A Águia, o Leão, o Texugo e a Serpente escrita por Larissa Lima


Capítulo 3
Capítulo 3 - Helga Hufflepuff


Notas iniciais do capítulo

Novo capítulo sobre a história dos fundadores, um pouco de ação e duelos na visão de Helga Hufflepuff (Lufa-Lufa minha casa querida!)
Espero que gostem
(E para quem já estava lendo, desculpe o atraso!)
Boa leitura!



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HELGA

A arena já estava lotada de pessoas ansiosas para o inicio do torneio quanto os primeiros avisos foram tocados.

— Victor! – Helga chamou, procurando seu filho no meio do grupo de bruxos na tenda. O menino apareceu correndo por entre os competidores, as bochechas sardentas rosadas de animação.

— O Sr. Gryffindor me deu isso mamãe! – Victor exclama abrindo a mão e revelando um pequeno canivete. – Ele disse que no futuro, se eu for corajoso e leal, esse canivete se transformará em uma espada!

— Claro que sim, nós sabemos que o Sr. Gryffindor é um ótimo cavalheiro.... e um ótimo contador de histórias pelo jeito... – Helga murmura acenando com a cabeça. – O torneio já vai começar,  você deve ir para fora.

— Vou torcer por você mamãe. – Victor diz antes de sair correndo em direção as arquibancadas, com os olhos de Helga atentos no menino até que ele estivesse sentado, seguro.

Helga então começou a se preparar, amarrando seus braceletes no pulso e respirando profundamente, os feitiços passando por sua memória. Helga nunca deve uma educação em magia, pois sua mãe considerava que mulheres deveriam aprender apenas as feitiços domésticos e de cura, e sim, Helga era excelente na execução desses feitiços. Porém desde pequena ela queria mais, por isso sempre prestou atenção em seus três irmãos quando estavam praticando magia, e com um pouco de esforço ela conseguiu aprender.

O marido de Helga era um homem excêntrico, dono da pousada e muito ambicioso. Para Gregory, sua mulher devia se concentrar na criação do filho e na pousada, mas ele estava fora, e ela queria competir.

Sr. Guaine, ancião da cidade, apontou a varinha na garganta e começou a falar os nomes das duplas para o torneio. E assim se deu início.

Apesar da falta de experiência, Helga  conseguiu derrotar facilmente seus primeiros oponentes, talvez por que eles a subestimavam, ou porque eram jovens demais para vencê-la.

As primeiras fases do torneio duraram duas horas seguidas, com muitas batalhas emocionantes e outras que nem sequer impressionaram os próprios concorrentes. Helga, é claro, percebeu que Sr. Gryffindor era um forte concorrente, vencendo todas as batalhas com uma impressionante exatidão, sempre respeitando seus concorrentes, mas nunca perdendo o controle das batalhas.

É claro que nem todos os concorrentes eram tão educados como Sr. Gryffindor.

— Por Merlin... ele já estava no chão, não era necessário este último golpe. – Helga murmura olhando para o vencedor do último duelo.

— Eu acredito que Slytherin não gosta de deixar seu oponente consciente no final. – Sr. Gryffindor comenta, se colocando ao lado de Helga. – Mas, você não pode negar que ele é um incrível duelista.

— Seria bom ter um pouco de compaixão. – Helga murmura, entortando a boca em desaprovação.

— Talvez você possa ensiná-lo... – Gryffindor diz apontando para o quadro de duelos. – Ele é seu próximo oponente.

— _ _ _ _ _ _ _

Helga subiu na área de duelo ouvindo os gritos da platéia. Muitos ali já eram conhecidos da cidade e é claro que ela sabia que estavam fofocando sobre sua participação no torneio. Slytherin já estava no seu lugar, no lado oposto, lhe encarando com uma falsa educação, certamente já esperando a vitória. Os dois bruxos caminharam até o centro, se cumprimentaram e voltaram a seus postos.

Slytherin atacou primeiro, sem emitir o feitiço, como fez tantas vezes anteriormente. Helga, já preparada se defendeu com um escudo, contra-atacando com um feitiço estuporante, que foi facilmente defendido por Slytherin.  Ele seguiu atacando com mais dois feitiços silenciosos, em sequencia, obrigando Helga a se esquivar para a ponta da arena.

SPULSO!— Helga exclamou antes que Slytherin conseguisse continuar os ataques. O bruxo se defendeu surpreso, seus olhos encarando curiosamente Helga e ela sabia porque, afinal, ela havia inventado esse feitiço.

ABEO!— Helga exclama em seguida e solta um suspiro ao ver Slytherin se atingido, se dobrando com a dor causada pelo feitiço. A platéia então reage, gritando em êxtase.

Estupore! – Slytherin diz, em meio aos gritos, e Helga pouco consegue erguer a varinha, bloqueando o ataque, mas sendo arremessada pela força e caindo de costas, a varinha ao seu lado. – Expelliarmus! – a varinha de Helga se projeta para longe de sua mão. A bruxa se levanta, vendo Slytherin se preparar para o golpe final.

— Accio! – ela diz erguendo a mão em direção a varinha. O objeto voando imediatamente na sua mão.

— Como você fez o feitiço sem a varinha? – Slytherin indaga, parando seu ataque em surpresa. Helga apenas responde com um encolher de ombros, pois apesar de saber que não era natural, ela sempre conseguiu fazer pequenas tarefas sem a varinha. – Estupefaça!

Helga gira seus pés para sair do lugar, porém ela os sente presos no chão em seguida, como se fossem feitos de chumbo. Slytherin então ergue o canto da boca em um sorriso, triunfante, e atinge Helga com mais um feitiço silencioso que a faz cair, sem a varinha, e bater a cabeça fortemente no chão. Helga consegue ouvir a reação do público, todos certamente olhando de seus lugares para saberem se ela estava bem. A visão de Helga, antes embaçada, começa a ficar nítida novamente e ela encara o rosto de Slytherin, em pé ao lado dela.

— Vai me finalizar? – ela indaga, a língua raspando pela areia da arena.

— Você foi uma boa adversária. – Slytherin diz, surpreendentemente, estendendo sua mão coberta por grossas luvas de couro. – Acredito que a senhorita merece terminar o duelo de pé.

— Senhora, na verdade. – Helga corrige, aceitando a mão do bruxo e se levantando. Slytherin então faz uma breve reverência antes de sair da arena sendo aplaudido pela plateia.

 _ Eu sinto muito. – Rowena diz no momento que Helga entra na arena. Os próximos duelistas já estavam na arena se enfrentando, Godric Gryffindor sendo o favorito para a vitória.

— Somente um vencerá. – Helga diz encolhendo os ombros. Ela nunca foi uma má perdedora, sempre acreditando que toda experiência acrescenta algo e por isso nunca há uma total perda ou derrota. – Mas é uma pena... O dinheiro seria de grande valia.

— Mamãe! – Victor exclama chegando perto das duas bruxas e se jogando na cintura da mãe, abraçando-a forte. – A senhora está bem?

— É claro que sim! – Helga responde bagunçando o cabelo do filho. – É preciso muito mais que aquilo para derrubar sua mãe.

— As pessoas disseram que Sr. Slytherin foi um cavalheiro. – Victor murmura, olhando ao redor. – Que ele não estava usando toda sua força porque você é uma mulher...

— Não posso dizer se isso é verdade ou mentira. – Helga diz se sentando nos bancos próximos. – Mas se for verdade... Sr. Slythein seria um tolo, pois eu lutei com tudo que tinha, e ele seria sábio se fizesse o mesmo.

— Pelo pouco que vejo dele, Sr. Slytherin não é um homem que se controla nas batalhas. – Rowena comenta, encarando o homem em questão que assistia a batalha atenciosamente. – Acredito que ele só pense em derrotar um duelista...

— Godric Gryffindor? – Helga indaga seguindo o olhar da bruxa. – Seria uma batalha incrível, realmente.

— Não seria, será. – Rowena diz, no momento que o adversário de Godric caí no chão desacordado. – Gryffindor e Slytherin são os próximos duelistas a se enfrentarem no semifinal.

— Então um deles irá ser seu rival no final. – Helga diz sorrindo por conta da expressão confusa de Rowena. – Eu aposto 10 galeões que você vencerá até a final.

— Veremos. – Rowena murmura.

 

 

— _ _ _ _ _

 

 

Helga estava certa, no final. Rowena Ravenclaw venceu suas duas próximas batalhas indo para a final do torneio. Agora na plateia junto de Victor, Helga conseguia uma melhor visão das batalhas e se surpreendeu com a maestria de Rowena, que parecia calcular cada movimento e executar todos os feitiços com perfeição. E é claro que os bruxos achavam que sua beleza apenas melhorava toda a apresentação.

— Mãe, olhe... – Victor diz no momento que Slytherin e Gryffindor entravam na arena ao som da plateia animada para descobrir quem competiria com Rowena na final. Helga olhou na direção que Victor apontava e viu uma longa coluna de fumaça. – Acha que algo pegou fogo na cidade?

— Talvez... – Helga diz curiosa. – Talvez é só um pequeno acidente. – ela acrescenta para o filho que dá de ombros e se volta para o duelo que estava começando.

Gryffindor havia feito o primeiro feitiço quando Helga notou que havia mais colunas de fumaça. Slythein contra-atacou no momento que Helga ouviu o primeiro estrondo, e em seguida os gritos começaram.


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Notas finais do capítulo

A atriz que eu escolhi para representar Helga é Lotte Verbeek!
Espero que tenham gostado...
Se você leu, comente, por favor!
Até o próximo capítulo: 4 - Salazar Slytherin



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