GuCilia - Uma História Diferente escrita por CDA GuCilia


Capítulo 7
Capítulo 7- A viagem


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Cá estou eu com mais um capítulo fresquinho!
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/726665/chapter/7

No dia seguinte, Cecília foi acordada pelos beijos de Dulce Maria em sua bochecha.

— Acorda mamãe!

— Bom dia meu amor! – Disse se sentando na cama – Dormiu bem?

— Sim piririm! E eu sonhei com a minha mãezinha!

— Ah é? Que bom! – Disse sorrindo para a filha – Agora vamos nos arrumar pro café?

— Vamos, eu tô com muuuita fome!

Cecília riu e pediu que a filha a esperasse, que depois a ajudaria com a roupa do dia e a mala para a viagem.

Já vestida, Cecília saía do banheiro quando Gustavo bateu à porta e entrou no quarto.

— Bom dia meninas! Animadas pra hoje?

— Sim piririm! – Responderam as duas

— Ótimo! – Disse andando até Cecília e a beijando – Separa uma roupa de banho, ok?

— Pra quê?

— Só separa, você vai saber depois! Você também filha! – Disse beijando o rosto da menina – Estamos todos esperando vocês pro café!

— Vou arrumar a Dulce e nós já descemos.

— Ok, não demorem, quero aproveitar bem o dia hoje!

Gustavo desceu para a sala e Cecília e Dulce foram até o outro quarto. Cecília, como toda mãe prevenida, separou para a filha uma roupa de banho, protetor solar, repelente e um chapéu para protegê-la do sol que fazia em Doce Horizonte.

— Pra quê tudo isso mamãe? – Questionou a carinha de anjo ao ver a mãe separar todas aquelas coisas para ela

— Pra garantir! Como nós não sabemos aonde vamos mas seu pai pediu roupas de banho, deve ser para algum lugar ao ar livre. E esse sol pode ser perigoso pra você, entende?

— Você é mais branca que eu, também precisa se proteger!

— É, eu sei! Também peguei protetor pra mim e pro seu pai. Vamos descer?

As duas desceram e tomaram um café delicioso junto à família, e por mais que insistissem, Gustavo se recusava a dizer para onde eles iriam.

— Pegaram o que eu pedi? – Perguntou ele quando subiram novamente

— A mamãe pegou um monte de coisa!

— Não exagera filha! – Riu – Eu só peguei protetor solar, repelente e um chapéu pra Dulce! – Explicou para o namorado

— Fez bem, vou pegar um boné pra mim e podemos ir.

— Até que enfim! Não aguentava mais esperar! – Exclamou a garotinha

[...]

Cecília e Dulce foram cantando e olhando pela janela durante o trajeto, tentando descobrir para onde estavam indo. A mãe de Dulce Maria se surpreendeu ao perceber que eles entravam no clube mais luxuoso de Doce Horizonte.

— Era essa a surpresa? – Perguntou sorrindo depois de saírem do carro

— Era, não gostou? – Perguntou ele

— É claro que eu gostei Gustavo! É que eu não estou acostumada com todo esse luxo, só isso! – Deu um selinho no namorado

— Vem mamãe, quero ir logo pra piscina! – Pediu Dulce Maria puxando Cecília pela mão

— Calma meu amor, não corre!

Cecília saiu do vestiário um pouco envergonhada, nunca tinha estado apenas de biquíni na frente de um homem. Viu Gustavo de longe, usando apenas um calção.

— Nossa, como o corpo dele é bonito! – Disse baixinho, mas Dulce Maria acabou escutando

— Corpo de quem?

Cecília corou e fugiu da resposta.

— De ninguém meu amor, vamos lá com o papai!

Cecília estava tão hipnotizada com o corpo de Gustavo que não percebeu quando Dulce soltou sua mão e entrou na água.

— Cecília! – Chamou Gustavo – Tá tudo bem?

Cecília despertou de sua distração com o chamado de Gustavo, sem saber muito o que dizer.

— Si-Sim! – Olhou em volta e viu que a filha já estava brincando com outras crianças – Cuidado Dulce! – A menina pareceu não ouvir

— Não se preocupe, ela está de boia e sabe nadar. Você está linda! – Disse o empresário, recebendo um sorriso - O que foi?

— Nada demais, é que é a primeira vez que um homem me vê vestida assim!

— Isso é normal Cecília, olhe em volta! E outra coisa, eu vou ser o único homem a te ver assim pelo resto da vida!

— Eu também espero que seja! – Disse já mais à vontade, o beijando – Obrigada pela surpresa!

— Tem muita coisa pra você conhecer ainda, a vida fora do internato pode ser muito boa!

— Eu posso imaginar! – Sorriu olhando em volta – Olha quanta gente, quantas crianças... 

Dulce os interrompeu, os chamando pra dentro da água. Os dois entraram e começaram a brincar com a filha, que estava feliz por ter uma família completa. Depois de muitas brincadeiras, guerras de água, beijos e carinhos entre o casal e a filha, os três saíram para almoçar e voltaram para casa, ainda tinham que se preparar para a viagem.

 Enquanto Cecília dava banho em Dulce Maria, Gustavo falava com o delegado sobre as ameaças de Nicole. Havia pedido que se montasse um esquema à paisana na porta do prédio da modelo. A qualquer passo dela, o empresário seria avisado. Deixou também seguranças na porta de sua casa e deu ordens a Silvestre e Franciele que não dissessem uma palavra a ninguém sobre o destino da viagem.

Depois de tudo pronto, no fim da tarde os três partiram para o aeroporto, com seguranças num carro atrás deles. Ao ver que Dulce Maria dormia no banco de trás, Cecília puxou assunto:

— Esses seguranças, vão viajar conosco?

— Não, eles vão do aeroporto direto pra casa. Vão revezar com os outros dois.

— Eu temo pela vida da Dulce Maria, morro de medo da Nicole descobrir onde nós estamos e planejar algo contra ela! – Disse em tom de preocupação

— Se acalma, Cecília. Ela está segura com a gente, eu dei ordens pra que ninguém dissesse o destino da viagem. E se precisar a gente sai do Brasil, como combinado.

— Deus te ouça Gustavo! Ela é só uma criança, não tem culpa de nada!

Gustavo tirou a mão direita do volante e segurou a mão de Cecília, lhe transmitindo conforto e segurança. Com ele, ela se sentia em paz, segura. Sabia que ele jamais deixaria algo acontecer com ela e com Dulce Maria, e que ele daria sua própria vida para protegê-las.

Cecília olhou para a aliança no dedo de Gustavo e o agradeceu pela felicidade que tinha ao lado dele, mesmo com a atual preocupação pelas ameaças de Nicole.

— Gustavo, – Ele a olhou – Obrigada. 

— Pelo quê? – Dizia entrando no aeroporto

— Por toda essa felicidade. Jamais eu imaginei viver algo assim, ter um namorado, uma filha. Eu sempre tive certeza da minha vocação, nada jamais tinha me feito duvidar que eu seria freira.

— Não precisa agradecer por nada. Você merece toda essa felicidade, por ser tão boa com as pessoas, só fazer o bem, e principalmente por ter se dedicado integralmente a cuidar da Dulce enquanto eu estava fora. Tenho certeza absoluta que nós ainda teremos muitas alegrias pela frente. – Parou o carro no estacionamento e beijou Cecília delicadamente – Vamos? Eu vou acordar a Dulce.

— Não acorda ela não, ela deve estar cansada. Brincou muito no clube. Eu carrego ela, não se preocupe.

— Tá bom, eu vou pegar um carrinho pra colocar as malas.

Os dois saíram do carro e Cecília abriu a porta do banco de trás. Tirou o cinto de Dulce Maria e a pegou no colo, sem acordá-la, enquanto Gustavo tirava as malas do carro. Depois de feitas todas as burocracias eles aguardavam o voo ser chamado em clima de romance. As pessoas passavam e sempre diziam que eles formavam uma bela família.

Dulce Maria acordou quando o voo foi chamado, e não parou quieta até o voo decolar.

— Dulce, agora você precisa ficar sentada e quietinha, porque o avião vai decolar. – Pediu o pai

— Tá bom papi. Mas o que eu vou ficar fazendo durante a viagem? Eu tô cansada de dormir!

— Eu trouxe seu tablet, você pode ficar jogando. E a gente vai estar aqui pra conversar e contar histórias se você quiser. – Falou Cecília – Você nem vai sentir o tempo passar.

O avião decolou e durante algumas horas Gustavo e Cecília se desdobraram para distrair Dulce Maria. De madrugada, quando ela dormiu novamente, eles preferiram o suave som do silêncio, ficando apenas de mãos dadas.

— Essa viagem estragou meus planos de lua de mel... – Disse Gustavo, olhando para Cecília

— Ai Gustavo... – Corou – A gente mal começou a namorar e você já está falando em lua de mel?

— Eu penso no futuro! A gente começou a namorar e eu já penso no noivado, no casamento, na lua de mel e nos outros filhos que a gente vai ter!

— Entendi... E o nosso acordo de “deixar acontecer”? Esqueceu dele?

— Claro que não! Tudo vai acontecer no tempo certo, no tempo que você quiser que aconteça! Mas é bom pensar no futuro.

— Obrigada por ser compreensivo. – Beijou-o suavemente – Isso tudo é muito novo pra mim, sabe?

— Por isso mesmo eu disse que tudo vai acontecer no seu tempo. Só por favor, não demore 10 anos pra se casar comigo!

— Dez anos não, mas cinco pode ser! – Riu – Vamos com calma, senhor Lários.

— Cinco ou dez anos não são nada pra uma vida inteira que passaremos juntos!

— Uma vida inteira ainda seria pouco para te amar, Gustavo.

— Eu te amo, Cecília. Você é o amor da minha vida!

— Eu também te amo, Gustavo. Te amo muito!

Eles se beijaram mais uma vez e passaram o restante da viagem trocando juras de amor e carinhos. Quando chegaram, acordaram Dulce Maria e por ainda ser madrugada foram para um hotel. Gustavo pediu um quarto só, com uma cama de casal e uma de solteiro.

"São só algumas horas, e vamos passá-las dormindo." – Cecília pensou

Ao entrarem no quarto, Cecília colocou o pijama em Dulce Maria e a deitou na cama de casal. Gustavo as olhava, encantado com o carinho e amor que tinham uma pela outra.

— Dorme você com ela, eu durmo na cama de solteiro. – Avisou Gustavo

— Tem certeza? – Ele assentiu – Tudo bem então, vou trocar de roupa.

Quando Cecília saiu do closet, Gustavo já estava de pijama, sentado na cama enquanto girava a aliança em seu dedo.

— Está pensando em quê? – Ela perguntou se sentando ao lado dele

— Em você. Estava reparando que eu não sei muito sobre a sua vida.

— O mais importante você sabe: Meu nome é Cecília, eu era noviça e eu te amo. – Disse sorrindo

— Engraçadinha! – Beijou a namorada – Eu te amo também, mas é sério. Eu não sei nada além disso e de que você morava num orfanato.

— Não tem muito o que contar além disso. Eu não conheci minha mãe e meu pai morreu quando eu tinha 10 anos e a Fátima 15. Nós fomos pro orfanato porque não tínhamos nenhum parente, e lá eu fiquei até completar 18 anos e decidir pela vida religiosa.

— Você sempre quis ser freira?

— A vida inteira não, mas por ser o único mundo que eu conhecia eu achei que fosse a melhor opção. Comecei a mudar de ideia quando conheci a Dulce Maria, e tive certeza depois de te conhecer.

— E a Fátima?

— Ela começou a trabalhar antes de sair do orfanato e casou logo depois de fazer 18 anos, e veio morar aqui com o marido.

— Você não quis morar com ela?

— Eu já queria ser freira quando ela casou, e já estava “prometida” pro colégio da Dulce. Mas e você?

— Eu tinha 19 anos quando perdi meus pais num acidente e fui morar com os pais da Estefânia, que conduziram a empresa no lugar deles. Depois de alguns anos meu tio faleceu e me deixou à frente da Rey Café, porque o Gabriel estava estudando para ser padre. A Estefânia terminou o curso de moda e foi pra Londres, ficando lá até a mãe dela morrer, de câncer. Estávamos nós três sozinhos, com uma fortuna e uma empresa pra administrar. E numa viagem de negócios pro México eu conheci a Tereza. Ela estava atrás de um bom emprego para ajudar os pais, então eu a trouxe pro Brasil, e três anos depois eu me casei com ela. Eu fiquei sem chão quando ela morreu e quis fugir, deixando a Dulce aos cuidados da Estefânia e do Gabriel.

— Eu lamento muito que você tenha sofrido por todo esse tempo.

— Não precisa lamentar, eu não sofro mais. Eu vou lembrar da Tereza pra sempre e com muito carinho, mas a minha felicidade agora está ao seu lado e da nossa filha.

— Eu prometo te fazer muito feliz, Gustavo. Porque eu já sou a mulher mais feliz do mundo! Eu tenho você, tenho a Dulce, e não preciso de mais nada.

Os dois se beijaram com suavidade, ternura e sem a menor pressa. O tempo parava para eles quando estavam juntos, e se dependesse deles, cada momento seria eterno.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Não esqueçam de comentar, por favor!
Beijos e até a próxima!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "GuCilia - Uma História Diferente" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.