What Fred Left Behind escrita por mischief


Capítulo 2
He is not here


Notas iniciais do capítulo

Olá, meus leitores!
Gostaria de agradecer a todos que comentaram no Prólogo, isso me deixou realmente muito feliz! E espero que vocês gostem da fanfiction ♥
Esse capítulo está bem mais focado no George.
Boa leitura ♥



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No jardim da Toca, dois garotos ruivos idênticos não se importavam em sujar suas calças com barro recém formado pela chuva, que havia caído há poucos minutos atrás.

Caminhando o mais longe que podiam dos ouvidos de sua mãe, Fred e George começaram a testar fogos de artifício para sua tão sonhada loja de logros.

Então, quando soltaram o seu terceiro protótipo, uma explosão estrondosa os deixaram surdos por alguns segundos.

Molly não saberia dizer por qual ordem de acontecimentos que ela brigaria com seus filhos.

Fred e George entravam na Toca com os pés enlameados, os rostos manchados com fuligem e com uma sobrancelha quase inexistente.

Eles sorriram amarelo, enquanto Gina rolava de rir.

Os gêmeos Weasley sempre foram inseparáveis.

Nasceram juntos - embora Fred fosse alguns instantes mais velho -, cresceram juntos, suas roupas eram quase como conjunto uma da outra, compartilhavam um quarto e grandes planos.

Então, por quê não?

Deixaram-se ser a cara metade um do outro, eram conhecidos como uma dupla, e que assim fosse, no tanto que sempre pudessem se divertir juntos.

Todos sempre enxergaram os gêmeos Weasley como seus reflexos, mas estavam usando a expressão errada, Fred e George eram como se fossem seus espelhos.

Idênticos, mas opostos.

Eles eram seus complementos, enquanto um dizia branco, o outro dizia preto, e para todos, eles mostravam a harmonia do cinza, os gêmeos Weasley, e não mais apenas Fred e George.

Era algo que funcionava. E que os agradava. Nunca poderiam reclamar de serem os gêmeos Weasley, os tais Fred e George, que mal havia em ser conhecido ao lado da pessoa que você mais amava no mundo?

Nenhum.

Era uma tarefa complicada os distinguir, principalmente se lhe foram apresentados como: “este é o Fred, e este é o George, ou algo assim”, e desta forma, fora a maioria dos casos.

Por isso estava sendo tão difícil.

Não obstante, Fred ainda era Fred. E George sempre fora George.

Mas eles nunca ligaram em serem os gêmeos Weasley, Fred e George.

Uma lembrança tão alegre do dia em que foram quase expulsos de casa pela sua mãe, ela estava furiosa por causa do chão sujo, e fora por um triz que não os deixou com suas sobrancelhas pela metade, a fim de lhes ensinar uma lição.

Todos os momentos em que George fora verdadeiramente feliz, estavam relacionados à Fred para sempre. E as lembranças se tornaram tristes também, ele nunca poderia viver aquilo novamente.

George acordou, mas como todos os dias desde 2 de maio de 1998, ele não quis levantar da cama.

Então, ficou deitado ali, no antigo quarto de Percy - porque nunca mais seria capaz de entrar no que dividia com Fred -, sozinho, perdido em seus próprios pensamentos.

Se ele estivesse ali, tentaria adivinhá-los.

Suspirou profundamente, sentindo sua garganta se fechar.

Se ele estivesse ali, provavelmente teria jogado um travesseiro em sua direção, dizendo que deveriam se apressar para tomar o café da manhã antes que Rony devorasse todo o bacon.

Mas nem ao menos Rony queria saber do bacon.

A Toca nunca fora tão silenciosa.

A casa em que antes podia-se ouvir barulhos de explosões vindo do quarto dos gêmeos, conversas insanamente altas durante as refeições e gritarias pelas escadas, agora tinha seu silêncio preenchido por alguns lamúrios e sussurros.

Os Weasley nunca estiveram tão tristes. Harry, Hermione e Fleur sabiam disso, e faziam seu máximo, mas não era o suficiente, principalmente, para George.

Ele tinha se isolado nestes dois meses.

Não conseguia se imaginar voltando para o Beco Diagonal, e morando novamente no apartamento em cima da Weasley Wizard Wheezes, seria seu fim.

Então, se trancou.

Se ele estivesse ali, hoje, estariam reunidos em torno de uma enorme mesa, se deliciando da comida de Molly, comemorando o fim de Lorde Voldemort.

Se ele estivesse ali, eles estariam fazendo piadas sobre o novo casal do momento, Rony e Hermione, e com certeza, estariam de olho em Gina e Harry.

Mas isso nunca aconteceria.

Era extremamente doloroso pensar que ele não teria mais ninguém para contar uma ideia absurda que passava pela sua cabeça, e ser compreendido no mesmo instante.

George nunca mais teria seu gêmeo ao seu lado.

Queria poder ter esperanças de que Fred pudesse entrar pela porta a qualquer momento, dizendo qualquer coisa sobre ele ser mais bonito, ou que tudo não passasse de um pesadelo, mas George não tinha mais esperanças.

A dor que parecia corroer seu peito era real.

Tal como Fred e George, idênticos, mas opostos, o vazio em seu coração pesava toneladas.

Era difícil se levantar, era difícil respirar, e parecia impossível, ser feliz.

George se lembrava de Fred.

Fred sorria, e diferente de todas as outras vezes, George não conseguiu sorrir com seu irmão.

Um fraco raio de Sol escapou pela cortina.

George não sabia se era dia ou se era noite a não ser pela comida que sua mãe ou Gina lhe traziam.

Todas as vezes que sua irmã mais nova entrava no quarto, ela tentava conversar, mas ele sempre fingia estar dormindo ou simplesmente a ignorava sem cerimônias. E Gina não se importava, ela sempre lhe dizia as mesmas coisas, “reabra a loja”, “estou aqui se precisar”.

Ele odiava tratar sua família daquela forma, mas ele odiava ainda mais saber que Fred nunca mais estaria ao seu lado.

Quando Fred morreu, George pensou se não deveria morrer também, e ele estava, lentamente, indo embora.

George tinha olheiras, seu cabelo havia perdido a cor, estava pálido e magro, e até mesmo uma barba havia começado a crescer.

Ele queria ter quebrado tudo que via pela frente, ele queria ter xingado todos que conhecia, mas, no fim, George ainda era George. Mas agora, ele era apenas o George, sem Fred. Ele havia se tornado mais um irmão Weasley, não era mais um dos gêmeos Weasley, os famosos brincalhões de Hogwarts.

Aquilo havia morrido com Fred. Assim como a excitação em comprar novos fogos do doutor Filibusteiro, como o desejo de pregar peças, como a alegria em todas as lembranças que tinham juntos.

Tantas coisas se foram assim que Fred deu seu último suspiro, coisas que George sabia que tinham ido embora, e que ele havia deixado ir, coisas que ele não se importava que fossem, porque sem seu gêmeo ali, não fariam sentido.

Mas o conselho de Gina ainda rondava sua mente.

“Reabra a loja”, ela havia dito há alguns dias atrás, George levou quase como uma ofensa.

“Você tem que continuar… Pelo Fred”, foi a primeira vez que haviam falado com George sobre Fred.

Naquele dia, George expulsou Gina do quarto.

Agora, aquela ideia, fazia ele pensar.

Claro que George se lembrava da alegria que eles sentiram quando finalmente abriram sua loja de logros, era mais uma coisa em que eles seriam lembrados, juntos, os gêmeos são donos da Weasley Wizard Wheezes.

E era algo a mais que compartilhavam, um sonho.

O sonho de Fred e George.

Seria justo deixar o sonho de Fred morrer com ele também?

George não sabia.

Era justo viver o sonho de Fred, quando ele não estava vivo pra isso?

George não sabia também.

Como nunca antes, George sentia-se perdido. Sem rumo. E sozinho.

Ele nunca fora sozinho antes.

O peso da solidão o deixava insano.

Se ele estivesse ali, estariam juntos agora.

Mas ele não está.

Se Fred estivesse ali, teria feito George rir.

Mas Fred não estava ali, então, George chorou.

George chorou, porque Fred não estava ali.

Fred estava morto.

E George não fazia ideia de onde Fred estava.

Assim como Sophie Campbell.


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Notas finais do capítulo

E é isso! hahahaha
Espero que vocês tenham gostado do capitulo, e que me mandem reviews falando o que acharam dele!
Eu realmente espero algum retorno.
Até o próximo.
Beijos ♥



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