Contrato de Amor escrita por Lelly Everllark


Capítulo 4
Como assim grávida!?


Notas iniciais do capítulo

Hei amores, como vão?
Eu estou muito bem, obrigada kkkkkk
Enfim, deixando a loucura de lado, eu só queria dizer que esse capítulo está muito legal e que é agora que a história vai começar a ficar boa de verdade u.u #Adorooo
É isso, espero que gostem, BOA LEITURA!! ;)



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Um mês tinha se passado desde o meu quase acordo com Anthony e surpreendentemente (ou não) nesse meio tempo eu consegui me afundar mais nas minhas dívidas, por que eu não havia conseguido um emprego e isso já estava me preocupando mesmo, afinal eu tinha usado todo o dinheiro que tinha no banco para pagar os alugueis que agora até estavam em dia, mas eu não fazia ideia de como pagaria o próximo.

  - Você vai dar um jeito - Helena disse sorrindo enquanto fazia um café em minha cozinha.

  - Como você espera que eu faça isso, em Lena? Se eu nem tenho um emprego?

  Ela suspirou.

  - Eu não sei, OK? Mas você vai dar um jeito. Eu e o Miguel poderíamos te ajudar, mas com a coisa toda casamento fica difícil.

  - Eu não aceitaria nem se vocês pudessem. Esse é um problema meu e sou eu quem vai resolvê-lo. E você poderia, por favor, parar de mexer com essa coisa fedida?

  - Novidade seria se você aceitasse ajuda. E como assim coisa fedida? Está falando do café? - perguntou e eu assenti fazendo careta, o cheiro estava insuportável. - Achei que você gostasse.

  - Pois não gosto mais - disse fazendo careta e ela riu.

  Quem a via assim rindo não imagina a cara de surpresa que fez quando contei o que tinha acontecido. Lena pareceu que ia me matar e Miguel quase me matou mesmo, parecia que éramos adolescentes outra vez e ele estava me dando uma bronca. E vendo agora, a ideia de ter um filho de um estranho é realmente muito louca, só eu mesmo pra cogitar uma coisa assim. Eu não ia contar nada para os dois e simplesmente fingir que o final de semana em que eles estiveram fora nem se quer existiu, mas é claro que o universo não concordou com isso, por que mesmo sem querer o porteiro do nosso prédio me dedurou quando perguntou na maior simpatia se “Aquele cara de terno e carro chique é seu namorado?”, eu até tentei fingir que não era comigo, mas não deu e eu tive que contar quem era o “Cara de terno e carro chique” e o que ele tinha vindo fazer aqui. Mas como eu provavelmente nunca mais ia ver o Anthony outra vez não tinha problema contar ao meu irmão mais velho emprestado e ciumento quem ele era.

  - Você precisa mesmo fazer isso aqui? - perguntei a Lena quando o cheiro do café ficou tão insuportável ao ponto de me tirar dos meus pensamentos.

  - Foi você quem me pediu para fazê-lo aqui por que queria um pouco - ela acusou e eu fiz uma careta. OK, talvez eu realmente tenha lhe pedido isso, mas já tinha mudado de ideia. 

  Abri a boca para responder, mas a fechei e corri para o banheiro assim que senti o que viria a seguir. Quando cheguei ao menor cômodo da casa, me debrucei sobre o vaso sanitário e depositei ali tudo o que tinha comido até agora e dado o fato de já passava do meio dia não era muita coisa.

  Lena me alcançou quando eu levantei para lavar a boca.

  - De novo Lisa? - ela perguntou preocupada enquanto eu escovava os dentes para tirar o gosto ruim da boca. - Essa já é o que? A terceira? Quarta vez essa semana? Você já foi ao médico?

  - Eu bem Lena - garanti fazendo careta e a morena revirou os olhos.

  - É obvio que você não está bem - ela disse séria. - E então, você foi ao médico?

  - Tenho certeza que é só uma virose.

  - Uma virose que te fez vomitar o bolo de chocolate que você comeu quase todo sozinha? Isso não existe Lisa. Você tem que ir ao médico, pode ser sério.

  - Eu bem - voltei a repetir me apoiando no espelho acima da pia depois de uma tontura e derrubando umas coisas de dentro do armário no processo.

  - Você claramente não está bem - ela contrapôs pegando pacotes de absorventes que tinham caído no chão para guardá-los outra vez. - Não me importa o que você está dizendo, vou levá-la ao hospital e fim de papo.

  Eu estava prestes a dizer pela terceira vez seguida que estava bem, mas parei no meio do caminho quando vi o que ela estava guardando no armário, arregalei os olhos fitando os pacotes coloridos em suas mãos.

  - Que dia é hoje? - perguntei com o coração batendo a mil.

  - O que? - Lena se virou para me encarar franzindo o cenho.

  - Que dia é hoje? - repeti a pergunta já imaginando que não gostaria da resposta.

  - Vinte e quatro - a morena respondeu ainda me encarando sem entender. 

  - Três semanas... - murmurei em pânico. Três semanas inteiras. Era esse o tempo que eu estava atrasada. - Isso não pode estar certo... - disse voltando para a sala e sendo seguida por uma Helena completamente confusa.

  Verifiquei o calendário preso na parede três vezes e vi que Lena tinha razão sobre a data, mas isso não fazia sentido, não podia fazer, como era possível?

  - Lisa, qual o problema? - ela perguntou me encarando preocupada. - O que está acontecendo?

  - Eu estou atrasada - disse em pânico. 

  - Você tinha algum compromisso? - ela perguntou sem entender e eu suspirei andando de um lado pro outro da minha pequena sala.

  - Eu... Minha menstruação está atrasada - tornei a repetir e Lena me olhou surpresa.

  - Sua... Como assim? Lisa pelo amor de Deus o que está acontecendo?

  - Você acha que eu sei? - perguntei em pânico sentindo uma tontura, minha amiga deve ter percebido que tinha alguma coisa errada, por que me segurou por um braço e me levou até o sofá.

  - Senta aqui Lisa - ela indicou e se juntou a mim. - Respira fundo e vamos pensar com calma.

  Fiz o que ela pediu e me acalmei o suficiente para a tontura passar. Nós ficamos em silêncio durante uns minutos e por fim Helena me encarou séria.

  - Lisa, você não está grávida, está?

  - Grávida? - perguntei incrédula - É claro que não. Como eu poderia estar grávida se eu não... - parei no meio da frase sentindo o coração acelerar. Isso só podia ser brincadeira.

  - Você não acha que...? - a pergunta de Helena foi interrompida pelo toque do meu celular.

  - Alô - disse assim que o atendi com os dedos trêmulos.

  - Elisa Banks? - perguntou uma voz que não reconheci.

  - Sou eu - murmurei ainda meio abalada pelos acontecimentos recentes.

  - Meu nome é Michael sou dono da doceria Pão de Mel, você deixou seu currículo aqui há alguns dias, gostaria de saber se ainda está interessada no emprego?

  - Sim! - exclamei quase matando Lena de susto. - Com certeza sim.

  - Isso é ótimo - ele disse e eu o ouvi suspirar do outro lado da linha. - Gostaria de fazer uma entrevista pessoalmente, você poderia vir aqui amanhã às oito?

  - Claro! - garanti com um misto de alívio e animação. - Amanhã as oito eu estou aí.

  - Vou ficar esperando. Até amanhã.

  - Até - respondi antes de desligar o celular. - Lena você não vai acreditar no que... - me interrompi assim que passei os olhos pelo apartamento e não vi nem sinal dela. - Lena?

  Como ela não respondeu segui até o banheiro, não achei nada, depois no quarto e nada também. Aonde aquela louca se meteu quando eu estou claramente em uma crise?

  - Voltei - a morena anunciou da sala enquanto eu pensava no quanto ela era um mostro por me abandonar.

  - Aonde você se meteu? - perguntei enquanto ela colocava várias caixinhas em cima do balcão. - O que é isso?

  - Eu fui à farmácia no fim da rua e veja por você mesma - Lena disse me estendendo uma das caixinhas. Meus olhos arregalaram assim que vi o que estava escrito.

  - Você só pode estar de brincadeira - disse começando a entrar em pânico outra vez.

  - Brincadeira, será? Vamos, pense comigo Elisa, você não pode sentir cheiro de nada muito forte, está comendo como uma louca - eu abri a boca para protestar, mas ela não deixou. - E não me venha com “Eu sempre comi muito” por que ontem você comeu um bolo quase todo sozinha e está tendo enjôos de manhã, de tarde, de noite e depois daquele bolo de ontem, acho que você já entendeu né? Pelas minhas contas não para nada dentro de você há quase uma semana, estou certa?

  Suspirei derrotada olhando a caixinha com o teste de gravidez.

  - Eu odeio quando você parece ter razão - resmunguei e ela sorriu.

  - Aqui - me estendeu uma garrafa. - Comprei suco também, beba e vá fazer xixi no palitinho.

  - Você sabe que essa frase não ficou legal né? - perguntei e ela riu. Revirei os olhos com um sorriso ainda no rosto e comecei a beber o suco.

  Pior do que fazer xixi em cinco “palitinhos” (Helena é exagerada e acho que eu também não me convenceria só com um), era com certeza esperar os cinco minutos para saber o resultado, eu tinha enfileirados os testes encima de suas caixinhas no balcão e o tempo parecia não passar, nunca cinco minutos demoraram tanto.

  - Essa remessa deve estar estragada, não tem outra explicação - disse indo pra lá e pra cá pelo que me pareceu a centésima vez em menos de cinco minutos.

  - Larga de ser apressada Elisa, ainda nem deu o tempo e não tem isso de remessa, cada teste é de uma marca - ela disse divertida e eu bufei.

  - Que seja - resmunguei e ela riu ainda mais, mas a sua risada foi interrompida pelo som do alarme que tínhamos colocado. 

  Senti as mãos suarem de nervosismo enquanto Lena desligava o alarme.

  - Você quer ver os resultados? - ela perguntou e eu me afastei dois passos enquanto negava com a cabeça.

  - Vê você - pedi. - Por favor.

  Helena se aproximou do balcão e verificou os testes e eu comecei a entrar em pânico de novo, o que será que dizia ali?

  - Pelo menos o resultado é unânime - ela disse sorrindo.

  - E que resultado é esse? - perguntei sem conseguir me conter mais e a empurrei para o lado para poder ver os testes, é ela tinha razão, todos​ diziam a mesma coisa, seja com um sinal de mais ou dois risquinhos cor de rosa, eu estava grávida.

  - Vem Elisa, vamos sentar - Helena disse enquanto me arrastava para o sofá. Eu ainda estava em choque, não conseguia entender.

  - Como é possível? - quis saber. - A doutora Stuart disse que o exame tinha dado negativo, eu até brinquei que com a minha sorte eu conseguiria ficar grávida da primeira vez, mas não imaginei que conseguiria mesmo, isso é loucura. Ela disse que a probabilidade de se engravidar na primeira tentativa era muito pequena!

  - Meus parabéns então - Helena disse irônica. - Sério Elisa, só você pra se meter em umas confusões como essas. E agora, o que você vai fazer?

  Estava prestes a soltar um sonoro “Não sei” quando tudo ficou absurdamente claro.

  - Esse bebê não é meu pra início de conversa, vou dá-lo ao pai dele, por que foi pra isso que Anthony me “contratou” no fim das contas, se ele o queria há um mês atrás vai querê-lo agora. Ele tem que querê-lo.

  - Tá, mas e se ele não quiser mais um bebê? Ou se tiver achado outra louca pra ter o bebê dele? Você tem noção da confusão em que você se meteu?

  - Lena você não está ajudando - disse a beira das lágrimas, eu estava tentando ver o lado bom das coisas e ela não estava colaborando.

  - Certo, certo - ela disse quando viu minha horrível cara de choro. - Eu ajudo você, vai ficar tudo bem.

  - Você nem acredita nisso - disse ficando de pé e recomeçando a andar pra lá e pra cá. - E quer saber? Você pode até ter razão, mas eu tenho que fazer alguma coisa. Esse bebê é do Anthony, era o bebê que ele queria então preciso avisá-lo.

  E eu ia dar um jeito de fazer isso, de um jeito ou de outro.


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Notas finais do capítulo

Então? Mereço ou não mereço comentários?
Quero opiniões, please...
Beijocas e até o próximo capítulo!! :3



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