Together Again escrita por Cristabel Fraser, Bell Fraser


Capítulo 7
Apaixonado


Notas iniciais do capítulo

Hey moçada boa tardeeeeeeee... olhem eu aqui novamente e estou dando pulinhos de alegria... OMG!!!!! TA recebeu mais uma recomendação nessa semana, o que me deixou mais feliz e mais encantada com a interação de vocês. Querida Deborah este capítulo é em sua homenagem, fiquei emocionada com suas palavras e seu carinho. Agora pessoal, eu disse que daria spoilers sobre a trama a cada recomendação ou a cada interação, tipo realmente estou fazendo pra vcs se interagirem e não deixarem nossa categoria JV morrer... por favor continuem me dizendo o que estão achando, ok? Me sentirei grata e feliz. Bem, este capítulo é decorrente ao anterior e o próximo tbm será e vão entender porque. Nesse enredo de TA vocês que comandarão quando quiserem um momento mais quente entre nosso casal, eu pensei em vários, mas vcs tem que consentir, se quiserem é só me pedir, ok? Vejam que estou trabalhando com um pouco mais de detalhes e mais tranquilo. Afinal, faz poucos dias que esses dois se conhecem, não é? Quero agradecer a todas as meninas que comentaram no capítulo passado: Anny Everllark, minha linda Paty Everllark, Jessi, Bella, Deborah, Viviane Eve e a Vanessa Santiago, meninas adoro cada uma de vocês, pois vcs não deixam as fics morrerem, tenho certeza que são por vcs que eu e as outras autoras ainda estamos aí. Sem mais delongas... Boa leitura.



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“Repare que, o vento que se foi nunca voltou, mas um novo vento sempre sopra outra vez.”

 

****

Quando acordei naquela manhã de sábado, me sentia dentro de um sonho. O som da natureza misturado a melodia das ondas do mar era a melhor sensação. Me espreguicei sobre a macia cama e levantei ajeitando minha camisola.

Caminhei até a janela e ao afastar as cortinas - que escureciam o ambiente - notei que o sol se encontrava alto. A vista a qual meus olhos se compenetraram parecia ter sido retirada das revistas que eu folheava na empresa. As copas das árvores e os coqueiros davam um ar agradável e mágico. Logo avistei um revoar de pássaros e notei que eram tucanos.

Cruzei meus braços abraçando meu corpo e sorrindo viajei pelas lembranças desde que meu caminho se cruzou com o de Peeta. A noite toda tive meus sonhos invadidos por ele e de certa forma isso me assustava.

Descruzei os braços e apoiei as palmas das minhas mãos sobre o batente da enorme janela. Divaguei por mais alguns minutos antes de ir até o banheiro para minha higiene matinal.

Busquei em minhas roupas um vestido leve e quando desbloqueei a tela do meu celular, vi inúmeras chamadas dos meus pais. Revirei os olhos com isso. Proteção demais vinda da parte deles me irritava e não queria ficar de mal humor num paraíso tão lindo como este. O desliguei e tornei a joga-lo no fundo da mala.

— Papai, não entendo como o chef fica tão bravo assim com os participantes. Coitadinhos ficam ainda mais atrapalhados. – Pude escutar a vozinha já conhecida ao terminar de descer a escada. Avistei Prim deitada com a cabeça no colo de Peeta assistindo algum reality show de gastronomia. – Niss, você já acordou! – A loirinha se exaltou do colo do pai assim que me viu e correu em minha direção me dando um forte abraço.

— Oi lindinha... é bom dia, ou boa tarde? – Retribuí o abraço da pequena e depois acenei um tanto sem graça na direção do pai dela, já que o sol brilhava com toda sua magnitude.

— Ainda é bom dia. – Peeta respondeu com um largo sorriso no rosto e ao notar que eu estava sem jeito completou: - Não se preocupe, o efeito que esta ilha traz ,além do sono reparador, é dormirmos mais do que a cama.

— Vou avisar para a Sloane que a Niss acordou.

Antes que eu pudesse protestar ou perguntar quem era essa pessoa, Prim saiu correndo indo em direção a cozinha. Com um gesto, Peeta me chamou para me aconchegar a ele no sofá.

— Dormiu bem? – perguntou dando-me um beijo demorado e pude sentir um leve gosto de laranja, morango em seguida de café.

— Perfeitamente bem. Nossa, nem me lembro qual foi a última vez que dormi tão profundamente assim. – Ele segurou minha mão e começou a brincar com meus dedos entre os seus.

— Fico feliz que tenha dormido bem. Quero te mostrar um pouco da ilha, se quiser é claro.

— Eu adoraria, apesar de não ter trago nada para caminhar ou fazer trilhas.

— Sem problemas, Annie deixa o armário de roupas bem abastecido. Acredito que tenha algum tênis ou coturno, se preferir, que sirva em você.

— Obrigada. – Peeta era tão atencioso a tudo e isso só me deixava mais apaixonada. Apaixonada? Minha nossa só a menção desta palavra em minha mente me deixou com o corpo trêmulo e estando tão próxima a ele como eu me encontrava, não ajudava muito. – Onde está o resto do povo? – perguntei tentando me desviar dos pensamentos.

— Annie e Madge tomaram café e foram caminhar pela praia. Finnick e Gale estão surfando.

— Uau! E você ficou aqui com a Prim...

— E com você – completou, seus dedos deixaram de brincar com os meus e seguraram firme em meu queixo para puxá-lo e me beijar profundamente.

— Patrão.  

Me sobressaltei com a voz atrás de nós e ao virar meu pescoço vi uma mulher de aproximadamente 50 anos parada nos observando.

— Sloane, essa é Katniss, minha namorada. – senti meu rosto pegar fogo naquele momento.

Namorada?

— Muito prazer, senhorita.

— Ah, pode me chamar só de Katniss. – pedi, notando sua educação e cordialidade.

— Patrão, a pequena me avisou que a jovem tinha acordado e vim avisar que acabei de preparar um suco fresquinho e assei aqueles pães de queijo que o senhor preparou mais cedo. – explicou ela.

— Muito obrigado, Sloane. Ela já irá tomar café. – A mulher assentiu e logo se retirou. – Vem amor, vamos tomar café.

— Namorada, sério isso? – brinquei quando ele entrelaçou nossos dedos e me guiou até a mesa posta com o café da manhã, e que senhor café da manhã. A mesa estava linda, com vários quitutes, frutas e suco.

— Bem, ontem perguntei se queria que fôssemos devagar e me respondeu que estava bom do jeito que está, então... Katniss Everdeen, aceita ser minha namorada daqui em diante? – seu olhar direcionado a mim era simplesmente encantador e mesmo sabendo que haveria alguns riscos neste relacionamento, tive que afastar o raciocínio e aceitar a loucura do momento.

— Aceito. – Ele me puxou para mais um beijo, na verdade, um beijo de tirar o fôlego, o que me deixou um tanto desnorteada. – Cadê a Prim? – disfarcei perguntando e notando seu sumiço repentino.

— Estou aqui, Niss. Fui colocar meu maiô. A gente vai até a praia, não vamos papai? – O jeito, o olhar carinhoso que ela direcionava ao pai era a coisa mais linda de se ver.

— Claro que vamos, princesa. – Peeta abriu os braços recendo sua filha e ficaram juntinhos me fazendo companhia enquanto terminava meu café da manhã.

****

— Sloane e Milwaukee, são caseiros há anos aqui na ilha. Eles conhecem cada pedaço daqui. – Peeta explicou enquanto caminhávamos pela areia da praia e Prim corria recolhendo conchinhas.

— Eles parecem índios. – comentei.

— Eles são descendentes dos Kuwait.

— Tia Annie! – Prim gritou animada quando avistou as duas vindo numa corrida tranquila.

— Oi princesa, conseguiu tirar seu pai da toca? – brincou enquanto estendia os braços para a loirinha abraçá-la.

— Na verdade... -  Prim fez sinal para a ruiva se abaixar, fez conchinha com a mão e cochichou algo em seu ouvido que não pude escutar.

— Ah, entendi... e você afim de dar um mergulho com a tia e a Mad? – A garota se animou e antes de irem em direção a água, Annie me direcionou um olhar cheio de intenções escondidas e minha cunhada se aproximou de mim me dando um beijo de bom dia e segredou em meu ouvido:

— Hum, não sei não... você e o Mellark me parecem muito íntimos. – Ao se afastar vi seu risinho e revirei os olhos, mas eu estava mesmo é envergonhada. A impressão era de que Peeta e eu fizemos algo a mais do que devíamos.

— Onde está o grandão? – questionei disfarçando.

— Ali.... – apontou e bem ao longe vi tanto, o que me pareceu meu irmão, quanto Finnick deitados de bruços, cada um em sua prancha remando indo em direção a uma onda.

— Gosta de praticar algum esporte? – Peeta perguntou-me assim que fomos deixados sozinhos e continuamos com nossa lenta caminhada.

— Bem, eu gosto de caminhar e correr, apesar de não estar tendo muito tempo ultimamente. Mas já fiz aula de arco e flecha e equitação.

— Minha nossa, você é de verdade? – brincou ao passar o braço em volta do meu ombro e me puxar para si.

— Claro, que sou de verdade. Minha mãe que me obrigou a fazer equitação só para eu competir num clube idiota, onde é sócia.

— Isso parece ser divertido.

— Ah, eu nunca gostei... não pelos cavalos ou a competição em si, mas minha mãe ficava se achando quando eu ganhava algum campeonato. E depois se desfazia de outros competidores que eram filhos de sócios do clube também.

— Sinto muito – lamentou. – Prim é louca para montar, mas morro de medo, pois ela é destemida demais. Não tem medo do perigo e sou um pai babão.

Ri de sua expressão.

— Não precisa temer em coloca-la na aula. Geralmente nos clubes têm excelentes profissionais e colocam a pessoa para praticar em cavalos mansos, ou aquele que identificamos mais. Já vi crianças fazerem equitação a partir dos três anos de idade.

— Preciso pensar muito antes de tomar uma decisão.

— Ok, mas quero que saiba que no que precisar posso ajudar. Ah, esqueci de contar que, quando minha mãe me obrigou a entrar no treino de equitação fiz uma troca com ela. – sorri presunçosa essa era a parte que mais gostava de contar desta minha trajetória.

— E, qual foi? – perguntou com curiosidade.

— Arco e flecha.

— Nossa que garota rebelde! – brincou.

— Ela quis enlouquecer com isso e me divirto até hoje com essa história... Mas e você, o que gosta de fazer nas horas livres?

— Vejamos... navegar, escalar, pular de bungee-jump... dentre outras coisinhas a mais.

— E que coisinhas a mais seriam estas? – Ele sorriu sem graça e coçou a nuca. – Ah, vamos... me conte os seus segredos Sr. Mellark? – falei de uma forma manhosa.

— Explorar cavernas e surfar... – ao pronunciar ficou envergonhado.

— Por que ficou sem jeito ao declarar isso?

— Ah, qual é... não sou mais nenhum garotão para sair por aí pegando onda e me infiltrando em cavernas.

— Pra mim você é um garotão sim... Um garotão que adora liberar a adrenalina. – Peeta tinha um corpo atlético, sem contar sua beleza interna e externa. Me afastei dele segurando a bainha do meu vestido - cujo o comprimento batia um palmo acima dos meus joelhos – e comecei a balança-lo de um lado para o outro e movi meus pés e pernas em uma dancinha particular. – Que tal esse garotão tentar me alcançar e de repente ganhar uma recompensa... Isso é se conseguir me pegar! – Ele me encava sem acreditar no que eu dizia e no segundo seguinte movi minhas pernas e corri o mais rápido que pude.

Vez em quando olhava por cima dos ombros para ver se ele estava atrás de mim e aumentei a corrida até que...

— Pronto! – Me agarrou por trás e ergueu meu corpo para cima.

— Assim não vale! Suas pernas são mais longas do que as minhas... – balancei minhas pernas no ar enquanto ofegava e notei que estávamos bem afastados dos demais.

— Ora, você tinha dito que gostava de correr e caminhar, então achei que faria melhor – zombou rindo de mim. – O que eu ganho?

— Um beijo.

— Sério isso? Um beijo?

— Hã... vejamos... um abraço bem apertado e... – Ele não esperou por mais nada e simplesmente tomou meus lábios em um beijo mais ardente dos que tínhamos trocado.

— Você é uma mulher incrivelmente espetacular, Katniss.

Fiquei impressionada com a franqueza de sua fala e a verdade é que, me faltou palavras para retribuir.

Ele sentindo meu embaraço, me ergueu em suas costas, o que acabou tirando um gritinho de surpresa de minha parte. Peeta segurou minhas pernas fazendo com que as enlaçasse ao redor sua cintura e em seguida correu comigo parecendo uma macaquinha em suas costas em direção ao infinito e azul mar.

— Peeta ...? – Já preparava meus pulmões para o que viria a seguir. – Peeta...!

Sem atender meus protestos, mergulhou comigo na água salgada e fria. O certo é que, eu estava com meu biquíni por baixo do fino vestido senão estaria perdida, já ele trajava uma leve bermuda praiana e camiseta regata.

****

No almoço, comemos alguns frutos do mar e um peixe que Peeta assou. Depois de descansarmos do almoço, nós dois fomos caminhar um pouco pela selva. Eu usando um short jeans, uma camisa xadrez que Peeta me emprestou, mas tive que dar um nó na bainha de modo que se assentou sobre o cós do meu short. Nos pés calcei um coturno de couro marrom escuro que coube direitinho. Vi algumas aves e animais da própria natureza passearem próximo a nós. Bebi água de coco que ele mesmo resgatou de um coqueiro e depois abriu com o facão. O que não gostei muito foram dos malditos insetos que mesmo eu passando repelente insistiam em me picar.

— Pronto, chegamos. – anunciou quando paramos próximos a uma enorme árvore.

— O que vai fazer? – observei quando tirou um canivete de um pequeno compartimento do cinto.

— Vai ver. – Peeta começou a marcar algo no tronco da velha árvore. – Pronto! – Ao me aproximar vi as letras do meu e do seu nome tatuado ali.

K. E.

+

P. M.

— Que significa...? – Achei fofo sua iniciativa, mas eu precisava saber.

— Significa que sempre estaremos juntos. Venha, faça um risco. – pediu me estendendo o canivete.

— Mas como farei? – Então segurou minha mão e levou até um espaço pouco abaixo das letras do seu nome e riscamos  /. – Peeta, agora está me assustando. – De repente notei que estávamos indo rápido demais aquilo ali tinha um significado quase que eterno.

— Katniss, não adianta eu tentar esconder... – me virou de frente pra ele e segurou meu rosto entre suas mãos e depois fez um carinho em minha bochecha. – Já me sinto perdidamente, completamente apaixonado por você.

— Mas nos conhecemos há... – Seus lábios me calaram em um voluptuoso beijo. As mãos firmes desceram até a base da minha coluna e me puxaram para mais perto, colando nossos corpos. Ele me ergueu e segurou firme em minhas pernas de um jeito que enlacei em seu quadril. Senti o tronco da árvore em minhas costas e Peeta apertou seu corpo contra o meu, fazendo faíscas saltarem de nosso interior.

— Eu te conheço desde sempre. Lembro direitinho da magricela que usava aparelho e tinha o sorriso metálico mais lindo que já vi. – lentamente proferiu exatamente minha aparência do passado, uma época em que Gale tirava as fotos que eu detestava. Isso significa que reparou em mim desde aquele tempo.

— Você está equivocado. – Ele apertou um pouquinho mais seu corpo contra o meu, me fazendo arfar.

— Não estou não, minha cara. – Seus lábios faziam uma trilha de beijos desde meu queixo até meu ombro e com os dentes mesmo afastou o tecido da camisa deixando a pele da minha clavícula exposta. – Já disse a você que, Prim era para ter sido nossa filha. Como queria ter te conhecido pessoalmente desde aquela época. – Cravei minhas unhas em suas costas coberta pela camisa que usava, quando mordiscou a pele do meu pescoço, aquilo já era tortura demais.

— M-meu pai morreria... – Minha voz falhava de acordo que seus lábios percorriam minha pele. – Eu tinha uns 15 anos... e você...

— 25... mas esperaria o tempo que fosse para tê-la comigo, Katniss. Repare que, o vento que se foi nunca voltou, mas um novo vento sempre sopra outra vez. Esse mesmo vento te trouxe para mim e sinceramente não quero soltá-la por nada neste mundo.

Suas palavras quebraram uma barreira a mais e pelo certo, ou não eu já me sentia rendida a ele.

— Peeta...? – O chamei.

— Hum...? – Seu rosto se encontrava afundado na curvatura do meu pescoço logo o levantou e me encarou dentro dos olhos juntando nossas testas suadas pelo sol que resplandecia acima de nós e talvez pelo calor do momento.

— E sobre a marca na árvore, o que faremos?

— Vejamos... este dia marca o aniversário em que aceitou ser minha namorada. Faremos uma risca ao lado desta, sempre nesta data, ok? – perguntou fitando profundamente meus olhos e juro que os seus estavam verdes naquele instante.

— Ok.

Ele sorriu demonstrando a carreira de dentes perfeitos e lábios corado.  O sol revelou pequenas sardinhas sobre as maçãs de seu belo e esculpido rosto. Passei meu indicador pela covinha em seu queixo para logo mais voltarmos a nos beijar.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Pessoal podem me perguntar o que quiserem através dos comentários ou MPs, ok? Amo a interação de vcs. Bem, por enquanto é isso.

OBS: Pessoal este pedacinho do Peeta marcando o nome deles na árvore foi uma inspiração do livro Não Conte a Ninguém, de Harlan Coben. Na verdade TA além de ter sido inspirada na música Together Again, tbm me inspirei neste maravilhoso livro. Mas somente uma inspiração mesmo kkkkkkk.

SPOILER DO PRÓXIMO CAP é que continua na ilha, mas sem ficar maçante, td bem? Hã... Ahhhh sim... amanhã terá SOB no POV do Peeta, mas eu mesminha que postarei, tbm terá outra surpresa... beijinhos e até lá. Tenham todos um ótimo FDS.



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