A Cura Entre Nós escrita por Duda Borges


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Oi walkers! Comi estão?
Primeiramente, desculpem pela demora! Esta tudo muito corrido no colégio, e espero que entendam que provavelmente vou ter que demorar mais para postar os capítulos :(

Muuuito obrigada a Murphy, Catarina, Satsuki, Chatastrophe, Bianca Rocha, C Black, Victória Stark e Signora ♥. Eu fico muito feliz de receber a opinião de vocês!
Quase 2.000 vizualizações e 50 leitores galera!
Um ola pros fantasmas :3



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Eu apenas corria, corria com todas as forças que conseguia reunir no momento, forçando meu corpo ao máximo. Eu sentia não 50, nem 100, mas provavelmente mais de 300 errantes vindo em nossa direção, o que causaria um dano em massa na fazenda. A cada momento em que eu me aproximava da casa, mais fraco esse sentimento ficava, mas se eu parasse por mais de três minutos, sentia novamente, como se eles estivessem me seguindo. Soltei um suspiro apressado, tentando me acalmar e coordenar a respiração.

Se não fosse uma situação extrema, eu provavelmente gostaria muito dessa minha leve corrida. Meus cabelos flutuavam ao redor de mim, e eles pareciam praticamente brilhar ao luar, ja que agora estavam limpos. A brisa ricocheteava docemente em meu rosto vermelho pelo cansaço, e a sensação de correr livremenete em o campo sempre me fez sentir bem. Mas no momento, essas sensações só provavam ainda mais a minha extrema pressa.

Eu não sabia dizer como eu sabia, eu apenas sabia. Desde alguns meses depois de o começo, eu comecei a sentir a presença quando um grupo de errantes estava perto, geralmente sentindo um formigamento uniforme ou uma dor de cabeça, o que me confundia bastante. Normalmente quando é um grupo pequeno, não sinto nada, por esse motico que dores de cabeça me deixam nervosa.Mas agora eu tinha certeza: a fazenda estava correndo perigo.

Depois de alguns minutos correndo, avistei a cerca que me separava de uma parte da fazenda , e apressei o passo em direção a ela, nervosa com tudo. Eu suava, mesmo o dia estando deveras fresco. Pensei nas diversas possibilidade do que poderia ter acontecido desde o momento que sai. Alguém teria se machucado? Alguem teria procurado por mim?

Por que diabos eu entrei em pânico e sai correndo desse jeito? Se afastar de tudo é a pior solução possível, mesmo parecendo uma hipótese boa no momento. Se algo acontecesse a eles, eu me sentiria culpada o resto da vida.

Alcancei a cerca, mas o que avistei foi uma cena muito diferente do que eu esperava. Estaquei na hora, apenas observando a cena que se seguia em minha frente, pensando no que fazer de maneira rápida. Duas pessoas estavam tendo um conflito . Estreitei os olhos tentando distinguir as pessoas, e logo minha potente visão mostrou seu efeito.

Avistei Rick e Shane uns metros mais a frente, tendo uma discussão acalorada, mas eu não conseguia entender o que eles falavam. Me agachei rapidamente, percebendo que eles não faziam a mínima ideia de que eu estava aqui; e não pretendia atrapalhar o momento deles por enquanto.

Estava noite? Desde quando tinha escurecido? Soltei um praguejo baixo, irritada com a minha própria idiotice novamente. Olhei para os lados, mas de qualquer jeito eu teria que passar por eles para chegar a fazenda, mas eu realmente estava com medo do que Shane poderia fazer.

E foi ai que percebi que nesse curto tempo que fiquei pensando, a discussão tinha passado do normal, e agora o policial de nariz torto jazia em cima de Rick, berrando, com uma arma em sua cabeça. E quando o formigamento se apoderou novamente de meu corpo, eu comecei a correr na direção deles, me arranhando com o arame enfarpado da cerca, no qual eu não liguei a minima em pular por cima.

Quando estava a um metro deles, os dois finalmente me perceberam, e acabei pulando em cima de Shane, não do jeito que eu planejava. Acabamos os dois caídos no chão, e logo senti uma dor extremamente forte em meu rosto. Ele tinha me dado um soco. Fiquei desorientada. Como eu vim parar aqui mesmo?

—Não aprendestes a não se meter onde não é chamada? - O homem que me segurava perguntou, enquanto se preparava para dar outro soco. Ele estava em cima de mim, e infelizmente eu não contava com a vantagem de ter força, por isso mesmo sabia lutar. Eu não estava conseguindo respirar.

Me preparei para a dor, mas ela simplesmente não veio, e logo o peso diminuiu de cima de mim, e soltei um suspiro longo, puxando ar para os meus pulmões secos.Shane estava caído ao meu lado, com uma expressão de dor no rosto, e quando percebi, tinha uma faca cravada em sua barriga.

—Eu..eu... ele ia...- OuvinRick falar, me fitando assustado. Ele olhava para as mãos de forma estranha, alterando entre Shane e eu. Tentei disfarçar a surpresa, mas eu realmente não sabia como deveria ser ter que matar o melhor amigo em uma situação dessa:

Me aproximei dele lentamente, e toquei em suas mãos, as abaixando. Me sujei de sangue no processo, mas apenas continuri na mesma posição.

—Eu sei.- Falei, e ele me encarou, com a expressão ainda confusa no olhar. E ele me abraçou, um abraço desesperado, como se apenas precisasse de alguns minutos de alguma espécie de carinho. Eu correspondi, agarrando as partes de um homem quebrado, e ao mesmo tempo agoniada com a situação que nos encontrávamos.

—Carl, não é o que você esta pensando.- Ouvi Rick falar depois de algum tempo, se afastando de mim e levantando as mãos. Me videi; só agora percebi a presença de Carl, que nos encarava com a arma na mão.

—O Shane estava fora de controle, não tinha o que...- Comecei a falar, e o barulho de um tiro ecoou pelos campos, me fazendo arrepiar. Mas Rick e eu continuávamos em pé. Soltei um suspiro nervoso, ainda mais ao sentir o fofmigmento voltando.

Virei bem a tempo de ver um Shane morto pela segunda vez caindo no chão, e logo Carl e Rick se abraçavam, um chorando em cima do outro. O xerife agarrava o filho com a maior força do mundo, como se fosse o perder a qualquer instante, e o garoto apenas chorava. Me senti uma intrusa nesse momento, mas sabia que teria que atrapalhar.

O barulho de passos arrastados chegou aos meus ouvidos, e o som de gemidos distantes nos alcançou. Merda, eu tinha esquecido completamente do motivo de estar aqui.

—Temos que ir, muito rápido.- Falei para os dois, os puxando delicadamente pelos braços. Eu não tinha tempo de os deixar assim mais tempo.

—Obrigada, Alexa- Rick falou , quando se levantou, mas logo sua expressão fechou a ver o por que da minha pressa. -Carl, corre.- Pediu, segurando o filho pela mão, e lançando um olhar significativo para mim.

Nos botamos os três para correr, saindo bem na hora que a primeira parte da horda se chocou contra o arame farpado, espalhando pedaços de corpos para tudo quanto é lado.

—O que diabos aconteceu? - Perguntei no meio da corrida, deixando para lá totalmente os eventos anteriores. Por que Shane  e Rick estavam ali?

—Shane matou Randall, era uma armadilha. - Disse simplesmente, puxando a mão de Carl, que corria eufórico ao nosso lado.-Você chegou na hora certa- Falou,curto, e eu assenti. Ainda não tinha uma opinião formada sobre isso, e achava melhor não ser a pessoa a ter que conversar com ele sobre isso.

—Tem alguem na floresta? - Perguntei, preocupada com a possibilidade. Pelo jeito que ele disse e pela superficialidade que conheci as pessoas, não duvidaria disso.

—Tem, estou torcendo para terem voltado. Era o combinado... merda- Rick falou, mais para si mesmo do que para mim.

—Volte para casa com o Carl e pegue tudo que der, deixem os carros prontos- Falei, parando e me preparando para correr pro outro lado, dando a ele uma sensação de nao ter escolha.  Nao o faria escolher entre tentar salvar o filho e tentar salvar os outros. Observei seus olhos azuis me analisando. 

Rick me olhou por alguns segundos, como se pensasse os pros e contras  da alternativa, mas logo fitou Carl, que o olhava aflito. Os cabelos di menor estavam completamente descabelados, e suas roupas amarrotadas, com resquícios de sangue. Mas não era hora de discutir. Soltou um suspiro e concordou, estendendo sua arma.

—Não tem uma faca nao?- Perguntei, dando uma piscada engraçada para Carl, que abriu um leve sorriso. E dai continuei a corrida, falando um leve " desculpa" para os meus pés .

A floresta cercava toda a fazenda, mas Rick me mostrou o local mais ou menos onde tinham focado as buscas.Chequei o barril da arma e a destravei, pronta, torcendo para ainda saber mirar. Um arrepio passou pelo meu corpo quando adentrei lentamente por entre as árvores, e um sentimento de desespero se abateu sobre mim novamente. E se Maggie estivesse la? E se Daryl estivesse morto por que não consegui chegar a tempo?

Fiquei aliviada pelo fato da Carl estar bem, uma criança não merece isso. Pensei no sorriso doce de Beth e no carinhoso olhar de Hershel, e fiquei mais determinada ainda a continuar.

Percebi pelos sons que me rodeavam que a floresta ja estava infestada, mas pelo menos não estava tão cheia. Tentei rastrear passos, mas eram tantos e ja estava tão escuro que acabei apenas me perdendo mais ainda.

Um grupo de dois errantes veio em minha direção, e apenas fiz minha manobra básica de derrubar um com um chute no chão e esmagar a cabeça do outro na parede, depois dando um piso no outro.

Não queria usar a arma.

Um estrondo atrás de mim me fez começar correr, e o medo de ser uma grande parte da horda me dominou. Eu poderia ser imune a morte com as mordidas, mas não significava que nao morreria se tivesse membros arrancados. Não sou um vampiro também.

Do nada uma mão segurou o meu braço, me fazendo tropeçar nos próprios pés, acabando por derrubar a pessoa junta . Fiz toda a força possível contra o errante, tentando ao máximo tira-lo de cima de mim, mas dai percebi que o errante estava quente e confortável, e avistei dois olhos azuis faiscando no meio da escuridão. Um sentimento de tranquilidade inexplicável percorreu o meu corpo. 

—Alexa? - A voz grossa e rouca do caçador chegou aos meus ouvidos, e corei na hora percebendo a aproximação entre nós.-Que porra você esta fazendo aqui? - Perguntou logo depois, e senti um tom de raiva em sua voz. 

—O que VOCÊ esta fazendo aqui? Uma horda enorme esta toman...- Comecei a falar, mas logo uma de suas grandes mãos tapou minha boca, e o olhei indignada. Ele ainda estava em cima de mim. 

Parei de tentar me esquivar e agucei os sentidos, tentando identificar o motivo da mudança em seu comportamento, logo a quantidade de passos aumentou, e o som das folhas secas se quebrando se aproximaram de nós. Arregalei os olhos.

O caçador agora se movia lentamente, tirando silenciosamente a mão de minha boca e afastando seu corpo de mim, com um olhar significativo. Tirou de seu coldre uma pequena faca, no qual eu peguei de bom grado, e logo ele me ajudou a levantar.

Por sorte eu ja tinha me acostumado com a escuridão que recaia sobre nos, e pelo olhar de Daryl percebi que a mesma coisa acontecia com ele. Observei o local e apontei delicadamente de onde vim, fazendo com os lábios a palavra "livre". Ele assentiu, e fomos andando lado a lado, em silencio.

A caminhada até a fazenda foi como feita em um abatedouro, e a cada instante meu nervosismo aumentava. Eu sentia o suor escorrendo em meu corpo, e o cabo da faca praticamente escorregava de minha mão. Eu realmente não sabia mais entrar em ação.

Um formigamento intenso me atingiu, e parei por alguns breves instantes, mas os gemidos nos atingiram quase no mesmo momento.

—Daryl, corre- Falei, puxando o mesmo pelo braço, que arregalou os olhos e ergueu a besta ao começar a correr.

Os passos sincronizados e os passos morros acabaram se misturando, e por um assustador momento pensei ter me perdido de Daryl, mas logo um leve aperto em meu braço me parou completamente, e soltei um suspiro pesado, o encarando.

—Eles já foram embora- Falou, e o som de um motor distante chegou até mim. Estávamos no campo da fazenda.

Observei o lugar, absorvendo as ondas de caos que emanavam de todas as partes. O celeiro agora estava em chamas, e um antigo trailer jazia cheio de errantes famintos dentro.

— Alexa, vem comigo, nao se afasta- Daryl falou novamente, quando ambos saímos do choque. Olhei para ele e assenti, e finalmente avistei o objetivo dele: sua moto.

O veículo estava a aproximadamente 10 metros de nós, apoiado na pequena cerca que acalentava os arredores do campo da fazenda. Nunca fiquei tão feliz de ver uma moto.

A casa ja estava infestada como o resto do lugar, e pouco a pouco atraíamos mais atenção ainda para nós, e Daryl me puxou grosseiramente, me fazendo apressar o passo.

Observei enquanto ele montava a besta em suas costas e subia na moto, olhando para mim rapidamente. Dei um chute em um errante curioso e pulei na moto, e logo ele arrancou, e dei amem por ter conseguido subir na moto a tempo.

 

Mas agora eu só conseguia pensar na morte de Shane, e em como todos estama.

O formigamento continuou por todo o caminho.

 

 


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Notas finais do capítulo

Precio da ajuda de vocês, o que acham que vai acontecer? Desculpem mesmo a demoraa!
Manda um "oi" pra mim fantasmass!
E obrigada as lindas que sempre comentam e acompanham', amo muito isso ♥
E desculpem qualquer erro!



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