Através do Espelho escrita por Duda Braga


Capítulo 2
Ônix


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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A garota soltou um pequeno ruído do fundo da garganta antes de ter coragem suficiente para abrir os olhos. Oswin sentia como se uma banda de rock estivesse tocando com uma força de vontade incrível dentro de sua cabeça. O topo de sua cabeça latejava de modo preocupante, fazendo com que ela soltasse pequenos resmungos de reclamação.

Oswin se virou de lado, procurando sentir a textura áspera da grama verde e a meleca suja que era a lama da “estrada”, porém não sentiu nada parecido. Ela parecia estar deitada em algo extremamente macio, tão macio e aconchegante que seu corpo chegava a afundar no local confortavelmente quente.

Oswin suspirou e se espreguiçou como um gato preguiçoso. O sorriso surgindo no canto de seus lábios indicando que ela não queria sair de sua repentina e bem-vinda onda de conforto desconhecida.

Porém como o ditado popular “querer não é poder” martelou tão insistentemente em sua cabeça, ela abriu os olhos a contragosto.

Oswin viu galáxias.

À primeiro momento, pensou que estava tendo delírios por causa da tontura e dor de cabeça que sentia. E de fato alguns pontos pretos flutuavam em sua visão. Porém mais tarde percebeu que a galáxia que enxergava, cheia de estrelas cadentes e supernovas e nuances de roxo, rosa e azul, não provinham de sua tontura, e sim era o teto do aposento em que se encontrava.

Oswin se sentou em um arranco, olhou em volta impressionada e encantada com o quarto em que estava. O teto, as paredes e até mesmo o chão do aposento estampavam galáxias em movimento, a única coisa diferente no quarto eram duas poltronas de frente para portas de vidro que davam acesso para a sacada do quarto, a enorme cama em que estava sentada e duas mesinhas em ambos os lados da cama.

Oswin sorriu e se sentou mais na beirada da cama, seus pés balançavam para fora do confortável móvel. Sua curiosidade a venceu, a garota esticou os dedos do pé direito e encostou no chão, em cima de uma estrela cadente que passava tranquilamente por aquele universo vasto do chão do quarto.

A estrela brilhou ainda mais ao toque do dedo da garota. Oswin soltou um risinho e pulou para fora da cama com toda força. Com o impacto dos pés da garota, as estrelas e a poeira cósmica colorida pareceu se levantar do chão e envolver o corpo da mulher encantada com tudo aquilo. Oswin de fato estava tão entretida com as galáxias que havia se esquecido de suas dores.

Ouviu-se um rangido irritante de madeira, Oswin se virou desconfiada a tempo de ver uma porta se abrindo para dentro do quarto. As estrelas do quarto se apagaram lentamente a medida que a porta era aberta, como se estivessem tímidas com o novo intruso ali.

As estrelas não eram as únicas intimidadas pela nova presença ali. Oswin paralisou no lugar, incapaz de mexer um musculo sequer, enquanto uma luz incessantemente clara iluminava o quarto e três garotas entravam no quarto.

Uma ruiva com uma trança lateral contendo os cabelos encaracolados no lugar, outra com os cabelos em um tom de lilás e no comprimento do ombro, a garota entrava no quarto com a cabeça baixa, as bochechas coradas em um tom de vermelho escandaloso. A última garota possuía os cabelos loiros platinados, brancos como nuvens no céu, eles eram longos, estavam soltos e flutuavam à suas costas à medida que ela caminhava para dentro do quarto.

— Olá! – disse a loira, cautelosamente. – Eu sou Rosalya, e essas são Violette e Iris... nós iremos te preparar...

Oswin olhou para cada garota de uma vez, confusa com que Rosalya havia dito.

— Preparar? – ela disse, desconfiada.

— Claro! – disse a garota ruiva chamada Iris. – A Senhorita não pode ver o rei assim!

— Ah sim! – disse a garota com cabelos roxos. Ela era muito tímida, pensou Oswin. A toda e qualquer palavra que pronunciava, seu rosto sempre adquiria o tom avermelhado da vergonha. – Pobrezinha, você deve ter enfrentado um grande perigo! Está parecendo uma mendiga!

Oswin franziu a sobrancelha e olhou para baixo, para suas roupas. Não enxergava nada de errado com elas, usava o mesmo vestido preto que chegara à mansão abandonada com Tia Agatha, era leve e decotado, um modelo para ser usado durante o verão. E estava em perfeito estado, com exceção talvez de estar um pouco sujo de lama. Mas tirando esse detalhe, podia dizer com certeza que estava bem vestida.

Então percebeu uma coisa que não havia visto antes: o uniforme das garotas. Apesar de usarem penteados diferentes, suas roupas eram iguais. Vestidos longos, armados e pretos com aventais brancos de renda por cima. Pelo jeito que os seios das três garotas se estufavam para o decote dos vestidos, Oswin pôde concluir que elas usavam espartilhos.

Oswin arregalou os olhos, sua pulsação se acelerou. Ela estava no passado? Seria possível que tivesse atravessado um espelho e caído no passado? Não... não fazia sentido. Toda aquela maravilhosa cena com as galáxias que ilustravam as paredes, chão e teto de seu quarto. Isso não seria possível desenvolver em um século passado, desprovido de conhecimento, energia e até mesmo métodos de higiene.

Não... ela estava em outro lugar. Tinha certeza disso, sabia que havia acontecido algo bastante sério e ela havia parado nesse lugar estranho. A certeza de estar em um lugar desconhecido a encheu de pavor. Porém engoliu o pavor junto com o início do estado de choque e olhou para as três garotas a esperando pacientemente.

— Quem é esse rei? – ela perguntou suavemente.

As três garotas se entreolharam como se tivessem em dúvida se devessem ou não falar sobre isso.

— Rei Francis. – Rosalya respondeu. – É o soberano do reino. Os soldados a encontraram desmaiada na estrada e te trouxeram para cá. O rei te acolheu, e quer uma audiência com você.

Oswin respirou fundo tentando se acalmar.

— Tudo bem. – ela disse, levantando os braços em sinal de rendição. – Me arrumem, façam o que tiverem que fazer.

E elas o fizeram. Arrumaram a garota o máximo que puderam, felizes por estarem sendo útil. As garotas de fato não eram má pessoas, Rosalya, a mais espalhafatosa e louca falava alegremente e as vezes até mesmo soltava um palavrão e outro, enquanto Iris soltava risadinhas e Violette corava.

Quando acabaram de a arrumar, Oswin se sentiu completamente sem ar. O espartilho do vestido apertava em suas costelas e seios, e tornava respirar uma tarefa difícil. Apesar de o espartilho por baixo do vestido a apertar, o vestido em si havia ficado largo, tanto na cintura quanto nos seios, e podia se ver que o vestido claramente pertencia a alguém mais acima do peso.

Oswin suspirou, olhou de um lado para o outro para as três garotas ali.

 Rosalya sorriu e a pegou pelo braço, a levando para fora do quarto para um corredor amplo e bem decorado com pinturas, tapeçarias e ouro, muito ouro. As duas caminharam até chegarem ao patamar de uma escada em caracol, com os degraus revestidos em mármore e o corrimão curvo de madeira com hastes entalhadas em ferro.

Desceram as escadas rapidamente passando por vários guardas e camareiras que a olhavam de jeito estranho e desconfiado. Por fim, as duas pararam em frente à amplas portas de madeira branca, altas e imponentes.

Rosalya bateu na porta e ouviu-se um “abra” impaciente do lado de dentro. Oswin engoliu em seco ainda apavorada com a possibilidade de encontrar um rei.

Rosalya abriu as portas com certo esforço, dando a visão de uma enorme biblioteca do lado de dentro. Oswin arregalou os olhos impressionada e entrou no recinto hipnotizada com o local. Prateleiras de livros cobriu do teto ao chão duas das paredes. Uma lareira ficava encostada na outra extremidade do quarto, aquecendo e dando aconchego ao ambiente.

 Um homem com um semblante nada amigável estava sentado à uma mesa de madeira no centro da biblioteca. O homem levantou a cabeça e olhou para Oswin com a cara de poucos amigos.

Rosalya que estava logo atrás de Oswin, parou no meio do caminho e se curvou para o homem quando ele se levantou da cadeira em que estava anteriormente.

— Majestade. – ela disse suavemente, erguendo as saias em saudação ao bendito rei.

O homem olhou para Rosa por uma momento, mas depois desviou os olhos da garota, aparentemente desinteressado na reverencia.

— Pode sair Senhorita Meilhan. – o rei disse para Rosalya.

 Ela apenas se curvou mais uma vez e se virou, deixando Oswin sozinha com aquele homem assustadoramente estranho. Oswin sentiu um frio na barriga quando ouviu os passos do rei se aproximarem dela, e um arrepio de susto percorreu seu corpo inteiro quando ouviu a voz do homem atrás de si.

— Me desculpe a inconveniência senhorita. – a voz do rei era suave e formal, mas mesmo assim Oswin não se sentiu aliviada. – Mas ainda não sei seu nome.

Oswin engoliu o medo e fez o que sabia fazer melhor: se virou e enfrentou o homem de cabeça erguida.

— Montgomery. – ela respondeu, vagarosamente. – Oswin Montgomery.

O homem esboçou um meio sorriso nos lábios e assentiu lentamente.

— Tudo bem, Senhorita Montgomery. – ele disse. – Gostaria de se sentar? – ele disse, estendendo a mão e indicando as poltronas de frente para a lareira. – Acho que temos muito o que discutir, não é mesmo?

 Oswin o seguiu até as poltronas posicionadas de frente para a lareira. Erguendo as volumosas saias para cima, se sentou na poltrona, feliz por receber o calor da lareira sobre sua pele. O rei se sentou de frente para ela, nunca desviando os olhos da garota, como se a qualquer momento Oswin pudesse se levantar, sair correndo e pular pela janela. Não que Oswin não tivesse vontade de fazer isso.

— Bom, - ele começou, servindo vinho em duas taças. – Você foi encontrada por meu soldado, Kentin, caída, desmaiada no meio da estrada, em roupas... indecentes. – o rei disse, e estendeu uma taça de vinho para a garota. – Poderia explicar o que uma dama como a senhorita, estaria fazendo quase nua no meio de uma estrada deserta?

Oswin arregalou os olhos, seu coração passou a bater tão rápido que achou que fosse sair pela boca. Levou a taça de vinho até os lábios e bebeu uma grande quantidade de líquido, procurando ficar mais calma e criar uma história convincente para aquele homem.

— Bom, - disse ela, com atrevimento. - Talvez se os soldados do senhor não saíssem por aí atirando as armas para cima como se fossem fogos de artifício eu não teria me perdido.

O rei a olhou incrédulo com o que ela havia acabado de falar.

— Meus soldados estavam apenas cumprindo ordens. - ele disse rispidamente. - Ordens de acabar com os rebeldes que são perigosos para esse reino.

Oswin estreitou os olhos, com medo de que o homem pudesse castiga-la pela falta de respeito. Porém como a merda já estava feita, decidiu continuar.

— Bem, - ela disse, desta vez mais cautelosamente. - Eu estava em minha carruagem, acompanhada de meu empregado. Eu estava indo para a cidade mais próxima, me casar sabe? - ela olhou para o rei, viu que ele estava acreditando em suas mentiras e continuou satisfeita. - Porém quando ouvimos todos aqueles tiros, os cavalos se soltaram da carruagem assustados, o cocheiro saiu correndo mata a dentro e me largou sozinha e indefesa.

O rei assentiu lentamente, e Oswin pôde ver que ele estava acreditando nela, pelo menos era o que parecia.

— Sinto muito que isso tenha lhe acontecido, Senhorita Montgomery. - ele disse, e parecia sincero. - Mas se me permite perguntar, para qual cidade a senhorita estava indo?

Oswin engoliu em seco, ela não fazia ideia de nenhuma cidade que poderia existir por ali.

— Claro que Ônix é a cidade mais perto... - o rei murmurou. - Mas nunca se sabe...

— ÔNIX! - Oswin disse exaltada, mas depois que viu que o rei havia a olhado de um jeito desconfiado, parou e tomou mais um gole de seu vinho, tentando bravamente não tremer. -Sim, - ela disse, agora um pouco mais contida. - Ônix, mamãe disse que meu noivo é de lá, por isso estava indo, para me casar. - mentiu ela, mais uma vez.

O rei a olhou por um momento, ainda desconfiado da veracidade da história contada pela garota.

— Entendo. - ele disse. - Mas se me permite perguntar... o que aconteceu para que a senhorita parasse desmaiada naquela estrada, sem roupas?

A imagem do homem de capuz veio imediatamente à cabeça de Oswin. O lindo homem ruivo de exuberantes olhos azuis, músculos rígidos e lábios rosados e convidativos. Não, por mais que aquele homem a tivesse batido na cabeça, tivesse a derrubado do cavalo e a deixado para morrer naquela estrada, ela não entregaria ele.

Não que ela confiasse naquele homem ruivo. Ela não confiava. Porém confiava ainda menos naquele rei com cara de poucos amigos.

— Majestade. - Oswin disse, pacientemente. - Me perdoe dizer isso, mas eu não busco sua aprovação. O senhor parece pensar que eu sou algum tipo de ladra ou espiã rebelde, mas está completamente errado. - Oswin se levantou de repente, assustando o rei. - Não sou uma espiã, ou uma ladra, mas também não me sinto obrigada a provar que mereço sua confiança. Eu apenas quero ir até a cidade de Ônix e me casar, se não for muito incômodo.

O rei estreitou os olhos para Oswin. Porém antes que pudesse falar algo, as portas da biblioteca se abriram, e um jovem homem loiro entrou rapidamente.

— Pai, - ele disse, andando diretamente até o rei, e Oswin pôde observar o tanto que era bonito. - Alguns súditos estão preocupados com os ataques rebeldes de ontem na floresta, acham que... - porém o homem loiro se interrompeu ao ver Oswin ali.

O rei olhou desinteressado de um para o outro, porém momentos depois resolveu fazer as apresentações:

— Esta é a Senhorita Oswin Montgomery. - ele disse, apontando para para Oswin. - A garota que Kentin resgatou ontem.

O loiro assentiu em entendimento e se curvou para Oswin.

— E esse é meu filho. - o rei Francis disse, em uma voz que Oswin pensou ter sido de desgosto. - O príncipe Nathaniel.

Oswin se curvou para o homem imediatamente.

— É uma honra conhecê-lo, majestade. - ela disse.

O rei gargalhou de repente, assustando Oswin, e ela pôde concluir que o homem sofria de bipolaridade.

— Tive uma ideia maravilhosa! - o rei disse. Oswin e Nathaniel o olharam, esperando que o homem continuasse. - Vamos ter um baile!

— Um baile? - perguntou Nathaniel, surpreso.

— Ah sim! - disse o rei, obviamente animado com a ideia. - É um ótimo jeito de acalmar os súditos que estão ainda assustados pelos ataques rebeldes. - ele disse, e em seguida seus olhos pousaram sobre Oswin. Por um momento, a garota pôde jurar que o olhar do rei Francis direcionado a ela, era de pura maldade. - E além do mais, é um ótimo jeito de dar as boas-vindas para a nossa mais nova hóspede.

Oswin arregalou os olhos.

— Hóspede? - ela perguntou. - Mas senhor... eu preciso ir em bora...

— Está dispensada, Senhorita Montgomery. - o rei disse, desinteressado e se voltando para conversar com seu filho.

Oswin engoliu em seco, e sem nada que pudesse fazer ou falar, saiu da sala deixando os dois homens sozinhos.

***

Prisioneira, era o que o rei queria dizer quando disse que Oswin era uma hóspede. A garota tinha certeza disse, e não gostava, não gostava em nada daquele homem.

Já seu filho era outra história. Pelo pouco que pôde perceber de Nathaniel, era que além de bonito e charmoso, ele era um cavalheiro, sem nenhum resquício de ser esnobe. E isso, Oswin havia admirado bastante no príncipe.

— Ora, ora. - disse uma voz irritantemente fina. - Não é que a mais nova mendiga de meu pai, está mais apresentável com esse vestido?

Distraída como estava pensando em outras coisas, Oswin não havia visto a aproximação da garota loira. Ela parecia com Nathaniel, os cabelos loiros e os olhos azuis, porém ela possuía um sorriso maldoso que Nathaniel não possuía no rosto.

Oswin franziu a testa e olhou para o vestido que estava usando.

— Ah sim. - ela disse, distraidamente pegando as saias. - Mas está um pouco largo, sabe? Acho que a dona deve ser um pouco maior do que eu...

A garota loira soltou um grito de puro ódio, e Oswin apenas deu um passo para trás sem entender a reação da garota.

— Sua...sua nojenta! - ela disse, apontando o dedo na cara de Oswin. - Com que acha que está falando, sua mendiga atrevida?! Este vestido que está usando é meu!

Oswin arregalou os olhos, e colocou as mãos na boca, envergonhada.

— Ambre. - disse uma voz calma e masculina. - Deixe-a em paz. - Nathaniel disse, colocando a mão no ombro de sua irmã. - Vá atormentar suas amigas.

Com um último olhar de ódio direcionado a Oswin, Ambre se virou, lançando os cabelos loiros para os lados, e sumiu no final do corredor.

— Oh Meu Deus, que vergonha! - Oswin murmurou, ficando vermelha.

Nathaniel riu.

— Não se preocupe. - ele disse, carinhosamente. - Ela odeia todo mundo.

Oswin o olhou ainda envergonhada.

— Não é isso. - ela disse, mordendo os lábios. - É que eu acho que chamei sua irmã de gorda...

***

Após engasgar de tanto rir da história que Oswin havia contado, o príncipe Nathaniel insistiu em acompanha-la até o quarto que estava hospedada.

Oswin não achou ruim. Nathaniel era uma ótima companhia. Charmoso, divertido e engraçado, ele conseguia muito bem distrair Oswin de seus problemas.

Mas os problemas sempre retornavam a sua mente.

— Nathaniel. - Oswin se virou para o loiro, quando eles já haviam chegado à porta de seu quarto. - Eu sei que na verdade eu sou uma prisioneira, e não uma hóspede.

Nathaniel a olhou de olhos arregalados, e engoliu em seco.

— Olha... - Oswin continuou. - Eu já disse para seu pai que eu não sou uma espiã dos rebeldes, não sou uma ladra, não sou uma má pessoa. Eu... eu apenas tenho que sair daqui.

Nathaniel suspirou pesadamente.

— Não é por isso que ele está desconfiado de você. - ele disse.

— Por que então?

Nathaniel a olhou fixamente.

— Ele acha que você é uma bruxa.

Oswin arregalou os olhos, se controlando para não gritar de raiva.

— Isso é ridículo! - ela disse, por fim. - Eu não sou uma bruxa!

Nathaniel, entretanto, apenas pegou uma das mãos da garota e plantou um leve beijo.

— Não o questione, não faça nada que ele não goste. - Nathaniel disse, quase como se estivesse com medo. - Acredite em mim, Oswin, você não quer ter meu pai como inimigo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Comentem e favoritem!
Até o próximo!
— Duda.



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