Lembre-se de mim escrita por J S Dumont


Capítulo 16
Lembre-se de mim


Notas iniciais do capítulo

OLÁ GENTEEE! Estou aqui de novo postando mais um capitulo, gente colaborem ai comentem e favoritem a fanfic, para ajudar a ganhar novos leitores, prometo se colaborarem volto mais rápido do que quinta-feira ;) espero que gostem do novo cap. bgs :)



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QUINZE

LEMBRE-SE DE MIM

A cada dia que passava eu sentia o meu coração apertar, estava chegando o momento das férias, e isso fazia com que eu fosse invadida por sentimentos um tanto confusos, por um lado eu via as férias como uma ocasião ótima, já que eu poderia ficar algum tempo com os meus pais, sair para onde eu quisesse e fazer coisas que a escola impossibilitava eu de fazer, entretanto, por outro lado eu ficaria longe dos meus amigos, e o que mais doía era ficar longe de Edward, seriam muitas semanas sem vê-lo e eu sabia que a saudade iria apertar.

Mesmo com a distancia que infelizmente a entrada dele no time ocasionou, eu ainda conseguia vê-lo, admirá-lo de longe, e ás vezes conseguíamos ter algumas rápidas conversas, e mesmo que meus amigos me criticassem, eu até compreendia o seu afastamento, a vida dele estava corrida, era os treinos, ele precisava continuar tirando notas altas e as novas amizades dele tomava o resto do tempo. Eu sabia que ele não havia se afastado de proposito, só que eu sabia que as férias me deixaria ainda mais distante dele, e isso estava me causando um sentimento estranho, como se esse afastamento fosse apenas piorar ainda mais a situação.

E então tivemos o ultimo passeio antes das férias, à escola costumava nos levar uma vez por mês ao centro para sairmos um pouco e distrairmos, e também para comprar o que quisermos, e bem, foi impossível não me lembrar das férias durante o passeio e então acabei dando um perdido em Ângela para comprar um presente para Edward de despedida, dessa vez eu quis fazer algo diferente e comprei um urso gravador, achei-o tão lindo, tão branco, vestido com uma roupa e um boné azul e dentro dele havia um gravador onde podíamos gravar uma mensagem de voz.

Quando voltei para a escola, gravei uma mensagem de voz para o Edward e coloquei o urso dentro da caixa, embrulhando com um papel de presente azul, junto coloquei um pequeno bilhete, uma pequena frase: Lembre-se de mim. Embora pequena, para mim ela já dizia tudo, afinal, era a coisa que eu mais desejava, que nas férias Edward se lembrasse, mesmo que uma vez por dia,  por alguns segundos, mas que se lembrasse de mim, pois eu sabia que por nenhum segundo eu conseguiria esquecê-lo.

Eu estava em meu quarto, havia a poucos minutos terminado de embrulhar o presente, quando a porta do quarto se abriu:

— Não me diga que isso é um presente para quem estou achando que é? – escutei uma voz conhecida atrás de mim, que me fez me virar para olhá-la, logo soltei um suspiro entediado, eu sabia que agora ela iria começar com as reclamações.

Sim, era Ângela, ela tinha acabado de entrar no dormitório e havia me flagrado com o urso já coberto com papel de presente.

— Por favor, não reclame, não agora... – eu implorei, a ultima coisa que eu queria naquele momento é que Ângela começasse a falar mal de Edward.

Ângela suspirou, cruzou os braços e ficou me encarando com as sobrancelhas franzidas.

— O que você comprou a ele dessa vez? – ela perguntou.

— É só uma lembrança, nada demais! – respondi, sem ter coragem de dizer que na realidade que comprei um urso gravador.

Ela discordou com a cabeça, parecia inconformada.

— Você acha que ele vai dar valor ao presente? – ela perguntou.

— Eu não sei, mas pelo menos darei o presente a ele com todo o meu coração... – respondi.

Notei que Ângela não havia gostado muito da minha resposta, mas o que eu podia fazer? Era a verdade, não adiantava mentir ou esconder dela e de ninguém, estava claro de que embora ás vezes Edward agisse de forma errada e acabava de uma forma ou de outra me magoando, eu continuava o amando, preocupando-me com ele e principalmente eu continuava tentando incansavelmente fazê-lo gostar de mim.

E por essa razão eu quis comprar esse presente, que era diferente de todos que dei a ele, queria que pelo menos quando ele visse o presente se lembrasse de mim, teria minha voz nele, uma mensagem minha, e em minha concepção seria impossível de não se lembrar de mim, caso olhasse para o urso.

Decidi guardar o presente até o ultimo dia de aula, nesse dia primeiramente eu me despedi de Ângela que disse que viajaria as férias inteira para o Havaí e depois de Mike que passaria as férias em casa e combinou comigo de sairmos um dia ou outro, da qual concordei bastante animada, afinal, eu passaria as férias todas em casa também, nada melhor do que encontrar os amigos para se distrair.

E deixei Edward para o final, o procurei pelos corredores, próximo ao dormitório, não o encontrei, depois segui até os armários e então finalmente o encontrei retirando os livros lá de dentro e colocando em sua mochila. Soltei um longo suspiro, fiquei parada por alguns segundos, olhando-o até que ele me olhou, sorriu para mim, fechou a mochila, colocou-a nas costas e se aproximou lentamente, até parar na minha frente, com as mãos no bolso.

— Oi... – ele cumprimentou, meu sorriso se alargou.

—Oi! – eu cumprimentei, sentindo meu coração disparar. — É... Chegaram ás férias... – comentei, sem saber muito que dizer a ele.

— É... – ele concordou. – Animada?

— Não muito, ficarei em casa e você? – perguntei.

— Ainda não sei, provavelmente irei para Paris... – ele deu de ombros.

— Legal! – respondi, ainda sorrindo. – Eu queria conhecer Paris...

Trocamos sorrisos, e Edward umedeceu os lábios, desviando os olhos para o chão, parecia ter ficado pensativo.

— Eu vou sentir sua falta... – eu disse, na verdade saiu de forma automática e inconsciente. Ele voltou a me olhar, primeiro num semblante sério, mas lentamente um sorriso foi surgindo em seus lábios. – Eu sei que não é como antes, algumas coisas mudaram, mas você continua sendo o mesmo para mim...

— Você também... – ele disse me deixando surpresa. – Eu... Bem, ás vezes pode parecer que eu esqueci o que você fez por mim, mas eu não esqueci, eu nunca vou esquecer...

Sorrindo, eu peguei a mão de Edward e comecei a puxá-lo em direção ao meu quarto.

— Onde você está me levando? – ele perguntou.

— Eu quero te dar uma coisa... – respondi, e continuei puxando-o até chegar em meu quarto.

Edward entrou no quarto, ficou parado próximo a porta, enquanto eu retirava o presente debaixo da cama.

— Bella... – ele iniciou, enquanto virava para ele.

— Não! – interrompi. – Nada daqueles papos de que não precisava... Eu comprei para você com todo o carinho... Só quero pedir um favor!

— O que? – ele perguntou, parecia meio desconcertado.

— Só abra quando estiver em casa... – eu pedi, colocando o presente em cima da cama, e depois aproximei-me mais dele, sorrindo ele concordou com a cabeça, depois soltou um longo suspiro e de repente me puxou pela cintura, grudando fortemente seu corpo contra o meu, num forte abraço.

Senti meu corpo quente e uma sensação gostosa foi me invadindo, coloquei meus braços em volta dele, e encostei minha cabeça em seu ombro, sentindo o cheiro bom de seu perfume, eu não queria soltá-lo, eu não queria ficar longe dele e só de pensar nisso, doía, doía muito. Senti meus olhos encherem de lágrimas, mas segurei o choro.

E então aproximei o meu rosto do ouvido dele e sussurrei:

— Não me esqueça!

###

Ir para casa, seria uma forma de tentar deixar a escola um pouco de lado, tentar pensar que existem outras coisas além dela, e principalmente que existe outro mundo além de Edward, desde que comecei a manifestação eu vi que podia me distrair com outras coisas, eu sabia que eu não conseguiria e nunca tirá-lo dos meus pensamentos, mas pelo menos eu poderia pensar um pouco menos dele.

 E foi o que tentei fazer, arrumar algumas atividades que me distraísse, tentei aprender a cozinhar com minha mamãe, e aprender a fazer crochê com minha avó, depois comprei alguns livros novos e li, alguns lia todas as páginas em um dia só, mais com o passar dos dias, frequentemente comecei a pensar em Edward e como estaria sendo seus dias em Paris.

Cheguei a receber algumas ligações de Ângela que disse que o Havaí estava muito bom e da próxima vez que fosse me levaria, o que me deixou mais animada, e mais próximo ao final das férias recebi a ligação de Mike chamando-me para sair, fomos um dia ao cinema e depois ele me convidou para andarmos de bicicleta em um parque, o que chegou a ser desastroso, afinal, não cheguei a aprender a andar de bicicleta em minha infância e acabei ganhando um belo de um machucado em meu joelho.

— Eu acho que não foi uma boa ideia te chamar para andar de bicicleta, não é? – Mike perguntou, enquanto andávamos no parque, havíamos deixado a bicicleta de lado após a minha terceira queda.

Mancando eu sentei-me em um dos bancos, ajeitei os meus óculos que havia ficado meio torto, e depois observei os pombos brancos andando no chão, próximo de nós.

— Que nada, embora meu joelho esteja ardendo, eu acho que ainda consigo aprender a andar de bicicleta... – respondi, suspirando. – Eu não costumo desistir das coisas...

— Isso eu sei melhor do que ninguém, você é tão insistente, que chega a irritar... – ele respondeu, e juntos rimos, ele colocou o braço em volta do meu ombro e soltou um longo suspiro. – Eu me lembro de quando você insistia que quem deixava o dinheiro embaixo do seu travesseiro quando você perdia os dentes, era a fada dos dentes e eu sempre dizia que era o seu pai, mas você nunca acreditava em mim, se lembra que um dia quando estávamos brigando por causa desse assunto você acabou me dando um soco no estomago? – ele riu.

— Eu era criança, acreditava fielmente nessas coisas, e você sempre tentava acabar com as minhas fantasias... – respondi, enquanto observava fixamente as pombas.

— Eu sempre te desiludia né? Essa minha péssima mania vem desde a infância...

— É ás vezes você é um chato, mas eu adoro você! – respondi, e então nos olhamos, com leves sorrisos no rosto.

— Mesmo ás vezes eu parecendo um chato e falando ás vezes palavras que possa te magoar, você sabe que faço tudo isso pelo seu bem, ás vezes sinto que você é uma menininha que ainda acredita em contos de fadas... – ele disse, ainda olhando-me fixamente, eu suspirei.

— E você sempre está tentando me trazer para a dura e cruel realidade, não é senhor Mike? – perguntei.

Ele sorriu para mim.

— Quanto menor a altura menor será a queda, certo? – ele respondeu.

Suspirei e voltei a olhar para os pombos, senti Mike me abraçar mais forte.

— Mike, eu estou sentindo um aperto tão forte no coração, como se algo ruim fosse acontecer... – eu disse, com o olhar distante e isso era verdade, quanto mais próximo ficava o retorno á escola mais forte eu sentia o meu coração apertar.

— Por acaso você está falando isso porque está perto de ver ele? – Mike perguntou, numa voz arrastada ao mencionar Edward.

— Eu não sei... – eu disse, colocando a cabeça no ombro de Mike, fechei os olhos e soltei um suspiro.

— Eu queria que você o esquecesse de vez, se valorizasse como deveria ser... – Mike disse pensativo, eu o soltei para olhá-lo. – E principalmente começasse a enxergar a sua volta e não apenas Edward Cullen...

Engoli um seco, mas não conseguia dizer mais nada, nenhuma palavra.

— Mas tenho esperanças Bella, de que ainda você vai voltar para a realidade...

###

Depois de tantas semanas, terminou as férias, e para mim era bom rever a escola, soltei um suspiro enquanto a olhava por fora, apesar de tudo eu amava aquele lugar. As férias não haviam sido tão ruins assim, mas eu não podia negar que estava ansiosa para rever o meu dormitório, voltar as minhas aulas, ver a enorme biblioteca e principalmente rever Edward, eu queria perguntar como havia sido suas férias, queria ver como ele estava, estava com saudades de ver aquele sorriso lindo e aquele olhar doce que eu tanto amava.

Antes de entrar a escola, vi Ângela chegando, carregando consigo uma enorme mala, ela a me ver sorriu abertamente e venho em minha direção correndo, me abraçando com força.

— Amiga que saudade, nas próximas férias nós temos que pelo menos se ver num fim de semana! – ela disse, soltando-me e sorrindo para mim.

Sorrindo, arrumei os meus óculos e continuei a olhando, bastante feliz em revê-la.

— Concordo, eu ainda sai com o Mike no final das férias... – respondi, ajeitando melhor a minha mochila nas costas.

—Ah é? – ela perguntou, eu senti um tom malicioso em sua voz. – Como que foi?

— Foi legal, apesar de que... – e então eu me calei ao vê-lo descer de um carro de luxo.

Meu coração disparou, minha voz sumiu e meus olhos praticamente grudaram-se nele.

Edward descia do carro e começava a caminhar em direção a escola, quando ele me avistou, parou de andar e olhou-me com um olhar completamente indecifrável. Nós nos olhamos por alguns segundos, mordi os meus lábios e fiquei meio receosa, sem saber o certo o que fazer.

— Bella? Bella? – Ângela me chamou, mas sua voz parecia longe, parecia que o mundo tinha parado, desde o momento que meus olhos pararam em Edward.

— Já volto! – eu disse, e impulsivamente fui quase correndo na direção dele, parei em sua frente, e trocamos sorrisos e então eu o abracei, o abracei com o máximo de força que consegui.

Escutei um gemido dele, e então rapidamente o soltei e o olhei com um sorriso bobo no rosto.

— Oi Edward, como foram as suas férias? – perguntei, animada.

— Foi boa... – ele respondeu, senti um leve nervosismo em sua voz.

— E a viagem a Paris? – perguntei.

— Foi legal, mas ficamos apenas uma semana... – ele disse, e então passou a mão no cabelo.

— Legal... – eu disse. – E você... – eu iniciei, para perguntar sobre o presente, mas alguém interrompeu-me.

Uma garota loira, de olhos azuis, mediana e magra aproximou-se rapidamente, sorrindo ela abraçou Edward, deixando-me completamente confusa. Afinal, nunca havia a visto antes e por que ela estaria o abraçando?

— Amor, vamos você prometeu que ia me mostrar a escola! – ela disse, numa voz enjoada, fazendo biquinho, só depois ela me olhou, percebi que ela fez uma expressão estranha no rosto como se eu fosse um ser esquisito. – É... Atrapalhei algo? – ela perguntou agora disfarçando, olhando para Edward.

—N-Não... – ele gaguejou, mas sequer desviou o olhar de mim.

Eu continuei intacta, tentando digerir a parte em que ela o abraçou e depois a parte em que ela o chama de amor, meu estomago foi despencando, despencando, e minha garganta fechou, as lágrimas começaram a surgir em meus olhos e segurei-a com todas as forças.

— É a sua namorada? – perguntei, a voz quase que não saiu. Meus olhos pararam-se nela e agora ela estava me olhando, ela era linda, era tudo que um garoto procurava, ela era tudo o que eu não era, é Edward não teria vergonha de andar de mãos dadas com ela pelos corredores.

— Sou sim... – foi ela que me respondeu, Edward continuava calado me olhando fixamente, parecendo como se estivesse em choque.  – Eu sou nova aqui na escola, então não sei quem é você, qual é seu nome querida? – ela perguntou.

— Isabella Swan... – respondi, depois olhei para Edward. Engoli um seco. – Parabéns, ela é muito bonita, combina com você, ainda mais agora que você é popular, não é? – sorri forçadamente. Edward desviou o olhar para o chão.

— Ai que fofa, obrigada querida! – ela sorriu para mim.

— É... Eu vou indo, deixei a Ângela sozinha... Bom retorno a você, e boas vindas... – respondi, depois virei-me rapidamente, fechando os olhos e deixando finalmente as lágrimas caírem, mas alguns segundos ela iria acabar caindo na frente deles. Respirei fundo, enquanto voltava em direção de Ângela, sentindo o meu coração quebrar em milhares de pedaços.

Uma hora isso iria acontecer, mas não imaginaria que doeria tanto... Edward arrumou uma namorada, e de nada adiantou o meu pedido, mesmo ele garantindo que não aconteceria isso, aconteceu, ele me esqueceu.

Continua...


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Notas finais do capítulo

N/A: Não fiquem com raiva do Edward, pliz, bgs