O que tem por trás de uma carinha de anjo? escrita por Alessandra


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Como prometido aqui vai mais um!!



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Voltei pra casa arrasada, não pela atitude da menina, mas pelo jeito como seu pai havia me tratado, tenho certeza que fiz a coisa certa, não agüentaria trabalhar lá. Mas meu coração ficou aflito como se implorasse por aquela garota, é estranho eu sei, mas alguma coisa tinha diferente naquele olhar, naquela carinha de anjo... Parei de repente de escrever em meu diário ao escutar batidas insistentes na porta. – Fafá sempre esquecendo a chave, só não esquece a cabeça porque a mesma é colada no corpo. – Falei sorrindo já me dirigindo a porta, me deparando com quatro olhinhos brilhantes e surpresos em minha direção.

— O que vocês fazem aqui?- Perguntei olhando pra tudo a minha volta, a casa tava uma bagunça, estava com um vestido básico, descalça e cabelos soltos, não imaginava que ia receber visitas.

— De todas as maneiras que imaginei ser recebida, essa foi a pior, poxa tanto trabalho papi.

— Desculpa pequena, não imaginava que vocês viriam aqui, ainda mais depois de tudo o que disse. – Falei olhando exclusivamente para o Senhor Gustavo.- Enfim a que devo a honra da visita de vocês? – Falei saindo da frente da porta para que ambos entrassem.

— Vim pedir desculpas pela minha travessura. – Falou com um biquinho fofo, como se já estivesse prestes a chorar.

— Oh princesa, não precisa pedir desculpas meu amor, entendo você. Mas da próxima vez que for me dar banho de tinta me avisa ta bom? – Riram juntos. – Porque deu um trabalhão limpar aquela sujeira daqui.

— Não vou mais fazer isso com você, pelo menos não com a tinta. – Falou travessa.

— Ah, quer dizer então que posso ser atacada de outros jeitos?

— Simpiririm, agora mesmo vai ter um ataque.

— Como assim? – Falei.

— Assim. – Chegou bem perto de mim, agarrando minhas pernas em um abraço desajeitado. – Desculpa Cecília, você não merecia tinta, merece flores. – Sussurrou no meu ouvido, depois  seu pai me estendeu o ramalhete que ele trazia atrás de si.

— Assim vocês me deixam sem jeito, obrigada.- Sorri largamente.

— Você vai aceitar voltar pra me conhecer melhor dessa vez? – Sorriu doce.- Prometo que não vou aprontar mais com você.

— Não sei. – Falei pensativa. – Não foi sua travessura que me fez dispensar esse emprego Dulce.

— Você fez alguma coisa com ela pai?

— Não meu amor, seu pai não fez nada. – Complementei rapidamente olhando para Gustavo que me observava assustado com a pergunta repentina.

— Então porque a dúvida?

— É difícil Dulce, mas eu prometo que vou pensar ta bom?

— Poxa. – Fez um bico suplicante.

— Dulce meu amor se despeça dela e vá indo pro carro princesa o papai precisa falar com a Cecília, é rapidinho.

— Xauzinho Ceci, pensa com carinho ta? – Falou me puxando de modo que me abaixasse para que a mesma me desse um beijo estalado na bochecha.

— Ok mocinha, vou pensar sim, pode ter certeza, obrigada pela surpresa meu anjinho. – Ele esperou até que a menina saísse do nosso campo de visão para começar a se explicar, mas o interrompi, não precisava de explicações. – Não precisa me dizer nada Senhor, se aceitar voltar ao trabalho prometo que não me meterei mais em nada, afinal sua vida não me diz respeito, voltarei porque essa menina é um doce e não sei por que já me sinto tão ligada a ela.

— Mas Cecília, eu também te devo desculpas. – Falou chegando mais perto tocando sutilmente em meu braço, tal toque mesmo simples fez arrepios percorrerem pelo meu corpo, meu Deus o que seria isso?.- Eu não tinha que ser tão grosso com você, mas é que sei lá, você também foi evasiva não estava preparado para aquilo, mas não precisamos discutir sobre isso, a minha filha comentou que você disse que estava precisando do emprego e não acho justo que essa vaga seja preenchida por outra pessoa, minha pequena precisa de alguém como você perto dela. – Terminou de falar depositando um beijo casto em minha bochecha fechando a porta em seguida mesmo sem minha resposta, apesar de que estava tão anestesiada, que tenho certeza que não sairia nada de minha boca nesse momento.  


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