Todo o Espaço Entre Nós escrita por Tai Bluerose


Capítulo 10
Rompimento




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Capítulo 10 – Rompimento

 

A primeira vez que Jim tocou os lábios de Spock, ele sentiu Spock ficar tenso. Jim parou por um momento, dando a Spock a opção de se afastar se ele não quisesse aquilo. Mas Spock não se afastou, e Jim seguiu com um novo beijo, cuidadoso e tentativo. Jim sentiu o momento em que Spock começou a relaxar; o momento em que Spock não apenas passou a recebeu o beijo como também passou a retribuir o gesto. Spock buscava os lábios de Jim com o mesmo cuidado e curiosidade que Jim o fazia.

O beijo foi como um alívio, e Jim se sentiu tão bem quanto se sentiu ao compartilhar uma fusão mental com Spock. Era um alívio poder finalmente compartilhar um gesto tão íntimo com Spock. Era um alívio sentir Spock retribuir com o mesmo carinho.

Não era um beijo desesperado e ansioso. Era calmo. Casto. Lento. Jim queria sentir a sensação dos lábios de Spock e imaginou que Spock desejasse o mesmo. Eles pararam por um momento, apoiando-se na testa um do outro. Jim voltou a buscar os lábios quentes do meio vulcano e, desta vez, ele foi um pouco mais urgente em seu desejo. Jim ousou abraçar a cintura de Spock para torná-los mais próximos. Houve uma surpresa momentânea, Jim pôde sentir o coração de Spock batendo absurdamente rápido, logo abaixo das costelas e não no meio do peito como nos humanos. A respiração de Spock ficou mais acelerada e irregular, e foi nesse exato momento que Spock recuou.

― Spock? ― Jim tentou entender o que tinha feito de errado, mas ele ainda estava meio tonto com a sensação do beijo.

Spock se arrastou um pouco para trás. Para longe dos lábios de Jim. Para longe do alcance dos braços de Jim. Spock sussurrou alguma coisa em vulcano, Jim não conseguiu entender nem ouvir direito.

― O quê? ― Jim tentou mais uma vez. Quando Spock olhou para ele, Jim viu medo naqueles olhos castanhos. Spock estava com medo dele? Será que ele tinha forçado Spock além do limite?

Quando Spock voltou a falar, seu padrão de fala estava alterado. Tinha uma rigidez forçada. Como se Spock estivesse se forçando ao máximo para manter o controle. Talvez estivesse.

― Isso está errado. Não devia ter acontecido. Eu não devia ter permitido.

Jim levou três batimentos cardíacos para conseguir dizer algo.

― Eu... desculpe, Spock. Eu não devia ter presumido que... ― Jim estendeu a mão para alcançar Spock, para confortá-lo, embora ele mesmo estivesse se sentindo magoado e miserável naquele momento. Mas o vulcano se levantou, afastando-se do tapete de meditação, e caminhou até a janela, onde permaneceu de costas para Jim. Spock estava tenso, seus braços caídos ao lado do corpo, retos e rígidos; as mão fechadas em punhos.

― Por favor, saia. Eu, eu preciso meditar.

― Você disse que ia me ensinar ― Jim tentou miseravelmente, sabendo que estava forçando a situação, sabendo que ele soara ridiculamente suplicante ao fazer uma declaração tão tola. Mas tudo o que ele não queria era deixar Spock agora. Deixar Spock afastá-lo. Não quando ele finalmente tinha revelado a Spock o que ele sentia.

― Não agora. Preciso meditar―disse Spock friamente, ainda sem se virar. E depois de um momento ele acrescentou: ― Sozinho.

Jim ainda ficou alguns minutos olhando para as costas de Spock. Sem acreditar no resultado dos eventos. Ele tinha imaginado essa possibilidade de rejeição previamente, várias e várias vezes, mas ele nunca imaginou que pudesse ocorrer de maneira tão cruelmente confusa. Jim ainda estava no chão, sentado sobre os pés, olhando para Spock como uma criança abandonada. Ele sentiu algo quebrar dentro de si.

Spock tinha correspondido aos seus beijos, não tinha?Ele parecia tão tranqüilo durante o beijo. Jim tinha certeza de ter sentido o calor e o carinho do vulcano. Naquele momento, Jim teve certeza de que Spock sentia o mesmo. Mas agora a dúvida começava a tomar conta dos pensamentos de Jim. O que ele percebeu, o que ele sentiu vindo de Spock, era mesmo de Spock ou apenas o que ele desejava sentir? Apenas fruto de sua imaginação e desejo?

Não. Spock tinha retribuído. Ele tinha! Estava indo tudo tão bem, então... o que dera errado? O que ele tinha feito de errado?

― Spock, me escute... ― Jim se levantou e foi até o vulcano, mas Spock o interrompeu.

― Por favor, eu peço que cesse sua tentativa de estabelecer contato comigo novamente. Aconselho que volte para o seu quarto. Está tarde. Você precisa de uma quantidade adequada de sono e eu preciso de meditação. Boa noite, Capitão.

Jim trincou os dente e fechou as mãos em punhos.

― Não sou mais seu capitão. ― disse Jim, e pela primeira vez, aquela frase não soou como algo triste, mas como uma ofensa. E Jim esperou que elas tivessem machucado Spock, nem que fosse apenas um pouquinho.

Jim se encolheu, odiando a si mesmo e a própria estupidez. Ele não estava mais apenas ferido, ele estava zangado. Jim se virou e saiu do quarto.

Vinte minutos.

Vinte minutos foi o tempo que Spock levou para finalmente se mover de onde ele estava. Ele caminhou de vagar e sentou-se em sua cama. Ele se sentia esgotado. Olhou para o tapete em que Jim estivera sentado e sentiu uma mistura de vergonha e culpa. Ele não deveria estar sentido isso.

Ele apoiou as mão ainda fechadas em punhos sobre os joelhos e foi afrouxando os dedos lentamente. Ele olhou para os cortes que suas unhas tinham feito nas palmas de suas mãos; o sangue verde escuro brotando da carne agredida. A ardência da dor não incomodava mais do que a vergonha que ele sentia.

Mesmo depois de vinte minutos que Jim tinha deixado o quarto, Spock ainda conseguia sentir sua presença esmagadora, suas emoções sufocantes. Como ele pôde deixar que isso acontecesse?

Ele nunca esteve tão perto de perder o controle completamente. Nunca esteve tão perto de se entregar completamente a uma emoção, a um desejo.

Como ele pôde fazer isso com Nyota? Como ele contaria isso a ela? Quanto sofrimento ele causaria a ela?

Um vulcano que não consegue controlar suas próprias emoções é um fracasso.

Por seu controle deficiente, por sua negligência para com os ensinamentos de Surak, por sua visível incapacidade de ser um vulcano completo, ele também tinha causado sofrimento a Jim. E era por isso que ele se sentia mais culpado.

Spock tentou limpar sua mente para meditar, mas ele ainda se sentia ligado a Jim. O humano estava agora no quarto no fim do corredor, mas Spock ainda podia sentir sua angústia e sua tristeza com a mesma intensidade com que sentiu sua alegria e paixão quando eles estavam se tocando.

Spock sabia que deveria ir até Jim e conversar com ele. Ele desejava ir até ele. E esse era o problema.

Spock não se sentia em condições de estar na presença de Jim naquele momento. O que diria a ele?

Ele não conseguia se concentrar para meditar. E ele precisava meditar urgentemente. Ele precisava se afastar. Ele precisava estar mais longe de Jim Kirk.

Spock deixou a casa de Sarek e começou a andar até sair dos limites da casa. E continuou andando pelo deserto de Novo Vulcano, iluminado pela lua alienígena.

.

.

Sarek chegou de sua conferência em uma cidade vizinha logo pela manhã. O sol de Novo Vulcano tinha acabado de nascer. Ele entrou em sua casa e encontrou uma mulher humana na cozinha. Por um instante, sua memória lhe trouxe imagens ilógicas. Por um instante ele acreditou que fosse Amanda, sua amada e falecida esposa. Mas esta em sua cozinha não era Amanda, esta mulher humana era loira e tinha uns maneirismos muito parecidos com os de James Kirk.

― Suponho que a senhora seja Winona Kirk ―Sarek falou.

― Jesus! ― a mulher girou num sobressalto e pôs a mão sobre o peito. ― Sim, sou eu. O senhor deve ser o pai de Spock.

― Afirmativo. Peço desculpas, não pretendia assustá-la.

A mulher fez um aceno com a mão, possivelmente para significar que o susto não tinha importância, Sarek supôs.

― Os meninos disseram que o senhor chegaria pela manhã, não imaginei que fosse tão cedo. Tomei a liberdade de preparar o café, se não se importa.

― De modo algum. ― disse Sarek, se abstendo de dizer que não era um costume vulcano deixar que o convidado preparasse refeições, já que suas palavras foram inúteis com James Kirk, provavelmente não teriam qualquer efeito sobre a mãe do jovem.

―Obrigada por nos permitir passar a noite Embaixador Sarek. ― Winona Kirk agradecia enquanto preparava a mesa para o café da manhã. ― Prometo que não seremos um grande incômodo. Nosso transporte de volta para Terra parte no fim do dia.

― Você e seu sobrinho podem ficar o tempo que julgarem necessário, Comandante Kirk. É uma honra poder ajudar. Como sabe, seu filho fez mais pela comunidade vulcana do que jamais seremos capazes de recompensar.

Winona sorriu com orgulho.

― Sim, ele é um bom menino. A maior parte do tempo. Mas por favor, me chame apenas de Winona. Há anos que saí da Frota Estelar. Ninguém mais me chama de comandante.

― Mas não perdeu sua patente. Ainda merece ser tratada por ela.

Winona deu de ombros.

― Pode ser. Mas eu realmente prefiro apenas Winona.

― Como desejar, senhora Winona. ― Sarek assentiu.

James Kirk entrou na cozinha com uma postura um tanto diferente, quase cautelosa, Sarek notou. Ele cumprimentou a mãe e Sarek. Deu uma olhada disfarçada para a mesa e pela cozinha. Depois, voltou a olhar para o corredor, checando se mais alguém vinha atrás dele. Não havia ninguém. Kirk soltou um suspiro, mas Sarek não saberia dizer se de alívio ou de resignação.

― E Peter? ­― Jim perguntou a mãe quando se juntou a mesa.

― Ainda dormindo. Não quis acordá-lo, pobrezinho. Ele estava tão cansado ontem.

Spock entrou na cozinha pela porta dos fundos. Sua vestimenta coberta de partículas de areia do deserto. Todos olharam para ele com surpresa.

― Onde esteve?―Sarek indagou.

― Estava meditando.― Spock respondeu um pouco mais rígido e fechado que o normal.

― No deserto?―Winona indagou, ela parecia surpresa e um pouco preocupada. ― Não é perigoso?

― É mais tranqüilo. Livre de interferências... externas. Não há perigo, visto que em Novo Vulcano não há espécies carnívoras e caçadoras como o le-matya. Com licença, pai, Srª Kirk... ― Spock virou na direção de James Kirk, mas sem realmente olhar para ele. ― Jim. Vou trocar-me para o café.

Naquela manhã, Sarek percebeu uma mudança entre Spock e James Kirk. Eles não tinham se sentado lado a lado como vinham fazendo na última semana, sentaram-se em lados opostos da mesa e também não ficaram de frente um para o outro.  Sarek cogitou que talvez Kirk quisesse ficar perto da mãe, mas não era isso. Ou pelo menos não apenas isso.

Kirk e Spock estavam muito silenciosos e ainda não haviam trocado uma palavra além do “Bom Dia” tradicional dos humanos. E eles estavam claramente evitando estabelecer contato visual.

Como sempre, Sarek fingiu não notar.

Sarek olhou para o filho, hoje sentado muito mais próximo dele. Spock mantinha uma postura perfeitamente vulcana, seus escudos mentais fortemente estabelecidos. Sarek não conseguia perceber nada vindo de seu filho; nada além do bloqueio completo.

Spock tinha se trancado dentro de si mesmo. Tal fato não teria a menor relevância, se Sarek não soubesse que o filho tinha, nos últimos dias, adotado uma postura completamente diferente na presença de James Kirk.  Spock parecia confortável na presença de Kirk. Mas algo tinha mudado naquela manhã. Porque era óbvio que ambos pareciam completamente desconfortáveis na presença um do outro.

O que teria acontecido?

.

.

Logo depois do café, Spock se retirou para seu quarto com a desculpa de meditar... novamente. Duas horas depois, ele apareceu na sala dizendo que precisava sair para executar uma tarefa qualquer. Spock deu uma explicação bem longa e desnecessária que ninguém havia pedido sobre porque ele precisava sair. Para Jim tudo poderia ser resumido da seguinte maneira: não quero olhar pra tua cara, estou caindo fora.

Jim não viu Spock pelo resto da manhã.

.

.

Depois do almoço, Jim estava organizando suas roupas quando escutou uma batida na porta.

― Entre.

Jim achou que fosse sua mãe ou Peter, mas era Spock. Jim ficou imediatamente constrangido.

Spock entrou e fechou a porta atrás de si. Ele parecia prestes a dizer algo, mas sua atenção foi atraída para a atividade que Jim estava executando.

― O que você está fazendo?

― Minhas malas. ― Jim respondeu sem ânimo.

― Não entendo a necessidade de fazer as malas com tanta antecedência, visto que o nosso retorno está programado para daqui a três dias.

― O seu retorno está. Decidi que vou voltar com minha mãe e Peter.

― Mas eles partem no final da tarde. ― disse Spock depois de alguns segundos em silêncio.

― Eu sei.

― Você não precisa ir agora. O planejado seria permanecer por mais três dias.

Jim passou as mãos pelo rosto.

― Você realmente quer ter que ficar olhando para minha cara e fingir que não está me ignorando por mais três dias, Spock? ― Jim jogou as roupas dobradas dentro da mala. ― Só estou lhe poupando do trabalho.

― Você interpretou errado...

― O que eu interpretei errado? Seu comportamento ontem ou seu comportamento hoje? Eu diria que o seu comportamento hoje foi bem claro. Essa é a conversa mais longa que tivemos desde ontem Spock. Você passou o dia se esquivando de mim, e eu não te culpo. Eu não te culpo, ok? ― Jim parou, sua voz tinha saído um pouco trêmula no final. Ele respirou fundo. ― Não é a primeira vez que sou rejeitado. Então está tudo bem.

Mas não estava tudo bem. Não era a primeira vez que ele era rejeitado por um interesse romântico, mas era a primeira vez que aquilo realmente, realmente, doía.

― Precisamos conversar sobre o que aconteceu ontem à noite. ― Spock disse quase timidamente.

― Não agora. Eu tenho que sair. Prometi a Selek que o visitaria antes de voltar para a Terra.

Spock ficou desconfortável ao ouvir o nome de Selek. Ele seguiu Jim para fora do quarto.

― Eu levo você. ― Spock disse em voz alta. Jim parou por um momento em frente à porta de entrada da sala.

― Não precisa. Eu chamei um hovertaxi.

Spock observou Jim sair, e só então notou a presença do menino humano sentado no sofá olhando para ele.

― Tio Jim está zangado com você? ― perguntou Peter.

― Afirmativo. ― Spock respondeu, corrigiu sua postura e tentou manter seu semblante livre de qualquer expressão.

― Você fez algo estúpido ou você disse algo estúpido? ― o menino indagou.

A questão pegou Spock de surpresa. Spock pensou um pouco e respondeu:

― Acredito que ambas as coisas.

― Nesse caso, acho que você vai ter que fazer um jantar de desculpas.

―Perdão?

― Um jantar de desculpas. ― Peter repetiu, mas como o vulcano ainda parecia confuso, ele tentou explicar o termo. ― Sempre que minha mãe ficava brava com meu pai, porque ele tinha feito ou dito algo muito, muito idiota, ele dizia que precisava fazer um jantar de desculpas. Porque não adiantaria apenas pedir desculpas, tinha que ser algo mais elaborado. Algo que provasse que ele estava arrependido. Era o que ele dizia.

―Ele preparava uma refeição para ela?

―Não. Papai era péssimo cozinheiro. Geralmente ele a levava a algum restaurante. Algum que ela gostava. ― Peter concluiu e pareceu se perder em pensamentos por um instante.

―Esse curso de ação tinha resultados positivos?

Peter olhou para o vulcano por um momento, analisando se tinha entendido a pergunta.

―Sim. Mamãe sempre voltava feliz e menos brava com o papai.

― Entendo.

Os dois ficaram em silêncio por um momento e Peter acrescentou:

― Papai sempre diz... ― Peter vacilou por um momento e continuou com a voz embargada. ― Papai sempre dizia que é normal os casais brigarem às vezes. E que se a outra pessoa é importante pra você, você tem que se esforçar para fazer as pazes.

Spock se moveu desconfortável.

― Acredito que você está sob a suposição errônea de que Jim e eu somos um casal, o que de fato não somos.

― Não? ― Peter pareceu surpreso e confuso. ― Eu vi o tio Jim entrar no seu quarto ontem à noite e eu supus que... ― Peter interrompeu sua fala, ele estava ficando rosa de vergonha e o próprio Spock tinha ficado um tanto verde nas maçãs do rosto. ― Eu não estava espionando, eu só me levantei para pegar água. Desculpe, senhor Spock.

― Desculpas são desnecessárias. Não houve nenhuma ofensa ― Spock ainda estava um tanto corado. ― Jim e eu somos apenas amigos.

― Acho que o conselho sobre fazer as pazes vale para amigos também.

A conversa morreu entre eles.

― Jim é muito importante para mim. ― Spock afirmou, não para Peter, mas para si mesmo.

E seguindo o sábio conselho do menino humano, Spock saiu em busca de Jim, decidido a consertar as coisas.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler até aqui ^-^/
Comentários são bem vindos, para aqueles que desejarem fazê-los.
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NOTA DE UTILIDADE PÚBLECA XD... KKKK

Como somos tão poucos escritores de fics Star Trek aqui, principalmente de escritores de Kirk/Spock, quero recomendar uma escritora de Spirk (ela também escreve sobre outros casais no mundo trek). Caso decidam fazer uma visita a ela (e se fizerem não se arrependerão) digam que eu a recomendei.
Não é minha parente nem nada XD ...só quero divulgar Spirk pro mundo e quem sabe inspirar mais alguém a escrever também.

*Um lindo texto sobre como nem a amnésia é capaz de acabar com o amor entre Jim e Spock (pós Star Trek III: A procura de Spock):

https://fanfiction.com.br/historia/742910/From_The_Past_Until_Completion/capitulo/1/

*O romance de Jim e Spock sob os olhos de cada membro da tripulação da Enterprise:

https://fanfiction.com.br/historia/708473/Through_Outsiders_Eyes/

*O desenvolvimento de Spock, e depois Spock e Jim sob os olhos de Amanda Grayson (para quem ama a mãe do Spock tanto quanto eu):

https://fanfiction.com.br/historia/304856/Right_On_Mother/

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Nos vemos no próximo capítulo.
Tai ^w^/



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