Contrato de Amor escrita por Lelly Everllark


Capítulo 43
Bônus.


Notas iniciais do capítulo

Ahhhh voltei!
Gente, meu computador voltou, tá bem e vivo, aeee!!! Tô tão feliz que fiz questão de postar o capítulo hoje. Amo vocês ♥
Tenho uma informação muito importante, esse é o antepenúltimo capítulo da história, isso mesmo, o próximo é o penúltimo e depois é fim. #TôTristeMasFeliz
Eu meio que gostaria de ficar escrevendo aqui pra sempre, amo vocês, a Elisa e o Anthony, mas só a satisfação de estar conseguindo terminar uma história me deixa muito feliz!! Eu tenho os melhores leitores, obrigada por tudo!! ♥
Espero que curtam o capítulo, beijocas Lelly ♥
PS: Aqui o link da foto que a Lisa tirou do Tony e da Analu no capítulo anterior, coloquei no texto, mas vou deixar aqui também! É muito fofa *-*
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Anthony não sabia o que fazer, ele não sabia como pedir à Elisa o que queria, será que não era cedo de mais? Essa era sem dúvidas sua segunda ideia mais maluca, a primeira com certeza foi pedir a loira tagarela para ter um filho seu. O sorriso do moreno se ampliou só em pensar nela, seu sorriso, sua confusão, o corpo mais lindo que já teve o prazer de tocar e é claro, seu brilho nos olhos, os olhos verdes que o hipnotizavam, que não o deixava criar barreiras e que desde o início não viu só Anthony Whitmore o magnata dos negócios, o ricasso cheio de dinheiro. Ela enxergou só Anthony, o cara que tinha pavor a relacionamentos e que não sabia se expressar, desde o início, mesmo que tivesse aceitado sua proposta, Elisa nunca pareceu o tipo de pessoa que “venderia” um filho, e ele sabia que esse assunto já a estava machucando, mas era bem covarde nesse sentido. E se ela não se sentisse da mesma forma que ele?

  Ele encarou a caixinha preta em suas mãos com o anel que havia comprado há quase uma semana - o mesmo que ela ficara encarando quando foram ao shopping juntos e finalmente se acertaram -, no dia em que Elisa e os gêmeos voltaram para casa. Sim, casa. Esse lugar enorme e cheio de quartos havia se tornado a casa dela, Anthony não podia mais imaginar de outra forma, o silêncio e a calmaria de que tanto gostava no passado já não pareciam tão convidativas, o barulho de panelas caindo, filmes antigos na TV ou o simplesmente a voz melodiosa da loira pareciam ser sua rotina agora e ele preferia assim. O fazia lembrar da época em que sua mãe, a luz daquela casa, era viva e sempre surpreendia alguém com seu jeito espontâneo de mais para alguém da “alta sociedade”. Ele sorriu outra vez imaginando que ela teria adorado Elisa. As duas teriam se tornando grandes amigas.

  - Com esse sorriso bobo na cara só pode estar pensando na Elisa - Dan provocou invadindo seu escritório como sempre, Anthony apenas revirou os olhos, mas estava sorrindo. Aquilo já não o incomodava mais, só o divertia. - Sua mulher continua linda, com todo o respeito.

  - Você a viu quando? - ele perguntou ignorando boa parte do que o primo tinha dito.

  - Agora a pouco, claro. Fui ver ela e meus sobrinhos antes de vir aqui.

  - Você não tem sobrinho nenhum.

  - Assim você me ofende, Tony. Também te amo, Ok? Mas eles são prioridade agora.

  - Vou só continuar te ignorando - Anthony comentou, mas estava sorrindo.

  - Se vai brigar comigo, pelo menos tenta diminuir esse sorriso, você tá perdendo a credibilidade.

  - Você é ridículo.

  - Claro que sou. Igualzinho a você com essa sua cara de bobo pensando na mulher - o primo debochou, mas seu sorriso começou a morrer.

  - O que foi? - Anthony quis saber e Dan o olhou sério.

  - Ela estava chorando.

  - Eu sei. Eu vi.

  - E por que não fez nada ainda? - Daniel perguntou surpreso. Anthony tinha ficado retardado ou o quê?

  - Por que não sei o que fazer, eu não queria uma mulher maluca na minha vida. Daphne foi o suficiente para uma vida toda. Nunca sonhei com uma família grande, nunca gostei de barulho. Minha ideia de diversão eram um livro de suspense e um copo de uísque. Eu queria um filho, não uma mulher. Queria vê-lo crescer, e continuar com a minha liberdade. Aí apareceu a Elisa, uma mulher muito louca que aceitou minha proposta e agora não sei mais o que fazer, como concertar isso.

  - Eu acho que sabe muito bem como resolver as coisas - Daniel olhou sugestivo para a caixinha preta nas mãos do primo. - Se comprou isso, deve ter pensado bastante em tudo, vocês, os bebês, ela. Você queria tudo aquilo, no tempo passado, não quer mais, sei disso só pelo jeito ridículo como sorri só de falar dela. Está apaixonado.

  - Estou.

  - Ama ela.

  - Amo.

  - Espera! Você disse que...? - Dan piscou surpreso encarando Anthony.

  - Você está certo, amo ela. De um jeito que nunca pensei que seria capaz de amar alguém depois do que aquela víbora fez comigo. Eu não queria uma mulher, queria paz, silêncio, tranquilidade e talvez se eu tivesse sorte conseguiria meu filho de um jeito bem convencional. Mas o que eu ganhei? Uma mulher barulhenta, louca e expansiva que não tem papas na língua e fala de mais, que tem um coração enorme e que me conquistou sem nem se esforçar. Que faz piadas ridículas e me manda mensagens sem nexo as quis eu amo responder. Eu não sei exatamente quando no meio dessa nossa confusão eu me apaixonei por ela, mas aconteceu e agora já não consigo mais imaginar essa casa vazia, sem sua voz, sua bagunça. Jane nem me pergunta mais nada. Agora é Srta. Banks isso, Srta. Banks aquilo. Ela já é dona dessa casa do mesmo jeito que é do meu coração.

  - Com essa breguisse toda, já devia ter pedido a garota em casamento há muito tempo. Boa sorte, Bonitão! Vou ficar torcendo por vocês - Daniel disse divertido usando o apelido que a loira deu ao primo e ficando de pé.

  - Já vai? Achei que queria falar de negócios - Anthony perguntou surpreso ficando de pé também e eu outro moreno riu.

  - Vai lá garantir que a garota não vai fugir. O resto resolvemos depois.

  Daniel deixou o escritório e Anthony encarou a caixinha em suas mão voltando ao seu dilema anterior. Como pediria Elisa em casamento? Será que valia mesmo a pena fazer algum plano? Por que ultimamente se a loira tivesse envolvida eles nunca davam certo mesmo. O primeiro e melhor exemplo disso foi quando a convidou para ir àquela festa onde pretendia se encontrar com Henry, a ideia era chegar lá, perguntar se ela tinha planos e depois convidá-la, mas aí Elisa começou a falar daquele suposto namoradinho dela e Anthony não aguentou ficar ouvindo, saber que ela toda linda daquele jeito sairia com o tal Edu e não com ele o deixou possesso. Ciúmes, essa era a palavra que não teve coragem de admitir daquela vez, mas era isso, ele odiava a ideia dela se arrumar assim para mais alguém que não ele, então como esperado para os dois, tudo deu errado, e ele a “sequestrou” como a loira gostava de citar e naquela mesma festa conseguiu ser idiota a ponto de fazê-la chorar. E teve também os dois acidentes de carro, onde nenhum foi sua culpa, mas é claro que isso não impedia da loira estar com ele todas as vezes.

  Anthony acabou sorrindo sozinho, era ridículo como ele tinha mudado, por que desde buscar sorvete para Elisa ou buscá-la em um supermercado no meio da noite, ele fazia, via filmes antigos, séries com ela no sofá, comia na bancada da cozinha e agora saia distribuindo sorrisos. Se esse era o preço de uma vida ao lado da loira, ele com certeza estava disposto a pagar.

  Ficou de pé e saiu do escritório direto para o andar de cima, levou a caixinha preta consigo e respirou fundo. Não ia voltar atrás com sua decisão.

  Foi direto para o quarto da filha esperando ver as duas mulheres da sua vida, mas não encontrou nenhuma delas. Foi até o quarto que ultimamente era tanto de Elisa quanto dele, mas a cama organizada confidenciava que ela não estivera ali. Foi então até o quarto de Drew já com um mau pressentimento, viu o filho dormindo calmamente e se acalmou um pouco, se abaixou e beijou seus cabelos escuros como os seus.

  - Onde estão sua mãe e sua irmã? Você as viu? - perguntou ao bebê que nem mesmo se mexeu no berço. Anthony sorriu olhando o filho. Ele sabia que estava perdido no momento em que Analu abriu os olhos pela primeira vez e Anthony constatou que eles eram tão verdes quanto os da mãe. Naquele instante ele soube que não conseguiria se livrar de Elisa nem mesmo se quisesse. - Se as vir, diga que eu quero muito falar com a maluca da sua mãe. E não diga a ela que eu a chamei assim. Amo você.

  Deu um último beijo no filho e saiu. Mas assim que Anthony pisou outra vez no corredor voltou a se preocupar, onde raios Elisa poderia ter se metido? Foi ao último quarto em que a tinha visto e entrou, encontrou uma cama bagunçada por ela e Helena e alguns papéis espalhados pelo colchão. Pescou um e encontrou meio parágrafo escrito com a letra da loira e completamente rabiscado por cima, ele não conseguia saber o que estava escrito então pegou outro na tentativa de entender o que estava acontecendo. Anthony encarou o papel surpreso quando percebeu que o que tinha nas mãos, era uma carta de Elisa para si.

  “Oi, Bonitão!

  Desculpe, não consegui começar de outro jeito, pra mim você sempre será o meu Bonitão de Terno. E eu sei que devia estar te falando isso pessoalmente, mas simplesmente não consegui, estranhos que me atropelam e atendentes mal encaradas eu encaro, mas você, agora, sabendo de tudo que eu posso perder? Eu não consigo.

  Lembra do dinheiro que me ofereceu para ter Drew e Analu há muito tempo? Então, eu não tive coragem de tocar em um único centavo, não desde que ouvi seus coraçõeszinhos pela primeira vez. Eu os amo com todo o meu ser e dinheiro nenhum pode pagar por isso. Vou devolvê-lo a você, não quero, use-o com eles e lhes dê tudo que quiserem. Eles merecem. Você também.

  É uma das pessoas mais incríveis que já conheci, por que apesar de tudo que te aconteceu ainda quis acreditar em mim nem que fosse um pouco. Amo você por isso. Por ser corajoso, carinhoso. Você será um ótimo pai, Bonitão. Não se esqueça de mim, das panquecas ou do caramelo.

  Amo vocês.

  Elisa.”

  O coração de Anthony batia descompassado quando terminou de ler, aquilo não era uma carta de despedida, não podia ser. Mas não era só isso, ela tinha dito, com todas as letras e de todas as formas que o amava, que a amava a família que eles tinham construído. Se era esse o caso, onde ela estava? Não podia simplesmente ter ido embora. E meio tarde de mais ele se deu conta de que se ela tivesse ido, tinha levado Analu consigo.

  O moreno voltou correndo pelo corredor, desceu as escadas num pulo e encontrou Jane saindo da cozinha.

  - Onde ela está? - perguntou num tom urgente e a senhora o olhou sem entender. - Onde está Elisa? Jane, cadê ela!?

  - Ela saiu a há algum tempo, parecia desolada. O que disse a ela? - a morena quis saber.

  - Disse? Eu não disse nada a ela. Eu não vejo Elisa desde que desci para tratar de negócios. Do que você está falando, Jane?

  - Ela passou aqui, me entregou Analu e disse que tinha um assunto muito importante para tratar com o senhor. Então imagino que tenham se falado - o tom da morena era quase acusador e Anthony já não estava entendendo mais nada. - Elisa voltou logo depois aos prantos, parecendo perdida, ela pegou a filha e saiu.

  - Ela saiu aos prantos? - o moreno repetiu no automático. Elisa fora vê-lo, mas nunca apareceu e depois voltou aos prantos ele não entendia. Mas foi então que a conversa que teve com Daniel lhe veio a mente, ele falou tantas coisas, disse até que a amava, mas claro que com a sorte dos dois, ela só ouviria a parte sobre ele não querer ninguém. A mente de Anthony começou a trabalhar num ritmo louco tentando juntar as peças, mas a carta e as palavras de Jane o acertaram como um soco. - Você disse que ela pegou Analu e saiu?

  - Ela parecia desolada, então preferi deixá-la só, uma vez que a incentivei a falar com o senhor.

  - Ela, aquela maluca, ouviu as coisas pela metade, tirou suas próprias conclusões e simplesmente sequestrou a minha filha? - Anthony não podia acreditar.

  - Senhor, ela não tem culpa...

  - Eu sei, Jane. Eu sei - Anthony a cortou com um meio sorriso mesmo que quisesse chorar. - Esse é o jeito dela, essa é a mulher maluca por quem me apaixonei. Então agora eu vou atrás dela, e nós vamos conversar, quer ela goste ou não. Cuide de Drew pra mim. Volto logo, eu espero.

  Anthony recebeu um aceno de cabeça da senhora preocupada e estava prestes a sair quando ela o chamou.

  - Sr. Whitmore, acho que ela pretendia lhe dar isso - Jane lhe estendeu um pedaço de papel amassado. - Traga ela pra casa, por favor. - a morena pediu e ele assentiu sorrindo, mas quando viu do que se tratava o papel, não soube mais o que pensar.

  Todo o dinheiro que tinha dado a Elisa, até o último centavo estavam ali em um cheque assinado por ela. Ele virou o papel e odiou a loira por fazê-lo sorrir numa hora dessas, mas ali no verso havia um recado, “Não preciso disso, os presentes que me deu valem muito mais. Obrigada”. Ele colocou o cheque amassado no bolso decidido a fazer Elisa ouvi-lo nem que tivesse que amarrá-la pra isso.

  Mas quando saiu de casa e olhou para o seu enorme jardim não sabia o que fazer. Pra onde ela poderia ter ido? Bem, talvez a morena que estivera ali mais cedo soubesse. Ele ligou para Helena torcendo muito para que ela tivesse alguma informação sobre a amiga.

  - Alô?— ela atendeu parecendo meio confusa.

  - Sou eu, Anthony - ele disse sem muita paciência. 

  - Eu sei que é você. O que quer comigo, digo, por que está me ligando?

  - Você sabe da Elisa? - ele perguntou ignorando a confusão da garota.

  - Se eu sei dela? Como assim? A última vez que a vi foi aí na sua casa. Por quê? O que aconteceu, Anthony?

  Ele se arrependeu no mesmo instante de ter ligado e perguntado. Helena era tão exagerada quanto a loira e ainda estava grávida e agora, graças a ele, meio histérica.

  - Nada, eu só queria fazer uma surpresa pra ela, então queria saber se ela vai demorar - disse tentando acalmá-la, não que fosse mentira de qualquer forma.

  - Tem certeza de que é isso?

  - Tenho, se ela te ligar pode dizer a ela que a estou esperando?

  - Claro, boa sorte com a surpresa!— ela desejou e ele não soube dizer se tinha acalmado a garota ou não. - Quero ser convidada para o casamento!— disse animada e desligou.

  Ele encarou o telefone sorrindo, elas com certeza eram amigas. Mas com essa conversa ele voltava a estaca zero. Pensa Anthony, pensa. Onde Elisa podia estar?

  Por que ela não podia ser uma mulher normal que escuta tudo e depois vem brigar com ele? Mas Anthony sabia o por que. Por que ele não havia dado essa segurança a ela. Se tivesse tido coragem de dizer a ela como se sentia eles agora estaria juntos, não separados assim. 

  Ela além de ir tinha levado Analu consigo, numa tacada só ele havia perdido as duas mulheres da sua vida. Era um, como Elisa não cansava de repetir, idiota.

  - É tudo culpa sua, seu idiota! - Anthony ouviu a voz da loira antes de vê-la. Ele se virou tão rápido que quase deu um jeito no pescoço, seu coração batia tão rápido que pensou ter imaginado tudo. Mas não, lá estava ela, sentada na beira da piscina com os pés na água e Analu no colo como se quase não o tivesse feito enfartar. - Argh! - ela gemeu olhando para a garotinha em seu colo e os pés de Anthony começaram a se mover por conta própria em direção a elas. - Por que disse aquilo tudo, Anthony? Por que não fez nada? Por que não veio atrás de mim?

  - Como esperava que eu fizesse isso se você nem mesmo me deu chance de saber o que estava acontecendo!? - Anthony perguntou atrás dela num misto de alívio e raiva. Como essa mulher conseguia mexer tanto assim com ele?

  Elisa se virou com os olhos verdes arregalados parecendo surpresa de vê-lo ali, mas Anthony não se importou com isso, agora ela iria ouvi-lo, nem que pra isso ele tivesse que carregá-la no colo com Analu e tudo para dentro de casa.

  Ele não a deixaria ir embora dali, nunca mais.


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Notas finais do capítulo

Então? O que acharam? Quero opiniões!!!
Amo vocês ♥
Beijocas e até!! :3



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