Psicopatas podem amar? escrita por Val-sensei


Capítulo 2
Saindo do Santuário




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/726767/chapter/2

Os dias se passavam a moça sempre esperava o canceriano perto da árvore, mas nada dele aparecer e cada dia que se passava mais mortos apareciam sem suas cabeças e mais cabeças apareciam na casa do canceriano. Ele suspira e olha para mais uma cabeça que aparecera na parede de sua casa o fazendo lembrar o monstro que ele era, os assassinatos que ele cometia sem dó nem piedade.

Máscara da Morte havia procurado varias pistas, vários vestígio de quem poderia estar tentado o incriminar, mas não havia descoberto nada de quem estava fazendo aquilo e querendo jogar a culpa toda nele e pior quase todos os seus amigos não confiavam mais nele e duvidavam dele, pois ele já havia feito muitas pessoas morrerem sem motivos, mesmo ele tendo mudado, seus amigos nunca iam acreditar na sua situação atual de inocente, tirando Mu e alguns cavaleiros de ouro que estavam em uma missão.

Saori Kido olhava para os cavaleiros frente a ela com cara de desgosto e reprovação, tudo indicava que era o Máscara da Morte causando tudo aquilo.

— Por que você ainda mantem o Máscara aqui no Santuário? – Aldebaram perguntou em tom de reprovação.

— Mu acredita na inocência dele, além do mais devemos investigar mais um pouco.

— Não achamos nada, nada – Shura a encara e vê-la suspirar fundo e olhar para Mu.

— Faça o que achar melhor Atena, mas não se arrependa depois – Mu desaprovava, pois sabia que não era seu amigo canceriano.

— Não de ouvidos ao Mu, Atena, deve mandar o Máscara da Morte sair do santuário antes que mais vidas se vão.

— Me mandar embora não vai resolver o problema – ele vê todos os cavalheiros ali presente o olhando espantado para ele que acabara de entrar na sala principal no fim das doze casas, mais precisamente no salão do santuário os pegando de surpresa. – Aldebara, um dia você e todos vão se arrepender disso – ele os encara friamente cada um deles ali presentes. – Atena se esse é o seu desejo eu estou partindo, mas a armadura de câncer vai comigo – ele a encara sério.

— Por que quer levar a armadura? – perguntou Milo apontando o dedo para ele. – Você não há merece fazendo essa carnificina de pessoas. Seu cosmo já apodreceu para a armadura te aceitar – Milo fala com desdém na voz.

— Meu cosmo não apodreceu ainda Milo, até por que o Mu sabe que não sou eu causando todas essas mortes, se fosse eu, vocês não veriam uma gota de sangue no chão, mas não preciso provar nada para vocês - ele da às costas e começa a caminhar.

Atena ia falar algo, mas ele parou e disse:

— Não se preocupe Saori, um dia a verdade vem à tona, um dia... – ele os deixa ali, porém Mu o segue caminhando com ele lado a lado pelas as escadarias indo até a sua casa.

Saori suspirou fundo e olhou para os cavaleiros, alguma coisa dizia que naquele angu tinha caroço, mas ainda não tinha aparecido nada para provar as teorias na cabeça dela.

Mu desceu as escadarias, calado ao lado do amigo até que chegou a casa dele e entrou e viu as cabeças das pessoas que havia morrido recentemente pelo assassino misterioso e disse:

— Vai mesmo deixar o santuário? – perguntou o ariano.

— Sim – ele passou reto por Mu e foi arrumar suas malas. – Acho melhor assim afinal eles vão ver que não sou eu causado todas essas mortes. Posso ter sido um monstro no passado, e carregar esse titulo, mas nessas mortes eu sou inocente. – ele pegou o caixote de ouro com o desenho nas quatros laterais do símbolo de seu signo e cotinha sua armadura dentro e a colocou nas suas costas e começou a caminhar.

Mu olhou triste para ele, sabia que no fundo ele estava sofrendo e sabia que alguém ainda queria incriminar ele e o pior estava conseguindo, pois todos acreditavam ser ele o causador das mortes de todos aqueles inocentes.

Máscara descia as escadas passando casa por casa com as mãos no bolso e armadura presa em suas costas, dentro da caixa junto com suas roupas.

No caminho da descida deu de cara com Dohko e Shaka subindo as escadas.

— Vai em alguma missão meu caro amigo? – perguntou o cavaleiro mais velho.

— Não – ele responde o olhando e Shaka sente que tem algo incomodando o amigo.

— Aconteceu algo no santuário e você está partindo, por quê?

Máscara o olha e Mu que vinha atrás dele o responde.

— Varias pessoas morreram com a cabeça decepada e as cabeças apareceram na casa do Máscara e todos acham que foi ele que matou todas elas, por isso ele está deixando o santuário.

Máscara revirou os olhos e disse:

— Mu, pare de intrometer onde não foi chamado – ele o olhou como se quisesse matar ele.

— Sinto uma energia diferente no santuário – Shaka diz olhando o amigo. – Mas não consigo definir, porém não é a sua.

— Que bom, pelo menos você sabe que a energia não é minha – ele o olha meio indiferente. - Boa sorte Shaka, talvez você tenha mais sorte que eu – ele passou por entre os dois e ouviu.

— Vai mesmo deixar o santuário assim?

— Isso não é da sua conta Dohko, até por que você sabe o que eu passei e não quero passar de novo.

Máscara olhou rapidamente para trás e continuou descendo as escadas de mão nos bolsos com sua armadura nos costas e olhando para o horizonte.

Ele não tinha mais nada a perder, nuca pode proteger Atena como devia, sempre matou, foi assassino, foi um monstro e para ele continuaria sendo um monstro que alguém estava o incriminando ainda mais.

— Mu, temos que descobrir de quem é esse cosmo que eu estou sentido e rápido – Shaka corre para sua casa, junto com os outros dois amigos que tinha acabado de voltar de uma missão, mesmo cansado da viagem, eles não iam desistir assim do seu amigo tão facilmente.

*****

Máscara da Morte logo chegou à árvore de costume, colocou a armadura de lado no chão e sentou passando a mão no rosto, tirando o suor e enxugando em sua roupa, sentiu a leve brisa passar refrescando um pouco o ambiente que estava quente. Algumas borboletas voavam ali por perto para depois pousar nas flores silvestre que se espalhavam mais a frente.

— Finalmente você voltou – a voz doce e suave penetrou nos seus ouvidos e ele pode sentir o leve perfume trazido pela brisa entrando em suas narinas o fazendo recordar da primeira vez que ouvira aquela voz de anjo.

— Você não tem o que fazer, além de ficar aqui me esperando? – ele a encarou sério e com o olhar frio, mas ela nem se importou.

— Como sabe que eu vinha aqui todos os dias te esperar? – ela sentou-se ao seu lado.

— Pela forma que você falou – ele já ia se levantar quando ela segurou pelo braço. – Por que não quer conversar comigo? Por que me evita? – ela o encara.

Máscara da Morte a encarou passando a mão no seu rosto impaciente.

— Olha garota, eu não tenho nada contra você, mas acho melhor você procurar outro cavaleiro, ou outro rapaz, ou alguma coisa para você fazer – ele sentiu os dedos dela apertar levemente o seu braço.

Máscara da Morte a olhou sentiu um arrepio estranho percorrer a sua pele com o toque dela e sentiu que ela lia a sua alma de alguma forma. Ele suspirou fundo e a encarou.

— Você precisa conversar com alguém – aqueles olhos cor de mel fez Máscara da Morte abaixar o olhar e sentiu como ela lesse sua alma de cima em baixo, ou melhor, os pedaços que ainda existia dela.

— Qual é o seu nome, garota? – ele a viu sorrir.

— Me chamo Bela e você? 

— Máscara da Morte – ele senta-se e olha para o outro lado.

— Por que desse nome?

— Sou um cavaleiro de câncer, que matava pessoas para mandar para o submundo, mesmo elas sendo inocente, por isso o nome.

— E você se arrepende disso?

— Muito, me sinto um monstro... – ele colocou os dois braços sobre os seus joelhos e ficou olhando para um ponto qualquer. - Por que fica me observando e por que ficou vindo aqui esses dias todos? – ele sentia um vazio que começava a ser preenchido por aquela garota.

— Não sei, apenas achei você meio solitário quando te vi aqui pela primeira vez, seu corpo estava aqui, mas você parecia longe e perdido.

Ele deu um leve sorriso de canto.

“Será que ela lê almas”? - se perguntou.

— Quando me viu aqui pela primeira vez? – ele a olhou e sentiu o carinho vindo dos olhos dela, sentiu seu coração dar uma batida mais forte dentro do seu peito, mas se segurou. Afinal ele não a merecia, ele não merecia amar nem ser amado por ninguém.

— Eu estava colhendo flores não muito longe daqui, ai vim caminhando e vi alguma coisa e me aproximei escondida e vi você deitado ao pé dessa árvore olhando para o horizonte, seus olhos perdidos e tristes, parecia solitário – ela da um sorriso meigo.

Ele suspira fundo, se levantou e foi para pegar a armadura sem olhá-la.

— Já vai?

— Eu preciso Bela, você corre perigo estando comigo e não sou a melhor pessoa para conversar, ou para você se envolver – ele pegou a armadura e colocou nas costas.

— Quando vou vê-lo novamente, Máscara?

— Não sei, mas melhor não me esperar – ele começou a caminhar a deixando ali.

— ESTAREI AQUI TE ESPERANDO! – ele olha para trás e vê-a dando thau.

Máscara da Morte dá um leve sorriso sem olhá-la, não sabia por que ela insistia em esperá-lo ali naquele lugar, mas resolveu continuar a caminhar sem olhar para trás.

Bela olha para onde ele caminhava e sorri. Para ela ele não era um monstro, ele era solitário e muito fechado que parecia estar sofrendo.

Ela voltou para onde ela vivia.

Bela vivia com um grupo de garotas em uma casa grande onde a mulher que a adotou era dona de um Bordel. Ela era a única que não era prostituta e ela morava em uma aldeia não muito longe dali.

****

No santuário Shaka chega à sala de Saori junto com Dohko e observa pensativa.

— Máscara da Morte se foi, mais as mortes continuam; certo? – perguntou o virginiano.

— Sim, pior que bem na nossa frente - ela fala já arrependida de ter deixado o cavaleiro ir.

— Saori, desde que cheguei sinto um ki estranho e não o reconheço, mas digo que não é o Máscara da Morte.

— Sim, Mu já havia me dito, mas todos ainda acham que é o Máscara por de trás das mortes e eu não sei como pegar essa pessoa para desmascarar com a verdade. – ela suspira fundo. Deixei-o ir, para ver se a ideia de que era ele saia da cabeça de alguns cavaleiros, mas tem uns que são impossíveis...

— Eu tenho uma ideia – Shaka sorriu animado.

— Diga então.

— Precisaremos do Shun, do Ikki, do Hyoga e do Seya.

— Chame-os, por favor – Saori disse ao empregado que estava ali a olhando.

Os cavaleiros solicitados apareceram ali diante dos dois cavaleiros e Shaka diz o seu plano a eles e logo eles o colocariam em pratica.

*******

Máscara da Morte andava próxima a aldeia da moça que ele conhecera e que de algum modo ela despertou algo nele, mas ele não se achava digno de ter aquela menina delicada ao seu lado, afinal ele era um monstro assassino.

Ele caminhava olhando o céu já escuro com umas pequenas estrelas espalhadas pelo preto. Distraído olhando as estrelas que formavam a sua constelação e preso em seus pensamentos que levavam aquela garota linda e que parecia ter algum tipo de interesse nele, mas que para ele não era possível e quanto menos ele espera ouvi gritos altos de dor e sofrimento não muito longe de onde ele estava. Pelos gritos ele sabia que era a pessoa que queria o incriminar.

Vestiu sua armadura e correu até aonde os gritos vinham, mas quando chegou lá havia várias meninas mortas sem suas cabeças e seus corpos espalhados pelo chão misturado ao sangue que escorria pela casa.

— ONDE VOCÊ ESTÁ SEU MALDITO? – ele grita cerrando os punhos olhando para todos os lados.

Ele vê algo se mexer debaixo dos corpos carregados de sangue, ele vai até lá e tira o corpo de cima e vê a jovem que ele havia encontrado mais cedo o encarando e pelo seu corpo escorria sangue de seu pescoço, um corte profundo que afetou suas cordas vocais, mas ela conseguia se manter acordada e consciente até ele chegar, mas estava fraca, pois seu sangue escorria pelo seu pescoço e manchava suas roupas de sangue.

Ela o olhou com os olhos quase sem brilho, mas não sentiu medo dele, pelo contrario ainda sorriu como se soubesse que ele apareceria ali, porém ela cai desmaiada no mesmo instante.

Máscara da Morte se apavorou e usou o seu cosmo para curá-la o mais rápido possível, mas ela continuou desmaiada.

Apavorado ele a pegou no colo e a tirou dali. Ele tinha que pedir ajuda a alguém, seus olhos a olhavam tensos e preocupados, com ela no colo ele foi até o santuário, apesar de ter se afastado ele tinha que ir, pois alguém poderia ajudar ele, pelo ao menos a moça precisava sobreviver, pois era a única coisa que ele podia fazer naquele momento para se redimir ao menos um por cento dos seus pecados, ou melhor, de seus assassinatos que pesavam em seus ombros.

Usando o seu cosmo, Máscara da Morte foi rapidamente para chegar ao santuário, e assim que ele chegou com as garotas em mãos Mu o recebeu.

— O que aconteceu? – perguntou vendo o rosto do Máscara da Morte meio pálido e com um jeito meio desesperado.

— Eu tentei ajudar, mas ela...  Ela... Ela vai morrer – ele colocou a garota no chão e tocou o seu rosto. – Ela não pode morrer Mu – ele o encarou como se suplicasse para ele ajudar de alguma forma.

— Leve ela para sua casa e pense com clareza – ele abaixou-se e tocou o rosto dela e sorriu um sorriso imperceptível. – Leve-a agora para sua casa, os outros estão bolando uma armadilha para pegar o assassino.

Máscara fez um gesto de sim com a cabeça e foi para sua casa com a garota nos braços.

Chegou a sua casa ele a repousou delicadamente em sua cama, para depois olhar as paredes de sua casa. Varias cabeças novas que ele sabia muito bem de quem era, já que vira as moças mortas na casa da aldeia.

Respirou fundo, tudo que ele queria agora ela que a garota sobrevivesse, afinal ela havia conseguido ascender uma pequena chama em seu coração.

Mu entrou na casa e foi até a garota e a olhou penetrantemente.

— Você usou seu cosmo para curar o ferimento no pescoço dela, mas esqueceu do principal.

Mascará da Morte o encarou tentando o entender, para depois dizer:

— Tem razão Mu, se esse cara usa os mesmo métodos, o espirito dela deve estar no Sekishike, mas acho que não do modo que eu deixava as almas dos meus mortos – ele encara o Mu e dá um leve sorriso e usa o seu cosmo para ir ao Sekishike buscar a alma da garota.

Shaka, Andromeda, Seya, Dohko, Hyogan e Ikki esperavam o assassino que estava incriminando Máscara da Morte o plano que eles tinham bolado estava indo bem e eles sabiam que logo o assassino ia aparecer ali para matar alguém e tentar incriminar o canceriano ainda mais.

Shun espalhou suas correntes pelo chão deixando-as levemente soltas, Hyoga usou um pouco do seu gelo para escondê-las. Shaka ficou esperando escondido em posição de lótus concentrado para ver se o homem assassino aparecia. Ikki ficou observando para ajudar eles no plano.

Não demorou muito um grito soou, mas antes que acontecesse qualquer coisa com a pessoa que estava sendo atacada Shun com suas correntes o enrolou por completo. Hyoga lançou seu trovão de aurora o congelando junto com as correntes então Shaka saiu de sua meditação e foi em direção ao bloco de gelo transparente o olhou bem nos olhos da pessoa.

— Hyoga descongele a cabeça dele – Shaka sorriu de lado e observou bem o homem vestia uma armadura meio diferenciada da deles, não lembrava nenhuma constelação, não pertencia a nenhum dos cavaleiros de Atena. A armadura ela de um metal parecia ferro, aço, algo nesse sentido, tinha um capacete com umas marcas estranhas e sem sentido.

— Que tipo de cavaleiro você é? – perguntou Shun o encarando.

— Não fui escolhido para ser um cavaleiro, mesmo tendo entrado para competir – ele fez uma cara de desgosto.

— Por que está matando pessoas e tentando incriminar o Máscara da Morte? – Hyoga estava furioso com ele.

— Eu quero o lugar dele, afinal ele deixou de ser o grande cavaleiro frio e sem coração que um dia fora.  Eu o admirava por ele matar pessoas e ver a dor no rosto delas com aquele sorriso dele. Eu sempre o admirei por isso, mas aos poucos ele foi se tornando um morto vivo que é hoje – ele cospe no chão.

— Como sabe matar como ele? – perguntou Shaka o encarado o fazendo gelar.

— Aprendi o olhando enquanto ele fazia com o seu cosmo, foi fácil copiar, mas ainda não está perfeito como o dele, porém é prazeroso ver a morte das pessoas – ele sorri e os encara.

Shaka suspirou fundo e disse:

— Vamos ver o que Atena fará com você – ele o encara. – Traga-o Shun – ele sai à frente para ir até a Deusa Atena, pois tinha sentido o cosmo dele há pouco tempo no seu lar.

— Não é melhor deixar que o Máscara resolva? – Ikki queria ver o sangue escorrer com aquele falso cavalheiro.

Shaka da um sorriso sínico.

— Ótima ideia Ikki – ele vira-se para Seya. – Chame a Saori – ele vira-se para Shun, Hyoga e Ikki. – Vamos para a casa do Máscara da Morte.

O falso cavalheiro gelou das cabeças aos pês...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Psicopatas podem amar?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.