Precisamos um do outro escrita por Moon


Capítulo 24
A Melhor Amiga


Notas iniciais do capítulo

Em um capítulo narrado inteiramente pela Maya, vemos como a melhor amiga da Riley está vendo os últimos acontecimentos.



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POV Maya

Não tive a oportunidade de ter uma conversa com minha melhor amiga ainda. Depois da aula ela saiu correndo e quando passou por mim, enquanto eu falava com o Farkle, mal se despediu. Estava determinada a ter um momento com ela.

Assim que cheguei em casa fui tomar um banho rápido, troquei de roupa. Coloquei um cropped preto da banda Led Zeppelin, uma calça jeans clara colada e sentei na cama para calçar minha bota preta de salto grosso estilo militar, peguei meu celular e havia uma mensagem da Riley perguntando se eu iria para o jantar, respondi dizendo que já estava a caminho. Peguei uma jaqueta jeans antes de sair, voltei quando estava quase fechando a porta.

— Eu vou na Riley! – Gritei. Não estava acostumada a dizer para onde eu ia, nunca havia ninguém em casa antes e agora eu quase sempre me esquecia.

— Não esquece as chaves. – Shawn me lembrou surgindo na sala, tirando os óculos que ele nunca usava em público.

Fui no meu quarto correndo, mexi na mochila até achar a chave guardei no bolso, lhe dei um abraço e sai correndo. Enquanto estava no metro enviei uma mensagem para Josh, falando sobre o termino de Riley e Lucas, falei também do Liam.

Eu acho que você tá com ciúme da sua melhor amiga. E que eu tenho que prestar atenção na aula.— Ele respondeu me informando que parecia coisa da minha cabeça e que ele estava ocupado demais para escutar meus dramas.

Guardei meu celular e voltei a observar as pessoas no vagão, imaginando se alguma delas tinha algum conselho sábio para compartilhar comigo.

Logo eu estava na estação que deveria descer, assim o fiz. Andei tranquilamente até o prédio onde a Riley morava. Encontrei Farkle puxando a escada de incêndio. Ele ainda estava com a mesma calça jeans, mas agora tinha um coturno preto no lugar dos tênis e uma blusa preta de mangas compridas, ao invés do que quer que ele estivesse usando de manhã que ela não conseguia lembrar.

— Preocupado com a princesa? – Perguntei sarcástica.

A verdade é que eu estava um pouco irritada com a presença dele. Era tão difícil para o universo me deixar ter um momento a sós com ela?

— Você também está. – Ele disse ignorando a minha grosseria e subindo as escadas. O segui.

Ele estava certo e não precisava ouvir isso de mim. Ele sabia. Ele sempre estava certo. Ignorei minha frustração enquanto subia as escadas, entramos pela janela e Riley não estava no quarto. Por um momento me perguntei se ela ainda estava lidando com a descoberta do Auggie.

Ela entrou no quarto assim que me perguntei se deveria espera-la ali ou procura-la pela casa. Ela sorriu ao nos ver. Ela estava estranhamente calma. Não estava feliz como estávamos acostumados. Mas também não estava triste. E sinceramente era um pouco assustador ver minha melhor amiga em um meio-termo. Ela não tinha meios-termos.

Riley era o significado de exagero. Era não ficava apenas animada, ela borbulhava. Ela não ficava assustada, ela tinha pavor. Ela não ficava feliz, ficava eufórica. Ela não ficava deprimida, ela alugava o fundo do poço.

A Riley estava mudando. Temi pelo o que aquela mudança causaria. A Riley era o sol, quando o sol muda, tudo muda. Não é?

Ela estava mudando desde que descobriu que era adotada. Ela ficou sem chão, mas se recuperou bem, e depois ela só foi meios-termos. Ela não ficou fervendo de ansiedade e felicidade quando decidiu ir conhecer o pai em outra cidade, ela não se desolou quando o cara que ela conheceu faleceu, ela não surtou em preparativos e apresentações quando o amigo dela se mudou, ela não me alugou para horas de conversas profundas sobre todas as coisas que estavam acontecendo na vida dela, sobre as novas pessoas que ela tem, ou sobre os sentimentos conturbados. E agora ela passa por um término. Não, não é um término. Ela passa pelo O término, O primeiro término real, o fim do primeiro namoro e ela reagi assim?

Definitivamente ela está mudando.

Ela veio até a janela e sentou-se entre nós dois.

— É tão bom ter vocês aqui. – Ela disse segurando nossas mãos.

Olhei para Farkle, ele parecia pensar o mesmo que eu: O que está errado com a Riley?

— Está tudo bem, Riley? – Ele perguntou, a voz suave tentando não soar evasivo.

— Eu estou bem, gente. – Ela disse, sem nenhuma grande expressão. – Eu me decepcionei com o Lucas.

Ela finalmente falaria sobre aquilo.

— Desde que a minha vida virou. – Ela estava triste, era notório, mas não era a tristeza evidente e exposta a qual estávamos acostumados. Era uma tristeza suave, discreta. – Todos vocês me apoiaram. Me ajudaram a lidar com a descoberta de não ser quem eu pensava, de ter outra família, de conhecer essas pessoas. Mesmo que eu esteja um tanto distante, com as viagens e tudo, vocês estão comigo sempre. E esse apoio é muito importante para mim. Eu sou muito grata por isso.

— Você é nossa amiga, Riley. – Farkle soou como se dissesse que tudo que ela falava era óbvio. Porque era e ela sabia. Ela não tinha que agradecer. Nós cuidamos uns dos outros.

— Mas o Lucas não foi como vocês. – Ela disse, uma lágrima caiu. – Ele não se importa o bastante.

— Claro que se importa, Riley. – Eu disse. – Todos nós nos importamos. Nós somos amigos.

— Exato. – Ela me encarou. – Somos amigos. Ele se importa como meu amigo. Ele gosta de mim. Eu tenho certeza. Mas ele não me ama. Não como eu o amo.

Ela nunca tinha dito aquilo em voz alto, nunca havia admitido que o ama.

— Mas tudo bem. – Ela disse. – Porque ele se importou o bastante como amigo, ele se esforçou para não me machucar, ele...

— Foi depois daquela briga? – Perguntei. – Do Lucas com o Liam.

— Que briga? – Farkle se confundiu.

— Eles discutiram depois que você saiu com nosso trabalho de artes. – Riley respondeu. – Lucas começou a briga com Liam. Eu o chamei pra conversar na janela.

— E foi aí que eu fui embora. – Disse imaginando se eu devesse ter ficado.

— Eu fui conversar com Lucas. Porque o Liam tem um problema, vocês sabem, eu não queria ele em crise. E porque eu estava vendo o Lucas do Texas. Eu só queria conversa, mas.

— Mas acabou sendo uma briga. – Farkle concluiu e ela concordou com a cabeça.

— Estávamos ambos de cabeça quente. – Ela disse.

— Talvez seja só isso, Riles. Uma briga. – Eu disse. Se eles estavam de cabeça quente, poderiam muito bem resolver as coisas agora mais calmos.

— Não, Maya. – Ela encarou os pés. – Nós conversamos hoje. Nós realmente terminamos. Talvez seja melhor assim.

— Eu sinto muito, Riles. – A abracei, Farkle fez o mesmo.

— Mas isso não vai mudar nada. – Ela se levantou. – Ele ainda é meu amigo, ainda é nosso amigo e eu espero que tudo volte ao normal. Ou o mais perto disso.

Uma batida na porta. E o rosto de Liam apareceu na porta entreaberta.

— Sua mãe está te chamando, Riley! – Ele disse acenando pra mim e Farkle e saiu.

Fomos juntos até a cozinha.

— Quer ajuda, senhora Matthews? – Farkle perguntou gentil como sempre. Era sempre ele ou a Riley quem tomava a iniciativa para ajudar alguém.

— Claro! – Ela disse. – Vocês poderiam colocar a mesa pra mim, queridos?

Concordei indo na direção do armário, pegar os pratos. Farkle forrava a mesa com a toalha que estava dobrada em cima da mesa. Era um forro branco, com flores bege e laranjas.

— Você poderia ajudar seu irmão a escolher uma roupa, Riley? – Topanga solicitou e a filha atendeu, saindo da cozinha.

Liam logo se juntou a nós, colocando copos e talheres na mesa, e em um instante a mesa estava pronta. Riley e Auggie vieram para a sala, Auggie usava uma calça jeans, com converse preto e uma blusa azul de manga comprida da NASA, ele estava animado, de mãos dadas com a irmã. Quando me viu correu até mim e me abraçou com força.

Sentamos todos na sala. Riley estava conversando com Riley sobre a blusa que ela havia escolhido para o Auggie como ela queria uma edição única que ela nunca achou em nenhuma loja. Farkle sentado no braço do sofá ao lado dela falando sobre todas as blusas interessantes e nerds que ele tinha. Ao lado de Riley, Auggie ocupava um pequeno espaço, entre nós duas e do meu outro lado, Liam, que mexia no celular. Em um momento de curiosidade tentei ver o que ele fazia tanto no celular.

Hayden – Li o nome do contato. Corri meus olhos tentando ler algumas partes do imenso texto que ela o havia enviado. – Não nos falamos desde o término do nosso namoro. Deveríamos ser amigos. Sinto falta de ter alguém que saiba de todos os meus segredos. Eu conversei com o Corey, ele me contou o que aconteceu. Sinto muito. Imagino como foi difícil perder seu melhor amigo.

Desviei o olhar, para prestar atenção no que Auggie dizia. Me senti mal por não tê-lo recebido bem. Ele foi deixado pela namorada - pelo que eu entendi das mensagens -, o melhor amigo morreu e o único amigo que restava foi embora - Riley havia me contado sobre isso. Ele estava sozinho em um lugar completamente novo e estranho, e ninguém se preocupou em fazer ele se sentir bem-vindo.

Sorri para o irmão mais novo da minha melhor amiga fingindo ter escutado alguma coisa. Mas ele não pareceu se importar com minha falta de resposta. Logo Ava apareceu usando um vestido rosa choque e uma sapatilha preta, atravessando a casa como se fosse sua e abraçando o “namorado”.

— Essa é a Ava. – Auggie apresentou-a a Liam. – Ela é minha esposa.

Liam sorriu, mas sem zombar.

— É um prazer lhe conhecer, Ava. – Ele a cumprimentou apertando sua mão delicadamente e depositando um beijo ali.

Ela se sentiu. Era visível para quem a conhecia, mas para outros parecia não ter tido o menor efeito.

— Tenho certeza que é. – Disse ela afirmando que realmente era um prazer para os outros poderem conhece-la, com um ar ao mesmo tempo ingênuo e esnobe.

Algum tempo se passou e o interfone tocou. Era incomum.

Riley se levantou para atender.

— Stiles. – Escutei. – E Josh – A outra voz completou.

— Podem subir. – Ela disse.

— Está trancado aqui. – Josh disse. Estranhamos. Poderia ter sido algum novo morador do prédio, ou alguém o fez sem perceber.

Riley foi até o quarto chamar o pai para ir abrir o portão lá embaixo, aparentemente ele era o único que ainda tinha aquela chave tão pouco usada. Ele saiu depois do nos acenar, provavelmente esteve trabalhando todo esse tempo enfurnado no quarto.

Não demoraria muito até que eles chegassem, ouvia-os conversavam com Cory sobre alguma notícia, Stiles falava sobre o envolvimento do FBI no caso e Josh fazia perguntas. Notei outras vozes vindo de dentro da casa, Lucas e Zay, provavelmente entraram pela escada de incêndio. Eles nos cumprimentaram e sentaram nas duas poltronas.

Lucas e Zay conversavam com Farkle, Stiles e Josh conversavam do lado oposto, logo os adultos que faltavam chegaram, meus pais e os pais do Farkle. Sentamo-nos a mesa. Havia um clima de reunião de família que não se encontrava a muito tempo no ar, havia aquela sensação de lar misturada com algum tipo de desconforto, mas a parte familiar prevaleceu, e enquanto comíamos e conversávamos, o barulho aumentos das diferentes conversas se desenvolvendo e foi como se nossa família desajustada voltasse a funcionar normalmente.

Depois da refeição, chamei Riley para seu quarto.

— Está tudo bem com nós duas, né?! – Era boba essa insegurança, mas eu não podia simplesmente ignorar.

— Claro que sim. – Ela respondeu e me abraçou, falou baixinho enquanto me apertava. – Somos Riley e Maya. Nada, nem ninguém, vai mudar isso!

Voltamos a sala. Sentei na mesa com Riley, Josh e Stiles. Sentei-me ao lado do irmão da minha amiga. Evitei sentar ao lado do Josh. Hoje era sobre me reconectar com a Riley. Com a nova Riley. E não sobre ficar tremendo e suando ao lado de um cara que me entende como ninguém e que pode ou não um dia chegar a ser algo mais do que meu amigo. Riley sentou ao lado do tio, de frente para mim.

— Você me lembrar o meu melhor amigo. – Stiles disse.

— O Scott? – Perguntei e ele confirmou rindo. – O que eu e ele temos em comum?

— Eu só sei de você o que a Riley e o Josh falaram. Mas pelo pouco que eu sei. – Ele sorriu ao notar como estremeci ao ouvir que Josh havia falado de mim, mas continuou. – Você é leal, independente do que é mentira ou verdade, você sempre fica do lado dos seus. É uma ótima amiga. É divertida. É forte. Exatamente como o meu melhor amigo.

Eu não esperava receber elogios hoje. Riley sorriu.

— E assim como o Scott, ela não sabe como é uma pessoa incrível. Não tem a menor noção da importância que tem. – Ela disse me dando a mão.

Josh não falou nada. Apenas sorriu para mim.

Liam, Farkle, Zay e Lucas, que estavam nos sofás, deixaram os adultos conversando em paz e se juntaram a nós. Liam sentou ao lado do Stiles e Lucas ao meu lado. Zay sentou de frente para o amigo, com Farkle ao seu lado, agora ocupando o lugar da Riley na minha frente. Minha amiga agora estava de frente para o irmão.

— Liam. – Chamei ele me encarou surpreso por ser chamado. – Você que conhece os dois. O que a Riley e o Stiles têm em comum?

 - Os dois são nerds. – Stiles riu encarando a irmã que fez uma careta. – Os dois são meio estranhos, essa fixação por tentar corrigir as coisas.

— Não é fixação. – Os dois disseram ao mesmo tempo fazendo todos que estávamos na mesa rir, chamando atenção dos adultos.

— O Stiles quando está com o Scott, é tipo vocês duas. – Ele apontou para mim e para Riley. – Agora eles estão mais normais, mas no ensino médio eram quase um casal.

— Nos respeite que somos seus pais! – Stiles zombou e Liam enrugou o nariz.

— Os dois também tem hábitos alimentares estranhos. – Ele juntou as sobrancelhas para indicar confusão. – Porque é que vocês colocam ketchup em tudo?

— Ketchup melhora tudo! – Riley disse e eu fiz uma careta lembrando dela colocando aquilo no macarrão.

— A Riley disse que vocês dizem que ela é igual ao pai.

— Ela é mesmo. – Topanga confirmou e notamos que eles estavam escutando.

— Bem. – Liam riu sem graça por toda a atenção. – Lá, todo mundo acha que o Stiles é a cópia do xerife.

— Eu achei os dois muito parecidos. – A Riley disse e virou pra mim. – Você acredita que os dois são obcecados por história e ficaram tendo altos papos sobre como o passado afeta o futuro?

Ela rolou os olhos e eu ri.

— Vocês querem ir pro boliche? – Josh nos chamou.

Todos concordamos. Liam, Josh e Stiles se levantaram primeiro.

— Eu posso ir? – Auggie se empolgou.

— Já é tarde, querido. – Topanga disse. – E você vai fazer companhia pra Ava até a mãe dela chegar, não vai?

O pequeno concordou. Riley se despediu dele com um abraço apertado.

Eu, ela e Farkle seguimos os meninos que já haviam saído e fomos seguidas por Lucas e Zay que estavam nos acompanhando em silencio.

— Stiles, você também fica se metendo onde não é chamado? – Josh perguntou enquanto caminhávamos pelas ruas de Nova York.

— Talvez seja melhor você não ver a ficha criminal dele. – Liam disse.

— Não é ficha criminal. É ficha de incidentes. – Stiles disse e eu ri. – Não tem nada demais. O FBI nem se importou.

— Como assim ficha de incidentes? – Farkle perguntou.

— Meu pai é o xerife. – Ele disse se virando para olhar Farkle enquanto respondia. – E eu acabava me envolvendo nas investigações. Interferir em interrogatórios sem autorização, invasão a cena de crime, acesso inapropriado às evidências... Essas coisas. O FBI interpretou como auxílio investigativo ao departamento de polícia não solicitado.

Ele virou para o Liam.

— Eles me limparam. – Ele sorriu. – Agora eu só tenho umas multas de trânsito.

— Se você tiver puxado essa veia investigativa. – Eu me pronunciei. – Melhor não fazer as coisas como seu irmão. Ou eu mato você.

— Não se coloque em risco. Nunca. – Stiles concordou.

Riley fez uma careta para ele.

— Eu sou um hipócrita mesmo. E não dou a mínima.

— Gostei de você! – Eu disse.

— Por que ele é hipócrita? – Frakle questionou rindo.

— Porque ele é sarcástico. – Eu disse e notei uma silhueta familiar.

Era Isadora Smackle saindo de uma livraria. Ela esbarrou em Liam.

— Hey, Smackle. – Ele a cumprimentou rindo.

— Oi. – Ela respondeu nos observando e parando uns segundos a mais o olhar em Farkle.

— Estamos indo jogar boliche. – Ele disse. – Quer ir com a gente?

Todos se surpreenderam com o convite.

— E ai fechamos três equipes de três. – Stiles analisou.

— Vai com a gente? – Riley perguntou com um sorriso. Ela concordou balançando a cabeça.

A abracei e continuamos seguindo. Isadora mandou uma mensagem para a mãe, dizendo que sairia com uns amigos. A mãe dela ficou muito animada.

Chegando ao boliche nos dividimos.

— Nós três? – Josh perguntou, Stiles e Liam concordaram.

— Eu, você e Smackle. – Eu disse olhando Riley sorridente.

— Ok, então estamos divididos. – Farkle disse indo para perto de Lucas e Zay.

Pedimos pizza, fritas e refrigerante. Foi divertido, até Lucas e Smackle se soltaram e riram conosco da falta de habilidade da Smackle, e da raiva que a Riley ficava cada vez que o Stiles fazia um strike, repetidas vezes.

Imaginei que Liam fosse competitivo, mas não. Nem perto da competitiva Riley e o igualmente competitivo Stiles. No fim, depois de um empate entre a dupla do Stiles e a nossa, decidimos renovar a pista por mais uma hora, mas agora nos dividirmos em time Riley e time Stiles.

— Você pode ficar com um jogador a mais para tentar me alcançar. – Stiles zombou da irmã, quando notamos que estávamos em um número par.

— Eu escolho os meus, primeiro. – Riley afirmou estreitando os olhos. - Maya. Josh. Liam. Farkle.

— Smackle. Zay. Lucas. – Stiles os chamou. – Bem-vindos ao time campeão.

Lucas riu da provocação de Stiles, mas eu sabia que ele ficou chateado por não ter sido escolhido pela Riley.

O jogo seguiu. Eles tinham um jogador a menos e a pior jogadora, mas Stiles conseguia manter o nível com seus repetidos strikes. Riley conseguiu um strike e Liam também, o resto de nós alcançávamos altas pontuações, mas ainda ficávamos empatados. Última rodada.

Smackle, surpreendentemente, derruba sete dos dez pinos. Tenta uma segunda vez, mas não derruba nenhum dos pinos restantes. Lucas joga e derruba oito pinos, na segundo tentativa derruba os dois últimos. Zay joga, derruba nova, mas não acerta o último pino. Stiles joga. E faz um strike.

Nossa vez. Eu vou primeiro, acerto sete na primeira, mas consigo derrubar mais dois na segunda tentativa. Josh vai logo em seguida, acerta nove e derruba a última logo em seguida. Farkle faz um strike. Riley faz um strike. Estamos a um strike de ganhar. Liam pega a bola, sorri de lado para um apreensivo Stiles, caminha tranquilamente até sua posição e joga. Strike. Riley grita no ouvido do irmão comemorando a vitória. Fiquei tão empolgada em ver minha melhor amiga reagindo assim, ao extremo, que acabei reagindo como ela, gritando e pulando também.

Farkle e Liam deram um high-five no meio da gritaria. Riley pulou em Liam o abraçando, e abraçando Farkle também ainda gritando, Josh acabou envolvido no abraço e na gritaria. Eles me puxaram para o abraço em equipe. Eu ria enquanto Riley me apertava. Os outros riam de nós. Stiles disse um ou dois palavrões. As pessoas na pista ao lado nos encararam e ninguém pareceu se importar. Voltamos para casa comemorando a vitória.

As coisas estavam voltando ao normal e eu estava feliz por isso.

— Você perdeu. – Riley cantarolava com uma voz aguda e irritante enquanto pulava no irmão que agora ria conformado com a perda do jogo.


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Notas finais do capítulo

Comente sobre o capítulo. Obrigada por ler. Espero que tenha gostado e volte logo!



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