TWD - Quinta Temporada escrita por Gabs


Capítulo 7
Cinco


Notas iniciais do capítulo

"Mas Beth queria trazê-lo aqui. Queria que ele voltasse para casa. Isso foi por ela."



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Três semanas depois

Quando participei da reunião que Rick fez para contar sobre o que Beth queria fazer, escutei pela boca dele a história de Noah. A irmã mais nova de Maggie queria levar o menino para um lugar perto de Richmond, na Virgínia. Aparentemente o grupo dele estava lá, umas vinte pessoas protegidas por muros, morando em casas.

E mesmo sabendo que a viagem seria longa, aceitamos.

Senme voluntariar para ir com um pequeno grupo na frente até Shirewilt Estates, ver se estava tudo ok e seguro antes do restante do grupo chegar, avistei uma placa dizendo que estávamos no quilometro 221 da Carolina do Sul. 

— Quanto falta? – Perguntei tentando não parecer uma criança ansiosa, me apoiando no banco dos passageiros, onde estavam sentados Rick e Michonne 

— Oito quilômetros. – Noah me respondeu, depois de dar uma olhada na estrada que estávamos

— Ei, Carol. – Rick a chamou, após aproximar o walkie-talkie dos lábios e apertar o botão para falar

Estou aqui.— A voz de Carol soou através do aparelho, assim que ele largou o botão

— Estamos quase lá. – Rick lhe contou, aproximando novamente o walkie-talkie dos lábios – Eu só queria checar o alcance.

Todos estão esperando.— Carol contou, sua voz chiou um pouco – Já andamos oitocentos quilômetros. Vai ver essa é a parte fácil.

É, nosso grupo já havia percorrido oitocentos fucking quilômetros desde a igreja até agora. Ora caminhando, ora de carro. Imagine o cansaço, a escassez de suprimentos... A única coisa que me animava era que encontraríamos a família do Noah e teríamos um belo jantar.   

— Temos que pensar assim. – Rick comentou com ela, apertando o botãozinho do walkie-talkie para falar – Nos dê vinte minutos para verificar.

Se não tivermos notícias, iremos procurar vocês.— Carol nos avisou pelo walkie-talkie

— Entendido. – Rick lhe disse, apertando mais uma vez o botão para falar, encerrando a comunicação

Encostei minhas costas no apoio do banco e segurei a minha vontade de pegar o walkie-talkie das mãos dele para começar uma conversa com Daryl, para saber como ele estava. Meu marido estava... distante. Desde que... bem, desde que Beth desapareceu e tudo isso piorou quando ela morreu.

Se eu nunca soube o que se passava em sua cabeça quando ficávamos juntos durante horas e horas, imagina agora.

— Eu queria te dizer algo. – A voz de Noah chamou parte da minha atenção, ele estava falando com o motorista, o Ty

— O que seria? – Tyreese perguntou, mantendo seus olhos atentos na estrada em que estávamos

— A troca. – Noah lhe respondeu – Você fez a coisa certa ao apoiar a Kylie. Funcionou. Só que... Só que algo mais aconteceu depois.

— Foi do jeito que tinha que ser. – Tyreese comentou com ele – Da forma que sempre é.

— Eu nunca quis matar alguém antes. – Noah murmurou, balançando a cabeça negativamente

— Eu já quis isso. – Ty lhe contou – Mas isso me fez enxergar nada, a não ser o que eu queria. Eu não estava enfrentando.

— Enfrentando o quê? – Noah perguntou, um pouco confuso

— O que aconteceu, o que está acontecendo. – Tyreese lhe respondeu, alternando o olhar entre a estrada e ele – Meu pai sempre disse para Sasha e para mim que era nosso dever, como cidadãos do mundo, acompanhar as notícias. Quando eu era pequeno e estava no carro dele, sempre havia histórias no rádio. Algo que aconteceu a Mil e seiscentos quilômetros de distância. Ou no final da quadra. Algo horrível que eu não podia nem entender. Mas ele não trocava de estação. Nem desligava. Simplesmente seguia ouvindo. Para enfrentar. Para ficar de olhos abertos, preparado. Ele dizia que esse era o alto custo que pagamos por viver.

— Eu perdi o meu pai em Atlanta. – Noah contou, deixando toda aquela história ainda mais mórbida – Acho que ele teria gostado do seu. Ainda tenho minha mãe e dois irmãos gêmeos. – Ele pareceu sorrir brevemente, antes de completar – É o que eu espero.  

— Eu também. – Tyreese comentou come ele – Eu também espero.

— Falta três quilômetros. – Noah nos avisou, depois de uns segundos em silêncio

— Está bem. – Rick murmurou e então esticou o braço para tocar o ombro de Tyreese – Vamos estacionar na mata. Iremos caminhando. Ficaremos fora da estrada.

— Não é preciso. – Noah falou logo em seguida

— Será apenas por precaução. – Michonne comentou com ele

Quase dei um pulo de susto quando Glenn quebrou no meio o cd que ele estava segurando. Eu o olhei, balançando a cabeça negativamente e murmurei que aquilo tinha me assustado, apenas para ouvir um murmuro de desculpas em troca.

Assim que o carro parou perto de alguns carros e nós descemos, respirei fundo, aproveitando o ar puro da clareira. Olhei ao redor, para alguns carros estacionados perto do nosso, e se levarmos em conta a poeira, todos pareciam abandonados.

— Isso é bom. – Rick comentou, olhando ao redor, das árvores aos carros abandonados – As árvores nos farão parecer parte da paisagem.

Um gemido familiar chamou nossa atenção e todos nós olhamos para o carro atrás de Rick. Havia um caminhante solitário ali dentro, gemendo, passando a mão no vidro, tentando nos pegar.

— É por aqui. – Noah murmurou alto, apontando levemente para o caminho que tínhamos que seguir

Nós o deixamos ir na frente, guiando o caminho. Fiz questão de olhar para tudo e todos conforme andávamos atrás dele, atravessando a floresta. Se tem uma coisa que eu aprendi conforme os anos vividos do novo mundo, é que precaução nunca é demais.

— Seu pessoal fez isso? – Perguntei a Noah, enquanto caminhava ao seu lado e apontava nada sutilmente para a cerca mais à frente

Não era uma cerca nada bonita. Era apenas vários arames amarrados em várias árvores, dificultando um pouco a nossa aproximação.

— Eles queriam. – Ele me respondeu, observando a cerca – Devem ter feito.

Michonne, a qual estava um pouco mais a frente se abaixou ao chegar perto o suficiente da primeira “cerca” e passou sem nenhum problema, se esquivando dos arames bem amarrados. Segurei a cerca levemente, apenas para ela parar de se mexer e me abaixei, passando por ela e assim que já estava do outro lado com Michonne, segurei a cerca para Rick passar. Perto de nós, do nosso lado da cerca, Noah grunhiu, levando a mão até a testa.

— Você está bem? – Rick lhe perguntou, ao passar por mim

— Sim. – O menino respondeu, voltando a colocar a mão na testa e depois ver seus dedos

— Deixa eu ver. – Murmurei, me aproximando dele e assim que vi sua testa, ri baixo – É só um arranhãozinho, você vai sobreviver.

Ele murmurou que sabia disso e nos indicou o caminho novamente. Nós andamos por mais alguns metros, apenas para pararmos ao avistarmos os telhados das casas, do outro lado da floresta.

— Eles têm vigias? – Escutei Rick perguntando e me virei para vê-lo, ele estava perto de Noah, os dois haviam parado – Atiradores?

— Tínhamos um caminhão onde ficávamos posicionados. – Noah lhe respondeu

Glenn passou por mim e se inclinou, para ver melhor o que estava lá na frente e assim que voltou ao normal, comentou, balançando a cabeça negativamente.   

— Hoje não.

Antes de sacar a minha faca, vi Noah franzir o cenho, como se aquilo não fosse um habito do seu grupo e isso já foi o suficiente para todos nós nos prepararmos para qualquer coisa. Caminhamos com calma até chegarmos à rua que nos levaria ao lugar onde a família de Noah morava e seguindo por ela, passamos por restos humanos, talvez de caminhantes, muita sujeira e até mesmo um daqueles relógios antigos.

Noah apressou o passo, mancando e chegou até o portão que nos separava da sua antiga comunidade. Ele empurrou o portão e assim que viu que estava trancado, o chacoalhou.

— Ouviram isso? – Ele nos perguntou, assim que colocou sua orelha no portão, para escutar o que estava acontecendo lá dentro

Claro que ouvimos.

Um grande som de nada.

— Esperem aqui. – Glenn murmurou, guardando sua pistola no coldre, enquanto se aproximava do muro

Nós o observamos subir parte do muro para olhar lá dentro. Glenn ficou longos segundos em silencio, encarando o que quer que tivesse lá dentro e assim que virou seu rosto para nós, balançou a cabeça negativamente.

Merda.

Quase do meu lado, Noah se movimentou e logo que me virei para olhá-lo, o vi imitar o coreano e subir parte do muro, para olhar lá dentro e ver com seus próprios olhos.

Mas aí ele pulou o muro.

Resmunguei baixo, e assim como os outros, escalamos o muro e pulamos para o outro lado. A visão que eu tive da comunidade de Noah não foi uma das melhores, nos gramados haviam pessoas mortas, umas carbonizadas e outras já em estado de decomposição. As casas estavam queimadas, assim como as pessoas, carros, pertences...

Tudo estava destruído.

— Noah, espere. – Escutei Rick dizer, meio apressado – Noah!

Tirei meus olhos de toda aquela destruição e olhei para frente, apenas para ver o menino que antes andava, começar a correr, mancando.

Crispei meus lábios e mesmo sabendo exatamente que aquela atitude poderia dar em merda, corri atrás dele, imitando os outros da minha família. E para um menino com problema no joelho, que anda mancando, ele correu bem rápido, até parar na encruzilhada mais a frente.

Noah colocou as mãos na cabeça e começou a chorar, enquanto olhava para todos os lados, vendo o lugar que chamou de lar, o lugar onde sua família estava.... Todo destruído. Enquanto ele se jogava no chão, ainda em prantos, nós praticamente lhe rodeamos, um de cada lado, olhando para as ruas, procurando por ameaças ou até mesmo sinais de pessoas vivas.

Mas as únicas coisas que se mexiam eram solitários caminhantes, os quais ainda não haviam nos notado ali, no meio da rua e nem escutado o choro de Noah.

— Vamos. – Tyreese murmurou, se aproximando do menino, se abaixando um pouco para tocar os ombros dele – Está tudo bem. Você ficará conosco agora.

Passei a mão pelo cabelo, admitindo para mim mesma que estava frustrada com tudo aquilo. Era para ser um novo começo, em um novo lugar, com gente nova.... Mas tudo que encontramos foi casas destruídas pelo fogo, gente carbonizada nos gramados e alguns caminhantes.

Os passos e gemidos do caminhante mais próximo chamou parte da nossa atenção. Havia apenas um, se aproximando de nós, lentamente.

— Eu cuido dele. – Michonne murmurou, depois de coçar a cabeça e em sua voz, também detectei frustração

Enquanto ela sacava sua espada, me virei para o menino sentado no chão, chorando. Me aproximei dele, e ao me agachar perto o suficiente para tocar seus ombros ou fazer um carinho de consolo na cabeça, me contive a apenas tentar conversar com ele.

— Sinto muitíssimo, Noah. – Murmurei a ele, depois de respirar fundo e procurar por palavras para dizer – Sinto de verdade.

— Todos nós sentimos. – Rick completou e logo em seguida, balançou a cabeça negativamente, enquanto olhava ao redor – Vamos ver se tem algo útil e voltar.

— E depois o quê? – Michonne perguntou meio áspera, ainda não tinha matado o caminhante que se aproximava e ainda estava no mesmo lugar de antes, a poucos passos de distância – Eles nos viram. – Ela balançou a cabeça negativamente, e enfim, se virou, para caminhar na direção dos caminhantes

Me levantei e olhei ao redor. Não era mais aquele único caminhante que estava se aproximando, tinha mais alguns, eram poucos, mas eram um problema.

— Podemos dar uma olhada rápida. – Glenn comentou, olhando de Rick para mim

— Eu fico com ele. – Tyreese murmurou

— Ok. – Rick murmurou de volta e tirou o walkie-talkie do cós da calça, e antes de lança-lo no ar em minha direção, ele disse – Fale com ela.

Afirmei com a cabeça, depois de murmurar que não era legal ele deixar que eu conte a bomba e assim que peguei o rádio no ar, o levei até a boca e apertei o botão para falar, enquanto me distanciava um pouco deles.

— Carol? – Eu a chamei e logo soltei o botão, para esperar pela resposta

Oi.— A voz dela soou pelo rádio, mostrando que a recepção ainda estava boa – Estou aqui, Gabriela.

— Nós chegamos, conseguimos. – Anunciei, apertando novamente o botão para falar – Só que.... Está tudo destruído, não tem nada.

Não recebi uma resposta, e eu não estava esperando por uma. Sabia que a decepção não era exclusiva apenas para nós.

Guardei o walkie-talkie no cós da minha calça camuflada e esperei Michonne matar os caminhantes para podermos ir vasculhar as casas. Ty e Noah ficaram para trás, no mesmo lugar em que o deixamos enquanto nós quatro íamos vasculhar as casas. Paramos na primeira casa que não estava completamente queimada, mas mesmo assim, ainda estava um pouco destruída. Nós rodeamos o carro cheio de poeira e chegamos até a porta da garagem.

Parecia ter algumas coisas ali dentro, mas eu ainda não saberia dizer se seriam uteis para nós.

O som de vidro se quebrando tirou meus olhos das coisas de dentro da garagem e me levaram a olhar diretamente para Michonne. Ela havia acabado de quebrar um quadro onde tinha uma camiseta emoldurada, provavelmente tinha alguma assinatura de um jogador famoso. Rick estava ao seu lado, pois provavelmente também notou que seu comportamento estava estranho.

— Camiseta limpa. – Ela se explicou ao notar o olhar dele, enquanto se abaixava para pegar a camiseta branca

— Vamos pensar em algo. – Rick comentou com ela, alto o bastante para Glenn e eu ouvirmos, mesmo estando a uns bons passos de distância

— Vamos. – Michonne murmurou e se virou para olhar a garagem, enquanto chacoalhava a camiseta para tirar qualquer resquício de vidro quebrado que poderia ter nela – Tem uns sacos de lixo na garagem.

E depois de falar isso, ela se afastou, caminhando em direção à garagem.

Rick balançou a cabeça levemente e caminhou em nossa direção, parando praticamente na minha frente e do lado de Glenn.

— Vocês achavam que o lugar não existiria mais? – Ele nos perguntou, alternando o olhar entre nossos rostos

— Vocês achavam? – Glenn perguntou no mesmo instante, um tanto quanto confuso e perplexo

— Eu tinha uma pequena esperança. – Murmurei em resposta, encolhendo os ombros – Não posso mentir, tinha mesmo.

— Depois do que houve, logo depois da Beth ser atacada no hospital, vi aquela mulher, a Dawn. – Rick comentou, trocando o peso do corpo para o outro pé, enquanto apoiava a mão no seu revolver no coldre, algo que sempre costumava fazer – Ela não quis fazer. Eu sabia, eu vi.

— Se não queria, por que ela puxou o gatilho? – Perguntei logo em seguida, começando a me irritar – Ela... – Crispei meus lábios, ao lembrar da cena e sabendo que eu não poderia descrever o que vi, disse – Você viu!

Ao nosso lado, Glenn respirou fundo, enquanto se apoiava no carro e prestava a atenção nas coisas que dizíamos, prestava muita atenção.

— Eu sei, eu sei. – Rick me disse, erguendo a mão para tentar me acalmar e logo completou – Eu também quis matá-la. Mas eu me lembro de ter pensando se faria diferença, de um jeito ou de outro. Não tinha nada a ver com a Beth. – Ele balançou a cabeça negativamente – Eu não sei se achava que o lugar ainda existiria. Mas Beth queria trazê-lo aqui. Queria que ele voltasse para casa. Isso foi por ela. – Olhou ao redor, para as casas destruídas – E poderia ter sido por nós também.

Soltei a respiração pela boca, balançando levemente a cabeça.

Estava tão cansada, tão casada das coisas dando errado, das pessoas morrendo.... Eu apenas queria um lugar bom, com muros, para criar meu filho sem ter que dormir com os dois olhos abertos.

— Eu estava pensando naquele cara do contêiner. – Glenn comentou, cruzando os braços

— Que cara do contêiner? – Perguntei para ele, um pouco confusa

— Nos contêineres do Terminus. – Ele me respondeu, balançando a cabeça levemente – Antes de chegarmos onde vocês estavam, tinha um homem pedindo ajuda.... E eu fiz a gente parar. – Glenn indicou Rick com a mão, enquanto nos olhava alternadamente – Depois da prisão, viajando com a Gabriela, eu recuperei a Maggie. As coisas estavam boas. Perder Washington... – Ele respirou fundo, se abaixando para pegar o taco de baseball que estava junto com a camiseta que Michonne havia pego momentos antes – Perder a Beth logo após saber que ela estava viva... – Se levantou, apoiando a mão no joelho – Eu ainda não estava com vocês. Se fosse agora, eu não teria nos feito parar naquele contêiner. – Balançou a cabeça negativamente, olhando principalmente para Rick – Teríamos passado direto. E eu teria matado aquela mulher. Mesmo se fosse certo ou errado.

— Precisamos parar. – Michonne comentou, estava perto de nós e eu nem mesmo havia visto ela se aproximar – Podemos ficar aqui por muito tempo.

Olhei ao redor mais uma vez, para olhar as casas. Realmente, se quiséssemos, daria para montar um bom acampamento aqui, poderíamos limpar o lugar como fizemos na prisão, reaproveitar algumas das casas, aproveitar e melhorar os muros....

Mas tinha uma grande pergunta por trás de tudo aquilo.

Valia a pena?

— Eu vou dar uma olhada por aí. – Comentei com eles, dando de ombros

— Aqui. – Mich me estendeu um de seus sacos de lixo preto – Faça a festa.

— Farei. – Murmurei novamente, enquanto me virava de costas e caminhava para a próxima casa da lista

Ainda escutando os três conversarem entre si, continuei meu caminho, sem a mínima vontade de fazer parte daquela conversa, pois era sempre, sempre o mesmo assunto de três semanas atrás.

A morte de Beth.

Terminus e seus canibais.

Sempre a mesma coisa.


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Notas finais do capítulo

Tacos de baseball perseguem as pessoas.



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