Era Feudal escrita por Aella


Capítulo 9
O Começo do Fim


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que demorou... Gomen! Mas aqui está! o Penúltimo (ou antepenúltimo, depende da inspiração) capítulo da minha fic!

Capítulo feito ouvindo Revolution - The Beatles. xDD

Espero que aproveitem!



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 Fitei-a. Senti que o hanyou também o fizera. As três pessoas presas começaram a se agitar.

 

 - Acabaram com meus youkais então? – perguntou a vilã, sem se preocupar quanto a isso, como sempre – Pelo jeito nenhum youkai presta mais hoje em dia... Bom, o que querem aqui, invadindo meu espaço? – sarcástica como sempre.

 

 - Viemos resgatar nossa Hime! – respondeu Mieko, bravamente.

 

 - Hah! Então pelo jeito vão querer me matar? – olhou para mim.

 

 - Mais que qualquer outra coisa! – grunhi, dando um passo na direção dela.

 

 Então InuYasha sacou sua espada e portou-se em minha frente.

 

 - Horo, sua luta será comigo!

 

 - E comigo! Não pense que vou ficar de fora, InuYasha. – soou a voz grossa de Sesshoumaru.

 

 - Tudo bem, aceito o desafio dos irmãos No Taishou.

 

 Ela então retirou suas duas espadas das bainhas. Em seguida o irmão mais velho do hanyou sacou a Bakusaiga e os dois se prepararam para acabar com a Horo.

 

 - Nós não vamos ficar somente olhando, - ouvi o Houshi-Sama – vamos lutar também!

 

 - Parem de incomodar, vocês não têm graça! – com isso ela usou um ataque com os olhos, parecido com aquele que nos fez flutuar, que fez todos menos eu, Rin, Sesshoumaru e InuYasha caírem inconscientes – Não faço isso com vocês porque eu adoro mexer com vocês. Vocês são divertidos de irritar.

 

 - Babaca! – gritou InuYasha correndo em direção à youkai, seguido de Sesshoumaru.

 

 Horo, porém, era muito boa e bloqueava ataques como a Ferida do Vento e a Bakuryuuha, e desviava do Meidô Zangetsuha e da Souryuuha. O Templo então estava sendo destruído. Eu e Rin estávamos atrás de uma das mesas, longe dos três, protegidas.

 

 Percebi que Rin estava encarando as três figuras presas das quais eu esquecera. Comecei então a andar em direção a elas.

 

 - Kagome Nee-Chan, aonde vai? Não me deixe aqui sozinha... – choramingou.

 

 - Venha me ajudar então. Vou soltar as himes ali... – apontei.

 

 - São himes? – perguntava para si mesma, me acompanhando.

 

 Fui até elas. Tirei as vendas de suas bocas e livrei-as das correntes. Percebi, enquanto tirava as correntes da última figura, a qual eu não havia reconhecido desde o começo, que era um homem.

 

 - Hime Kohamna! O que a Srta. Faz aqui? – abracei-a um tanto quanto formalmente.

 

 - General Higurashi! – me abraçou também – Obrigada por nos resgatar. É que eu tive que participar de um evento nos vilarejos principais do Sul, - explicava já sentada no chão com os outros, eu também me sentei – e fui acompanhada por apensa uma dúzia de soldados. Logo fomos atacados na estrada por youkais morcegos que mataram meus soldados e me trouxeram diretamente para cá, onde estamos. E aqui fiquei até agora, com Yamako e Koushiro.  

 

  - Ela queria usá-las em troca dos vilarejos. – falou o homem que não conhecia – Horo as entregaria se os outros cedessem as vilas.

 

 - E quem é você? Você não é uma hime... – sussurrou a pequena ao meu lado.

 

 - Não, não sou uma hime! – ele riu – Sou Koushiro, um simples aprendiz de samurai, bem, ex-aprendiz agora, e órfão... – Rin o encarou, compreensiva.

 

  - Hime Yamako, como que a Srta. está? Hime Kohamna, vocês não estão com dor? – eu perguntava – Uhm, Koushiro, desculpe a pergunta, mas o que você tem a ver com isso tudo?  

 

 Ele ficou quieto por um tempo, enquanto eu tentava tratar as himes com o pouco de suprimentos que tinha e o pouco que sabia.  

 

  - Eu sou, ou melhor, era o amante da Anake... – respondeu-me de repente, cabisbaixo.  

 

  - Mas a Anake era malvada... – ouvi a fina voz de Rin, tímida em relação ao assunto.  

 

  - Minha Anake? Jamais. Pelo menos não que nem a terrível da sua irmã.  

 

  - Realmente pequena, ela era até uma pessoa boa, apesar de violenta. – disse-nos Yamako.  

 

  - Mas então, por que ela mandou seus youkais nos atacarem e atacarem várias outras pessoas? E por que ela manteve Hitomi como refém? – era minha vez de perguntar.  

 

  - Pelo motivo mais óbvio, - Yamako falava novamente – ela o amava. – apontou para Koushiro, que estava tentando arranjar alguma arma, que soubesse usar, para entrar na luta com os irmãos. – Se ela não obedecesse a irmã, a mesma o mataria, sendo ele apenas um humano vulnerável nos olhos delas.  

 

  - Então ela foi forçada...? – minha voz soou tão incrédula quanto minha expressão.  

 

  - Foi. Ela só fez aquelas coisas cruéis para proteger quem amava. – falava dessa vez Kohamna – Mas ela acabou sendo morta injustamente. – ela olhou para o homem que agora amarrava um pedaço de lâmina que achara a um pedaço grande de madeira do Templo semi-destruído  – É claro que quem a matou não sabia de sua “inocência”... Mas mesmo assim o abalou, é claro.  

 

  Nós quatro ficamos observando-o. Ele era forte e muito bonito. Seus cabelos negros, despenteados e diferentes dos comuns davam-lhe um ar de guerreiro. Estava muito atento à luta, mas parecia decepcionado, pois não seria páreo para a vilã. Desistindo, voltou para onde estávamos.  

 

  - Que anel lindo. – murmurou Rin, tentando deixar o clima menos tenso – Olha! Você tem um igual, Hime Kohamna! – ela apontou para dois anéis nas mão das himes. O primeiro, na mão de Yamako, tinha uma pedra negra como a noite. O outro, na de Kohamna, tinha uma pedra branca, como as nuvens.  

 

  - Obrigada, pequena. – respondeu Yamako – Eles são muito especiais. Foram dados para nós quando éramos pequenas. – as duas himes se entreolharam, sorrindo – Nós crescemos praticamente juntas...  

 

  - Então o poder deles só funciona quando estamos juntas. – terminou Kohamna.  

 

  - Eles possuem poderes? – perguntei, encarando as pedras.  

 

  - Possuem. Poderes de cura inigualáveis!  

 

  - E não é só isso, - complementava Yamako – podem também apagar memórias!  

  - Uau... – admirava Rin.  

 

  - Mas como nunca os usamos antes, pode ser que eles tenham outros poderes que nós nem saibamos! – continuou contando, Kohamna.  

 

  Minha “irmã” começou a perguntar coisas inúteis sobre a infância das duas, então logo perdi o interesse e comecei a prestar atenção na terrível batalha a poucos metros de mim.  

 

  O que vi foi sangue. Nos três, mas principalmente, em InuYasha. Vi na expressão de Horo o tédio voltando a brotar. De alguma maneira ela mudaria as coisas de um modo que a entretesse. Congelei quando ela olhou de canto de olho para mim. Esquivando-se mais uma vez da Bakuryuuha, atacou.  

 

  - Raios da Trevas! – grunhiu, mas é claro que os quatro perto de mim nem ouviram. (n/a: Nome de ataque horrível... eu sei x.x)  

 

  Esse golpe, nunca antes usado pela youkai, era diversos filetes de veneno fatal, em formato de raios tão precisos quanto tiros.  

 

  Segui com os olhos enquanto o veloz ataque atingia seu alvo, que estava curiosamente conversando.  

 

  - G-gaaah... – caiu atingida.  

 

  - Pequena!!! – se alarmaram as duas himes.  

 

  - Não! Riiiiiin! – Sesshoumaru correu até o pequeno corpo imóvel. Quando a pegou nos braços, percebeu pausadas respirações. Rin ainda tinha um pouco de vida em si.  

 

  Todos estávamos chocados e imóveis. Horo, aproveitando a oportunidade, decidiu atacar o hanyou. Como ele estava relativamente longe, usou o mesmo golpe, mas em silêncio.  

 

  Vi o clarão roxo e, desesperada e, de certo modo, forçada a fazê-lo, saltei. Senti meu ferimento se abrir ao mesmo tempo que senti o impacto do que me acertara.  

 

  - Ka... Kag... – as palavras não saíam da boca do hanyou. Pela sua expressão, parecia que ele é que havia levado o golpe.  

 

  Caída no chão, me levantei de joelhos. Todos conscientes me encaravam, menos Sesshoumaru que ainda segurava Rin nos braços. O hanyou permanecia tão imóvel quanto minha “irmã”.  

 

  - Inu-nuYasha... preste m-mais aten... Uhg! - minhas forças se esgotaram e caí no chão,  paralisada mas consciente.  

 

  - Ka... KAGOME! – o hanyou finalmente despertou, caindo emcima de mim – Kagome, é tudo culpa minha... Você tentou me proteger enquanto eu... enquanto eu nem sequer sabia o que acontecia! – senti gotas quentes caírem sobre meu rosto e pescoço.  

 

  Passou algum tempo até que InuYasha se moveu novamente. Me carregou até onde Rin estava e sussurrou para mim:  

 

  - Kagome, sei que ainda está viva, sinto sua leve respiração e seu coração lutando contra a morte. Então não me deixe, Kagome. Não me deixe agora que me ensinou a amar novamente...  

 

  Eu estava paralisada e sentia o veneno percorrendo meu corpo. Imaginei que Rin também estava que nem eu. As himes logo levaram a pequena ao meu lado, o mais longe possível de Horo, que só estava observando e rindo feito uma maníaca. Koushiro veio junto, sem saber o que fazer.  

 

  Sesshoumaru, já com a cabeça recuperada, pegou no ombro do irmão.  

 

  - InuYasha, as duas vão ficar bem. Precisam ficar bem. Agora solte-a e lute.    

 

  Demorou até meu hanyou se mexer. Quando levantou o rosto, vi as trilhas das lágrimas que haviam caído de seus sofridos olhos.  

 

  - Por favor, cuidem de Rin e façam o possível para ela continuar viva. – ouvi a súplica de Sesshoumaru.  

 

  - Horo... muitas pessoas já tentaram estragar minha felicidade com outra pessoa...  – a voz do hanyou parecia ferida – O Exército dos Sete, Menomaru, Naraku... São tantos que perdi a conta. Não vou deixar uma vagabunda feito você conseguir isso! – grunhiu, partindo, mais uma vez, para duelar com a youkai.  

 

  - Pode deixar, Sesshoumaru. Cuidaremos das duas. Agora vá terminar com isso. – murmurou uma das himes. Não identifiquei quem.

 

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 - Bakuryuuha!

 

 - Souryuuha!

 

 Eu não enxergava os dois, mas os ouvia claramente. Conseguia ouvir alguns gemidos de dor vindos de Horo às vezes. Os irmãos, mais unidos do que nunca e fora de si mesmos, estavam ganhando. Deixaram-me deitada, e como não me mexia, olhava para cima.

 

 Percebi passos vindos na minha direção. Entraram em meu campo de visão as duas himes. Senti os cabelos de Rin em minha nuca. Elas haviam juntado nossos corpos um ao lado do outro.

 

 - Kohamna... Acho que chegou a hora de usarmos o que nos deram a muitos anos.

 

 - Sim, Yamako. – elas tiraram os anéis – General Higurashi, pequena Rin, vocês ficarão bem, nós prometemos.

 

 Um clarão de luz mista envolveu meu corpo e eu já não senti, enxergava e nem ouvia mais nada. Logo, me entreguei à solidão e escuridão da inconsciência.

 


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Notas finais do capítulo

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