Together Again escrita por Cristabel Fraser, Bell Fraser


Capítulo 11
Distante


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde, olá, olá... como a semana tem passado rápido, minha nossa... mas bora, bora, percebi que muitos se espantaram com os pais da Kat, mas acreditem existe “pais” assim pode crer. Mas esse casal, já estão perdidamente apaixonados e irão lutar por este romance. Fico feliz quando vocês comentam sobre os acontecimentos e isso muito me ajuda na criação. Quem quiser opinar pode me procurar sempre que quiser, ok? Estou em dívida com vocês quanto EI, sei bem disso, mas quando resolvi reativá-la não imaginei que minha rotina ficaria apertada e quase sem tempo pra escrever. Mas aos poucos vou me organizando, espero que gostem do capítulo de hoje e tem gente nova no pedaço rss, espero que gostem... boa leitura.



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“Me sentia perdida no paraíso. Mas o passado ainda existia, por mais que desejasse o contrário.”

 

***

Nunca imaginei que chegaria no ponto que cheguei. Em toda minha vida tiveram “controle” sobre mim, mas não teriam mais, disso tinha certeza. O olhar rude dos dois com o homem que eu amava foi o ponto final pra tudo.

— Tem certeza de que realmente quer fazer isso? – Era a terceira, ou quarta vez que Peeta me fazia a mesma pergunta. – Eles são seus pais. Uma hora terão que estar presentes em sua vida, meu amor. - As lágrimas ainda escorriam por minha face e ele as enxugava com ternura.

— É claro que tenho certeza... – funguei. – Mas vou procurar um apartamento pra mim.

Desde de minha decisão de sair de uma vez por todas da casa dos meus pais, Peeta havia dito que eu podia ir morar com ele. Seria meu sonho de consumo, morar com o homem que amava e por mais que amasse a ideia de acordar todos os dias em seus braços, ainda era cedo para um passo tão grande. Uma alternativa seria alugar um loft, sempre quis morar em um, mas a limitação que tive na época não condizia. Por outro lado, agora, eu já era uma mulher formada e independente. Não precisava mais deles para me bancar.

— Katniss, sei que é loucura termos iniciado um relacionamento tão repentino, mas pelos anjos, minha vida. Eu te amo e te quero todos os dias comigo! – ele tinha meu rosto entre suas cálidas mãos e prendi a respiração quando tomou meus lábios e pressionou os seus sem aprofundá-los em um beijo.

— Peeta... você me enlouquece, sabia? – sussurrei ao sentir seu polegar fazer carinho em minha bochecha. – Gale me ligou e disse que até o fim deste mês, terminam a reforma do apartamento dele.

— Tudo bem, se quer morar com seu irmão, respeito isso. Só quero que saiba, que estarei sempre aqui pra você.

O encarei aprofundando ainda mais nosso contato visual, estávamos sentados sobre sua cama e meu corpo parecia pegar fogo quando estava em sua presença. Sem trocar palavra alguma com ele, sentei sobre seu colo e tirei sua camisa desesperadamente. O beijei com toda paixão que sentia naquele instante.

— Oh, Niss... você não se cansa...? – perguntou entre um beijo e outro.

— De você? Nunca!

E aquela noite não foi diferente das demais, desde que meus pais rejeitou o homem que fazia meu coração bater descompassado, me entreguei a ele com devoção. Peeta me fazia sentir mais desejo. Fazia eu me sentir viva.

***

A semana passou rápido. Ignorei as ligações dos meus pais e não estava sendo nada fácil para Peeta na empresa. Eu me encontrava estressadíssima por conta dos afazeres que minha chefe havia me incumbido. Mas a vida continuava e já tinha pego todas minhas roupas e pertences que estavam em meu quarto.

Quem sentiu com tudo isso foram as funcionárias que trabalhavam em minha casa. Greasy me conhecia desde sempre e via de perto o quanto eu me sentia sufocada.

Gale estava resolvendo os detalhes da mudança e por isso eu continuava hospedada na casa do meu namorado. Não era sacrifício nenhum estar convivendo com ele. Tinha um jeito todo organizado e controlava seus afazeres. Geralmente eu sempre chegava primeiro e tentava inutilmente preparar nosso jantar. Até que pequenos acidentes começaram a acontecer como, cortes e queimaduras, ele me proibiu de tentar fazer algo pra nós.

— É assim que você gosta?

Peeta tinha terminado de preparar nosso jantar e pediu minha opinião sobre mais molho ou menos em meu prato. Ele cozinhava muito bem e talvez eu estivesse até engordando. A carne assada com o molho madeira estava maravilhosa.

— Eu não sei o que mais amo em você. Se é o fato de cozinhar divinamente, ou o sexo incrível.

Ele me lançou um sorriso ladeado e me apertou por trás.

— Hum... acho que tem alguém aqui que está viciadinha nessa última parte.

Para provocá-lo, levei minhas mãos até sua nuca e arranhei de leve.

— Se estou viciada, a culpa é todinha sua. Ninguém manda ser esse excesso de gostosura.

Virei meu pescoço e ele baixou o rosto capturando meus lábios.

— Quer dizer que, sou excesso de gostosura?

— Você é sim, e meus hormônios não resistem quando está por perto.

Depois do jantar fomos assistir alguns documentários no sofá da sala. Peeta adorava um canal de história e eu o acompanhava, mas acabava dormindo em seu colo e pela manhã acordava na cama aconchegada a ele.

— Lembre-se que hoje Prim dormirá aqui. – Pela manhã me lembrou deste detalhe.

— Quer que eu vou buscá-la? – perguntei enquanto secava meu corpo com a toalha.

— Não será preciso, amor. O motorista do Finn irá trazê-la acompanhado da babá.

Assim que terminei de vestir minha lingerie passei minhas pernas ao redor de seu quadril e ajeitei sua gravata.

— Meu pai está judiando, do meu namorado – ele se encontrava sentado na beira da cama. - Pobrezinho, terei que redobrar meu agrado a você.

— Acho que não será preciso, você já tem feito um ótimo trabalho. Sinto como se eu tivesse vinte anos novamente.

Somente sua fala enrouquecida me deixou excitada e com isso o empurrei fazendo cair com as costas sobre o colchão.

— Vou me atrasar se...

— Xiu... – o silenciei pousando meu indicador sobre seus lábios. – Qualquer coisa diga ao meu pai que eu estava abrindo as pernas pra você.

— Amor, não fale assim. Seu pai te ama e quer o seu bem...

— Xiu, Peeta só faça amor comigo.

Ele se encontrava vestido e rapidamente desci sua calça até a altura da coxa e afastei minha calcinha para o lado unindo nossos corpos.

Passei uma sexta-feira meio agitada e no fim do dia, ver o sorriso da pequena Primrose, me animou.

— Niss, você vai adorar a casa do tio Finn e da tia Annie. Tem um enorme jardim cheio de flores que papai adorava brincar comigo e uma área da piscina incrível – estávamos jantando pizza e Peeta não tinha chego ainda, mas a companhia de sua filha me encantava.

— Uau, pelas fotos que vi, parece ser um lugar muito agradável.

— E, é.

— Quer dançar, Prim?

Perguntei de repente.

— Adoraria!

Caminhamos até a sala e liguei o player. Ao som de Happy, do cantor Pharrel Williams nos divertimos à beça. Fazíamos inúmeras coreografias engraçadas e ríamos à toa.

— Meus vizinhos irão surtar. “O ex-divorciado, colocando o prédio inteiro em combustão”.

Instantaneamente Prim e eu paramos de nos requebrar para dar atenção ao maravilhoso homem que se encontrava parado nos observando.

— Vem dançar com a gente, papai! – a loirinha foi até o pai e o puxou para o centro da sala. Nos divertimos um pouco mais e depois do momento pra lá de divertido, Peeta ordenou que a pequena fosse tomar seu banho.

— Aconteceu alguma coisa, amor? – questionei enquanto caminhava atrás dele, que também ia tomar banho, tinha o semblante diferente de quando chegou. Estava abatido e algo a mais que não fui capaz de detectar.

— Só estou cansado, mas após o banho ficarei bem – seu sorriso forçado não me convenceu e o segui até o banheiro. Me sentei sobre a tampa do sanitário enquanto se banhava dentro do box.

— Quer mesmo que acredite nisso que acabou de dizer, ou prefere que eu faça meu papel de namorada despreocupada? – falei séria e por conta do vapor não pude ver claramente sua expressão facial. Ele desliga o chuveiro e sai do box, estendo a toalha e começa a se secar.

— Adorei ver a interação com a Prim. Vocês duas são perfeitas.

— Sua filha conquistou meu coração assim como você, mas diga se aconteceu alguma coisa. Está me deixando nervosa - ele enrola a toalha na cintura e me dá as costas voltando para o quarto e novamente vou atrás. – Peeta, se foi meu pai eu posso...

— Não foi seu pai Katniss, tem a ver com o trabalho, só isso.

Ele passou as mãos sobre os cabelos molhados e sua respiração estava fora do normal.

— Só quero que confie em mim. Se estiver passando por algo não precisa me poupar de nada. Além de namorada, sou sua amiga.

Acariciei seu braço e ele buscou por uma roupa no guarda-roupa sem trocar uma palavra comigo. Quando nos deitamos pra dormir foi estranho. Peeta parecia travado e quando tentei dar em cima dele me recusou dizendo estar com sono.

No sábado de manhã fomos levar Prim na aula de equitação e Peeta agiu normalmente. De lá do clube seguimos para o Distrito 4.

***

Chegamos próximo a hora do almoço. O cheiro de churrasco podia ser sentido do lado de fora e constatei que estava com muita fome.

Realmente a mansão onde o irmão de Peeta morava era incrível. Uma arquitetura vitoriana belíssima, mesmo para o litoral.

— Boa tarde, Jerry.

Peeta cumprimentou o mordomo.

— Boa tarde, Sr. Mellark. Como tem passado?

— Bem e o senhor?

— Bem, também e quem é a bela jovem?

Sinto minhas bochechas esquentarem e com certeza meu sorriso saiu bem sem graça.

— Esta é Katniss Everdeen, minha namorada.

— Seja bem-vinda Srta. Everdeen.

— Obrigada, mas pode me chamar apenas de Katniss.

Ele sorriu de maneira agradável e olhou para Prim que apertava levemente minha mão, talvez estivesse ansiosa.

— Olá Prim, como você cresceu!

— Olá – ela também parecia envergonhada.

— Podem me acompanhar, todos estão na área da piscina.

O seguimos e tinha pelo menos umas quinze pessoas espalhadas pelo local.

— Irmão, você chegou! – Finnick veio todo animado e abraçou o irmão reunindo toda a força que tinha, percebi que os dois se davam muito bem. – Katniss, bom te ver aqui – ele também me abraçou e depois tomou Prim em seus braços a enchendo de beijos.

Fui apresentada a várias pessoas, dentre agentes federais, uma me chamou mais a atenção, pois abordou meu namorado de forma abusada.

— Ei, gostosão – disse o abraçando e apertando sua bunda. – Hum... está andando com carne nova por aí. Pelo menos você melhorou o gosto – comentou me olhando de forma desdoura e me incomodei com aquilo.

— Johanna, sempre tão condescendente, não é?

— Você me conhece – deu de ombros. Ela tinha um corte de cabelo peculiar e as pontas eram tingidas de vermelho. – Mas, me diz aí, o que fez para fisgar esse divorciado mais cobiçado de toda Panem, ou melhor “ex-divorciado.”

— Nós conversamos e tivemos alguns encontros não premeditados e tudo foi acontecendo...

— Esse cara beija bem e faz milagres na cama, né?

Agradeci mentalmente da Prim estar brincando com algumas crianças próximo a piscina senão essa mulher ia ver comigo.

— Olhe aqui Johan...

— Jo, foi bom revê-la, mas precisamos comer um pouco. Com licença.

Peeta me afastou dela e quando olhei para trás por cima dos ombros ela tinha um sorriso sínico nos lábios.

— Essa mulher é louca! Dormiu com ela?

Com toda certeza eu estava a ponto de voltar e cuspir umas verdades a cara da descarada.

— Não, nunca dormi com ela e se você continuar dando corda nunca irá parar de encher sua paciência. Johanna é uma mulher que não tem filtro, mas é uma pessoa que se preciso for, dá a vida pra salvar a sua – revirei os olhos enquanto Peeta pegava um prato pra mim e um que serviu comida para Prim.

— Jura que ela daria a vida por alguém? Pois parece não estar nem aí pra ninguém.

— Ela é uma das melhores detetives da área criminalística. Sozinha no mundo, que foi adotada por um grande amigo do meu pai, que é chefe de um departamento de investigação criminal.

— Mesmo assim não fui com a cara dela.

— Katniss, é melhor ignorar o que ela disse e seguir em frente, se perceber que se irritou infernizará sua vida pra sempre.

Resolvi fazer o que Peeta disse e percebi que os demais tinham um bom relacionamento com ela que, com suas piadas tirou gargalhadas de muitos.

— Pessoal, gostaria de agradecer a cada um aqui presente e quero compartilhar uma novidade com todos – Finnick tinha um enorme sorriso no rosto e ao se levantar puxou sua esposa para si. – Annie e eu esperamos um bebê.

Foi aplausos, assovios e congratulações para todos os lados.

Assim que a tarde foi caindo e todos se despediam tive um tempo para conversar com Annie.

— Nossa, parabéns pelo bebê.

— Ah, obrigada Katniss, eu estou tão feliz – realmente era fácil de notar sua alegria só na maneira de falar. – Prepare-se, quando virar uma Mellark, Peeta logo irá requerer um herdeiro.

Naquele instante senti uma descarga elétrica por toda a extensão do meu corpo.

Conversamos mais um pouco e ao sentir falta de uma certa loirinha, fomos atrás dela e a encontramos dormindo no sofá da sala. Desviei meus olhos em direção ao bar e Peeta parecia estar conversando algo sério com seu irmão.

— Pedi que preparassem uma suíte pra vocês e o quarto onde Prim sempre dorme quando vem aqui – comentou a ruiva.

Quando Peeta me informou que viríamos para a casa do irmão, após a aula de equitação da Prim, pediu para que eu trouxesse uma pequena mala para dormirmos.

***

— Que delícia que é a casa do seu irmão – abracei Peeta por trás e encostei meu rosto em suas costas.

Após o jantar nos recolhemos em nossa suíte, que devo admitir era um luxo, ele pegou duas taças de vinho afim de terminarmos de beber no quarto. Peeta se encontrava debruçado na sacada com o olhar distante.

— Sim, aqui é muito gostoso e me traz, boas e más recordações...

Me afastei para encará-lo.

— O que está acontecendo com você?

— Aqui é a casa onde fomos criados, Katniss... – ele suspirou cansado. – Meus pais eram donos daqui.

— Sinto muito – me aconcheguei em seu peito e logo senti seus braços me envolverem de forma protetora. – Mas... percebi que você está estranho desde sexta. Se abre comigo. Meu pai disse algo que te chateou? Pois se, foi isso quero que saiba, que estou contigo e nada que ele diga ou faça me distanciará de você. Eu te amo, Peeta...

Ele acariciou minha bochecha e me beijou de forma arrebatadora. Me ergueu do chão e nos encaminhou para dentro do quarto.

— E, eu te amo muito mais, minha vida. Perdoe-me se estou parecendo distante, mas há certas coisas nessa minha carreira que me deixa à beira da loucura.

Seu corpo estava sobre o meu, na enorme cama macia e o olhar direcionado a mim só fazia minha ânsia por ele aumentar. Inverti nossas posições e me sentei sobre sua virilha.

— E, por que não compartilha tudo comigo e me deixe enlouquecer com você?

Peeta era o mistério encarnado e seus olhos passeavam pelo meu rosto de modo relutante. Me inclinei e capturei seus lábios e as mexas do meu cabelo caíam sobre sua face.

— Sei que é uma mulher forte, Katniss. Mas não sei se está preparada para carregar este fardo comigo.

— Prefiro me arriscar do que ficar sem você – apertei-me sobre ele e nós dois gememos.

Palavras não foram mais trocadas depois disso. Apenas nossa respiração descompassada e o clímax que me enlouquecia cada vez mais. Eu estava viciada em Peeta Mellark e passaria por cima de tudo para tê-lo sempre comigo.


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Notas finais do capítulo

Alguém aí sentiu um certo mistério e tensão no ar? Só digo que tudo tem uma ligação com o prólogo e tudo o que houve, pessoal estou louca para chegar certos momentos, mas tenho que ir preparando vocês aos poucos... próximo capítulo Peeta contará parte da verdade sobre suas preocupações... se acharem que essa fic tá pegando fogo demais juro que apago kkkkk, mas isso é uma pequena demonstração do porquê Kat ficou tão arrasada com a perda de Peeta. Só peço que me digam o que estão achando e se preciso adiantar ou resumir algo. Enfim se interajam que mesmo eu estando na correria sempre estarei aqui atualizando. Olhem confesso que minha cabeça tá a mil por hora e tenho muitas ideias tanto para TA quanto para outros enredos, mas antes de começar outro tenho que finalizar este e outras fics em andamento. Tenham todos um ótimo FDS e uma linda semana. Nos vemos nos comentários. Abraços e Beijinhos.

Ps: Quem conhece essa música Happy, sabe o quanto é uma delícia de escutar.



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