A Cidade do Sol escrita por Helen
— Mãe, o que são monstros? – perguntou Porcelana, logo cedo. Estavam se preparando pra ir embora.
— São pessoas amaldiçoadas. – respondeu Nazaré. – Feias como bicho. Doidas.
— Amaldiçoadas... – Porcelana sentia que tinha alguma coisa com aquela palavra. Mas não conseguia lembrar.
Depois de se reunirem com os policiais e trocar algumas palavras com o rei, elas saíram da Cidade Junta e caminharam pelo jardim. Porcelana viu Inocência cortando a grama, e, apesar de não lembrar mais quem ela era, sentiu satisfação ao vê-la trabalhando em algo que não fosse ela mesma.
Elas passaram pelo primeiro portão da muralha. Quando o segundo foi aberto, trouxeram o carro da polícia (que tinha sido guardado dentro da muralha), e elas passaram pelo terceiro portão de carro. Já na estrada, Porcelana viu Bendito e Querido andando pela floresta.
Monstros... Pessoas amaldiçoadas... Bendito...
— Amaldiçoado? – ela perguntou pro ar. Não sabia o que aquilo significava, mas tinha a impressão que era algo importante.
Não teve resposta.
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