As Crônicas de Caledônia escrita por Fani Fics


Capítulo 5
Lados Opostos da Pista


Notas iniciais do capítulo

Olá Luminas!
Agradecendo ao Ricardo Marçal Jr pelo comentário.
Muito Obrigada mesmo!
Espero que gostem do capitulo.
Boa Leitura!



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A Igreja Matriz de Caledônia era uma construção antiga, que ficava na praça central da cidade, a partir dela todas as casas foram construídas, formando assim uma enorme teia de aranha.
O chão era de ladrilho num tom de areia, havia um palco ao lado da igreja, que servia de palanque para as festas, bingos e épocas de eleição. Abaixo do palco se encontravam os banheiros públicos, alguns coqueiros cercavam a praça, dando sombra fresca para os mais idosos que se sentavam nos bancos feitos de ripa envernizada na parte da tarde para observar o movimento, ao lado da igreja havia a caixa d'água que abastecia a construção assim como os banheiros e a fonte que ficava de frente para as escadarias da igreja, mas que normalmente ficava desligada.
Stabbengton passou pelas pesadas portas de madeira da construção com passos rápidos. Por dentro a igreja era tão linda quanto por fora, com bancos de madeira, lustres que pendiam do teto e lindas vidraças com imagens de passagens da bíblia. Stabbengton nunca fora um homem da igreja, portanto diferente da maioria dos religiosos que passavam e faziam sinal da cruz em respeito, ele atravessou o corredor entre os bancos direto, e se esgueirou para os fundos da igreja, através de uma pequena portinha que ficava escondida atrás de uma cortina vermelha.
Havia um corredor cumprido e estreito, mal iluminado e ao fim dele uma porta rachada, pintada de branco.
Stabbengton bateu fortemente na porta, inquieto, esperando que alguém viesse atendê-lo. Poucos segundos depois o padre local abriu a porta. Ele não usava batina como nas missas de quarta e domingo, ao invés disso estava usando uma camiseta branca e uma bermuda que ia abaixo dos joelhos com chinelo de dedo.
O padre era um homem velho, com uma barriga proeminente e uma careca brilhosa.
— Olá, meu filho. - sorriu o padre, abrindo espaço para o homem passar - O que te traz aqui?
— Eu liguei. - disse Stabbengton, entrando no pequeno aposento do padre.
— Stabbengton? - perguntou o idoso, fechando a porta.
— Sim.
Stabbengton deu uma olhada no lugar. Era pequeno, um cômodo com uma janela, no canto direito tinha uma pia, e em cima da mesma havia um pequeno fogão de duas bocas. Uma geladeira antiga ficava encostada a pia, e uma pequena cama estava do lado oposto.
— Achei que viria em outra hora. Como pode ver, não estou vestido adequadamente. - disse o padre, caminhando até duas cadeiras de plástico que estava encostada a uma parede.
— Não precisa se preocupar. - disse Stabbengton, se sentando na cadeira oferecida - Não vim para buscar a palavra.
O padre encarou o homem por algum tempo, sem saber ao certo o que dizer. Então sorriu amorosamente.
— Tudo bem, quando estiver pronto Ele estará te esperando. - falou o pároco, arrancando uma careta de Stabbengton - Quer um chá?
Sem esperar por resposta, o padre local encheu uma caneca com água e a colocou no fogo, separando os saquinhos de chá e um pote de açúcar.
— Então porque veio? - perguntou o homem, se sentando novamente de frente para o inspetor.
— Estou querendo saber mais sobre a nossa historia. - começou Stabbengton - Fiz algumas pesquisas na biblioteca da cidade, mas não encontrei nada sobre a cidade e seus fundadores.
O homem pensou por algum tempo.
— Sim, acho que houve um incêndio no jornal e biblioteca da cidade há uns cem anos atrás, eu acho... Não me recordo exatamente.
— O senhor não me parece tão velho. - comentou Stabbengton, arrancando um sorriso do padre.
— Nós, os padres da cidade, temos o habito de fazer livros com os acontecimentos mais importantes. Então são passados de pároco a pároco. Isso desde o primeiro padre. - o homem se levanta e vai até o fogão - É uma forma de conhecer a historia da cidade, seus cidadãos e as bases dela.
— Então vocês tem um livro... - murmurou Stabbengton. - Ele ainda existe?
— Claro. - sorriu o padre - Não deve estar nítido, mas alguma coisa deve dar pra ler. - servindo uma caneca com chá para Stabbengton, o padre vai até sua cama e tira debaixo dela um baú. - Devo perguntar, porque está tão interessado na historia de nossa cidade?
— Estou escrevendo um livro. – mentiu.
O padre revira o baú por alguns minutos, até finalmente retirar de dentro dele um caderno pequeno, com capa de couro preta e folhas amareladas. Ele entrega o caderno a Stabbengton, que o abre, encarando as letras bem escritas do padre de sua época.
— Eu poderia levar para casa? - perguntou Stabbengton.
— Receio que não. - o padre sorri sem graça - É muito precioso e o próximo padre irá precisar dele.
Stabbengton folheia o livro antigo, os olhos procurando alguma informação sobre o maldito tesouro ou qualquer coisa que dissesse que ele estava naquela maldita cidade.
— Posso dar uma olhada? - quis saber Stabbengton.
— Claro, fique a vontade. - o padre sorriu, e sentou-se na cadeira.
Stabbengton folheava as paginas o mais rápido que podia, considerando que se tratava de um velho caderno. As palavras enchiam sua mente e ele absorvia tudo o que podia.
Até que chegou a uma pintura, solta entre as paginas do caderno. Ele segura a pintura com as mãos calejadas e encara os enormes olhos da mulher negra que sorria.
— Quem são esses? - perguntou o homem, mostrando a imagem ao padre.
— Esses são os fundadores. Esmeralda e seu marido Capitão Phoebus de Châteaupers. - respondeu o padre - Eles chegaram á cidade vindos de outros países. Ao que se sabe, eram muito ricos e viajados. Ninguém sabe o que os levou a querer construir uma vida em um pequeno vilarejo do interior.
— Imagino. - murmurou Stabbengton, encarando a imagem - O que houve com eles?
— Bom, eles foram os grandes responsáveis pela evolução de nossa cidade. Como tinham dinheiro, eles transformaram um pequeno vilarejo de caipiras em uma cidade. Construíram a igreja primeiro, depois a casa na qual eles viveram. - o homem sorriu - Muitos dos prédios aqui pertenciam a eles.
— Se eles levantaram a cidade, porque ela não leva o nome deles? - perguntou Stabbengton, coçando a cicatriz.
— Eu não sei. - suspirou - O diário diz que eles eram muito discretos sobre o passado deles, apenas que viajaram muito até chegarem aqui, aonde se estabeleceram por alguns anos. - o homem toma um gole de seu chá - Então, numa noite eles simplesmente sumiram. Algumas pessoas, más línguas devo dizer, disseram que ela o matou e depois se matou, mas nunca foi provado nada disso.
Então houve um estalo na cabeça de Stabbengton, como ele não havia percebido antes? Como ele pode ser tão burro? Encarando a imagem, ele observa a mulher sorridente, embora a imagem não fosse uma fotografia e sim uma pintura, o pintor captou bem a tonalidade da pele da mulher, assim como a alegria do casal, que estavam abraçados de lado.
— Eles moraram no casarão? - questionou Stabbengton, encarando a imagem.
— Sim, no casarão. - tomando mais um gole de chá o homem continua - Numa noite eles simplesmente sumiram, algumas pessoas dizem que foi assassinato seguido de suicídio. Outros dizem que eles estavam falidos, e por isso fugiram para se livrarem das dividas. Depois de alguns anos, como eles não voltarão o banco tomou as propriedades, e leiloou, a prefeitura arrematou por um preço bom.
— E os incêndios?
— Bom, isso foi um dos motivos das pessoas acharem que se tratava de uma fuga, poucos meses depois a biblioteca, aonde tinha arquivos sobre os fundadores, assim como o jornal que tinha noticias sobre o casal pegaram fogo. - o padre suspirou - Tudo queimou.
Stabbengton olha a pintura em suas mãos.
O homem era alto e forte, um rapaz jovem e bonito. Os cabelos eram loiros e compridos até o ombro, os olhos eram castanhos e ele tinha um belo cavanhaque. O sorriso dele iluminava sua alma, assim como a mulher ao seu lado.
Negra, de olhos claros e um cabelo amarrado no alto da cabeça, ele não duvidava que aquela mulher fosse a mais linda da cidade. Ela sorria um sorriso misterioso, enquanto o homem a abraçava ela segurava a mão do marido.
Usava um vestido verde, com um decote em V, que Stabbengton acreditava ser ousado para aquele tempo, mas aquela mulher parecia ser uma mulher ousada. Pendurado no pescoço havia um medalhão de madeira, com um desenho de uma triqueta cortada por uma espada.
Um barulho fez o padre se levantar de um salto.
— Essas crianças, viu! - disse o homem - Acham que a casa de Deus é um parque de diversões. Eu já volto.
E deixando Stabbengton sozinho o padre desapareceu no corredor. Stabbengton tinha certeza de já ter visto aquele símbolo marcado no medalhão da mulher em algum lugar. Ele só não acreditava que nunca pensou em ir até o casarão, e que seu irmão nunca havia mencionado isso em suas anotações.
Enfiando a foto no bolso de sua calça, Stabbengton fecha o caderno e encontra o padre a meio caminho da saída.
— Obrigado, padre. - disse o homem, entregando o caderno - Foi de ótima ajuda.
— Irá trazer um livro quando terminar? - quis saber o velhinho.
— Claro. Pode ter certeza que eu vou.
E sem mais uma palavra, Stabbengton desaparece.


—---*----

Uma semana se passou nem Merida nem Soluço encontraram nada que aquela maldita chave abrisse. E embora ambos quisessem voltar ao mausoléu, eles ainda estavam um pouco assustados com os ossos ou o que quer que possa haver lá embaixo.
Durante a semana, os boatos sobre o namoro pareceu diminuir, mas algumas pessoas não paravam de comentar, como Rapunzel e Mavis, que não deixavam o assunto quieto.
Não que Merida pudesse culpa-las, na ultima semana, ela e Soluço ficaram ainda mais próximos, tentando encontrar uma fechadura para aquela chave. Quanto mais pensava nisso, mais Merida acreditava que tinha alguma coisa errada naquela cidade.
Primeiro, um quadro que desaparece do nada. Depois ela encontra um medalhão escondido num casarão antigo rodeado de mistérios, sem encontrar vestígios na internet, ela procura ajuda de Soluço, que por coincidência havia visto aquele símbolo em um mausoléu meses antes.
O mausoléu os levou até uma chave misteriosa, que Merida precisava saber o que abria. Era uma sensação terrível, ela se sentia inquieta e até mesmo Soluço agora estava ansioso.
— Oi, descabelada! – cumprimentou Mavis, surgindo na frente de Merida, do nada.
— Credo, Mavis. Vai matar um assim! – comentou Merida, encarando a garota gótica.
— Então, estava pensando em fazer uma festa surpresa para a Rapunzel. – disse a garota, sorrindo.
— O que? – Merida parecia estar em outro universo, porque não entendeu uma palavra do que Mavis dissera.
— Acorda Merida. Rapunzel vai fazer aniversario na semana que vem, e eu quero fazer uma festa surpresa pra ela aqui na escola. – repetiu Mavis, sorrindo.
— O que tá pegando? – perguntou Jack, se aproximando.
— Mavis quer fazer um aniversario pra Rapunzel.
— Por quê? – quis saber Jack, encarando a morena.
— Porque é aniversario dela. – Mavis revirou os olhos. – Qual problema de vocês?
— O que foi? – dessa vez foi Soluço quem perguntou, se aproximando da rodinha de amigos.
— Como anda o casalzinho? – brincou Jack, jogando beijos no ar.
— Cala boca, Frost. – irritou-se Merida, dando um soco no braço de Jack, que deu alguns passos pra trás.
— Mavis quer fazer um aniversario surpresa pra Punzie. – respondeu Merida, encarando Soluço.
— Serio? Legal. – sorriu Soluço, olhando de Merida para Jack até encontrar os olhos felizes de Mavis. – Onde?
— Aqui, na escola. Na sala de aula. – respondeu Mavis.
— Qual é Mavis! – interrompeu Jack, fazendo careta.
— É, a gente não tá na quinta serie. – completou Merida.
— Olha, não sei se falaram pra vocês, mas está super fora de moda ser adolescente rebelde e chato. Serio isso é muito clichê. – Mavis encarava Jack e Merida – A gente vai fazer uma festa surpresa pra ela, e eu preciso da ajuda de vocês, tudo bem?
Merida e Jack respiraram fundo antes de concordar, coisa que Soluço já tinha feito há vários minutos.
— Ótimo. Merida você fala com North. – ordenou Mavis.
— O que? Porque eu? – questionou a ruiva – Jack é o neto dele.
— Tenho outra tarefa pro Jack, e você passa mais tempo na sala do North do que em qualquer outro lugar.
Merida ficou de boca aberta, enquanto Soluço e Jack riam da expressão da ruiva que lançou a eles um olhar fulminante.
— Mantenham em segredo absoluto. Rapunzel não pode saber, ou vai estragar a surpresa. – sussurrou Mavis, vendo Rapunzel se aproximar.
— Oi gente! – cumprimentou a loura sorrindo.
Os amigos riram sem graça para a garota e depois se dispersaram cada um para seu lado.
Rapunzel ficou olhando, enquanto Mavis e Jack iam para a sala e Merida e Soluço caminhavam juntos rumo às escadas.
Ela não sabia o que tinha feito de errado, mas sentia que vinha perdendo os amigos aos poucos. Primeiro Merida e Soluço e agora Jack e Mavis, tudo bem que Mavis não era assim tão próxima do grupo, já que era mais amiga de Violeta, mais Merida havia abandonado completamente a loira.
Chateada, Rapunzel se dirige para sua sala, sozinha.


—---*----


Soluço tinha ido ao banheiro e Merida estava sozinha na sala do diretor North.
Ela já tinha estado naquela sala antes, mas sempre em situações de encrenca, agora ela estava pedindo algo ao diretor.
North estava sentado em sua cadeira atrás da mesa como de costume e atrás do diretor a estante de mogno brilhava sem nenhuma poeira a vista, exibindo quadros, troféus e e outros objetos de decoração.  
Merida ficou pensando que o troféu que ela havia quebrado era para estar em algum lugar daquela estante.
— Então querem fazer uma festa? – perguntou North, curioso.
— Sim. É uma festa surpresa para Rapunzel. – concordou a ruiva – Nossa sala está adiantada nas matérias, então pensamos que poderíamos fazer no final da aula, usar as duas ultimas aulas.
— Não sei se é uma boa ideia. – disse North coçando o queixo.
— A gente promete limpar a bagunça depois. – Merida olhava o diretor nos olhos – Por favor?
North pensa por alguns instantes. Festa de aniversario na escola. Esses adolescentes estavam cada vez mais estranhos!
Porque não em uma casa, danceteria? Mas na escola?
Mas, pelo menos estariam dentro do ambiente escolar, sem bebidas ou drogas. Estariam seguros.
North ponderou isso.
— Tudo bem. – concordou o homem – Vou conversar com o professor de vocês.
— Obrigada! – agradeceu Merida, sorrindo e se levantando da cadeira.
— Sim, claro. Mas tem regras. Sem drogas. Sem bebidas alcoólicas. Sem nenhum tipo de coisa ilícita, entendeu? E o professor vai ficar na sala de aula. Nada de musica alta também, não queremos atrapalhar outros alunos.
O sorriso de Merida murchou um pouco.
Serio Mavis? Na escola? Merida ainda achava uma péssima ideia, mas pelo menos Mavis tinha se lembrado de Rapunzel e seu aniversario, Merida estava tão imersa em suas próprias coisas que havia esquecido completamente da amiga.
Os olhos de Merida saíram do rosto corado e gorducho de North para um objeto atrás do homem, na prateleira mais alta da estante. Primeiro, ela achou que estava louca, depois ao fixar um pouco mais o olhar ela realmente percebeu.
— Ah, então tá. Até mais! – disse ela e saiu correndo da sala de North deixando o homem confuso.
Caminhando a passos rápidos pelo corredor da escola que estava abarrotado de alunos, Merida esbarra em Soluço quando o garoto saia do banheiro masculino.
— Tá maluca! Ia entrar no banheiro dos homens? – falou o rapaz.
— Acho que encontrei a próxima pista. – sorriu Merida, pegando na mão de Soluço e arrastando ele pelo corredor.
O sinal havia acabado de tocar, e os alunos já começavam a tomar o caminho para suas salas. Mas não Soluço, porque sua amiga ruiva maluca estava arrastando ele pelo corredor da escola como se fosse sua mãe.
— Merida, o sinal já tocou. – avisou o rapaz.
— Acho que encontrei o que aquela chave abre Soluço. – disse a garota, mal se virando.
Os corredores agora já estavam vazios, com alguns poucos alunos aqui e ali. Merida ainda estava com a mão agarrada na mão magricela de Soluço, e ainda o arrastava pelo corredor.
A garota ia entrando na sala de supetão, mas ao notar que o diretor se encontrava lá dentro ao telefone de costas para a porta a garota dá uma freada brusca, fazendo Soluço trombar nela.
Merida da alguns passos para trás e se abaixa um pouco e Soluço imita a garota, colocando apenas a cabeça para espiar dentro da sala de North.
— O que foi? – sussurrou ele.
— Olha ali. Aquele baú na ultima prateleira da estante. – falou a garota – Está vendo algo diferente nele?
Soluço procura o que a menina está falando até encontrar um pequeno baú de metal acima da cabeça do diretor.
— Tá, o que tem? – perguntou o rapaz, sem entender.
— Não tá vendo mesmo? – desacreditou Merida.
Soluço estreita o olhar e força a visão até que finalmente é capaz de ver, o mesmo símbolo do mausoléu, o mesmo do medalhão de Merida, desenhado no baú.
— Eu não acredito! – sorriu Soluço.
— Bem debaixo do nosso nariz! – completou Merida.
— O que estão fazendo aqui? – perguntou Stabbengton, encarando Merida e Soluço que se endireitam num pulo. – O sinal já tocou.
— Sim, a gente só estava... Bom à gente estava aqui né... – gaguejou Soluço.
— A gente só estava... – tentou Merida.
— DE-SA-PA-RE-ÇAM! – urrou Stabbengton, e sem pestanejar Merida e Soluço desceram a escada de volta para suas salas.
Stabbengton olha para dentro da sala de North e sem convite entra na mesma. O homem ainda falava ao telefone e Stabbengton observa a sala com os olhos inquisidores.
— O que foi Stabbengton? – perguntou North ao desligar o telefone e se virar para a porta.
— Havia crianças no corredor depois do segundo sinal. – disse o homem, com cara de poucos amigos.
— Ora, são adolescentes! Não cometeram nenhum delito grave. – sorriu North.
Stabbengton faz cara feia para o diretor e continua a vasculhar a sala.
— Mais alguma coisa? – quis saber o diretor.
— Não. É só isso mesmo.
Com uma ultima olhada, Stabbengton observa o baú de metal na ultima prateleira. E o símbolo desenhado nele.
Saindo da sala, o homem para ao lado de fora e retira a pintura que ele tinha roubado da igreja na semana anterior.
O colar no pescoço da mulher era o mesmo símbolo desenhado no baú.
Com um sorriso, Stabbengton começa a bolar um plano.
Finalmente alguma coisa concreta.

 


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram?
Espero que sim!
Até a próxima Luminas!
PS:. Eu sei que vocês existem fantasmas, não tenham medo da autora, eu sou legal. :D



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