Mushi Sentai Slyranger escrita por FanficMaster


Capítulo 1
Layer 00 - Prólogo


Notas iniciais do capítulo

As imagens dos personagens estão linkadas a algumas palavras no texto.



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Há muitos séculos, quando a Ciência e a Magia eram coisas indistintas, haviam aqueles que se chamavam Alquimistas: que com seus conhecimentos mágico-científicos ajudavam a Humanidade. Porém, um dos membros do Conselho da Alquimia se rebelou contra seus companheiros e quis se tornar o senhor dos Homens. Seu nome era Evee, tido como o mais poderoso Alquimista do Conselho. Munindo-se de seus poderes mágicos e conhecimentos científicos, ele criou seres artificias - parte máquina, parte demônio – ao qual foram chamados Vector.
Criando um exército de Vectors, Evee se auto-proclamou Imperador, e o Império Vector nascia. Sua primeira investida foi contra o Conselho. Os demais Alquimistas estavam em pânico. Nenhum deles tinha poder suficiente para enfrentar o Imperador Evee. Eis que uma pessoa se ergueu na multidão. Era Saag, o irmão mais novo de Evee. Ele dizia conhecer os poderes do irmão, e que podia usar os conhecimentos dele para criar versões boas de Vector.
Com o auxílio dos outros alquimistas, Saag criou suas próprias "máquinas vivas", que nomeou de Sly. A diferença entre Vector e Sly era simples: enquanto os primeiros tinham formas geralmente humanoides e eram controladas pela vontade do Imperador, os segundos eram cinco veículos, sendo pilotados por um quinteto de jovens especiais escolhidos por Saag. Os cinco Sly tinham formas insectoides gigantescas, por isso o quinteto recebeu o nome de Esquadrão dos Insetos Slyranger.
Uma guerra ferrenha foi travada entre os Sly e o Império Vector. Os bravos Slyranger deram suas vidas num ataque kamikaze contra a base do Império, o castelo flutuante Daishini. Quando se viu derrotado, Evee se enclausurou numa espécie de sarcófago, que só poderia ser aberto por alguém que possuísse a Chave Kuroshi.
Para permanecer vivo, ele escondeu a Chave numa outra dimensão, e os séculos passaram...

[Clã Mushi, em algum lugar do Japão...]
Um rapaz trajava uma espécie de roupa ninja toda preta com as mangas e um protetor de boca num tom um pouco mais claro. Ele usava um capuz que lhe cobria o restante do corpo, deixando apenas os olhos à amostra. Na altura do peito do quimono, havia bordado em linhas douradas, a imagem de um inseto.

O rapaz parecia concentrado, com seus olhos fechados. Ele parecia sentir o ar em sua volta. De repente dois vultos aparecem o atacando, cada um de um lado. Ele se defende dos ataques no que os vultos se revelam duas ninjas mulheres com uniformes semelhantes aos dele. Porém, onde era um tom mais desbotado de preto, uma usava amarelo e a outra usava azul claro.

A de amarelo o ataca com kunais, mas o rapaz consegue desviar dos ataques. A de azul aproveita a ocasião pra tentar surpreende-lo, mas ele também consegue escapar dando mortais pra trás, parando em posição de defesa.
— Lento demais... – dizia o ninja negro.
No que ele diz isso, um outro ninja, esse com detalhes verdes, salta debaixo do chão e segura seus pés.

— Te peguei! – diz o ninja verde – Não esperava por isso, não é?
— Na verdade, esperava sim... – diz o ninja preto desaparecendo em seguida.
— O-O quê?! – o de verde fica surpreso e se junta às outras duas ninjas.
Os três param encostando suas costas uma na outra. Eles olhavam em volta, atentos para qualquer movimentação, porém, rapidamente eles se veem presos numa rede que se desarma bem abaixo deles. Eles se mexiam sem parar no que o ninja preto olhava de baixo.
— Eu peguei vocês! – diz o ninja.
— Yuu-san, isso não é justo! – reclamava a de uniforme com detalhes amarelos. – Você fez uma armadilha!
— Lina-chan, um verdadeiro ninja atrai o seu inimigo até armadilhas. (Sonoda Yuu, Ninja do Clã Mushi – 23 anos)
— Mas nós somos seus companheiros, não inimigos! – diz a garota ainda na rede com os outros. (Migarashi Lina, Ninja do Clã Mushi – 19 anos)
Yuu pega uma arma que era um cabo com duas laminas nas laterais, ele salta e faz um movimento rápido com o braço cortando a rede, os três caem de bunda no chão.
— Ai meu bumbum... – dizia Lina enquanto esfregava a bunda ao levantar.
A ninja de azul era a menor do grupo, ela limpava a sujeira no uniforme e depois abaixa o capuz e a proteção da boca revelando seu rosto. Era linda, tinha uma certa sensualidade no olhar. Os cabelos estavam presos em um coque pra cima, ficando apenas uma franja caída.
— Você precisa ser mais esperta, Lina. – ela dizia. (Takeuchi Naru, Ninja do Clã Mushi – 23 anos)
— Preciso melhorar minha estratégia... – diz o ninja verde revelando seu rosto também. Seus cabelos eram curtos e espetados pra cima. Castanhos e ele retirava um óculos do bolso em sua calça ninja e os colocava no rosto – Os óculos fazem falta também. – dizia ele enquanto os ajeitava na cara. (Hironobu Yasuhiko, Ninja do Clã Mushi – 20 anos)
— Ahhh, tudo o que quero agora é tomar um banho e descansar. – diz Lina espreguiçando-se.
— Não há tempo para descansar, infelizmente. – diz uma voz de trás deles. Os quatro se viram e avistam um senhor já de certa idade, ele trajava um quimono laranja com um colete dourado por cima e uma placa na testa com o desenho de um inseto. Seu cabelo era curto e espetado, de cor castanho bem escuro e tinha uma barbicha. Usava uma maquiagem estilo Ippon-guma – Vocês precisam se fortalecer! (Sensei Mushi, Líder do Clã Mushi – 44 anos)

— Sensei! – dizem os quatro se abaixando em reverencia.
O sensei deles então retira uma espada e a leva ao rosto. No reflexo da espada, podia-se ver os 4 já com o capuz e a máscara na boca. Ele então movimenta a arma como num golpe.

Nas planícies desérticas do Egito, o Dr. Jethro está com sua equipe de paleontólogos à procura de ruínas perdidas. Nas areias escaldantes, ele finalmente encontra o que procurava: uma estranha passagem coberta por uma pesada pedra, com uma peculiar marca talhada em sua superfície. Mal sabia o doutor que aquela era a marca de Saag, que a havia deixado lá para alertar os curiosos.

Sem saber onde estava se metendo, Jethro adentrou pela passagem e seguiu por um longo túnel até chegar numa imensa câmara, que parecia mortuária. Nas paredes, desenhos que contavam a história de Vector. No fim da câmara, jazia um sarcófago. Jethro caminha até ele, sentindo que estava sendo chamado. Ao tocar a superfície do caixão, uma misteriosa luz inundou seu corpo. Os outros membros da equipe de escavação observaram atônitos a cena.
— O senhor está bem, Doutor? O que houve? - dizia o assistente se aproximando do Dr. Jethro que ficara em silêncio por uns instantes e, então, soltou uma longa gargalhada.
— HAHAHAHAHA!!! Bem? Eu estou mais do que bem!! - Ele abriu a palma da mão e disparou um tipo de raio, que atravessou o peito do assistente e o matou. Depois, dizimou toda a equipe da mesma forma. Quando faltava apenas um, ele disse, antes de fulminá-lo com uma rajada de energia - E só mais uma coisa: Meu nome é Eyes, filho do Imperador Evee!! - Jethro, ou melhor, Eyes jogou o cadáver do assistente para longe e se virou para o sarcófago. - Ó pai! Pai! Como fizeram isso com o senhor? Juro-lhe que farei o impossível para libertá-lo desse cárcere!
— Você diz que fará o impossível... Será que está pronto para essa missão, filho? - Uma voz misteriosa vinda do caixão começou a responder.
— Sim pai! Sacrificarei minha própria vida se for necessário!
— Não desejo sua vida, filho, desejo os seus serviços! Mas, antes de tudo, você deve vestir-se como o príncipe que é!
Uma fumaça densa e negra cobriu o corpo de Eyes. Quando se dissipou, a roupa de exploração usada por Jethro havia desaparecido, e em seu lugar havia agora um conjunto de roupas negras com uma longa capa. Seus cabelos, antes curtos e loiros, agora eram compridos, lisos e enegrecidos. Até mesmo sua pele agora era muito mais pálida.

— Sim... Agora sim mereço o título de Herdeiro de Vector! Obrigado, pai!
— Sim, filho. Agora, preciso que você nos tire daqui... Quero que coloque Daishini nos céus!
— Como preferir, pai!
No momento em que Eyes ergueu suas mãos, um brilho vermelho impregnou toda a câmara, que começou a tremer. Do lado de fora, dois paleontólogos conversavam.
— Ei! Que tremores são esses? Não acontecem terremotos por aqui... - dizia o homem.
— Meu Deus! Eles estão lá dentro, será que houve um desmoronamento? Temos que pedir ajuda!- dizia a mulher de forma aflita.
Quando os dois foram até o jipe para usar o telefone, algo impressionante aconteceu: as areias do Egito se abriram, e uma enorme construção de pedra e metal emergiu das profundezas, elevando-se até os céus, longe demais para ser vista por olhos nus.
— O que foi isso!? Aquilo era um castelo!? - disse o homem assustado.
— Parece que sim... Mas, o que é isso??
Do céu azul veio uma espécie de esfera metálica pouco maior que um carro, aterrissando ao lado dos dois. A parte superior da esfera se abriu, revelando um trio de criaturas estranhas. Tinham uma cor semelhante à do barro, e uma cabeça parecida com à de um cão, mas com ausência de olhos; estes ficavam próximos ao peito. Tinham longos braços, que terminavam em afiadas garras.

O casal não sabia, mas aqueles eram os soldados do Império Vector, os monstros Kallar. Essas criaturas são as mais fracas de todo o Império, mas não pense que isso as torna seres medíocres: os Kallar não tem consciência, só sabem destruir o que seu dono mandar.
Os três monstros foram para cima do casal.
— Fuja Marie! Eu vou tentar detê-los!
— Mas... E você Phinneas?
— Um de nós tem que avisá-lo! Pegue o jipe e vá! Por favor, Marie!
A Doutora Marie compreendeu e foi até o jipe. Phinneas retirou uma pistola de sua cintura e a carregou.
— Adeus, Phin...
— Adeus, Marie...
Enquanto dirigia rumo ao aeroporto, Marie pôde ouvir dois disparos. Talvez ele tenha conseguido matar dois deles, ela pensava. - Mas o outro vai matá-lo... Eu sei... - Com esse doloroso pesar em mente, Marie partiu.
[...]
— Pai, porque o senhor enviou Kallar para matar aqueles humanos? Não era necessário.
— Pelo contrário, meu filho. Aqueles humanos poderiam ter acabado com os planos do Império!
— Não compreendi, pai.
— Huhuhu, não se preocupe com isso agora, filho... Vá, descanse e recupere a suas energias...
— Como desejar, pai...
Depois que Eyes saiu, o enclausurado Imperador começou a divagar em seus próprios pensamentos:
— Sim... Está tudo indo como planejei... Condicionar a mente desse tolo para fazê-lo achar que é meu filho foi muito útil, pena que precisarei despachá-lo no fim de tudo. Em breve, eu dominarei a Terra! Sim, agora só o que me resta é cuidar daquele clã que os descendentes de Saag criaram e então o planeta será meu! E meus verdadeiros planos poderão se concretizar...
Algum tempo depois, Marie procurava por informações no laboratório no Japão sobre o paradeiro de uma escola.

— O que está procurando, Doutora? – indagava um dos assistentes.
— Uma forma de contactar ele, chegou a hora.
— Isso é sério, doutora? – o assistente pergunta novamente.
— Infelizmente...
Enquanto isso, no secreto Clã Mushi, Lina saltava do alto de uma arvore pra cima do Sensei. Ela atirava Shurikens contra seu mestre que simplesmente desviava de todas com facilidade. Em seguida, Naru vinha correndo pronta para ataca-lo, mas o sensei desvia dos golpes e a imobiliza no chão.
— Mushi Ninpou: Técnica da Raiz! – dizia Yuu que tocava o chão.
Uma raiz de arvore se solta do solo abaixo do rapaz e vai pra cima de seu mestre que com dois movimentos muito rápidos corta a raiz e então aparece nas costas do rapaz o atingindo com apenas o dedo indicador.
— Foi uma boa estratégia, mas vai precisar de muito mais do que isso pra me pegar. – dizia o mestre se encostando em uma árvore e retirando um livro para ler.
— Te peguei! – dizia Hironobu que estava camuflado na arvore e o agarrava desprevenido.
— Será mesmo? – diz o mestre se tornando um tronco no mesmo instante. Em seguida, ele aparece atrás do ninja verde e lhe leva uma kunai ao seu pescoço.
Hironobu não diz nada, apenas esboça uma feição de decepção consigo mesmo. Sensei Mushi o solta e ele se junta aos outros 3 que estavam cansados.
— Isso não é justo! – dizia Lina – Por mais que treinemos, nunca vamos conseguir derrotar o sensei!
— Com esse pensamento de derrotada, nunca conseguirá mesmo. – diz Yuu cruzando os braços e a olhando por baixo, apesar de ambos terem a mesma estatura.
— Ainda somos muito fracos, nos perdoe, sensei. – dizia Naru abaixando a cabeça em reverencia.
— Não se lamente, Naru. – dizia o Sensei – Vocês já alcançaram um nível surpreendente. Até pouco tempo atrás, mal conseguiam me tocar. Continuem treinando e...
Enquanto o sensei iria continuar sua orientação, um barulho de explosão e gritos viam do outro lado da escola ninja. Sensei Mushi e os quatro correm para ver o que acontecia e se deparam com um ataque eminente contra os outros alunos. As terríveis criaturas Kallar seguravam um dos alunos enquanto outros estavam caídos, mortos no chão.
— Mas, o que é isso? – indagava Yuu assustado.
— Parece algum tipo de Besta. – comentava Hironobu ajeitando os óculos no rosto.
— Acho que vou vomitar... – dizia Lina que era socorrida por Naru.
— Kallars... – dizia o sensei como se ignorasse a presença dos seus alunos. Ele sente um estalo e de repente se vira para eles. – Vocês precisam sair daqui. – o mestre do clã Mushi parecia espantado – O quanto antes!
— Sensei, você sabe quem são eles? – questiona Yuu.
— São os Kallars, uns demônios terríveis que um dia causaram caos e terror na Terra. Se eles estão aqui, então... Isso quer dizer que... – o sensei Mushi voltava a se perder em pensamentos.
— Demônios? – diz Hironobu intrigado – Fascinante!
O sensei olha para os demônios e então parte pra cima deles. Ele corria com uma katana em suas mãos, passando ela em alguns monstros. Os Kallars gritavam de dor ainda que continuavam, eles se viram para o sensei e os ataca. Os 4 pupilos observavam tudo aquilo muito confusos.
— Naru-chan, o que está acontecendo? – perguntava Lina.
— Eu não sei, não faço ideia. – ela respondia.
— O que vamos fazer? – Hironobu olhava para Yuu como se esperasse um pronunciamento.
Yuu não conseguia dizer nada, ele apenas olhava seu mestre sendo cercado por vários Kallars. Uma aflição lhe batia. Ele olha rapidamente para o chão em volta, seus amigos, companheiros ninjas de uma vida toda caídos, derrotados e mortos. Ele não aguentava olhar aquilo e não fazer nada, ele precisava se vingar, honrá-los.
—Já chega... – o rapaz cerrava os punhos – Eu não posso aceitar isso! Não sei o que vão fazer, mas eu vou lutar. Eu vou ajudar o sensei. – ele olha para os amigos ali – Vocês estão comigo?
— Não sei o que está acontecendo... – dizia Naru – Mas eu não consigo olhar pra isso e não fazer nada. Eu vou lutar também.
— Não sei se é o mais inteligente a se fazer, mas estou com vocês. – respondia Hironobu.
— N-Não! – dizia Lina tremendo – Não consigo!
Lina se abaixa levando a mão à cabeça. Os outros se compadecem, era realmente assustador, eles apenas sentiam que precisavam fazer algo. Não podiam deixar seu mestre morrer ali. Os nossos ninjas partem pra cima dos soldados puxando katanas também e se juntam ao sensei.
— O que estão fazendo aqui?! – dizia o Sensei – Eu falei para fugirem daqui!
— E o senhor acha mesmo que conseguiríamos? – indagava Yuu o olhando – Jamais!
— O senhor é o nosso sensei, nosso mentor. – dizia Hironobu.
— ... Pai. – dizia Naru o olhando e sorrindo por baixo da máscara que cobria sua boca.
— Pessoal... – Sensei Mushi se via emocionado com a fidelidade e o carinho dos seus alunos. – Muito bem! Preparem-se, esse é o momento em que utilizarão todo o meu ensinamento, estão prontos?!
— Sim, sensei! – dizem os três em uníssono.
Os Kallars partem pra cima dos 3 ninjas e seu sensei que somem dando lugar a troncos de madeira. Os soldados se viram como se procurassem por eles que aparecem mais atrás com as cabeças cobertas pelos capuzes.
— Estamos aqui, seus cães! – diz o sensei.
Os Kallars partem pra cima deles que dão estrelinhas se espalhando. Yuu dava mortais pra trás até que para em pose ninja.
— Mushi Ninpou: Técnica da Raiz! – ele se concentra até que algumas raízes se soltam do solo e seguram os braços dos monstros. Em seguida, ele puxa sua Katana e desfere golpes que os cortam.
Hironobu e Naru saltam pra trás em meio às árvores.
— Mushi Ninpou: Efeito Camaleão! – dizem os dois juntos desaparecendo em seguida.
Os Kallars que os seguiam se viam perdidos quando de repente são atacados de um lado e depois de outro. Os monstros são atacados novamente e jogados pra trás. Os dois ninjas reaparecem e se cumprimentam.
— Mushi Ninpou: Rajada de Fogo! – diz Sensei Mushi concentrando toda a chamas em seus dedos e lançando uma poderosa labareda de fogo contra os inimigos.
Ele estava para ser atacado por trás quando dois Kallars são atingidos por duas ninjas de amarelo. Uma delas desaparece como uma fumaça enquanto a outra se aproxima do sensei.
— Sensei! – dizia Lina. – O senhor está bem? Me desculpe.
— Lhe desculpar? Pelo que? – ele questiona. – Você me salvou. Obrigado.
— Eu fraquejei. – ela disse – Tive medo.
— Ter medo não é ruim, Lina. – ele dizia – Isso nos ajuda a criar coragem para enfrenta-los. Tenha sempre medo.
— Sensei... – ela o olhava com admiração.
Os outros se juntam a eles, respirando aliviados. Eles ainda não podiam acreditar no que havia acontecido ali. Yuu também estava intrigado com algo.
— Sensei, como você sabe quem eram esses monstros? – ele questiona. – O que está acontecendo aqui?
— Sim, eu sei que devo explicações a vocês. – ele dizia. – Mas primeiro, nós temos que encontrar um amigo meu. Um cientista.
— Cientista? – diz Hironobu ficando interessado.
— Exato, Yasuhiko. Dr.Jethro, ele vem me ajudando este tempo todo para esse momento. Nós...
Antes que pudesse completar, eles são atingidos por um golpe poderoso que causa uma forte explosão. O dojo do clã estava em chamas e o sensei se aproximava deles novamente, agora ferido.
— E-Estão todos bem?!
— S-Sim... – respondia Yuu tossindo devido a fumaça do fogo.
Os outros também respondiam. Eles se ajudavam a levantar quando se deparam com mais Kallars que eram empurrados por um ser de corpo vermelho coberto por uma couraça negra cheia de espinhos.
— Vocês precisam ir. – diz o sensei sem tirar os olhos do novo inimigo. – Precisam encontrar o Dr.Jethro, expliquem que são meus alunos, ele vai saber contar tudo o que está acontecendo pra vocês e vai saber o que fazer. – Sensei Mushi olha para os seus quatro pupilos e olha em seguida para Yuu – Eu confio em vocês.
— Mas, sensei...! – ia dizendo Lina ao ser interrompida por Yuu.
— Pessoal, vamos! – ele diz sem tirar os olhos do seu mestre. – É uma missão ninja! Nossa primeira missão!
Lina não gosta nada daquilo. Ela não queria deixar seu mestre, mas os outros saem de lá a arrastando. O sensei se vira novamente para o vilão e os Kallars à sua frente.
— Então você é o decendente de Saag, huh? – dizia o vilão. – Criou um dojô de ninjas, quem iria imaginar... Vamos, você sabe porque estou aqui.
— É, eu sei. – diz o sensei – Mas não vou permitir que fique com aquilo.
— Oh... Temos um valentão aqui! – diz o vilão olhando para os Kallars que emitiam sons semelhantes a risadas. – E o que um simples humano pode fazer contra mim?!
— Com isso aqui... – ele levanta o pulso. Nele, havia um objeto estranho, não era um relógio, nem mesmo uma simples pulseira. -... Muita coisa! Sly Change!
Sensei Mushi aciona o objeto em seu pulso e então é envolvido por uma energia alaranjada. Seu corpo é revestido por um uniforme laranja que lembrava um quimono ninja. Uma faixa preta passa pela cintura do Sensei e se amarra sozinha. Em seguida, a imagem de um besouro surge passando pelo corpo do sensei, fazendo um capacete cobrir sua cabeça. O visor se fecha no que uma placa dourada na forma dos chifres de um caucasus se materializa acima assim como duas ombreiras surgem revestindo o uniforme.

— MushiMaster!— diz ele jogando a perna direita pra cima como se desse um chute e parando em pose de batalha. Ele leva as mãos à frente e as para segurando uma na outra, com o dedo indicador esquerdo levantado – Kenzan!
— Isso não fará diferença alguma! – diz o vilão – Soldados, cresçam!!!
Os Kallars começam a se aglomerar diante de MushiMaster. Aos poucos eles vão tomando uma nova forma e se tornando uma criatura gigantesca. Ainda se assemelhava a um cachorro, porém, sua pele agora era mais acinzentada. Diversos olhos no peitoral, assim como nos peitos das mãos, no rosto e na testa. A criatura terminava de destruir o dojô. O misterioso vilão desaparece, deixando MushiMaster com um problema enorme.
— Não vou deixar! – ele dizia – Mushi Ninpou: Grande Caucasus!
O herói ninja utiliza uma técnica que o faz ficar gigante também. Ele aumenta até ficar na altura do monstro gigante e então ele parte pra cima do vilão o atacando. O monstro se solta e ataca Mushi Master em troca. Eles trocavam socos e chutes. Não muito longe dali, os discípulos do Sensei Mushi corriam, as montanhas os impediam de ver a luta. Eles finalmente param, recuperando o folego.
— Precisamos ajudar o sensei! – dizia Lina querendo voltar.
— Lina, nós não temos a menor chance do jeito em que estamos. – diz Hironobu. – Eu também quero ajudar o sensei, mas é impossível dessa forma.
— Nós precisamos cumprir a missão que nos foi dada. – dizia Naru. – É o que o sensei iria querer.
— Naru tem razão. – dizia Yuu. – Ele está confiando em nós, é a única forma de o ajudarmos agora.
Eles estavam discutindo como fariam para encontrar o cientista que o mestre deles havia mencionado quando escutam um barulho de motor se aproximar. Seguindo o som, eles logo avistam um jipe se aproximar e parar diante deles. Um jovem que devia ter mais ou menos a idade deles abre a porta e sai de dentro. Ele usava um jaleco branco e uma roupa social.
— Calma! Calma! – dizia o rapaz ao vê-los se armarem. – Eu vim aqui ajuda-los.
— E quem é você? – indagava Yuu.
— Oh, sim, claro! – ele ajeitava o jaleco e esticava as mãos. – Eu me chamo Simas.
つづく...


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Notas finais do capítulo

Soya! Preparem suas shurikens! Afiem suas Katanas! Nossa próxima missão é...
Após a derrota do clã Mushi, Yuu, Hironobu, Naru e Lina são enviados para Tóquio atrás de um antigo amigo de MushiMaster: Dr.Jethro. Enquanto isso, nos é apresentado o filho do Imperador Vector, o Príncipe Eyes e os nossos heróis discutem sobre ir atrás de um quinto membro, fora do seu agora reduzido clã.



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