Looking for Lily escrita por Mari


Capítulo 2
Capítulo Um


Notas iniciais do capítulo

Siiiim, eu demorei meses para postar. E, siiim, eu sou um monstro. Mas em minha defesa, o terceirão é complicado e me tirou todo o tempo e inspiração. Mas nessas férias vou escrever o máximo que eu conseguir, okay?
Amo vocês, não me abandonem.



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CAPÍTULO UM:

“Você pode encontrar o amor verdadeiro nos lugares mais incoerentes: Esperando o metro ou bebendo todas em um bar. Quem sabe?”

PETUNIA EVANS

“I'm in love with the shape of you”, a voz gostosa de Ed Sheeran soava alta pelos fones de ouvido da loira, mas nem assim ela conseguia ficar menos irritada. Quando teve a brilhante ideia de se inscrever em um curso de artes na Galeria de Jovens Artistas não achou que encontraria um ser desprezível que aplicaria uma prova desgraçada numa sexta feira, fazendo-a perder o show de Lily. Contudo, como tudo na vida das Evans sempre pode piorar, ela não conseguiu terminar as últimas duas questões e perdeu o horário do metro, que naquele fatídico dia estaria fechado depois das onze e meia. Soltou uma risada amarga, debochando da própria desgraça.

Encostou-se num poste e aguardou o temido corujão se aproximar para ela finalmente ir para casa. Ela odiava muitas coisas na vida: menstruar um dia antes de ir para a praia, estar morrendo de vontade de tomar sorvete e no pote estar um monte de rúcula, Lily escutando músicas péssimas alto demais quando ela estava com dor de cabeça. Entretanto pegar o ônibus noturno era a pior delas. Isso porque as únicas pessoas que usavam aquela droga de transporte eram bêbados, ladrões de bancos, pichadores, rebeldes suficientes para contrariar as ordens da mãe e correr o risco de serem roubados. E, é claro, fudidos como ela.

Petunia nunca fora de dar chiliques ou falar palavrões, como certa ruiva esquentada, mas como ela queria gritar para o mundo parar, porque ela queria descer. E chorar. Chorar muito.

— Florzinha do Campo! – uma voz animada, meio embriagada se sobressaiu à batida da música – Tire essa merda, estou falando com você.

Teve os fones arrancados por uma idosa baixinha e se segurou para não revirar os olhos com a atitude. Madzie, a mendiga que apelidava todo mundo e com quem Petunia geralmente dividia seus sanduiches parecia querer um pouco de atenção e alguns doces.

— Oi Madzie, está com fome? – a garota dos vestidos floridos abriu a mochila a procura de algo gostoso o suficiente para não haver reclamações, encontrou alguns chocolates e lhe estendeu a senhora, uma viciada em açúcar.

— Obrigada, mas porque está tão triste?

A loira abriu a boca para desabafar, mas Madzie acenou para alguém atrás dela e simplesmente deixou-a com todos aqueles xingamentos ao sr. Green entalados na garganta. Olhou em volta para se distrair do fato de ser deixada de lado, mais uma vez, pela mendiga. Um pequeno grupo de estudantes se encontrava no mesmo dilema que ela. Alguns sujos de tinta, que inveja sentia deles. A maioria tinha feito a prova com ela. E umas quatro almas esquisitas desconhecidas por ela. Provavelmente, o pessoal trevoso da música. Era engraçado como era absurdamente fácil diferenciar quem era das artes plásticas, do teatro, da música e da dança. Os góticos geralmente tinham bandas rock alternative e usavam uma quantidade, excessiva na humilde opinião de Petunia, de cores escuras e xadrez. Céus, ela odiava xadrez.

Não aguentou a curiosidade e olhou para trás, afim de descobrir quem havia lhe roubado a atenção de sua amiga e simplesmente ficou sem folego. Literalmente. Talvez a falta de folego tivesse se dado pelo fato do garoto estar todo de preto e, na visão cor-de-rosa de Petunia, parecesse um assaltante de bancos daqueles filmes antigos que passava no telecine cult. Ou talvez fosse pelo fato dele ter dado doces para a Madze, o que implicava que a conhecia e provavelmente era estudante da galeria. A arte de roubar bancos? O curso de como ser gótico para garotos extraordinariamente bonitos?

Ou talvez, e apenas talvez, fosse pelo fato dele ser o garoto mais bonito que ela já vira. E Petunia não gostava de garotos bonitos. Não entenda mal, eles são lindos dentro dos livros, nos posters de bandas e como modelos nus das aulas de desenho. Mas quando você tem um garoto bonito, cheiroso e charmoso perto de si, em carne e osso, só pode acontecer algo drástico. Como fora quando Vernon Dursley dançou despacito em cima de seu coração a um mês atrás. Tudo bem, ela estava fazendo um tsunami em um copo de tequila. Primeiro, ela não fazia a menor ideia se ele era cheiroso. E nem tinha a menor curiosidade de saber (mentira). Segundo, não era como se ele fosse pegar o mesmo ônibus que ela e se esse fosse o caso, seria muita mancada do destino e sacanagem do cupido, ele sentar próximo a ela. Ou descer no mesmo ponto. Definitivamente ela tinha que manter a calma e parar de paranoia com deuses gregos vestidos de preto dos pontos de ônibus de Hogsmeade.

Colocou os fones novamente nos ouvidos e olhou para a rua, a bolsa pesada machucando um pouco o ombro esquerdo e a pasta com seus desenhos abraçados contra o peito. Um ato de autopreservação involuntário. Estava frio naquela noite a ponto de seus dedos doerem e implorarem por luvas. As luvas quentinhas que estavam na bolsa de Lily, ou seja, bem longe dela. Seu dia não podia piorar. E, de repente piorou.

Sentiu um toque leve em seu ombro direito. Virou-se pronta para gritar por ajudar, implorar para não ser furtada, porque seu pai estava pagando as prestações de seu celular até hoje, consequentemente não lhe daria outro, e que uma rua abaixo havia uma boate caríssima, onde as pessoas cheias da grana teriam muito mais ao serem feitas de refém e ele poderia receber um resgate se quisesse. Milhares de dólares. Ela deveria ter o dinheiro suficiente para pagar a passagem. Droga, se tivesse pegado o cartão poderia pegar um uber... Mas nada disso foi necessário assim que o deus grego sorriu para ela. Puta, que sorriso gentil.

— Desculpa se eu te assustei – ele parecia realmente sentir muito e as bochechas estavam corada. Petunia se perguntou se era apenas uma reação ao frio daquela noite – Madze não parou de me importunar até eu vir aqui e ver se está tudo bem com você. Está tudo bem com você? A propósito, meu nome é Regulus.

LILY EVANS

Lilian odiou Petunia com todas as forças. Só porque fazia parte do contrato entre gêmeas (diferentes) foder a vida uma da outra com frequência. Por exemplo, Lily havia rasgado uma blusinha nova de Tuney semana passada quando caiu de uma árvore. E não, ela não queria reviver aquele momento e nem fazer comentários a respeito. Tuney, por outro lado, estragou o momento de Lily com um boy magia com uma ligação. Uma ligação! Quem faz ligações hoje em dia? O ser humano havia inventado a carta, e depois a mensagem de texto, porque ouvir as vozes das pessoas falando na sua orelha pode ser um saco. Lily odiava áudios também. Mas fora exatamente isso que Petunia havia lhe mandado uns cinco minutos atrás, avisando que ia pegar o corujão, contra a vontade claro, e que estava com a chave do apartamento, desejando a Lily que curtisse com grande estilo sua noite, já que a dela fora uma desgraça.

Hipocrisia, pensou. O destino só podia estar brincando. Ela havia corrido do gatinho no bar. E agora estava parecendo uma idiota olhando o céu noturno do lado de fora tendo pena de si mesma. Cruzou os braços e apoiou a cabeça na parede gelada. Ela poderia simplesmente ter dado meia volta e entrado no bar, dado uma desculpa qualquer para o quatro olhos sensual e pronto. Ela estaria pegando o gatinho, e quem sabe, até algo a mais. Entretanto, lhe faltou a coragem. A coragem Izzy Lightwood.

Escorregou pela parede e sentou no chão. Se qualquer uma de suas amigas tivesse visto, principalmente Emme, ela teria apanhado. De cinta. Como alguém poderia ser tão idiota?

— Ruiva? – James se aproximou, acenando para que os dois garotos restantes fossem embora, e com o mais bonito dos sorrisos confusos.  – Achei que tivesse ido embora.

Lily talvez não fosse tão azarada assim e talvez o destino não fosse um cuzão.

— Minha irmã me ligou, achei que ela estaria desesperada e sem ter como ir para casa, mas quem acabou sem ter como voltar sou eu. Estou esperando um milagre, ou seja, Emme não transar com ninguém hoje e me dar uma carona.

Sinceridade é tudo, certo? Ele havia perguntado. Certo, não havia perguntado explicitamente, mas quem liga, mesmo? Lily sorriu para ele, dando de ombros. Se James já a achava adorável, ela ficava ainda mais quando tagarelava sem parar. Ele se sentou ao seu lado e olhou para ela.

— Sabe, eu estou de carro e juro de dedinho que não bebi muito, eu poderia te dar uma carona – o sorriso de James aumentou, mas ele estava claramente nervoso. Lily achou aquilo sexy – Se você quiser, é claro.

— Eu adoraria, James – James se levantou e estendeu a mão para a ruiva. Ela se permitiu ser erguida para cima pelo James, o gostoso do bar. – E, apesar que eu respondo como ruiva na maioria das vezes, o meu nome é Lily.

E com toda aquela reviravolta do destino, Lily não percebeu seu celular vibrando sem parar, cheio de notificações no instagram e algumas mensagens desesperadas de Lene sobre uma tal foto. 

REMUS LUPIN

Remus decidiu permanecer no bar. Não queria ir embora junto com os meninos. Principalmente, junto com Sirius depois de todo o showzinho que ele havia dado bancando o caçador. Ele ainda se perguntava como não havia vomitado quando o viu jogar charme para a quinta garota da noite. Emmeline merecia um troféu, porque, tirando ela, nenhuma das outras disse não. Sirius Black era um merda bissexual pervertido. Remus bebeu mais um gole de sua cerveja. Estava quente.

Levantou-se irritado. Iria pedir mais uma. Mais duas. E então, iria para a nova casa da banda, num bairro pacato cheio de famílias perfeitas e dormiria até a hora do almoço. Ótimo plano que começou errado. Remus não estava prestando atenção no caminho da sua mesa ao bar quando esbarrou em alguém, o derrubando no chão. Já estava pedindo mil desculpas para a garota, quando ela o mandou parar.

— Está tudo bem, estou viva, não estou? – Ela sorriu para ele, levantando os braços sem nenhum machucado. – Só me ajude a levantar, está bem? Não consigo andar direito com esses saltos.

Remus acenou e lhe estendeu as duas mãos, a puxando para cima. A loira era tão pequena que acabou dando um pulinho ao ser erguida. Ele riu, assim que ela começou a gargalhar.

 – Desculpe, – Remus abriu a boca para discordar, mas ela fez um sinal com a mão para que ele calasse a boca. Era simpática. – Eu também estava distraída e só não foi você que acabou no chão porque tenho um metro e sessenta.

 – Bom, então nos dois estávamos distraídos e somos ambos culpados.

Dorcas sorriu para ele e concordou com a cabeça. Ele era uma criatura muito estranha.

— Venha, Sr.Culpado, você vai me pagar uma bebida – Remus se deixou ser puxado pela loira – E eu vou pagar uma para você.

JAMES POTTER

James não estava a muito tempo dirigindo, e sinceramente, não estava ligando se ele nem gostava de dirigir. Ela era engraçada. Falaram sobre irmãos de sangue, o qual James não possua. Então falaram dos irmãos que a vida presenciava. James contou sobre o colegial com Remus, Sirius e Peter. Lily narrou suas aventuras ao lado de suas garotas e Frank, que já era visto como uma quase menina por elas. Depois falaram sobre livros, series e cinema. Lily gostava das series sobrenaturais. Estava pirando com o trailer da Temporada 6B de Teen Wolf e era fã de Malec. Sobre como a cidade era bonita e de como o bar era sensacional. Lily prometeu mostrar outros bares para ele. James contou piadas péssimas com referências a HQs e Lily riu de todas delas. E a risada dela era a coisa mais maravilhosa que ele já ouvira. Poderia gravar um disco apenas com aquele som. Quando viraram na esquina da casa de Marlene, Lily já o tratava como se o conhecesse a anos e James não queira que ela saísse do carro. Ela era incrível.

Em nenhum momento falou sobre o fato de ser famoso. Ele só queria uma noite normal, como jovens normais tinham. Falando sobre coisas banais. Curtindo as férias antes da faculdade. Assim que chegasse em casa apagaria a foto no instagram. Deixaria Lily fora daquela loucura.

— Foi a carona mais engraçada de toda a minha vida. – Lily recuperou o folego e sorriu para James. – Muito obrigada, James.

— Tem certeza que não quer dar mais uma volta no quarteirão, eu estou me divertindo muito com você.

Lily tirou o cinto e abriu a boca. Mas não sabia o que dizer. Era tentador demais. James fez uma carinha de cachorro pidão e a ruiva riu mais. Pegou o celular apenas para avisar as amigas que, provavelmente e se o mestre permitisse, não iria dormir na casa de Marlene quando viu todas as notificações do instagram. Abriu uma aleatória e ficou chocada.

— Mas que porra é essa? – Lily mostrou a tela do celular irritada para James. E lá estava a publicação dele, feita a uma hora atrás. – Quem, diabos, é você?!


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Notas finais do capítulo

Nesse capítulo tivemos vários pontos de vistas e vocês conheceram, finalmente, a Petunia e o Regulus. Eles são os meus bebês.
Espero que tenham gostado do capitulo e dos personagens. Queria agradecer os comentários. Família, somos 19 leitores e eu não podia ficar mais feliz!
Além de que no capítulo dois teremos Sirius sendo gostoso, Marlene sendo a geek surtada, Dorcas e Remus bêbados e outras coisas engraçadas.
Até o próximo, que eu prometo postar no final de semana!



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