Precisamos um do outro escrita por Moon


Capítulo 41
Pierre Corneille


Notas iniciais do capítulo

A matilha coloca seu plano em ação para resgatar a irmã do Stiles, mas eles ainda precisam trazer Riley de volta sem levantar suspeitas.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/727003/chapter/41

POV Malia

A Riley estava lá apagada sendo cutucada pela dupla de jaleco. Eles tiraram sangue, saliva, cabelo, unha. Coletaram tudo o que precisavam e deixaram o quarto. O cara que estava de guarda então saiu por um instante e Riley abriu os olhos.

— Ela estava fingindo. Ela está acordada. - Eu disse observando enquanto Riley movia a cabeça tentando ver o que tinha no quarto. - Avisa o Stiles.

Pedi e Lydia pegou o celular para mandar a mensagem para o namorado. Avisou também que ela ficou sozinha no quarto.

Ele já está voltando. — Ele respondeu. - Avisa se ele encostar nela.

— Eu não consigo imaginar como o Stiles está lidando com isso. - Comentei.

— Ele está surtando. - Lydia disse encarando o celular. - E Eu não sei como ajudar. Até porque nem eu sei como lidar com isso.

— A Riley vai ficar bem. - Respondi. - Não vamos deixar nada de mal acontecer com ela.

Lydia suspirou e eu a abracei.

O homem voltou para o quarto e enquanto ele abria a porta, Riley deitou a cabeça e fechou os olhos. Ele se aproximou e conferiu o pulso. E então chamou alguém. A mulher voltou ao quarto com uma agulha e uma ampola. E injetou o que quer que aquilo fosse. Provavelmente era para mantê-la apagada. Peguei o celular e fotografei.

— Mas porque estão drogando ela se acham que está desacordada? 

— Eles devem estar seguindo uma escala de horário para que ela não acorde. - Lydia respondeu. - Mas estão calculando o tempo errado porque a Riley está fingindo estar desacordada. 

— Então temos que descobrir qual o intervalo entre as doses e em quanto tempo a Riley acorda. - Pensei em voz alta e minha amiga seguiu minha linha de raciocínio.

— Para ela estar acordada quando tirarmos ela de lá. - Concluiu e pegou o celular.

Ligou para o Scott.

— Scott, você já estudou o efeito de anestesias nos animais? - Ela perguntou.

Já li sobre isso e tive experiências na clínica. Por que? - Escutei ele responder.

— Quais são as variáveis?

O peso do animal, a droga usada e a quantidade usada.

— A Malia vai te mandar uma foto. - Ela disse e eu já mandei a mensagem com a foto, enquanto ela continuava explicando. - Vendo a droga que estão injetando na Riley, a quantidade e estimando o peso dela. Você consegue calcular quanto tempo ela deve ficar desacordada?

Eu posso tentar. — Ele respondeu e então se despediu. - Eu te ligo se tiver um resultado.

— Agora temos que esperar pela próxima dose. - Ela disse.

Tem gente vazando, galera. - Liam mandou mensagem com uma foto de três caras saindo pela entrada principal.

Eles estão se dividindo em turnos. — Theo respondeu. - Daqui a cinco minutos manda a foto dos três que vão chegar para substituir esses.

— Então se a gente entrar lá numa troca de turno em que a Riley esteja acordada, estaremos em maior número e com um fator surpresa extra. - Lydia comentou em voz baixa. 

Em quanto tempo vai ser a próxima troca? — Mandei a mensagem e Theo respondeu que em cinco horas.

— Isso vai ser 19 horas. - Observei. - Será que a Riley já acordou até lá?

Theo, de quantas em quantas horas eles estão drogando a Riley? — Lydia mandou a mensagem e ele respondeu que não sabia e que ninguém falou sobre isso, mas prometeu prestar atenção e avisar se escutasse alguma coisa.

O celular da Lydia então começou a vibrar. Ligação. Scott.

Ela deve ficar desacordada de duas a três horas. Depende do peso dela. Se a estimativa do Stiles estiver certa, então ela fica desacordada por duas horas. - Scott disse assim que ela atendeu o celular.

— Então quando for 16 horas ela já deve estar acordando.

O que vocês tem em mente? — Ele perguntou.

— Entrar lá quando eles estiverem trocando o turno e ela estiver acordada.

Vantagem numérica e fator surpresa. - Ele respondeu compreendendo o que estávamos pensando. - É uma boa ideia.

Ele desligou a chamada e logo em seguida Theo mandou mensagem.

Eles não vão mais drogar ela até que acorde. A mulher está preocupada porque Riley já foi injetada com quatro doses sem ter comido ou bebido. Eles pretendem dar comida e água pra ela quando ela acordar e então vão a drogar outra vez.

Scott respondeu dizendo que era uma quantidade preocupante de droga no corpo da Riley. E que talvez ela não estivesse fingindo então, mas que realmente estaria sem forças para manter-se acordada por causa da droga se acumulando em seu sistema.

POV Scott

A Riley foi sequestrada 08 horas da manhã. Agora são 14 horas. Seis horas de intervalo. Por quatro doses. Eles a estão drogando a cada uma hora e meia, aproximadamente. 

— Isso é muita droga. Estão potencializando o efeito. 

— O que isso vai causar na Riley? - Stiles perguntou apreensivo.

— Por enquanto, a queda da pressão arterial e dos batimentos cardíacos. Que é por isso que ela fica dormindo. - Expliquei. - Mas depois, quando ela acordar de fato, ela vai ter dor de cabeças, náuseas e dores musculares. Se ela tiver uma reação pior, ela pode ter tremores, retenção urinária, falta de ar. 

Observamos a movimentação enquanto chegavam os três para substituir os que saíram pouco antes. Um era o tal do Brandon e os outros dois eram os que estavam com ele na lanchonete.

— E como vamos entrar? - Perguntei.

— Eu pensei em algo. - Meu amigo respondeu. - Eu, você e Liam vamos pela entrada principal, enquanto Lydia e Malia vão pela escada de incêndio, e Theo e Isaac escalam pela janela para o quarto onde a Riley está.

— Se a gente entrar primeiro, pela porta da frente, vai chamar atenção e tirar o foco deles das outras entradas. E aí Theo e Isaac conseguem soltar a Riley sem preocupações enquanto nós cinco acabamos com a raça dos oito que estão lá dentro. - Sugeri.

— Se o alfa sair, dá para fazer isso acontecer e nem precisamos esperar uma troca de turno. - Ele observou. - Na entrada principal você e o Liam pegam os dois que estão na sala. A Lydia e a Malia pegam os que estão na cozinha e no quarto. Eu dou conta dos humanos. O Isaac e o Theo soltam a Riley. E aí a gente vaza.

— A gente pega as coisas dos médicos e vaza. - Corrigi.

— Então temos um plano. - Meu amigo observou e explicou a estratégia por mensagem para os outros que rapidamente responderam concordando.

Eu aviso se o alfa for sair. — Isaac mandou uma mensagem.

Se ele não for sair ainda dá para seguir esse mesmo plano na troca. — Lydia completou.

A Riley conhece o Isaac ou o Theo? - Liam perguntou, pensando no que nenhum de nós havia lembrado: Riley não conhecia nenhum dos dois e provavelmente se assustaria com eles.

Liam, você consegue DISCRETAMENTE ir para o apartamento que eles estão? — Mandei a mensagem e ele prontamente respondeu que sim.

Eu prefiro participar da ação de verdade. Já vou descer aqui para mudar de posição com o Liam. — Theo respondeu e realmente já foi saindo do apartamento.

POV Liam

Theo parou do lado do carro e bateu na janela. Abri a porta e sai do local que ele iria sentar. Ele entrou no carro e me entregou o boné que ele estava usando. 

— Você deve precisar mais do que eu. - Ele disse enquanto me entregava a peça.

Agradeci educadamente e me retirei para ir ao meu novo posto. Entrei pela entrada principal de cabeça baixa. Andei calmamente até a escada e subi os quatro lances que me levariam ao terceiro andar. Vi a porta que dava acesso ao 302 e bati uma vez antes de abrir. Assim que entrei vi Scott e Stiles no apartamento em frente. Scott prestava atenção na movimentação, mas Stiles encarava o celular.

Conferi o meu e não tinha novas mensagens, mas tinha uma ligação perdida do xerife. Ele já deve ter se inteirado sobre o sequestro da filha e havia ligado isso ao nosso sumiço. Não consigo imaginar como Stiles deve estar se virando para se manter calmo e racional enquanto está tentando resgatar a irmã, sem contar para o pai tudo o que está acontecendo.

Me concentrei em escutar as movimentações no apartamento abaixo. O Alfa estava com os médicos no primeiro quarto. Dois estavam na sala, um na cozinha e um na varanda, com o último no quarto com a Riley. Oito.

Vocês têm certeza disso? — Reconheci a voz do alfa. - Eu nunca ouvi que isso existisse.

— Eles são bem raros. E alguns passam a vida toda sem descobrir o que são. — Uma voz feminina respondeu. - Nós nem sabemos quais são as reais habilidades dela. Ou se as lendas são reais.

Temos em nossas mãos uma fênix. — Outra voz masculina soou. - Podemos descobrir quais são as habilidades dela, quais as fraquezas. E até se ela realmente pode renascer das cinzas.

Eu não entendia do que eles estavam falando. Não podia ser da Riley. Ela é humana Não é?! E não existem fênix. Nunca nem ouvimos falar da existência de alguma. E como ela poderia ser isso?

Eu tenho que cuidar de alguns lobos. - O Alfa soou como se estivesse se despedindo satisfeito com as descobertas. - Mas cuidem bem da garota. Eu sempre quis um mascote especial para a minha matilha.

Peguei o celular e digitei uma mensagem. O alfa está prestes a sair. 

Stiles respondeu com recomendações de discrição e calma para todos. Começamos a nos posicionar quando ele sair de fato. 

Eu e Isaac fomos para o quarto. Da janela dava para ver Malia e Lydia abaixadas no telhado do sobrado observando o apartamento abaixo de nós.

Havia apenas um modo de descer para o quarto abaixo de nós. Escalando. Dava para pisar no desnível causado pelo espaço para a instalação de um ar condicionado. E dali se segurar para pisar no batente da janela do quarto abaixo. 

Observei Lydia deixar seu posto. Malia ainda observava. Scott e Stiles provavelmente já se movimentavam para deixar o apartamento e Theo deveria estar ansioso para deixar o monótono e quente carro. Escutei quando o alfa deixou a sala. Deveria estar nas escadas ainda.

Malia me mandou uma mensagem. Espere o meu sinal para entrar no quarto. Assenti sabendo que ela estava me vendo e então ela também deixou a escada. Logo Theo avisou que o alfa havia partido em um carro preto. Escutei Scott, Stiles e Theo subindo as escadas e então arrombando a porta. O estrondo oco seria audível mesmo se eu não tivesse uma audição aguçada. 

Ouvi tiros serem disparados. E a falta de visão me deixou ansioso. Minhas mãos suavam e meu coração batia como louco. Escutei passos na escada de incêndio, provavelmente Malia e Lydia. E então outro estrondo. Era o grito da Lydia seguido pelo som de vidro se partindo e caindo ao chão. E então uma mensagem da Malia. Vai.

Sentei na janela com facilidade. Segurei na borda e estiquei-me para alcançar o desnível. Fiquei em pé ali e abaixei outra vez, sentando naquele pequeno espaço antes de segurar o batente com força para tentar alcançar a janela. Minha mão escorregou levemente, mas não antes que meu pé alcançasse a janela. Quando ambos os meus pés alcançaram o batente da janela, segurei-me com força na parede enquanto entrava no quarto.

Desci da janela, finalmente pisando o chão sendo abafado pelo barulho atrás da porta - alto e confuso - e mesmo não conseguindo diferenciar os gritos, rugidos e tiros, concentrei-me na Riley. Ela estava sentada, algemada, amarrada e desacordada. Quebrei as algemas tentando não a machucar, mas o ferro acabou cortando levemente sua pele no punho esquerdo. 

Isaac rapidamente chegou ao quarto e estava soltando as pernas da Riley. Toquei seu rosto tentando acordá-la. Ela abriu os olhos com dificuldade e os fechou novamente. 

— Como está lá fora? - Perguntei e Isaac se posicionou na porta. Ele abriu uma brecha e então saiu. 

Me posicionei para pegar a Riley. Ela mal conseguia manter os olhos abertos, duvido que consiga manter-se de pé. Coloquei um de seus braços sobre meus ombros para poder segurar suas costas, com o outro braço segurei suas pernas e a cabeça dela repousou sobre meu peito.

Em um instante a porta se abriu com força. Lydia e Malia arrastavam os corpos desacordados dos lobisomens para o quarto onde os ‘médicos’ haviam ficado durante esse tempo. Stiles e Scott recolhiam amostras de sangue, pacotes, papéis e tudo que estava naquele quarto em uma mochila preta e a pasta com a qual o homem havia entrado momentos antes. Theo amarrava os lobisomens juntos no quarto. Contei-os. Sete. Seis homens e uma mulher amarrados uns aos outros em um círculo.

Stiles jogou a mochila sobre as costas e veio até mim, sua feição tensa e preocupada. Ele tocou o rosto da irmã suavemente

— Ela está bem. - Afirmei numa tentativa de acalmá-lo.

— Sai daqui! - Ele me respondeu aliviado me entregando a chave do carro que eu havia entregado ao Theo e foi para a cozinha.

Não esperei para ver o que eles estavam fazendo, sai do apartamento com Riley no colo. Desci as escadas apressado. Escutei passos na minha direção. Reconheci o cheiro. Entrei com Riley em um apartamento aleatório. Agradeci mentalmente pela porta estar destrancada. Me virei para encontrar uma mulher assustada encolhida atrás do sofá com duas crianças.

— Eu não quero machucar ninguém. - Disse temendo que ela estivesse armada, ou que mais alguém estivesse na casa. - Eu só quero tirar ela daqui em segurança. 

A mulher se levantou e veio até mim receosa. Tocou o pulso da Riley. E me assentiu em silêncio com a respiração pesada e fazendo sinal para que as crianças continuassem no esconderijo. Ela foi até a porta e trêmula abriu uma brecha. 

— Não tem mais ninguém no corredor. - Ela sussurrou e eu a agradeci em silêncio.

Sai apressado pela porta e corri pelas escadas. Sai rapidamente pela entrada principal, me perguntando se estava sendo seguido. Olhei para trás para conferir. Ninguém. Então ele havia voltado para o apartamento? Ao menos eu sabia que meus amigos tinham a vantagem. Andei até o carro, o abri e sentei com Riley no banco de trás. 

Um minuto depois vi Lydia, Stiles e Isaac correndo para o carro onde eu estava e Scott, Malia e Theo pegando o carro do alfa. Destravei o carro enquanto eles se aproximavam. Stiles sentou no banco do motorista e o entreguei a chave. Lydia sentou ao lado do namorado e Isaac no banco de trás.

— Como vamos explicar que a encontramos? - Perguntei ainda segurando Riley em meus braços. Ela estava pesada, seu corpo completamente flexível parecia estar dormindo pesadamente. 

— Eu tenho uma ideia maluca. - Lydia disse sem ter certeza. Enquanto Stiles dirigia para longe dali ela explicou sua ideia. - A gente anuncia uma bomba num ponto turístico. Quando o esquadrão abrir a caixa, vão encontrar a Riley. Aí a gente deixa alguma mensagem com teor terrorista psicótico.

— Que mensagem? - Isaac perguntou exatamente o que eu estava pensando. 

— Sei lá. - Lydia disse com incerteza. - Nem precisa fazer tanto sentido.

— Não ter temor da morte, é não temer-se ameaças. - Stiles respondeu. - Tem um cara que faz ameaças vazias sempre com essa citação. Ele não teve a identidade revelada, mas é dado como suspeito em pelo menos uns cinco casos abafados pelo FBI.

— Isaac, você vai precisar de um modificador de voz e de um telefone público. - Stiles calculou os próximos passos. - O Theo vai ter que deixar a Riley no local combinado e sumir. 

— Nós temos que estar na casa dos Matthews, para estarmos presente quando fizerem a ligação. - Stiles disse e então entregou o celular para Lydia falar com os outros sobre o plano. 

No caminho para encontrar com os demais expliquei para uma sonolenta Riley que ela ficaria bem. E que ela seria cuidada por completos estranhos. Nos encontramos perto do Central Park. Os três carros. Deixamos Riley no carro do alfa com Isaac e Theo. 

Scott assumiu a direção do Jeep, onde eu, Stiles e Lydia o acompanhamos. Malia assumiu a direção do carro do pai e nos seguiu até o apartamento dos Matthews.

POV Farkle

Stiles mandou uma mensagem dizendo que Riley estava segura e que logo seria feita a troca. E finalmente senti que poderia respirar novamente. Em alguns minutos eles estavam no apartamento novamente. Topanga estava cada vez mais nervosa e Cory tentava apoiá-la. O Xerife havia chegado a pouco tempo e estava conversando com os policiais que estavam de prontidão no apartamento. 

Stiles entrou acompanhado de Liam, Lydia, Malia e Scott. Melissa foi até eles e dez perguntas sobre onde estiveram, se sabiam de algo. 

— A gente correu todo o perímetro da escola. Conversamos com pessoas que estavam perto da cena. - Stiles justificou a falta do grupo. - Eu sei que a polícia já fez isso, mas não conseguimos ficar aqui parados esperando por algo.

— Eles devem entrar em contato logo. - Um policial respondeu. - A polícia está oferecendo recompensa por informações sobre o caso, isso vai apressar os próximos passos deles. Vão temer que tenham seus planos atrapalhados por trotes ou que sejam delatados. 

Percebi a troca de olhares entre Scott e Stiles imaginando o que eles haviam planejado para retornar Riley em segurança. 

Os adultos - Cory, Topanga, Noah, Melissa, Katy e Shawn - estavam sentados ao redor da mesa. Na janela da sala os melhores amigos da Riley - eu, Maya, Smackle, Zay e Lucas - e no sofá sentaram o irmão dela e os novos amigos - Stiles, Lydia, Liam, Scott e Malia.

Quase uma hora se passou desde que eles voltaram, e minha ansiedade voltava a aflorar a cada minuto sem notícias da Riley. Eles mesmos não pareciam tranquilos. Estava prestes a me levantar e ir questioná-los quando o telefone tocou.

O silêncio pairou. A tensão se formou. Exatamente quando o telefone tocou horas antes naquele dia. Já era quase noite. A policia pediu que Topanga atendesse. As máquinas operando tentando rastrear a ligação ou identificar a voz.

— Boa noite, senhora Matthews. - A voz que soou pelo viva voz era assustadora, mas obviamente mecanizada.

— Me devolve a minha filha. Eu faço o que você quiser. - Topanga respondeu desesperada, aos prantos.

— Era exatamente o que eu queria ouvir. - A voz preencheu a sala silenciada pela tensão. - Eu só quero uma informação, senhora Matthews. Uma pequena informação.

— O que você quiser saber. - Ela respondeu soluçando por causa do choro.

— A senhora conhece Pierre Corneille? - A pergunta não fazia o menor sentido. Topanga negou confusa. - Mesmo sem conhecer, você pode me prometer que vai defender o discípulo dele quando chegar a hora?

Ela ficou em silêncio sem entender o que estava acontecendo.

— Eu preciso que você prometa, Matthews! - A voz gritou ameaçadoramente.

— Eu prometo! - Ela disse chorando.

— Então leve um contrato assinado por você para a localização que vai chegar no seu celular. Deixe o contrato dentro da mochila para poder rever sua filha. - A voz soou e então a ligação foi desligada.

— Ele ligou de um telefone público. - O policial que rastreava a ligação soou derrotado e então o celular da Topanga vibrou na mesa.

Times Square, 7th Avenue, Official NYC Information Center às 19h. — Cory leu a mensagem que havia chegado. - Número desconhecido.

Os policiais começaram a se movimentar com as novas informações. Riley seria resgatada em três horas. Ela estaria de volta e em segurança.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ainda hoje vamos ter mais um capítulo. Boa leitura e até mais tarde! ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Precisamos um do outro" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.