RENESMEE

O sol ainda não havia nascido, no entanto, eu não conseguia voltar a dormir. Já se passou um mês desde a morte de Rosalie - provocada pela mesma - e ainda não havia conseguido abrir o envelope amarelo que ela havia deixado ao lado da lareira com meu nome no verso. Passaram-se oito anos desde a morte da minha família, incluindo o marido dela. Pessoas que não cheguei a conhecer pessoalmente, mas que despertaram o meu amor e a minha gratidão eterna por terem dado a vida pela minha. 

— Renesmee? - Pietro me chamava, o sotaque dele era a única coisa que me alegrava ultimamente, passei os melhores dois anos em sua cidade natal. Foram os únicos dois anos que vi Rosalie feliz, eu achei que ela estava se conformando, mas ela estava apenas me preparando e se preparando para encontrar nossa família em algum outro lugar.  

Aconcheguei meu corpo no dele, sentido o calor e a maciez de sua delicada pele humana. 

— Pesadelos?  - ele indaga, e apenas aceno positivamente com a cabeça em seu peito. - Logo o Sol surgirá, já que está acordada posso aproveitar esse tempinho com você. 

Ele voltaria para a sua cidade, eu o encontraria lá, mas apenas quando conhecesse - de longe - a parte humana da minha família.

JACOB

— Onde esteve? - Billy não se conteve, eu quase nem consegui colocar os pés  para dentro de casa. Sorri para ele, cambaleei um pouco e tive que me escorar na velha estante.

— Festa. Faculdade. Garotas. Sexo. Bebidas. - Billy revirou os olhos, ele já deveria ter adivinhado a resposta. Eu havia relutado bastante com a proposta de ir para a universidade, no fim das contas, Rachel me convenceu. Junto ao Seth, passei a frequentar e hoje estou prestes a me formar em arquitetura.  Semana de estudos, fins de semana de muita bebedeira. 

Depois da morte de Bella, minha vida deu um giro radical. Minha primeira desilusão amorosa, fez com que eu me afastasse do bando, não queria nem chegar perto da aldeia. Cheguei a culpar Sam pela morte dela. Muito tempo depois eu pedi desculpas, ninguém teve culpa, muito menos Sam. Tudo o que ele queria era proteger o nosso povo da coisa que ela carregava. Foi a Bella que escolheu o próprio destino.

Meredith se matinha de cabeça abaixada, com vergonha por termos sido flagrados. Eu estiquei o braço, a chamando. Ela segurou em minha mão e eu a conduzi em direção a cozinha, comemos fatias de bolo que havia ali - ela comeu porque eu não consegui segurar nada no estomago. 

Acordei no meu quarto - a antiga garagem. Ela estava ao meu lado, dormia tranquilamente como sempre. Beijei-lhe no rosto, e sai. O sol estava alto, já se passava do meio-dia, e era um daqueles raros dias de Sol.