Poderia não Ser só Uma Loucura escrita por larrycavalcante


Capítulo 1
One-Shot


Notas iniciais do capítulo

Não betei, então não liguem para alguns erros.
Outra, a one pode estar meio OOC, porque faz uma tempinho que não escrevo, e nem assisto bleach e-e'
Perdoem isso também OISOAI'



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Não passava de mais uma sexta à noite com os amigos. Shopping, olhando as pessoas passarem enquanto seis amigos conversavam nas mesas de quatro lugares.

 

Meninas coloridas, garotos que pensando que são “manos”. Garotas de micro-roupas, garotos metaleiros. Gente otaku, roqueiro, alternativo, indiferente e anormais que se fingiam de normais. Ou, aqueles que aceitavam não serem tão normais e viviam assim...  

 

Renji estava ocupado demais tentando abraçar Tatsuki sem levar um soco no ombro ou uma patada. Hitsugaya e Matsumoto se divertiam olhando as pessoas que passavam, mesmo isso não transparecendo na face enrugada e mal humorada do baixinho, era só com a ruiva que ele realmente sorria espontaneamente. E Ichigo e Rukia, que toda vez que conversavam, o assunto era:  Rock; O que eu aprendi a tocar ontem; Bandas novas; O show da semana que vem.  Sem contar com as discussões que eram constantes.

 

Mas desta vez, os dois estavam calados. Ambos não faziam questão de atrapalhar o momento dos dois casais que iriam aparecer. O assunto já havia acabado, e cada um olhava para o lado oposto, tentando procurar algo para se distraírem.

 

– Ai, ai viu. – Ichigo comentou sozinho, olhando para o grupo de garotas que se aproximavam na direção da mesa deles.

 

– Quê? – A morena perguntou indiferente, e olhando na direção que o ruivo olhava. – Ah ta... que conhecidência a Senna aparecer essa hora no shopping, né? – Alfinetou fitando a garota alta, esbelta e de cabelos pretos que vinha acompanhada de mais três garotas que ela nunca vira na vida.

 

– Deixa a garota, Rukia. Ainda não entendo por quê você implica tanto com ela.

 

– Não? Você já percebeu o jeito que ela me olha?

 

– E você não reparou como você retribui duas vezes pior? – Ele sorriu de canto para a morena que o ignorou e voltou a olhar as três garotas há menos de um segundo para chegar à mesa e sorrir de orelha a orelha para o ruivo.

 

– Oi, Kurosaki! – Ela lhe sorriu feliz, estava meio corada e dava para perceber que Senna, tremia dos pés a cabeça de nervoso.  Desviou os olhos e cumprimentou Rukia com cara de pouquíssimos amigos.  – Oi, Kuchiki. – Disse quase a fuzilando com os olhos por estar tão perto do “seu ruivinho”, como ela escrevia todos os dias no seu diário. Rukia simplesmente murmurou um “oi” e alcançou a coca-cola que estavam dividindo com o ruivo, decidida a se

afogar no líquido marrom.

 

– Então, o que faz aqui, Ichi?

 

– Nada, vim aqui só para sair de casa mesmo.

 

– Ah sim, então quer dar uma volta comigo, agora? – Perguntou com os olhos esbaldando esperanças. Nunca pode ter nem cinco segundos sozinha com o ruivo. Na escola eles eram de classes diferentes, ela era três anos mais nova e ele já estava no 3º ano do colegial.

 

O Kurosaki abaixou os olhos, olhou para a baixinha ao seu lado que estava concentrada em terminar a coca-cola e voltou a fitar a face esperançosa de Senna.

 

– Sinto muito, Senna. Mas hoje não dá, vamos para a casa do Renji daqui a pouco.

 

– Mas, não vai demorar... – Tentou convencê-lo fazendo beiçinho.

 

– Desculpa, quem sabe outro dia. – Ele sorriu tentando ser gentil o máximo possível.

 

– Ok, mas você vai ficar me devendo. – Sorriu tentando parecer que não haviam quebrado as suas esperanças. – Agora, eu vou indo. Tchau, Ichi. – Se curvou e beijou a bochecha do ruivo.

 

Os outros nem fizeram questão de cumprimentá-la ou algo parecido, estavam mais interessados em tentar abraçar e rir das roupas estranhas.

 

– Tchau, Kuchiki. – Respondeu sem vontade e antes de dar as costas acenou para o ruivo e seguiu o seu caminho com as outras três garotas voltando a ficar do seu lado.

 

Como se nada tivesse acontecido, Rukia bebia o refrigerante tranquilamente. Agora olhando para o Renji que daqui a pouco, conseguiria um abraço de Tatsuki.

 

– Pronto, dispensei ela. Feliz? – Ichigo perguntou achando graça.

 

– Para mim é indiferente, você sabe disso. – Deixou um pouco da coca e a repousou em cima da mesa de mármore.

 

– Não parecia isso. – Riu e apoiou os cotovelos na mesa, não deixando de fitá-la.

 

– Não importa se parece ou não. – Retrucou cruzando os braços e o fitando duramente.  – Mas, agora é sério. Apesar de eu não suportá-la, não a iluda. Dói.

 

– Não estou iludindo ninguém. Eu já perdi as contas de quantas vezes eu dei um fora nela. – Pela primeira vez os dois estavam tendo uma conversa sem ser sobre música.

 

– Então por quê raios, disse “quem sabe outro dia”. Ela vai ficar remoendo isso a noite inteira e achar que ainda vai ter uma chance contigo. Tonto.

 

– Sinceramente, nunca achei que você tinha um coração.

 

– Háháhá, super engraçado você, “Ichi”. – Imitou a voz fina de Senna.

 

– Mas eu não me interesso por ela. Eu poderia estar no fim do mundo, com ela sendo a última mulher do mundo, eu não ficaria com ela.

 

– Para de ser dramático. Claro que ficaria, ela é bonita. Não é muito inteligente, mas e daí né? Para vocês, tanto faz. – Disse voltando a pegar a latinha, e beber um pouco do refrigerante.

 

– Se você soubesse como uma garota pode nos deixar sem dormir, não falaria isso. Tem uma garota que tem me deixado assim ultimamente. É irritante, mas é algo bom de se sentir, ocupa a mente. 

 

Sinceramente, a baixinha não queria saber do que se passava na vida amorosa do ruivo ao seu lado. Aquilo inconscientemente a perturbava, cada palavra que ele dizia sobre os seus pensamentos, pela tal garota. O que ele sentia, e como se sentia à vontade ao lado dela, e coisa do tipo que a deixavam nervosa e com vontade de se afogar no resto de coca.

 

– Então, se declara para ela, invés de ficar dando uma de masoquista. – Sugeriu querendo dar um fim na conversa.

 

– Ela não vai ouvir, vai dizer que é um engano, porque somos amigos à muito tempo, que eu estou confundindo e coisas do tipo. Ela é uma cabeça dura, como você.

 

– Hm, interessante. – Murmurou odiando a comparação.

 

– Como eu me declaro então? – Perguntou a fitando sério.

 

– Ora! – Sentiu um incomodo perturbador no peito, uma coisa que não era comum. – É você que sente isso, você que tem que decidir o que você quer.

 

– É que eu nunca fiz isso antes. Eu nunca senti algo do tipo por alguém.

 

– Mesmo assim, quem vai decidir o que é certo, é somente você. Não posso decidir por você. – Rukia terminou de dizer dando o último gole na Coca-Cola. 

 

– Okay, eu vou saber o que fazer.  – Sorriu com o canto dos lábios. Ela retribuiu o sorriso gentilmente, era o máximo que poderia fazer.

 

A baixinha desviou os olhos do ruivo e se voltou para a amiga que ainda fugia de Renji, ela aceitaria o abraço normalmente, mas a sua teimosia e orgulho não deixariam assim tão fácil.

 

– Tatsuki, Ran... – Rukia as chamou, ambas a fitaram no mesmo segundo. – Vamos no

banheiro?  – Já se levantara da cadeira.

 

– Ok. – Disseram em uníssono e caminharam juntas até o banheiro que era do lado da praça de alimentação.

 

– Então! Ele disse que amava mulheres mais altas que ele! Disse que fazia o tipo dele, ou algo assim. – Rangiku falou animada sobre o baixinho que estava contigo a poucos minutos.

 

Entraram no banheiro, Rukia não abrira a boca em nenhum momento. Sua mente estava agitada, sem saber o que pensar ou decidir qualquer coisa que fosse. Toda vez que pensava na possibilidade do ruivo em se declarar para uma garota o seu coração parava no mesmo instante.

 

Seria loucura ela estar apaixonada por ele. Somente ela pensava assim.

 

– E você, Tatsuki? Não vai mesmo se render ao Renji? – A loira perguntou ficando ao lado da morena, apoiando o quadril na pia.

 

– Não. Nunca. Jamais. – Riu marota enquanto se fitava no espelho.  – Tá tudo ok, Kia?

 

– Definitivamente, não está nada bem. – Disse pondo a mão na testa e bufando logo em seguida. – Eu estava conversando com o Ichigo, ele me contou umas coisas... e estou me sentindo mal por não estar feliz por ele.

 

– O que ele te disse? – Matsumoto perguntou com a curiosidade a mil.

 

– Que está apaixonado por uma garota, por que nunca sentiu isso por ninguém, e que quer se declarar pra ela e tal. – Falou ainda atordoada, os olhos perdidos sem saber, ainda, o que pensar sobre.

 

– E você, não gostou nada disso e agora está totalmente confusa por descobrir que está apaixonada por ele... – Começou Tatsuki.

 

– Além de que você morre de ciúmes daquela garota do 9º ano que vive dando em cima dele, mesmo você sabendo que ele não está nem aí pra ela. – Terminou Rangiku que sorria de orelha a orelha. – Não adianta negar, vai estar enganando a si mesma.

 

– Tá, tá, eu sei. Mas, o que eu posso fazer? Ele agora vai se declarar, e fui eu quem deu a ideia.

 

– O caso complica mesmo. Sinceramente, eu sempre imaginei vocês dois juntos. – Tatsuki confessou sorrindo amarelo.

 

– De qualquer forma, eu não quero pensar nisso. – A morena falou se voltando ao espelho atrás de si, arrumou os fios negros e se recompôs. – Não vou estragar essa sexta por causa disso.

 

– É assim que se fala! Agora vamos que eu tenho um Hitsugaya me esperando. – Rangiku puxou as duas pelo braço, e saíram do banheiro como se nada tivesse acontecido, como se nenhuma conclusão havia sido feita.

 

Os três garotos estavam sentados conversando, o ruivo guardou o celular ao ver as três garotas vindo na direção deles. Era questão de segundos.

 

“I used to be love drunk, but now I'm hangover”  O celular tocou histericamente no bolso da calça jeans da morena.

Rukia parou de andar e tirou o celular do bolso, estavam à poucos passos da mesa. Abriu o celular e lera as poucas letras que tinha na mensagem umas três vezes seguidas.

 

“É você, sua chata ciumenta e má atriz :D”

 

E por um segundo ela pensou, que tudo isso poderia não ser só uma loucura.

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Críticas e reviews são bem vindos



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