Together Again escrita por Cristabel Fraser, Bell Fraser


Capítulo 9
Passado


Notas iniciais do capítulo

Nem sei por onde começar, mas que tal “boa noite lindezas” rss. Gente foram tanta coisa acontecendo, comecei a trabalhar em um novo emprego, agora estou trabalhando em dois lugares rss. Depois minha ferramenta principal de edição desabilitou do meu note e fiquei sem chão kkkkk. Ok, consegui comprar e está aqui funcionando bem e finalmente consegui concluir este capítulo para vocês. Espero que gostem e pra compensar a demora ele tem pouco mais de 4.000 palavras, rss... sorry, mas em pedido da querida leitora Bella eis aqui o primeiro pov do nosso amado Peeta. Espero que gostem e se quiserem saber mais sobre ele é só perguntar através dos comentários que se, ficou faltando algumas informações dele acrescentarei nos próximos pov dele. Uhuuuuu... sim, estou pensando em criar mais pov dele. Vocês todas são queridas e amo quando me sugerem algo, podem continuar, ok? Me perdoem pela demora e não desistam de TA, muita coisa ainda está para acontecer e se preparem que tem um hot no cap de hoje, acredito que vocês merecem. Então aqui vai meus agradecimentos as lindas: Jessi, Hanna Montana, Bella, Anny Evellark, Deborah, Vanessa Santiago, Viviane Eve, Paty Everllark, MoonGobletOUAT e a DM pelo carinho que sempre vem tendo comigo. Dedico o cap de hoje a vocês de todo coração espero que gostem.

Boa leitura...



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Pov. Peeta

 

“Este pode ser o último dia que eu vou respirar. Então, eu vou respirá-lo, eu vou respirá-lo... Eu ouvi que as fotografias não mudam, apenas as pessoas dentro delas”.

***

 

 

 

Com este pensamento em mente de que as fotografias não mudavam, mas as pessoas sim, divaguei em toda minha vida, ou pelo menos quando pensei que, teria para sempre meu pai comigo. Ele era meu herói e nos dávamos muito bem. Stanley Odair Mellark era um homem dedicado a família, sempre admirei seu amor por mamãe. Sonhei desde pequeno ter uma vida como a deles e consegui pelo menos por um período.

Meu pai era um dos melhores Engenheiro Químico, e dedicou sua vida pelo sustentável. Dizia que uma hora ou outra, nosso planeta não iria aguentar com tanta fumaça química na camada de ozônio. Pensando nisso criou um combustível que mudaria a história automobilística. Ele encontrou o elemento principal na ilha em que íamos sempre a lazer. Mas, como em toda mudança e novas descobertas vieram os que se matariam para ter este “poder” em mãos. Meu pai escondeu a fórmula muito bem e segredou apenas para mim. Na época não entendi o porquê de não compartilhar com meu irmão, mas hoje em dia sabia que se caísse em mãos erradas, causaria um reboliço tremendo. Não que meu irmão fosse um perigo. Meu pai dizia que como eu era o mais velho, teria as maiores responsabilidades.

Infelizmente veio a falecer quando eu tinha quinze anos e me lembro direitinho daquele fatídico dia. Ele estava em seu laboratório de uma empresa petrolífera onde estava prestando serviço. O relatório do legista constatou na época que havia tido um aneurisma cerebral, mas meu pai sempre fora saudável. Tinha também muitos amigos agentes e o certo era que virou a maior repercussão e depois chegaram diante da conclusão que ele havia sido envenenado. Agora, a pergunta que nunca me foi respondida era: “Quem seria o autor de sua morte?”

Após aquele martírio minha família decaiu ao léu. Minha mãe se tornou alguém depressiva, mas aos poucos foi conseguindo se reerguer. Finn, tinha treze anos e foi difícil de lidar com tudo, mesmo tendo seu jeito simpático, alegre e travesso acabou se fechando para o mundo. Eu mergulhei em uma angústia até que ela surgiu e me trouxe de volta à realidade.

Delly Cartwright tornou meus dias sombrios em um alento. Tínhamos a mesma idade e ela era extremamente linda e seu regozijo encantava a todos que a rodeavam. Iniciamos como amigos, me deu todo seu apoio alguns meses depois do meu pai ter falecido. Na escola começamos a andar juntos, algo singelo crescia entre nós e não nos importávamos com os comentários dos demais alunos. Após nosso primeiro beijo em meu décimo sexto aniversário começamos a namorar. Aos dezessete anos a levei ao baile de formatura e depois tivemos nossa primeira relação sexual. Conseguimos entrar na mesma universidade, eu no curso de Engenharia Mecânica e ela em História. Delly tinha uma curiosidade extrema por tudo, desde quando o universo foi formado até nossos dias atuais. Viajava bastante em seu período de estágio. Fez intercâmbios por toda Panem e mais além. Cada vez que retornava podia ver o brilho em seus olhos, a satisfação em conhecer diversas culturas.

Nesse meio tempo Finnick já havia ingressado na mesma universidade que eu e no mesmo curso, mas dois anos depois que iniciei. No tempo em que cursava engenharia morou em república e seu colega de quarto era Gale Everdeen, foi nesse tempo que meu irmão havia mudado seu semblante e devo agradecer ao amigo e a Annie que o conheceu mais tarde e logo começaram a namorar. Gale virou parte da família, sempre que dava viajava para a ilha conosco e dizia que sua finalidade em estar cursando Engenharia Mecânica era pelo pai que tinha uma empresa de carros. Lembro-me como se fosse ontem o dia em que começou a comentar sobre a família e a nos mostrar fotografias. A maioria das fotos era de sua única irmã e devo admitir, uma garota linda e encantadora só pela simpatia nas imagens. Mas eu já estava em um relacionamento e gostava da Delly. Fora que o pai da tal irmã do Gale era rígido e a privava muito, pelo que soube.

Depois de um tempo tomei a decisão de que queria ter Delly ao meu lado, como meu pai sempre teve minha mãe. Então, a pedi em casamento. Mal tínhamos terminado a faculdade e aos vinte e três anos nos casamos. Viajamos para um país distante além mar. Por escolha dela fomos até uma cidade onde contou-me a história de uma antiga arena que no passado servia de divertimento para os líderes e povos de elite. Conhecemos museus famosos dentre outros lugares turísticos. Foi mágico, mas ao retornarmos entramos em uma rotina nada agradável. A cobrança só iniciava. Nossos horários não batiam e mal nos víamos. Ela começou a reclamar dos meus amigos e tudo era motivo pra discussão. Depois de um tempo a poeira baixou e quis ter um filho. De início não aceitou muito e não me importei, pois com a chegada de Prim só me trouxe alegria e uma paz genuína que não sentia há muito tempo. Ela foi, não só minha alegria, mas a de minha mãe também. Eu tinha vinte e cinco anos e acabei me desdobrando em dois para estar sempre presente para a minha filha e ser responsável na empresa em que mais tarde virei sócio até conseguir mais da metade das ações e depois ingressar meu irmão junto comigo. Éramos muito bons no que fazíamos. Quando eu estava com vinte e oito anos minha mãe teve um infarto fulminante e novamente o chão se abria sob nossos pés.

Não tive Delly ao meu lado para me consolar e acalentar meu coração, mas por outro lado lá estava minha pequena Primrose, com seu doce sorriso e cálidas mãos que enfronhavam a cura para as dores que dizimavam meu coração e alma. Mesmo em seus dois aninhos de vida ela tinha um poder incrível sobre mim. Nesse tempo Delly havia deixado seu trabalho num museu do nosso Distrito para ficar em tempo integral em casa, meu pesadelo estava apenas se iniciando. Meu celular não parava de tocar o dia inteiro. E tive um pouco de paz quando viajei até a Capital para uma feira de lançamentos de carros luxuosos. Meu irmão me acompanhou e lá encontrou com seu amigo que estava noivo igualmente a ele. A maior surpresa foi ver ao longe a garota que tanto havia admirado através da fotografia. Ela era tão mais linda de perto e se encontrava muito bem acompanhada. Me mantive afastado, ainda era um homem casado e pai.

Quando retornei para casa conversei com Delly e sugeri terapia para casal. Ela se irritou e disse que eu precisava me tratar. Não contente com aquilo começou a se desfazer de mim na frente de nossos amigos. Novamente me sentei com ela e sugeri que o melhor era nos separarmos. Nunca vi Delly chorar tanto como naquela noite e meu coração se apertou, novamente tentei seguir com nosso casamento. Consegui por um longo período levar meu casamento adiante. Não era mais a mesma coisa. A emoção, o tesão que tínhamos em todas as coisas que juntos realizávamos antes e a cumplicidade muito nos abandonara. Um dia chegou e disse que teríamos outro filho. Fiquei feliz com a notícia, mas no fim não passava de uma chantagem emocional para me prender. Coloquei um ponto final em nossa relação, mas tinha minha filha e não queria que crescesse em um lar que seus pais estivessem ausentes. Separei uma suíte para mim em nossa casa e vivi durante quase quatro anos assim.

Um dia um antigo sênior da empresa que eu e meu irmão gerenciávamos e acabamos por virar proprietários interinos me convidou para uma reunião na Capital. Tive um contato direto com nada mais nada menos que Brian Weber Everdeen, dono de uma grande montadora de carros só de classe, a WBE. Ele queria alguém para assessorá-lo a retornar ao topo. Como eu tinha pego uma boa experiência na empresa em que havia iniciado minha carreira, pude dar algumas diretrizes a ele. Logo pude pegar mais afinidade com seu filho, Gale, que já estava casado. O que me surpreendeu foi reconhecer a bela garota através de um porta-retratos em cima da mesa de seu pai. Ela mais parecia uma perfeita modelo. Katniss, saboreei aquele nome dia após dia até que um dia por coincidência fui convidado do Sr. Everdeen para um almoço em sua residência. Aquela garota despertou em mim o garoto que há muito estava enterrado em algum lugar dentro de mim. Tudo nela me fascinava. Me encantava. Diria que me apaixonei por aquele sorriso somente pelas fotos que seu irmão partilhava.

Tentei me aproximar aos poucos dela, mas o que meu coração comandava eram outras regras. Nos encontramos em um jantar de aniversário de minha cunhada, Annie. Pedi o número de seu celular e me passou de imediato. Nem tinha cogitado de que pudesse estar compromissada com alguém, a verdade é que não me importei. Pensei que o destino permitiu que nos reencontrássemos novamente e não perderia essa chance por nada. Depois um almoço no qual tive a infelicidade de conhecer um encosto de ex-namorado, o qual não era o mesmo cara de anos atrás, ela reagiu bem, quando a encobertei. Depois disso eu não parava de pensar nela e no quanto desejava em tê-la só pra mim. Iniciamos nosso “envolvimento” a bordo do iate que pertencia a mim e ao meu irmão. Ela temia por nós e soube do que se tratava. Gale percebeu minha fixação por sua irmã e disse que por ele, eu teria passe livre. O difícil - segundo suas palavras - seria seus pais. Não admitiam que seus filhos se envolvessem, ou melhor, que Katniss se envolvesse com ninguém ligado a vida empresarial do pai.

Sabia que seria um risco a correr, até pelo desabafo dela de que, foi vítima de um quase sequestro e depois disso os pais redobraram sua segurança. Mas era um risco ao qual queria correr. E de sua parte, apesar de insegura no primeiro momento, foi de se arriscar também. Com isso em mente a pedi em namoro, eternizei aquele momento em uma árvore a qual meu pai plantou para minha mãe assim que se noivaram. Eu disse que de uma forma estranha já me interessava por ela há tempo. A princípio se assustou, mas acabou rendida em meus braços. Aquele fim de semana foi cheio de surpresas e com ele, a aceitação e afeição de minha filha por Katniss.

As duas pareciam ter uma ligação de anos. Era inexplicável a conexão e depois de retornarmos da ilha fomos até um clube que davam aulas de equitação. Katniss estava mais familiarizada com aquele ambiente e andou por quase todas as baias apresentando cavalos a minha filha e reconheceu alguns que já havia montado. Sempre tive um cuidado extremo com Prim, mas nunca quis priva-la de se divertir e conhecer coisas novas. Sendo assim me cadastrei no clube e matriculei minha filha na aula de hipismo. Por si só, já tinha muitas atividades semanais como natação, aulas de francês e balé. Minha garota vinha insistindo bastante em vir morar comigo. Tive que comprar um apartamento na Capital por conta do trabalho com o Sr. Everdeen, mas não abandonei meu irmão na empresa. Geralmente o que eu podia, resolvia de longe. Deixei a casa para Delly e minha filha e, além de dar a pensão que Prim tinha direito, pagava uma para minha ex-mulher também. Mesmo Prim querendo vir morar comigo não poderia fazer isso de imediato sem consultar um advogado. Deixaria para resolver essa questão com calma. Pois a decisão do juiz quanto ao meu divórcio foi que, minha filha ficaria comigo nos fins de semana e metade de cada período de férias escolares.

***

Mais algumas semanas haviam se passado e eu me encontrava atolado de pedidos para revisar de alguns clientes extremamente exigentes. Dentre os vários nomes reconheci um.

Cato Ludwig.

Neto do presidente anterior ao que governava, Panem. O conheci quando iniciei minha carreira na Azimut. Ele era festeiro e bem mulherengo. Não podia ver um rabo de saia que já estava atrás. Mas um cara legal.

— Peeta, tem um minuto? – Gale entrou em minha sala de supetão.

— Claro. Aconteceu alguma coisa?

Geralmente vinha até minha sala para relatar alguma emergência e o que mais vinha acontecendo ultimamente na WBE, eram emergências e prazos apertados.

— Aconteceu que Katniss e eu estamos combinando de irmos até aquela boate que reinaugurou essa semana.

Só então percebi que nem cheguei perto do meu celular o dia todo e com toda certeza devia ter mensagens, ou alguma ligação perdida de minha namorada.

— Olhe, Gale não sou muito fã de boates...

— Que isso cara, você ainda tá na flor da idade... Katniss curti uma balada e nessa sexta é Pop. – Por mim não iria, mas vi o quão animado estava e por isso disse:

— Tudo bem, a que horas? Sexta é dia da Prim vir para a Capital e talvez eu tenha que ver se a babá estará disponível para vir com ela.

— Que tal às oito?

— Combinado. – ele fez menção de sair da sala e o chamei. – Gale, tem como me passar a planilha das peças que foram feitos os pedidos da semana passada?

— Sim, quando chegar em minha sala te mando via e-mail. – assenti e ele se retirou.

Desbloqueei a tela do meu celular e fiquei ansioso em ver que tinha mensagem da Katniss.

[13:43]

Amor: Pee... estou louca pra te ver, quase nem consegui almoçar nada. O que acontece, que não atende o celular?

:-/

Achei uma graça o emoticon que enviou. Lembrou a Prim quando se chateava comigo.

[14:08]

Amor: Acabei de ligar no telefone comercial e a bruxa da sua secretária disse que você não podia atender.

X-(

Ri sozinho, pobre da minha secretária que recebeu ordens diretas para não me passar nenhum recado a não ser, se fosse questão de vida ou morte.

[14:08]

Amor: Juro que se eu não estivesse empregada aqui na Asprey seria sua secretária particular.

;-*

Ao invés de responder liguei para ela. Não atendeu e acabou caindo na caixa postal. Tornei a ligar e no terceiro toque atendeu.

— Saudades de mim, baby?

Pee... me desculpe estava apurada aqui. E, respondendo sua pergunta, sim estou com saudades. Só não corri até aí porque estava realmente cheia de coisas para fazer e ...seria estranho aparecer, já que faz tempo que não faço uma visita ao Gale, ou meu pai.

Realmente parecia desconcertada em dizer.

— Que tal jantarmos em meu apartamento?

Katniss tinha conhecido meu apartamento quando Prim veio passar o fim de semana comigo após a ida à ilha. Desde que matriculei minha filha na aula de equitação no Hípica Clube nunca esteve sozinha comigo lá, não sei se aceitaria essa proposta, mas seu breve silêncio me deixou um tanto atento.

— No seu apartamento...? Bem, eu adoraria. – Apesar de ainda estarmos no meio da semana gostava de preenche-la com diversos programas com Katniss.

— Te espero então.

Conversamos um pouco mais e nos despedimos para finalizarmos nossos afazeres.

Cheguei em casa e fui direto tomar um relaxante banho. Vesti uma camisa esporte fino e contrastei com minha calça jeans escura. Corri para a cozinha, coloquei o avental e comecei a preparar o jantar. Pus uma panela com água para ferver e quando cortava uma cebola a campainha tocou. Eu já tinha deixado a entrada da Katniss liberada com o porteiro do prédio. Aqui era meio chato.

Limpei as mãos em um pano de prato e fui abrir a porta.

— Uau, você fica sexy quando está de avental. – disse ela sorrindo ao me analisar por inteiro.

— E você está perfeita esta noite. – Logo deu um passo à frente e passou os braços entorno do meu pescoço e eu a segurei pela cintura. Estava com um vestido rose, justo na cintura e levemente solto na parte da saia.

— Tive que me produzir bem para visitar meu namorado. – Não aguentamos mais os cumprimentos e nos atacamos em um fervoroso beijo que durou um tempo até precisarmos de ar. Com meus lábios trilhei beijando seu rosto e pescoço. Ela jogou a cabeça para trás e arfou. Tive que parar, pois não conseguiria me controlar se continuasse.

De mãos dadas seguimos até a cozinha. Abri um vinho e servi duas taças. Ela perguntou se eu precisava de ajuda e disse que só em se sentar e me contar como havia sido seu dia, já me bastava. Então puxou a banqueta do balcão e bebericando seu vinho me contou tudo.

Vez em quando se levantava e se aproximava de mim, abraçando-me por trás e beijando meu pescoço. Aquilo já era tortura.

Agilizei tudo e terminei nosso jantar. Optei por uma massa penne e molho branco com brócolis. Ela adorou e até repetiu.

— Fico devendo a sobremesa. – disse enquanto recolhia tudo e colocava na máquina de lavar louça.

— E quem disse que preciso de sobremesa quando tenho você. – sorriu sapeca e a peguei no colo, nos encaminhando até a sala.

— Você é tão perfeita, Niss... Eu te amo. – declarei deitando meu corpo sobre o dela, estávamos no sofá. Beijei o lóbulo de sua orelha e seus dedos se infiltraram em meus cabelos. Passeei minhas mãos pelo seu corpo por cima da roupa e de repente segurou meu rosto que se encontrava enterrado em seu pescoço.

— Eu desejo isso tanto quanto você, mas... mas estou menstruada e... – ela parecia um tanto constrangida enquanto a encarava dentro dos olhos. – Sei que muitas mulheres não se importam em fazer isso assim...

— Tudo bem, amor. Fique tranquila, não quero forçar nada. – a cortei, demonstrando que a compreendia. Sei o que sinto por ela, mas culpo o vinho, tomamos uma garrafa inteira.

Passamos um tempo conversando, trocando caricias e nos beijando. Combinamos nossa saída de sexta e na hora de ir embora ofereci para leva-la, mas lembrou-me que havia bebido vinho, então informou que Gale a pegaria.

***

Sinceramente uma balada já era demais para mim. Não pela idade ou algo assim, mas lugares tumultuados como estes me sufocavam as vezes. Mas Katniss parecia uma garota animada para tal programa e se, queria lhe mostrar do que eu gostava, teria que me render aos seus pedidos pra lá de inusitados.

— Niss, já disse que sou péssimo dançando esse tipo de música. – Desde que insistiu para virmos até uma das boates mais badaladas da Capital expliquei que não conseguiria me soltar para dançar esse tipo de ritmo moderno, não que eu seja um dinossauro, mas convenhamos que era algo ousado demais para mim.

— Não tanto péssimo quanto eu. Venha! – Fui arrastado por ela até a pista de dança onde muitos já se remexiam ao som de Worth It, o ritmo era pop, me encontrava perdido. Me sentia meio travado, fazia muito tempo que eu não sabia o que era uma balada, as músicas e ritmos em meu tempo de calouro eram outras. Katniss aproximou colando seu corpo no meu. Sua dança era sensual, ela esfregava seu bumbum em minha virilha e aquilo estava me matando. – Amor, é só acompanhar a música. Prometo não pisar no seu pé – riu e jogou a cabeça para o lado fazendo com que seu cabelo levemente cacheado voasse de encontro com meu rosto. O inebriante cheiro de suas madeixas me atordoava. O modo que dançava toda desinibida, talvez fosse culpa da bebida, pois havia ingerido alguns drinks. Enquanto rebolava buscou por minhas mãos e as sobrepôs em sua cintura. Usava um tubinho preto que na parte das costas tinha uma enorme fenda que terminava no fim de sua coluna.

Não demorou muito para que nossos corpos tivessem colados um no outro como se fundíssimos em um só. Desci as mãos até seus quadris e senti que estava totalmente à minha mercê.

Outra música iniciou, muito mais sensual que a anterior. Todos ao nosso redor dançavam conforme a música e nós dois bem... Estávamos a milímetros de nos explodirmos até que me afastei constrangido.

— Desculpa, eu não...

— O que disse? – gritou por conta da música alta. – Está meio impossível de escutar! – Segurei sua mão e a guiei de volta ao bar, onde estávamos antes. Era um ambiente afastado da pista de dança e tinha como nos comunicar melhor.

— Não posso fazer isso.

— Isso o que, Pee...? – Sua voz soava embriagada.

Eu não queria explicar de forma “clara” o que se passava comigo, apesar de estar quase aparentando.

— Faz quase um mês que voltamos da ilha e começamos a namorar. E, nós dois ainda não... Quero dizer, quero te respeitar e esperar o momento certo. – Não sei se ela entendeu algo do que quis dizer.

— Você não é o cara que está afim de mim? – disse mexendo de forma sexy em seu cabelo o jogando para o lado.

— Sou completamente apaixonado por você e do jeito que está dando em cima de mim, vem despertando os desejos mais primitivos... – confessei. – Quero que seja no seu tempo, entende?

Ela riu de forma trôpega e jogou os braços em torno do meu pescoço.

— Deixe de ser lerdo, Peeta Mellark. Eu quero que pelo menos por uma noite você seja o cara mau atrás da garotinha indefesa... – sua fala era irreconhecível. Tinha certeza que pela manhã, além de uma forte enxaqueca, sentirá vergonha de si mesma.

— Está se escutando, mocinha?

Mocinha ...? – gargalhou jogando a cabeça para trás de modo que não resisti e aproximei meus lábios da região de seu pescoço, o que foi um erro, pois ela surtou. – Ah, Pee... venha agora comigo! – a morena segurou em minha mão e me arrastou até o toalete.

— Katniss, isso é um banheiro feminino. – tentei explicar, mas só me lançou um olhar enfurecido.

— Não vai dar tempo de encontrarmos outro lugar, será aqui mesmo... – ela trancou a porta impedindo qualquer um de entrar, desejei internamente que houvesse outros banheiros.

— Não farei isso com você em um banheiro...

— Deixe de ser cavalheiro por um segundo. Lembre-se... – apontou o dedo indicador em meu peito. – Cara mau. – em seguida apontou o mesmo dedo para si. – Garota indefesa.

— Na quarta você disse que estava naqueles dias...

— Já acabou. – suas mãos já trabalhavam nos botões da minha camisa com avidez.

— Esqueci que não tenho preservativo aqui comigo. – declarei sem jeito.

— Tomo pílula e sou uma mulher saudável e pelo o que me disse, não é homem de ficar levando desconhecidas para a cama, então... você não tem argumentos. – ao terminar de desabotoar minha camisa passeou as duas mãos espalmadas em meu peito. – Você é incrível, Peeta... quero que me faça sua aqui e agora. – estreitei meus olhos a encarando e sorriu maliciosamente já direcionando as mãos para o cós da minha calça.

Não foi assim que planejei nossa primeira vez, mas parecia estar necessitada de mim tanto quanto estava dela. Observei o gabinete da pia para ver se estava adequado para senta-la e aparentemente encontrava-se ok. Mesmo assim peguei alguns papéis toalha e forrei o local e daí sim a ergui em meus braços e logo passou as pernas ao redor do meu quadril. Não desgrudávamos nossos lábios por nada. Assim que tirei seu vestido vislumbrei seus seios empinados e rosado. Não havia sutiã, o vestido era revestido com algo para segura-los. Katniss era uma mulher linda, não tinha nada exagerado, os padrões de seu corpo escultural eram excepcionais. Acariciei seus sedosos cabelos e seus olhos encontravam-se compenetrados aos meus.

— Quero que seja bom pra você. – ela desafivelou meu cinto, mas o tecido da minha box ainda se encontrava ali.

— Vai ser incrível, sei disso. – então me puxou para mais perto e ao me beijar com urgência baixou o restante da roupa que me tampava.

Nosso primeiro contato íntimo foi realmente incrível. Parecia que nascemos um para o outro. O jeito que a toquei e gemeu pra mim. A forma que ela se comportou e quase explodi antes da hora. Tudo o que me lembro depois disso é que nunca tinha me sentido assim. Com Delly era diferente, eu gostava, mas com Katniss não havia comparação.

Com Katniss senti que eu podia voltar a desejar formar uma família novamente.

 

 


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Notas finais do capítulo

A música a qual sitei é da Fifth Harmony - Worth It

O que acharam? Bem, como disse ficou algumas lacunas a serem preenchidas, mas ele vai se abrir com a Kat aos poucos e saberão muito mais. Preparei até esse banner pra notarem o quanto Peeta desse fic é de arrasar corações. Vou tentar agilizar o quanto mais rápido o próximo cap e ainda tenho que atualizar EI e SOB. Desejo a todos um ótimo FDS espero nos vermos em breve.



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