Nunca Fui Beijada escrita por xtina


Capítulo 2
Do Jeito que Você Gosta


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi, mores!!
Voltei no dia combinado! Quase não pude, mas consegui aparecer aqui hoje! (me agradeçam ❤ haha)

Neste capítulo, nossa Bella já inicia sua missão e já tem seu primeiro dia de aula.
Espero que gostem! :*



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Eram 7h35 da manhã, meu primeiro dia de aula. Ou melhor: meu primeiro dia como repórter! Eu estava atrasada, minha aula começaria as 7h30, e eu estava a duas ruas da escola, presa no trânsito.

As 7h45 consegui chegar à escola. Corri feito uma louca até minha primeira aula: inglês. Quase fiquei sem ar, e não era por causa da correria: meu professor de inglês era um gato!

Acredito que fiquei pelo menos cinco horas o encarando boquiaberta até que alguns alunos começaram a rir e o professor me lançou um olhar questionador.

— Eu sou Isabella Swan. — estendo a mão a ele, ele me cumprimenta. — Sou aluna nova.

— Ok, Isabella, sou seu professor de inglês; Edward Cullen. Você pode escolher um lugar e se sentar. — ele respondeu.

Na verdade, não haveria como eu escolher um lugar para me sentar. A sala estava lotada e só restava um lugar na frente da classe, ao lado de uma garota de cabelos curtos que usava óculos. Se ela fosse de algum filme, com certeza seria algum tipo de fada.

— Bem, Isabella, nós estamos lendo o livro Do Jeito que Você Gosta de Shakespeare. — o professor conta. — Caso você não tenha lido, ou queira ler, você pode adquirir um exemplar na biblioteca da escola... Quem se habilita a ler o trecho de hoje?

O professor pergunta e eu percebo que desde a minha época de escola, uma coisa não mudou: alunos nunca querem ler algo na frente da sala, nem um panfleto. Quando eu tinha a idade desses garotos, eu adorava ler para turma. Principalmente se fosse algum de meus poemas, mesmo que todos rissem de mim. Enquanto a Do Jeito que Você Gosta, era um de meus livros favoritos. Além de ser uma comédia, tem o romance impossível de Rosalinda e Orlando.

O professor Edward resolve iniciar a leitura por si só. Todos acompanhavam em seus livros e eu escutava o professor.

— Nós podemos dividir o livro se você quiser. — a garota que estava ao meu lado oferece. Eu agradeço e vou para mais perto dela, ela me contou que seu nome era Alice.

Após terminar de ler o trecho, o Sr. Cullen, como vi muitos alunos chamando-o, começou a fazer uma série de perguntas e comentários aos alunos. Ele estava falando sobre o disfarce de Rosalinda para não se afastar de sua prima Célia.

— Eu sei que isso não tem muito a ver com o livro, ou talvez tenha... Mas vou contar uma história minha. — o professor riu. — Quando eu era pequeno, eu adorava hóquei. Eu jogava muito bem, inclusive entrei para o time de meu colégio e ganhei um campeonato.

O professor se vangloriava e alguns garotos soltaram uns gritinhos idiotas, outra coisa que não mudou: garotos continuam sendo... garotos!

— Mas, uma vez em uma partida, meu capacete já estava gasto... velho. — o professor continuou. — E um dos discos voou na minha cabeça tão forte que precisei de alguns pontos para estancar o sangue, tive que raspar a cabeça até!

Ele riu lembrando-se da cena. Ele tinha um sorriso lindo. Muito lindo mesmo.

— Então, a partir dali, eu fiquei com medo de jogar. — ele continuou. — De me machucar de novo. Até que meu pai comprou um novo capacete pra mim, do New York Rangers, dizendo que com aquele capacete ninguém iria me acertar, e eu seria invencível.

— O que isso tem a ver com o livro, professor? — uma das garotas do fundo da classe perguntou.

— O disfarce. — respondi a frente do professor. Ele me encarou. — Com um capacete ele seria outra pessoa, mais forte, invencível. Não o garotinho com medo.

— Isso se aplica ao livro? — Alice questiona.

— De certa forma sim. — respondo. — Rosalinda se veste de homem para entrar nas terras do tio. O que é um disfarce; vestida daquele jeito ela é outra pessoa. Alguém de mais autoridade! 1606 não é uma boa época para ser mulher, não que hoje em dia seja, não é? E disfarçada daquele jeito, ela pôde corresponder ao amor de Orlando, ainda que no exílio.

Reparei que todos os alunos estavam olhando pra mim. Ótimo, Isabella! Começou bem! Foi só voltar para a escola que me tornei a nerd de novo. Nem mesmo o visual novo tirava isso de mim. Argh!

— Tem certeza que você tem dezessete anos? — o professor pergunta brincando. Respondo que sim o mais rápido que posso.

Disfarce! Esse professor tinha mesmo que estar lendo Do Jeito que Você Gosta logo quando eu preciso fazer minha matéria?

 

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Eu estava indo almoçar com Alice, que me foi uma companhia muito agradável. Ela me disse que não se misturava muito com as pessoas do colégio e fica apenas com seu pequeno grupo os Denominadores, campeões do concurso estadual de matemática. Fiquei feliz em me juntar a eles, pois de matemática eu entendia bem. Mas me juntando a eles, sabia que meus planos de ser popular iriam água a baixo.


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Notas finais do capítulo

Me contem o que acharam nos comentários, tá bom?!
Beijinhos :*



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