ali escondido.

FERNANDO— Não precisava te mostrar nada, mas não quero que ache que eu sou um qualquer que mente pra mulher que está ao meu lado! Eu nunca menti pra você e nunca te trai! Não fiz antes e não iria fazer agora! – Segurou o braço sentindo dor.– Acho que assim você fica satisfeita!

Tereza o olhou, se aproximou dele e colocou a tipoia em silêncio. Fechou a camisa dele em silêncio e o olhou.

TEREZA — Perdão, Nando.– Ela o beijou nos lábios. – Vamos para nossa casa você toma um banho relaxa e descansa.

FERNANDO— Eu te espero lá embaixo!– Terminou arrumar a blusa e virou indo pra porta.

TEREZA— Está bem!

Desceu e não falou nem com Victória e nem com Heriberto saiu e esperou do lado de fora da casa. Heriberto foi até lá fora e o olhou.

HERIBERTO — Fernando, está tudo bem? Quer que leve vocês? Ou Tereza vai dirigir?

Ele só confirmou com a cabeça.

FERNANDO— Não sei ela está de carro aqui? – Falou com a voz um pouco rude.

HERIBERTO— Ela está com o carro, mas se brigaram, eu não quero que ela dirija aborrecida! – ele adorava Fernando.– Não quero me meter, mas ela estava muito nervosa com tudo, não sabia o que fazer e ficou ate sem dormir. Ela te ama e estava muito nervosa, releve.

FERNANDO — Ela estava mais preocupada se eu estava com outra, comendo outra! – Falou bravo.

HERIBERTO — Estava preocupada com você, ela estava achando que tinham feito mal a você, isso de pensar em outra deve ter sido agora, mas a dois dias ela não vive por causa disso e sua filha estava nervosa chamando por você...

FERNANDO— Tudo bem, Heriberto, tudo bem! – Suspirou não querendo falar estava aborrecido.

HERIBERTO— Não fique assim, vocês estão em lua de mel. – ele riu. – Em casa tudo se acerta, até a minha fera se acalmou! – ele riu.

Tereza desceu com as bolsas e Ana Lívia no colo, foi até a filha e sorriu.

TEREZA— Meu amor, você vai ficar bem?– estava diante de Vick e Ana dormia no ombro dela.

VICTÓRIA— Sim, mamãe e a senhora?

TEREZA— Eu vou brigar com ele, depois eu dou! Ele vai ficar bem, o que está deixando ele de mal humor é isso! Se eu tivesse dado lá em cima agora, seu padrasto descia cuspindo flores!– sorriu para Vick. – Filha, todos os homens são iguais, é abrir bem as pernas ou usar a boca direito.

VICTÓRIA— Mamãe não fale assim! – Ele desceu com a cara de chateado, não bravo, Heriberto foi falar com ele.

TEREZA— Eu apertei o braço dele, Vick e ele me mostrou as marcas, em casa vou apertar outra coisa e vamos ver se vai chorar ou rir!

VICTÓRIA – Mamãe por que apertou? – Riu imaginando a cena.

TEREZA— Para ter certeza que estava machucado, eu não nasci ontem! Amor, mamãe é sua, me liga se precisar!

VICTÓRIA— Tudo bem, mas tome cuidado não o leve para o hospital de novo. – Riu e levantou para beijar a mãe e a irmã.

Quando Tereza saiu ouviu quando Fernando falou.

FERNANDO— Eu não deveria nem ter ido nessa porcaria de viagem nada deu certo!Nada e aquela abusada da minha secretaria ainda fez tudo errado, se acredita que meu negócio não deu certo porque ela mentiu que eu estava flertando com ela...desgraçada mentirosa! Eu fiquei tão bravo que atravessei um farol e o carro bateu em mim... Se Tereza descobre isso ela me quebra mais ainda! – Falou sem ver Tereza...

Ela parou ouvindo ele, bufou e o olhou e depois ao genro...


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