Romântico Anônimo escrita por Lia Salvatore


Capítulo 2
Nove Anos Atrás


Notas iniciais do capítulo

HELLO LOVES!!
Como estão? Bem? Mal?
Bom o capítulo pode melhora o animo de quem tá mal e animar mais ainda quem tá bem (Nada convencida hein)
Eu e a Nati estamos animadas com a história e queremos agradecer muito pelos favoritos e comentários do primeiro capítulo, MUITO OBRIGADO SEUS LINDOS
Fizemos esse com o mesmo esquema do outro, com muito amor e carinho para cada um de vocês
Agora sem mais delongas...
Boa Leitura



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Fevereiro de Dois Mil e Oito, nove anos atrás...

Dia quatorze de fevereiro. Uma data especial e comemorativa na qual se celebra a união amorosa entre casais e namorados, conhecido como dia dos namorados ou dia de São Valentim, os costumes relacionados com este dia provavelmente vêm de um antigo festival romano chamado Lupercalia, que se realizava todo dia 14 de fevereiro.

A festa celebrava a fertilidade, homenageando Juno (deusa da mulher e casamento) e Pan (deus da natureza), também marcava o início oficial da primavera. Perseu já pesquisou em todos os sites e livros sobre o dia dos namorados, mas quanto mais lia sobre o assunto mais a vontade de viver esse dia, sentia. Já viu tudo sobre esse dia, mas tudo mudou no primeiro dia desse mesmo mês do ano passado quando esbarrou com ela.

Foi pensando nisso que Perseu, agora com quinze anos e no primeiro ano do ensino médio, errou mais uma bola na cesta ganhando mais um grito do professor de educação física, Gleeson Hedge. O professor Hedge dividiu a turma em seis times com cinco jogadores em cada um, quem jogava agora era o time de Perseu que tinha Jason Grace, Charles Beckendorf, Chris Rodriguez e Leonardo Valdez, jogavam contra outros garotos da sala, enquanto o resto estava nas arquibancadas observando, mas Perseu não conseguia tirar os olhos da loura, por isso nem prestava atenção no jogo.

— Presta atenção, Jackson, desse jeito vamos perder o jogo. – disse Chris irritado com a distração do garoto, ele não gostava de perder ainda mais tendo sua eterna rival, Clarisse La Rue, vendo a partida.

Perseu ficou constrangido e vermelho pela vergonha, olhou para as arquibancadas e viu que era o centro das atenções, Annabeth também o observava e isso só piorou a vermelhidão em seu rosto.

— Foca no jogo, nos ajude a tomar a bola deles agora e depois no lançamento, pode fazer isso? – pergunta Charles, ele assentiu. Olhou para todos do seu time e depois para o treinador que logo apitou e o jogo voltou.

Perseu se concentrou no jogo e internamente deu o seu melhor para impressionar uma certa loura de olhos cinzas. Fez passes certos e até algumas cestas, ajudou em outras e no final dos quinze minutos o seu time havia ganhado de trinta e seis a vinte e um. Ambos os times saíram de quadra e o time de Annabeth e Rachel Elizabeth Dare entraram, Perseu ficou encostado na porta de saída e ficou observando ela.

Além de linda e inteligente a loura é muito astuta, nas aulas de Educação Física sempre jogava para ganhar e suas estratégias eram as melhores, não tinha ninguém que a abatesse. Mas como ninguém é só qualidades, Perseu notou no último ano que se passou que a loura era muito orgulhosa e teimosa, seus amigos que o digam, pelo que notara de longe, Annabeth tinha um gênio forte, quando se irritava com algo e era muito difícil contesta-la sem ficar com medo de sua postura que ficava pronta para partir para cima.

Eram nesses e em outros momentos que Perseu gostaria de ver de perto seus belos olhos cinzas, tinha muita curiosidade sobre eles e a dona também o interessava, e muito. Respirou fundo e saiu da quadra. Ele pensou nisso as férias inteiras, e como não tinha coragem e sua timidez o impedia de fazer isso pessoalmente, Perseu criou outra coisa, outra pessoa. Foi para o seu armário, olhando toda hora para os lados, com o medo e a adrenalina de ser pego percorrendo seu corpo.

— Coragem. – murmurou pegando a rosa e o pequeno cartão branco, guardado com maior cuidado no armário do garoto.

Andou três armários a sua direita, olhou mais uma vez para os lados e tirou do bolsou dois adesivos de coração, um grande e um menor. Com as mãos tremendo colocou a rosa vermelha na altura dos olhos e colou com o adesivo grande, depois colocou o cartão junto das pétalas, olhou mais uma vez para os lados, olhou para o relógio e viu que tinha quinze minutos para o fim da aula de educação física.

Olhou mais uma vez para a rosa e ajeitou as pétalas, depois correu para o vestiário para se trocar. Tomou um banho rápido, colocou sua roupa e voou para seu armário, doido para saber a reação da loura, chegou no armário com o coração disparado, não pela corrida, mas pela ansiedade e curiosidade sobre a reação dela.

Passou as férias toda imaginando a reação dela, se iria gostar ou não, e se não gostasse o que faria? E se gostasse o que faria no próximo? Sua mãe tinha notado que tinha algo errado com ele, Perseu tinha fugido o ano todo de falar sobre isso com ela, mas nas férias não deu para segurar. Ele sempre contou tudo para Sally e esconder que estava sentindo algo mais forte por uma garota, estava o matando, gostava da relação que tinha com a doce mulher, sem segredos e depois que contou tudo, desde que trombou com ela no começo do ano até o último dia de aula, antes do recesso de inverno.

Sally ficou feliz que finalmente seu filho tinha se aberto e que ele estava tendo sua primeira paixonite, e não pensou duas vezes antes de ajudar seu menino com o cartão, sempre falando para ele criar coragem e se aproximar e depois chamar ela para sair, mesmo sabendo que isso seria no tempo dele, já que desde pequeno ele sempre fora tímido. Quando ele saiu para a aula, ficou ansiosa para saber a reação da garota misteriosa que tinha roubado o coração do seu bebê.

Segundo sua mãe, que tinha lhe dado a ideia do que fazer, ela iria gostar, ainda mais que era um dia tão romântico e perfeito para uma primeira declaração, respirou fundo e quando olhou para o corredor viu que a loura vinha junto com sua melhor amiga, Thalia. Prendeu a respiração na hora e se escondeu atrás da porta.

— Olha só. – escutou Thalia falando, olhou pelas frestas da porta de seu armário, vendo a loura meio avermelhada e sorrindo enquanto sua amiga lhe entregava a rosa e pegava o cartão.

— Ela é linda. – disse Annabeth completamente encantada pela gentileza.

— Vamos ver quem fez isso. – diz Thalia curiosa também, abriu o cartão e leu seu conteúdo em voz alta.

“Quando lhe achei, me perdi, quando vi você, me apaixonei.”.

                                                             Ass: Romântico Anônimo.

— Parece que você tem um admirado secreto, Annie. – sorriu para a amiga que tinha pego o cartão da sua mão e olhava a caligrafia de seu admirador.

— Realmente, Lia. – suspirou. – Olha que letra linda.

— Hmmm, vai apaixonar pelo Romântico Anônimo, é? – Thalia zombou de Annabeth que deu um leve empurrão na morena.

— Para de ser boba. – sorriu tímida.

— Você tá toda encantada com isso, não está Annie? – perguntou Thalia curiosa.

— Um pouco. – respondeu de maneira sincera. – Melhor seria se eu soubesse quem é a pessoa por trás disso tudo.

Thalia pareceu pensativa e cutucou a amiga, que logo foi tirada de seu transe.

— E se a graça for justamente essa, Annie? – Annabeth pareceu confusa num primeiro momento.

— Como assim?

— De repente, a graça seja justamente você não saber quem ele é. – Annabeth olhou curiosa, Thalia revirou os olhos. – Talvez a graça esteja em ele te cortejar como Romântico Anônimo, para então, vir se declarar oficialmente.

Annabeth pareceu pensativa, mas logo sorriu para a morena que olhava de forma empolgada para a amiga.

— Acho que você tem razão. – comentou. – Só espero que não seja nenhuma brincadeira de mau gosto.

— Provavelmente não deve ser.

— Como sabe disso?

— Eu não sei, mas um garoto para fazer algo assim e querer apenas brincar com os sentimentos de alguém, tem de ser muito babaca. – respondeu. – O que possivelmente, não é o caso dessa pessoa.

— Tem razão.

— Claro que tenho. – respondeu Thalia com um sorriso triunfante. – Agora vem, a aula de Inglês vai começar e aquela velha vai pegar no nosso pé se não estivermos dentro da sala no mesmo instante.

Annabeth assentiu e seguiu a morena, sumindo da visão de Perseu, que parecia na lua, com tudo o que ouvira.

Seu coração faltou disparar e sair voando pela boca, ele estava incrédulo, mas ao mesmo tempo radiante ao notar que ela gostara da surpresa e que concordara com Thalia de que isso era real e não uma brincadeira de mau gosto. Perseu não via a hora das aulas terminarem para correr e contar a sua mãe que tudo havia dado certo.

Duas horas depois...

Perseu mal chegou em casa e a primeira coisa que Sally fez, foi vir correndo para saber como havia sido o dia para seu garoto, notou que ele carregava nos lábios um sorriso bobo e satisfeito.

— Pelo jeito correu tudo bem. – comentou Sally curiosa.

Perseu sentou no sofá e Sally o acompanhou, seus olhos exalavam expectativa. Um silêncio tomou conta do ambiente, Sally ficou impaciente.

— Não vai falar nada, Perseu? – perguntou curiosa. – Me conta!!

Perseu riu da maneira que a mãe lhe pediu que contasse, parecia uma adolescente, doida para saber a fofoca mais recente do colégio. Ele suspirou e assentiu.

— Ela gostou, mãe. – falou sorrindo.

— E como foi? – perguntou curiosa.

— Da forma como a senhora me ensinou. – comentou se lembrando do que acontecera mais cedo. – Coloquei a rosa e o cartão no armário dela, e quando ela e a amiga chegaram até lá, foram surpreendidas, o sorriso que ela deu, para mim, fez com que meu dia se enchesse de luz.

Sally sorriu ao ver a felicidade estampada no rosto de seu menino, abriu os braços e o abraçou bem forte, Perseu retribuiu o abraço acalentado da mãe.

— Estou tão orgulhosa de você, meu filho. – beijou a testa do garoto. – E sou grata por você deixar que eu participe desse momento.

Perseu sorriu, gratidão tinha ele por sua mãe fazer parte e ajuda-lo da melhor forma possível, o sorriso não deixou aqueles lábios pelo resto daquele dia, o garoto nunca tivera tanta certeza na vida, achara um jeito de chamar a atenção da loura, deixando-a curiosa e ansiosa pela próxima atitude do Romântico Anônimo.

Quatro meses depois...

O tempo foi se passando e toda semana, na sexta feira o Romântico Anônimo aparecia misteriosamente no armário da loura, que a cada semana se encantava mais por esse garoto de outro século que por algum motivo tinha se encantado por ela, mas que ainda nesse tempo todo não se revelara.

Ao passo que os dias se passavam, Perseu se apaixonava ainda mais, ver aquele sorriso, largo e brilhante, estampado no rosto de Annabeth, para si, era como ganhar o Oscar, ainda mais por saber que ele se dava, assim que ela lia o cartão, ou inalava profundamente o cheiro daquela rosa, Perseu tinha certeza de que era esse sorriso que ele queria ver para o resto da vida, pois para ele, Annabeth ficava ainda mais bonita sorrindo.

Naquela sexta-feira não foi diferente, Perseu foi até o armário de Annabeth, a garota loura que havia roubado seu coração, era a última aula do dia, faltava menos de dez minutos para o sinal bater, ele aproveitou que sua sala estava bagunçada e pediu a professora para deixa-lo ir ao banheiro, “uma pequena mentira, para um sorriso dela”, pensou consigo. Em seu armário, pegou um buquê, aproveitando o fato de que não a veria por pelo menos três longos meses, sua intenção era que aquilo pudesse demonstrar todo afeto que ele vem guardando dentro de si e que ao mesmo tempo, a saudade pudesse ser transmitida através da mensagem que o cartão carregaria. Seguiu até o armário de Annabeth, pendurou o buquê e colocou o cartão entre as pétalas, sorriu lembrando dos sorrisos que a loura dava ao pega-las nas mãos, afastou-se o suficiente para voltar a sala sem que percebessem que demorara mais do que de costume.

Assim que o sinal bateu, Perseu correu para seu armário, disfarçou apenas para observar o que viria a seguir, como sempre, abriu a porta do armário e ficou observando Thalia e Annabeth chegarem ao armário da loura.

— Nossa, Annie, olha o tamanho disso! – exclamou Thalia exasperada pelo tamanho do buquê.

— É, dessa vez ele caprichou. – soltou uma leve risada, Annabeth soltou o buquê de seu armário, e logo viu o cartão entre as pétalas.

Thalia foi mais rápida, puxou o cartão de entre elas e sorriu.

— Vamos ver o que o espertinho escreveu dessa vez. – comentou abrindo o cartão.

“ Confesso que te amo e passo dias desejando estar com você em todos os momentos, inclusive, em seus aniversários para torna-los inesquecíveis, sua felicidade é a coisa mais importante para mim, sonho com o dia que a terei para mim eternamente e meu coração se emociona ao pensar no futuro beijo que trocaremos, meu objetivo é ter uma vida a dois contigo e por mais que eu não possa fazer isso, tudo o que eu gostaria de pedir é que me ame, lembrando sempre que a amarei para o resto da vida, porque o que há de melhor nessa vida? Do que amar e ser amado? Te amo, linda ♥

                                                                  Ass: Romântico Anônimo.

— Uau. – disseram as duas.

— Annie, esse cara não existe. – Annabeth olhou curiosa para Thalia, que sorriu em seguida. – É só uma expressão, Annie. É que ele é romântico demais para um garoto da nossa idade e, bem, pelo jeito ele te ama mesmo.

— Já faz mais de um ano, Lia. – suspirou Annabeth. – Ele nunca se revelou para mim.

— Calma, Annie. Talvez ele seja tímido para falar alguma coisa, ainda. – apoiou as mãos nos ombros da loura. – Talvez ele queira saber se será correspondido quando finalmente aparecer.

— Talvez seja, Lia. – suspirou. – Mas e se ele não for como eu gostaria que fosse? E se eu estiver me apaixonando por um cara que não esteja dentro das minhas expectativas?

— Sério que você liga para isso? – perguntou a morena incrédula para a amiga.

— Claro. – respondeu.

— Annabeth, um cara romântico desse, só pode estar dentro das suas expectativas. – revirou os olhos. – Sinceramente, eu tenho quase certeza que ele é tão nerd quanto você e que se apaixonou assim que viu o quanto você é uma garota incrível, mas a timidez dele não deixa se aproximar.

— Pode ser, mas sei lá, Lia. – suspirou meio triste. – Ele podia aparecer logo.

Thalia concordou e seguiu com a amiga para a saída, Perseu sorriu, por tudo o que ouviu, finalmente a loura dos olhos cinzentos estava se apaixonando por ele? Bem, quer dizer, por seu alter ego, Romântico Anônimo.

Aquilo o deixou pensativo, ver Annabeth impaciente por não saber quem ele é, fez com que Perseu notasse que talvez fosse a hora de começar a demonstrar que era ele, através do Romântico, mas ao mesmo tempo, o moreno tinha receio de ser cedo demais. Perseu percebeu que essa batalha entre sua timidez e o cara romântico que tinha dentro de si, só estaria começando e ele, bem, ele estava perdido.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Animou quem tava mal? E quem tava bem?Melhorou mais ainda?
Gente quem quiser ler mais historias vou deixar o link do meu perfil
https://spiritfanfics.com/perfil/thaliasalvatore/historias
O da Nati - Tem fanfic's nota MIL
https://spiritfanfics.com/perfil/natichase/historias
E essa e uma fanfic original que tô escrevendo com a Manda (~StydiaIsEndgame) Bjs friend
https://spiritfanfics.com/historia/as-desventuras-de-marina-8197560
E por ultimo, mas não menos importante, a fic da Milla com a Manda, Bjs Milla
https://spiritfanfics.com/historia/thinking-of-you-8116242

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Beijocas e até mais✌



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