Depois Do Fim escrita por brigadeiro de panela


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas voltei...
É um capítulo curto, porém é essencial para historia.
Boa leitura!



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Pov - Katniss

Encaro o teto sujo e mofado do meu quarto. Não sinto sono, na verdade não sinto nada. Minha cabeça está em silêncio, nenhum pensamento vem até mim. Quero sentir vontade de lutar pelas coisas, pelas pessoas, pelos direitos, pelos MEUS direitos.. Mas não tenho força, não tenho animo.

Olho para pequena faca que consegui roubar o refeitório sem que ninguém visse, por um momento pensamento me ocorre: porque eu não finalmente fico em paz? Porque eu não acabo logo de vez com essa minha vida miserável? Uma hora eu não vou ter que morrer? Eu não vou viver pra sempre, porque eu não acabo logo com essa chatice? Não vai adiantar nada eu continuar sobrevivendo a cada dia.

Porque é isso que a gente faz, a gente sobrevive. Não tem mais como viver nesse mundo, ainda mais nessa comunidade, que mais parece uma prisão. Sento-me na cama, e tento pensar em todas as consequências que vão acontecer caso eu tire minha vida agora, e pelo resultado que aparece em minha mente, a minha morte não vai fazer nenhuma diferença pra ninguém.

Não pense, faça!

Foi o que eu ouvi do meu pai, quando ele me levou pra caçar as escondidas. Ok papai, não vou pensar, vou agir e em breve estarei com o senhor.

Pego a faca e saio discretamente de casa e ando novamente em direção ao muro, talvez seja a bebida que tomei hoje de manhã que esta me fazendo tomar essas atitudes.

Logico que não, ela só está de dando coragem para fazer algo que você sempre quis fazer e nunca teve força suficiente para ir até o fim.

Escalo o muro com um pouco de dificuldade, hoje a noite está mais fria o vento mais forte, até parece cena aqueles filmes antigos, onde até o clima muda de acordo com o humor da mocinha. Sento-me no mesmo lugar de sempre, segurando fortemente a pequena faca na minha mão. Coragem Katniss, acabe logo com esse sofrimento — incentiva meu subconsciente.

Sem mais delongas, levo a faca em direção à barriga e começo a pressionar levemente. Meu cérebro resolve brincar comigo, e todas as lembranças felizes que eu tenho guardada dentro de mim resolve aparecer, não sei se ele está me incentivando a continuar com o plano ou se isso é uma forma de me fazer parar com essa loucura.

Foda-se, não vai adiantar nada eu continuar viva, eu não tenho eles comigo, eles me abandonaram - digo em um sussurro. Sinto uma lagrima quente rolar pela minha face direita, e isso é como um ponto de partida para que outras também comecem a rolar.

Agora sim, você está parecendo uma legítima depressiva — acusa minha Katniss interior.

— desculpa papai, mamãe, Haymich, Marie... Perdoem-me, mas não posso mais continuar nessa vida - digo minhas ultimas palavras e começo a força a ponta da faca contra minha barriga. Reprimo um grito de dor quando sinto o corte começa a ser feito. Fecho os olhos e me concentro a empurra a faca.

Alguma coisa é tacada com força no muro de metal fazendo um barulho estrondoso. Abro meus olhos rapidamente e fico em alerta. Será que são os rebeldes?

Não ligue pra isso boba, logo você estará morta e será menos um problema pra eles.

Minha mão treme e não consigo empurra mais a faca. Balanço a cabeça e me foco no que estava fazendo antes, não posso dá pra trás agora que comecei o "trabalho". Fecho novamente os olhos e deixo minha mente esvaziar. Empurro novamente e dessa vez deixo um pequeno grito sai da minha boca quando sinto que a faca está entrando cada vez mais fundo.

Ouço novamente algo sendo tacado contra o muro e dessa vez abro os olhos a procura pelo responsável desse barulho. A noite dificulta minha visão e quando quase desisto de procura, um corpo começa a se fazer em minha visão.

É ele, o rebelde que vi da ultima vez. Ele usa um, sobretudo com capuz surrado junto com uma camisa e calça preta, nas mãos tem algo como se fosse um par de luvas e uma lanterna que esta apontada para minha direção.

Seu rosto esta coberto por um pano que o deixa com um ar mais sombrio. Meu sangue gela quando o vejo andar em minha direção e internamente rezo para que ele não faça nada contra mim.

— ei você - uma voz masculina quem vem de dentro do muro diz. Olho na direção dela e vejo que é de um dos seguranças do muro falando comigo - quem é você e o que esta fazendo aqui? Você é um rebelde?

Agora eu só tenho três opções: 1) termino de enfiar a faca em mim e morro de uma vez; 2) espero o rebelde chegar e me matar, ou fazer coisa pior; 3) deixo o segurança me pegar e vou ter minha via sendo julgada pela comunidade.

Não isso nunca. A comunidade, não vai mais tomar nenhuma decisão por mim.

Olho para frente e vejo o rebelde mais perto do muro, é agora ou nunca Katniss, ou você se mata de uma vez, ou pula do muro e deixa sua vida nas mãos de um rebelde.

— eu sou uma covarde - sussurro antes de pula o muro e cair como um saco de batata no chão. Sorte a minha que o rebelde estava perto e logo me ajudou a levanta. Antes que eu possa dizer alguma coisa ele me puxa, penso em pergunta para onde ele está me levando, mas quando ouço os outros seguranças chegando e preparando a arma desisto de falar qualquer coisa, só me ponho a correr na mesma direção em que ele vai.

Só quero ressaltar que sua mão quente envolvida na minha é um dos principais motivos pelo qual o sigo, sem ao menos reclamar .

                              

 

 


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Notas finais do capítulo

Comentem o que vocês acharam, vão me incentivar muitoo.
Beijos na bunda e até o próximo!!