Mordet Et Vivit escrita por MaryDiAngelo


Capítulo 21
A Casa Faz "BUM"


Notas iniciais do capítulo

Olar amorinhas! ♥
Voltei com mais um capítulo de MEV e, não se se vocês perceberam, mas estou tentando manter um padrão de uma semana para postar um capítulo.

Vamos praticar o que fazemos de melhor: sofrer. LET'S GO!

Good Reading ^-^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/728420/chapter/21

Ok, ok. É totalmente injusto o que estou fazendo no momento. Eu sei que é. Nico pensava consigo mesmo. Mas eu não tenho culpa de ser um vampiro… Tenho?

— Nico! — pela milésima vez, Thalia o chamou, arfando.

Ele pigarreou, antes de responder com uma voz fina:

— “Aí, vamos correr lá fora, eu sei que sou mais rápida do que você, Nico!”.

Thalia fez cara feia.

— Eu sou mais rápida quando você não usufrui dos dons da sobrenaturalidade… — acusou, levando as mãos para a cintura — Aliás, é assim que se fala?

— Deve ser — deu de ombros, abrindo um sorriso de canto debochado. — Você cansa rápido, Thalia.

Ela apenas revirou os olhos, cruzando seus braços abaixo dos seios em uma pose descaso. Contudo, isso não durou muito.

Ao longe, lamúrias passavam pelas copas das árvores e chegavam até os dois, que entraram em estado de alerta. Cada vez mais as vibrações pareciam maiores e Thalia se perguntou o que estava acontecendo, levando seus olhos azuis para Nico, que também a encarou em uma questionação.

Por instinto, o vampiro se aproximou mais da Grace, que engoliu em seco, estremecendo levemente ao sentir a brisa ficar mais gelada.

— O que…? — Thalia começou a perguntar, seu tom baixo graças a aproximação dele.

— Vamos voltar. — Nico pontuou, segurando-a gentilmente pelo braço.

— Espera! — interrompeu-o, pousando sua mão sobre a dele em seu antebraço. — E se estiverem precisando de ajuda? Parecem humanos, não é?

— Thalia, vamos voltar. — O di Angelo a fitou nos olhos, notando a pontada de preocupação que navegava no meio daquela tempestade que eram as irises dela.

— Está bem. — Deu-se por vencida, assentindo.

E quando Nico a soltou, virando-se de costas, é claro que Thalia começou a correr em direção aos gritos.

— Maldita! — o vampiro grunhiu, começando a correr atrás dela, o que não foi muito esforço já que ela não foi muito longe.

Um pouco mais a frente, Thalia tinha as mãos sobre os lábios, pasma.

O crepitar havia surgido de repente, assim como os uivos de guerra vindo dos humanos que brandiam suas tochas, incendiando a floresta com grunhidos de adoração. Em seus olhos era possível compreender a raiva e a malícia, assim como em seus gestos brutos e as cegas.

Nico parou ao lado da Grace, arregalando os olhos.

— Vamos, agora! — ordenou, segurando o braço dela e notando que seu corpo estava tenso. — Tha...

Ela negou, balançando a cabeça, interrompendo-o. Comprimiu os lábios e acenou para que eles voltassem mais adentro da floresta, começando a correr ao lado dele, não parando ao chegarem até a mansão, onde Silena os esperava na porta, preocupada.

— O que houve? — a Alpha andou de encontro até eles com uma feição preocupada.

Antes que eles conseguissem pronunciar a palavra “Fogo”, os lobos que rodavam o perímetro em busca de qualquer alimento ou até mesmo para garantir a segurança deles, voltaram correndo, passando pelas árvores de modo bruto e uivando para chamar atenção.

— Fogo! — Thalia se adiantou, vendo Silena arregalar os olhos.

A palavra pareceu instaurar o caos na sede dos lobos. Afinal, eles não tinham métodos especiais e nem a magia a favor deles para apagar o fogo a tempo que ele não atingisse a casa onde moravam. O trabalho que eles tiveram teve de ser manual.

E quando a floresta perto da casa ganhou um tom alaranjado, a brisa trouxe a fumaça e o cheiro de queimado, não havia dúvidas: eles estariam mortos se não fugissem.

— Vamos, Silena! — Nico insistiu, já havia preparado a alcateia (meio que alguns relutassem em seguir as ordens de um vampiro) para que eles fossem para o outro lado, não correndo o risco de ter feridos.

— Não! — respondeu, convicta. — Eu não vou deixar nosso lar ruir em chamas! Eu não posso atravessar a cidade grande com a matilha para chegar do outro lado, na floresta Norte. Não podemos e, eu pelo menos, não vou!

Ah, ótimo, além do fogo, temos uma Silena aparentemente gagá das ideias! O di Angelo pensou, tentado a segurá-la contra sua vontade e fugir.  

  Como se lesse seus pensamentos, a loba assumiu uma pose que dizia “só tente me forçar isso. Garanto que vai ficar sem as presas!”. Ele deu-se por vencido, suspirando.

— Eu fico com você.

Silena olhou por cima do ombro. Seus olhos marejando com a fumaça que o fogo estava levantando. Ela colocou-se à frente da matilha, levantando o queixo e limpando a garganta antes de começar a falar em um tom firme:

— Como Alpha, meu dever é manter minha alcateia segura. Então, vão. Eu quero que vocês vão para o mais longe possível do fogo, nem que tenham que ir para a floresta Norte sem mim.

— Vai sonhando, princesa. — Thalia se prontificou de imediato, cruzando os braços e, mesmo que tivesse que se virar para tossir depois disso, manteve a pose. — Eu não vou deixar vocês aqui.

— Estou com Thalia. — Chris afirmou sem rodeios.

Não demorou para que toda a matilha confirmasse que ficariam por ali para ajudar a tentar conter o fogo, fazendo Silena vacilar em posto e olhar ao redor. Não queria colocar a vida de ninguém em risco, já bastava a sua. Mas sabia que não era capaz de conter aquilo sozinha, nem mesmo sabia se era capaz de conter com mais pessoas.

— Tomem cuidado. Thalia, vai atrás da outra mangueira da casa, tem uma aqui fora. Ligue no outro registro, depois venha para frente comigo. Os demais, vão atrás de qualquer coisa que possa servir para transportar água, quanto maior, melhor. Também procurem por pás, podemos enterrar e abafar pequenos focos de incêndio para não estender. — Ordenou, acenando com a cabeça para a única humana dali para que a seguisse, ambas correram em direção a parte de trás da casa.

E, de repente, tudo pareceu piorar e jogar a fagulha de esperança de Silena para o alto.

— Ok, acho que temos um problema maior. — Thalia engoliu em seco, levando as mãos a frente dos lábios e tentando manter a calma para lidar com a situação. A pior coisa seria entrar em desespero, não?!

Mas, bem ali na frente das duas, a parte de trás do lar dos lobos estava ruindo em chamas. E, se elas não se apressassem para tentar controlá-las, logo estariam sem nenhuma casa.

Sem que Thalia precisasse olhar para Silena, as duas foram em um movimento sincronizado em direção as duas mangueiras. Ligaram os registros e se afastaram por conta do bafo quente

— Não é o suficiente! — a Alpha gritou para a humana por cima do barulho das chamas engolindo as madeiras que ameaçavam desabar a qualquer momento. — Thalia, se afaste!

No timming que a Beauregard gritou, a parte de trás da casa ruiu em direção ao chão. As duas se afastaram no espaço limitado que ainda não estava tomado por fogo, mas não tiveram tempo para pensar em chorar. Apenas se entreolharam em desespero, começando a correr em direção a frente da casa, onde, para o alívio das duas, o resto da matilha estava saindo ilesos de dentro da casa.

— Alguém se machucou? — Silena se apressou em perguntar, ofegante. Seus olhos percorreram os garotos que estavam ali, que negaram. — Vamos, temos que sair daqui antes que…

— Onde está o Nico?

A pergunta veio de Thalia, que semicerrou os olhos olhando envolta em busca do vampiro. Voltou seus olhos para Chris, que parecia apreensivo e entreabriu os lábios para dizer algo, mas se interrompeu. A resposta veio como um soco no estômago da Grace, que, em um impulso, negou desesperadamente e deu as costas para eles, correndo em direção a casa em chamas.

O bafo quente a fez levar a mão em frente ao rosto ao começar a tossir com a fumaça, seus olhos lacrimejando de imediato e deixando a sua volta um pouco turvo. As chamas pareciam estar se alastrando em todo canto, bem como as madeiras estavam rangindo e mostrando que não demorariam para terminar de desmoronar.

— NICO?! — gritou por ele, tentando puxar o ar para gritar mais alto e sentindo a fumaça preencher sua garganta aos poucos. — NICO?!

Thalia correu para o lado que havia desmoronado da casa, ouvindo a voz dele quando chegou mais perto da área das escadas que ficavam na sala:

— SAIA DAQUI!

Ela quase o xingou em voz alta, mas apenas conseguia focar-se em não morrer queimada com as madeiras a sua volta pegando fogo.

Começou a correr até onde tinha ouvido ele, arregalando os olhos e levando as mãos em frente a boca, tentando conter um acesso de tosse e ao mesmo tempo entrando em desespero:

Nico tinha um pedaço de madeira atravessando seu abdômen.

Ele começou a tossir, levantando uma das mãos e negando, pedindo que ela se afastasse. O risco da madeira cair e as vigas de ferro era grande, e ela era humana: um golpe e estava morta ou muito machucada.

— THALIA? — a voz de Silena preencheu os ouvidos da Grace, o timbre desesperado. — THALIA?

— AQUI! — ela gritou de volta e se aproximou de Nico.

Agora com mais facilidade de respirar, Thalia se abaixou ao lado do vampiro que tinha os olhos arregalados, mas não protestava mais. Agora sua respiração tinha se tornado ofegante, o vapor quente queimando-o, bem como a fumaça preenchendo seu pulmões e a dor alucinante em seu abdômen.

— Você não vai morrer agora, di Angelo! Não vai! — Thalia exclamou determinada, soltando uma lufada de ar quando conseguir quebrar com facilidade a madeira extensa. Depois, avisou: — Isso vai doer!

E, assim, puxou com toda a força que pode a outra ponta pontiaguda, sentindo-a deixar o corpo de Nico que gritou alto de dor, ofegando.

Silena alcançou a garota no momento exato, puxando seus ombros para trás e estendendo a mão para ajudar o vampiro a se levantar, que, por mais que sentisse muita dor, se apoiou nos ombros da Alpha.

Thalia o amparou do outro lado e, juntos, eles passaram pela casa rumando a saída.

E, de repente, o corpo deles do jogado para frente, um calor avassalador os cercou e logo depois veio o estrondo.

A casa havia explodido.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

YAY! Chegamos ao fim de mais um capítulo! :3
Então? O que acharam? O que querem que aconteça?

Até o próximo o/
Beijos de Escuridão ♥
~Mary.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Mordet Et Vivit" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.