- Eu pensei que nunca mais iriamos nos reencontrar, meu... – Der-kou hesitou por um momento. – Antigo parceiro.

- Eu também. – Sora encostou Der-kou na parede e sentou na frente dele. – O que trás você à Terra?

- O seu filho, que é o meu parceiro.

- É, mas...

- Sora! – Der-kou falou em um som grave, repreendendo Sora, – Pelo que pude perceber tanto Saito quanto seus outros filhos não sabem a existência do outro mundo.

- Mas agora o Saito sabe.

- Ele aprendeu da pior maneira. – e Der-kou lembrou de Saito apanhando da sua mestra, – Contudo foi bom pra ele. – e lembrou do primeiro beijo do casal.

- Obrigado por cuidar dele, Derflinger.

- Não agradeça a mim. Louise que cuidou dele.

- Derflinger me diga, como é essa descendente do vácuo?

- Diferente de qualquer um que já existiu. Louise nunca acertou nenhuma magia, ganhando o apelido de Zero e quando tenta usar magia alguma coisa explode.

- Uma descendente do vácuo bem peculiar. – Sora pensou um pouco e perguntou – Saito se apaixonou por sua mestra, não foi?

- Na verdade os dois estão apaixonados, wntretanto Louise é uma nobre de primeira linha, ela não consegue admitir que está apaixonada pelo seu animal de estimação.

- Fale de você, o que ficou fazendo quando deixei você em Tristain?

- Eu fiquei enferrujando em uma loja de espadas. Mas a Masamune está bem tratada, não é? – falou em tom invejoso.

- Eu cuidei bem dela, mesmo assim ela ainda não falou.

- A Masamune só vai falar quando um Hiraga tiver o coração e o sentimento que ela quer sentir.

- Faz muitos anos que as duas espadas lendárias não estavam no mesmo mundo.

- Acho bom você falar logo para seus filhos a verdadeira razão pela qual a família Hiraga e a família Rokaido existem. – alertou Der-kou.

- Nem me lembre dos Rokaidos agora. – ele se levantou. – Falarei pros meus filhos quando achar que é a hora certa.

- Cheguei! Eu e a Louise! – Sayo gritou lá do primeiro andar.    

- Tenho que ir. – e Sora colocou a espada debaixo do futon. – Não conte nada sobre nossa conversa.

- Eu não contarei, mas se perguntarem.

- Você não muda, Derflinger.

- Nem você Gandalfr, quero dizer, Sora.

- Até. – e Sora saiu do quarto.

Ele desceu e cumprimentou as meninas, Sayame chamou as meninas pra ajudar na cozinha. Louise como nunca preparou nada na sua vida ficou segurando a frigideira no meio da cozinha enquanto sua sogra e sua cunhada faziam tudo. Sayo pediu pra ela arrumar a mesa, pelo menos isso ela sabia fazer, porque já tinha visto muito vezes Siesta fazendo isso.

Sayame chamou todo mundo pra jantar. Saito ainda não tinha chegado. Soka não queria descer do quarto, seu pai teve que dar umas pancadas na porta pra ele poder sair. Todos começaram a jantar. Louise estava se sentindo sozinha sem seu “cachorro” ao seu lado.

Sora começou a contar histórias de Soka quando era pequena e todos começaram a rir, menos Soka é claro, que começou a chamar o pai de “velho caduco”. Mas logo a conversa se voltou pra Sayo, e Sayame contou que a filha quando era pequena fazia qualquer coisa pra chamar atenção. Os Hiragas era uma família alegre e muito divertida.

- “Eles são minha nova família, é mais divertida se for comparada à minha.” – e Louise começou a se lembrar de Tristain e sua família. – “Saudades.”

Saito chegou com um pacote e logo se dirigiu a mesa, ficou ajoelhado na frente da sua mestra.

- Louise Françoise,... - todos olhavam pra Saito – Você aceita sair comigo? Será um encontro de dia dos namorados especial.

- E-E-Eu... – ela corou e suas mãos começaram a suar.

Saito acabará de convidar ela, e fez questão de fazer o convite na frente de sua família. Louise sentiu a saudade que estava sentindo ir embora, se levantou cabisbaixa. Soka ria, ele queria ouvir um “não” da cunhada.

- Eu aceito sair com você.

Ele abraçou Louise com força, ela rapidamente ficou pintada de vermelho, corou muito, pois o seu animal havia a abraçado na frente de toda a sua família.

- Comprei isso pra você usar amanhã. – Saito entregou o pacote à sua mestra.

- A-Arigato. – ela voltava ao normal, mas gaguejava.

Saito beijou o rosto dela. Louise ficou como uma pimenta.

- É amor mesmo, hein? – Sora bateu na costa do filho.

- Já acabei. – Soka se retirou da mesa.

- Cunhadinha, vamos pro meu quarto ver o que é o pacote. – Sayo saiu puxando a cunhada pra subir rápido as escadas.

- Vou pro quarto. – disse Saito.

- Não vai comer, filho? – perguntou Sayame

- Não, eu comi um lanche no caminho de casa. – ele subiu pro seu quarto.

- O que acha que vai ter nesse dia dos namorados? – perguntou Sayame ao marido.

- Só sei que vai ter um coisa. – eles dois ficaram de pé.

- O quê, Sora? – os dois se abraçaram.

- Muito amor. – disse Sora baixinho no ouvido da esposa, ela apenas riu.

As meninas entraram no quarto de Sayo. O quarto dela tinha um enorme guarda-roupa branco, um futon branco e pôsteres da cantora Ichiko.

- Abre o pacote, abre o pacote, abre o pacote! - Sayo estava anciosa.

- Por que a pressa? – Louise começou a rasgar o pacote.

- Porque o Saito não é tão previsível quanto parece. Nunca imaginei que ele compraria um... – ela olhou dentro do pacote. – Vestido e ainda te chamar pra sair amanhã.

- É lindo. - Louise impressionou-se

As duas começaram a apreciar o vestido. O vestido era azul-céu, combinava muito com o tom rosa do cabelo de Louise. No pacote também veio dois laços brancos, um grande e o outro menor.

- Veste logo, quero ver como fica em você.

Louise concordou, a cunhada ajudou a vestir e a amarrar os laços. Num instante Louise estava pronta.

- Incrível! Saito vai se apaixonar de novo! – exclamou Sayo - E o Soka vai te agarrar de novo. – brincou.

 Louise se olhava no espelho do guarda-roupa, estava com o vestido, um laço na cintura e o outro no cabelo. Realmente ela estava linda, Saito com certeza deve ter passado horas escolhendo o vestido. Louise guardou o vestido, se despediu da cunhada  e foi pro quarto de Saito, ele já estava dormindo e ela deitou do seu lado.

- “Mas o que vai ter de tão especial amanhã?” – Louise se questionava – “Ele não deve ter passado todo esse tempo só escolhendo esse vestido.” – Louise adormeceu com esse pensamento.