A Sombra do Vento escrita por Lady G


Capítulo 16
Capítulo 15 - A morte não espera


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEEEEEEEEEEEEEY GENTEEEEE.

Eu sei, tava desaparecida, mas voltei! Voltei firme e forte e por vocês que continuaram lendo e aguardando por capítulos novos. Obrigada pelo apoio de todos vocês.

Boa leitura



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Temari sentiu a presença da pessoa muito suspeita e principalmente com a atitude tão ofensiva da moça. Muito desconfiada, tenta correr para impedir que as portas do elevador se fechem, porém era tarde. Então olhou com desgosto para a escadaria do prédio e se pôs a correr assim que viu o andar em que a estranha tinha parado. Sim, era do Shikamaru.

Pouco tempo depois no andar do jornalista, Shikamaru percebe a chegada da moça estranha e abre a porta, - que não era tão estranha assim para ele, e fez um gesto para entrar.

— Desembucha. – disse ele mal humorado.

— Vim fazer um serviço. – respondeu ela em tom zombeteiro.

— Tayuya, nada do que vem de você é bom.

A ruiva era um pouco baixa, com um metro e meio de altura, cabelos longos e vermelhos e suas vestes era uma regata preta e calça de sarja verde-escuro e em seus pés, coturnos rasgados. Seu olhar era dominante, alguém que não tinha medo de nada. Esperou Shikamaru acender mais um cigarro para se aproximar.

— Tá afim de descobrir? – sorriu.

Tayuya não pensou duas vezes e pulou em cima do moreno com um canivete bem afiado em mãos. A primeira tentativa de apunhalar a arma no peito do homem foi em vão, pois como foi bem treinado, fez com que a ruiva caísse no chão, mas a mesma não desistiu e tentou outro golpe, acertando a coxa esquerda de Shikamaru. O jornalista deu um breve resmungo de dor, mas se endireitou e se posicionou para briga.

— Vou acabar com você, seu fracote.

— Mais fácil eu quebrar meu próprio dedo do que você me acertar! – brincou o moreno, conseguindo um espaço entre eles.

Tayuya mordeu o lábio inferior de raiva e foi para o ataque novamente. Não demorou muito para ouvir batidas na porta e uma voz feminina chamar pelo nome de Shikamaru. A assassina ignorou o barulho e tentou ferir o rapaz novamente, conseguindo acertar a barriga. Temari chutou a porta que estava entreaberta e ao ver a cena, deu voz de prisão para Tayuya, que levantou as mãos.

— No chão agora! Solta esse canivete! – gritou a loira. – Tudo bem? – perguntou para Shikamaru que colocava a mão na briga.

—  ótimo... Temari essa é Tayuya, Tayuya esta é Temari. – Shikamaru se apoiou em seu balcão enquanto via a ruiva assassina se virando com as mãos para cima para encarar a loira.

— Precisa de uma patricinha pra te salvar seu merda? – riu e depois encarou Temari. – Você vai se arrepender disso.

— Querida se você se mover eu te acerto. Vamos mãos para trás. – andou alguns passos ainda em com sua arma apontada para o corpo da estranha ruiva. – Quem é você?

— Vim cumprir ordens moça.

— Quem te ordenou?

— Como se eu fosse falar.

— Fala agora. – avançou de novo.

— Não pode me forçar, preciso cumprir minha missão.

Tayuya avançou passos em direção a Temari que não pensou duas vezes e deu dois tiros na assassina contratada: um no peito e no ombro.

Cerca de meia hora depois haviam-se ambulâncias e carros de policia na frente do edifício de Nara. Prestando seus respectivos serviços e dando apoio à dupla. Tayuya sobreviveu e foi encaminhada para o hospital e assim que se recuperar, dará depoimento sobre sua participação na tentativa de homicídio. Temari conversava com alguns policiais e logo se dirigiu até a ambulância onde estava Shikamaru Nara. Ela questionou sobre a origem do ataque e se ele sabia de algo a mais.

— Esta cidade é um caos. – afirmou a loira. – E parte deste caos sempre vai até você. Quem era aquela mulher?

— Tayuya e eu nos conhecemos no meu passado sombrio, foi uma informante importante, mas não imaginei que seria paga para me matar. – disse sinceramente.

Suspirou e passou a mão na perna.

— Ela me rasgou bem.

— Ela parecia uma amadora, isso sim.

— Graças a este amadorismo estou vivo.

— Graças a mim é que você esta vivo.

Shikamaru riu.

— Obrigado.

Antes que Temari respondesse algo, seu celular tocou e se afastou para atender. Shikamaru, como bom analista que é, tentou entender os gestos faciais e corporais de Sabaku que aparentava estar um pouco receoso com a ligação. Levou a mão até orelha colocando mecha de seu cabelo atrás da orelha como alguém que esta prestes a receber uma noticia. Seu rosto estava com semblante de preocupação e nada poderia tirar aquela expressão.

Uma médica que estava dando atenção aos ferimentos de Shikamaru alertou-o que precisa ir ao hospital dar pontos nos machucados, porém o mesmo apenas ignorou a conversa e se moveu para a direita para ver o que estava acontecendo com Temari. A detetive desligou a ligação e foi para a ambulância onde estava o curioso Shikamaru.

— Deixa eu ver... – disse o moreno. – Estava preocupada, porém não estava nervosa, parecia uma ligação familiar. De um amigo ou parente... Ah, sim! De um parente sim! Se fossem seus irmãos estaria com um semblante mais calmo, mais desleixado.

— Shikamaru eu...

— Deixe-me terminar. – ponderou Nara. – Era uma ligação de seu pai.

Temari colocou as mãos na cintura, deu um breve sorriso e então disse: - Sim... Era ele. Pediu para voltar pra casa.

Passou-se alguns dias desde o que acontecido no prédio de Shikamaru. Temari prestava atenção no movimento da delegacia em sua mesa. Estava cheio de pessoas como sempre, mas seu olhar era mais critico. Olhava para cada pessoa com um pouco de desconfiança já que se haviam muitos possíveis traidores no local. Suas habilidades de observação a fazia ficar mais concentrada. Cansada, apoiou o braço na mesa e encostou sua testa na palma da mão e suspirou.

— Não sei o que fazer... Preciso descobrir quem é o traidor ou vou enlouquecer tentando. Ainda tem tanta coisa se pra se fazer.

— Falando sozinha?

Temari levantou a cabeça e descobriu que a despertara de seus devaneios.

— Ah, Shizune é você... Como vai? – a voz da loira enfatizava seu cansaço.

— Muita coisa pra fazer, né? Te entendo. – e sorriu. – Esse caso Mugen mexe bastante com o psicológico das pessoas. Afinal, você foi vitima de um ataque não faz muito tempo.

— Exatamente e agora tem cada vez mais gente aparecendo em volta disso e eu estou muito pouco cansada e...

De repente, algo passa pela cabeça da loira. E se no final, não fosse uma pessoa, mas um conjunto de pessoas fazendo parte do grande esquema das drogas? As mortes são relacionadas e o que a empregada de Hidan tem haver com isso? Não, Hidan ainda não se conectava com os casos, porém, Shikamaru tinha certeza que sim, então existe alguma relação com isso. Quem eram as pessoas que a atacaram no aniversário de Ino? Shizune percebeu que a detetive estava presa em sua própria orbita.

— Shizune?

— Sim?

— Por que o Capitão Hatake não está aqui hoje? Preciso conversar com ele sobre algumas questões sobre o caso Mugen.

— O prefeito o chamou para uma reunião sobre os casos que estão acontecendo recentemente, acho que ele voltará mais tarde.

— Entendo. Falarei com ele mais tarde então.

— Claro...

Ficou um silencio repentino, mesmo diante da confusão que estava a delegacia. Foi logo que Temari percebeu uma expressão de preocupação notável no rosto de Shizune e então questionou se algo havia acontecido.

— Ah! Nada... Problemas.

— Algo que posso ajudar?

— N... Não. E... Eu preciso ir.

Shizune saiu rapidamente da mesa de Temari e se dirigiu para a sala que dividia com o capitão. Suas mãos começaram a ficar trêmulas. Respirou fundo pelo menos quatro vezes até tomar a atitude de pegar o celular e fazer uma ligação importante.

— Preciso de ajuda. – disse ela para a pessoa que atendeu.

Tayuya encontrava-se recuperada dos tiros e algemada, localizava-se dentro de um camburão, que são vans que transportam detentos, a caminho da delegacia. Resmungando palavrões em voz baixa, a ruiva não imaginava o que estava por vir. De repente o veiculo parou e se manteve assim por um bom tempo, o guarda que estava junto com ela também estranhou, pois faltavam alguns quarteirões para chegar à delegacia.

— Que  acontecendo?

— Fique quieta. – ordenou o homem. – Provavelmente é o trânsito.

Foi então que as portas traseiras do veiculo se abriram e dois homens supostamente policiais estavam fortemente armados começaram a atirar tanto em Tayuya quanto no outro policial. No fim, estavam numa área afastada de Konoha. Local propício para um crime de morte.

Já na delegacia de homicídios, nada de Tayuya aparecer. Temari e Shikamaru estavam no interrogatório com fichas e documentos em mãos e enquanto isso, na outra sala, estavam capitão Yamato e Kakashi aguardando juntamente pela chegada da ruiva.

— Alguma coisa aconteceu... – observou Temari.

— Sei lá, está cidade para em horário de pico, vai ver todo mundo resolveu sair de casa. – explicou Shikamaru, sentado tranquilamente na cadeira com os braços atrás da cabeça. – Ela vai aparecer.

Esperaram por mais de duas horas e nada de aparecer. Então tentaram entrar em contato com o pessoal do camburão em questão e nada de atender. Mandaram, por fim, uma viatura para localizar os envolvidos e entender o que estava havendo. Finalmente após buscas que duraram pelo menos três horas, o camburão foi encontrado na parte industrial e mais deserta da cidade com os corpos de Tayuya e do outro policial que a acompanhava. Uma equipe foi até o local para descobrir o que motivou os assassinatos.

— É evidente que alguém queria silenciar Tayuya, e não podia haver testemunhas. – disse a loira olhando para o corpo do policial. – Estamos lidando com alguém poderoso. Com muita influência e forte no comando de facções.

— As coisas não estão fáceis, não estamos mais seguros. Você não está com medo Temari? – estava Sakura dando uma ultima olhada no corpo do policial.

— Não, mas precisamos ser ágeis. O inimigo está mais forte do que nunca.

— Que poético. – comentou Shikamaru com um cigarro em mãos. – O que posso observar é que nosso inimigo está se movendo mais rápido e com precisão. Sabe onde nos encontrar, sabe o que vamos fazer. Suponho que seja um gênio tanto quanto nós. Sua inteligência não pode ser subestimada.

— Temos obrigação de descobrir. As mídias estão cobrando de nós respostas das mortes que vêm aparecendo. – Kakashi cruzou os braços e suspirou. – Não podemos mais correr este risco.

Celular de Temari toca novamente e não sabia de quem se tratava, pois estava como “desconhecido” na tela. Ao atender, ouviu uma respiração forte e talvez quase sufocante, alguém que estava com pressa, porém receosa para falar. Temari disse novamente “alô” e então ouviu resposta do outro lado da linha.

— Eu sinto muito. – disse a voz. – Eu sinto muito.

­— Shizune? É você?

— Eu... Preciso contar... Não aguento mais.

— Você tem algo haver com isso? Não é?

— Me encontre em meu apartamento... Te passo o endereço, mas por favor, venha depressa, não tenho muito tempo... Eu estou em perigo. Ele vai aparecer, cuidado.

E a ligação terminou.

— Desculpa, não pude deixar de ouvir, todavia era Shizune? Algo de errado com ela? - Kakashi percebeu que algo estava errado.

— Sim... Eu... Preciso ir.

— Mas não pode ir agora, precisa documentar o que houve aqui. Deixo você a vontade, mas precisa realizar procedimentos Temari.

— Senhor! Algo pode acontecer com qualquer de um nós. Shizune parecia que precisaria de mim. O senhor capitão deveria ser o primeiro a se preocupar.

— Claro que me preocupo, no entanto, conheço Shizune melhor que você. Ela sempre tem esses ataques de pânico quando há muitas mortes envolvidas. Fique tranquila e termine seu trabalho. – pôs a mão em cima do ombro de Temari e sorriu. – Vamos ficar bem. Já passamos por algo assim no passado.

— Sim... Senhor...

— Bom... – Hatake olhou para o relógio. – Eu preciso ir a mais uma reunião de segurança pública comandada por nosso queridíssimo prefeito e então deixo o trabalho com você Yamato.

— Claro, claro. Já estamos quase terminando aqui. Os médicos legistas já estão finalizando os procedimentos.

Temari esperou Kakashi sair para puxar o braço de Shikamaru.

— Preciso fazer uma coisa, mas é preciso que você me ajude, só consigo confiar em você. – as palavras fez com que o moreno arqueasse a sobrancelha.

— Ui, foi até meio sexy isso.

— Pare de ser assim, é serio. – cochichou. – Preciso ver Shizune, o capitão vai estar ocupado mesmo.

— E o que voc...

Celular de Temari tocou de novo.

— Olá... – atendeu um pouco desanimada.

— Como assim “olá” tão desanimado? Sou eu, seu amigo Hidan.

— Hidan estou no meio de um problema agora.

— Lembre-se que chamei você para lidar com o meu problema, minha cara. Tenho pressa.

— Mas...

— Sabe que sou um homem muito influente, e posso falar com o alto escalão da policia sobre você e seu desdém de resolver o assassinato dentro da minha casa... Isto é grave.- a voz era de alguém muito soberba. Temari não tinha imaginado no que estava se envolvendo.

— Está me ameaçando? – claramente desconfiada, a detetive não podia permitir que isto pudesse acontecer.

— Apareça em casa em dez minutos, ou não conseguirei ser mais seu amigo. Minha linda detetive.

Temari revirou os olhos, entretanto concordou com as solicitações de Hidan. Desde a ligação do seu pai, não poderia deixar que seus casos em Konoha fossem abandonados e tivesse que voltar para seu longínquo país. Conversou com Shikamaru que claramente protestou quanto à ida de Temari para a casa do homem que detestava, mas a loira disse que tinha seus motivos.

— Ele é atraso de vida. – comentou – Mas fazer o que, né? É seu cliente.

— Só mais uma coisa... Naquele dia... Quando fui atacada, sabe mesmo quem me atacou?

— Não, estava blefando. – disse sinceramente. – A verdade é que sim, pausei o vídeo e afins, no entanto não deu pra ver certamente. Por que?

— Porque sei quem foi...

Shizune corria para um lado e para outro dentro de sua casa. Pegava roupas, passaportes e outros documentos. Olhava para as horas a cada cinco minutos esperando a chegada de Temari. O que tinha a dizer era muito importante e não poderia deixar a cidade antes de contar o que sabia. Ouviu o barulho do trinco da porta sendo aberto por uma chave e seu coração começou a disparar. “Não, não, não, não...”, era o que dizia para si mesma enquanto procurava algo para se defender, imaginando que seria atacada.

Então a porta abriu.

A pessoa entrou e Shizune desesperada começou a chorar e a procurar por uma arma. Entretanto, a pessoa a agarrou fortemente pelo braço e a jogou no chão, a chutando na barriga. Depois a puxou para deixa-la em pé e começou a enforca-la.

— Eu... Fico... Quieta... Não...

A pessoa não falou nada.

— Por favor... Eu... Não respiro... – a pessoa então, a jogou no sofá e Shizune começou a tossir. – Eu... Não... Vou contar...

A pessoa pegou do bolso um kit onde guardava seringa e um líquido transparente. Esta ação fez com que Shizune começasse a ir pra trás dizendo “não, por favor,” várias vezes.

— Eu imploro, não...

— Isso é por sua traição.

Espetou a seringa com Mugen no pescoço de Shizune. E não demorando muito, começou a ter uma forte crise de overdose até sair espuma de sua boca e seus olhos ficarem sem vida.  

Mais uma vítima em menos de 24 horas.


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Notas finais do capítulo

Estavam realmente certos de desconfiar de Shizune, mas e aí? O que ela fez realmente? Deixe nos comentários quem mais pode estar envolvido nessa trama. Lembrando que esta fanfic já está acabando e que em breve descobrirão tudo! Beijos.



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