O Diabo Mora ao Lado escrita por Erzy, Gin


Capítulo 2
Encontros e Desencontros


Notas iniciais do capítulo

Olá a todos, Gin-desu~
Como vocês já sabem essa história é escrita por duas pessoas, e agora chegou a hora do meu capítulo, palmas! (Ok, não é pra tanto).
Espero que gostem, e continuem nos apoiando, e cobrem da Erzy capítulos novos, já que ela está encarregada de escrever e nunca termina, e eu fico tendo que perturbar ela todo dia, mas é assim mesmo.

Boa leitura~



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Willian bocejava enquanto esquentava o café, passou pelo pequeno compartimento, que chamava de cozinha, colocou o líquido do dia anterior em um vasilhame e começou a esquentar.

— Café de ontem, você então vive nessas condições e ainda reclama de mim que moro sozinha e não sei cozinhar? – Falou Allena enquanto ria de Willian.

— E o que diabos você espera, cabelo de super sayajin? Me dá vassouradas, não me deixa dormir, e ainda aparece aqui de manhã querendo comer minha comida, e acredito que não vai pagar por isso. – Willian disse com raiva e expressão zangada, enquanto mexia o café no vasilhame em cima do fogão.

— Mas eu to com fome! E acho que vizinhos devem ser bons uns com os outros! – Disse Alenna protestando e batendo na mesa, não deu muito para ela pegar um garfo e uma faca e bater também, sinalizando que queria comida.

— “Bons uns com os outros”, não é? E cadê a sua parte de bondade? Até agora só recebi coisa ruim sua, isso está muito unilateral não acha? – Falou Willian irritado de braços cruzados.

— Não se importe com detalhes triviais, faça o que é bom para sua vizinha, que será recompensado! – Allena deu um sorriso, mas parou ao ver a cara de irritado de Willian, desviou rapidamente de uma panela, que ao bater no chão, saiu girando. – Você tá maluco?! E se isso tivesse me acertado?! Violência doméstica!

— E você tá abusando da minha boa vontade chegando aqui e reclamando de tudo, além de comer minha comida ainda tá enchendo meu saco! – Willian apanhou a panela, e começou a fritar ovos com bacon, se acalmando e respirando fundo. – Quantos pães você quer, um ou dois?

— Quero cinco!

— Sai fora do meu quarto!

~

Quando Allena estava terminando o quarto pão, olhou para Willian, que agora estava com os olhos caídos, parecendo um peixe morto, seus cabelos pretos bagunçados estavam ainda mais bagunçados, e ele parecia realmente cansado.

— Você não dormiu bem ontem à noite? – Allena perguntou enquanto devorava o seu quinto pão.

— Não, e de quem você acha que é a culpa? De uma certa bruxa que chegou na vassoura, e sem me perguntar, já deu vassourada.

— O que eu posso fazer, você estava no meu quarto debaixo de duzentas milhões de cobertas! – Disse ela. – É claro que quando o vi achei que fosse um demônio escondido, ainda mais com esse rosto de piscina pública depois da hora do rush.

— Eu sinto frio! E por isso tenho que fazer isso! E que diabos, seu quarto?! Era o meu quarto, que não tem tranca porque essa droga de dormitório tá assim, quem diabos se muda pra cá, e quem faz isso tarde da noite?! Parece que esse seu cabelo de mato da caatinga está fazendo efeito no seu cérebro também. – Willian se levantou e apontou o dedo para a cabeça de Alenna.

— E o seu, cabelo de personagem virgem de desenho japonês! É o horário que deu para mudar, e não posso fazer nada se os quartos são iguais e não tem numeração neles! – Allena ergueu-se e deu um leve empurrão em Willian.

— E daí se sou virgem? Pelo menos não tenho uma personalidade espalhafatosa como a sua! E isso não tem cura! – Willian deu leve tapa na mesa.

— A minha personalidade é assim? E sua, resmungão! A sua é bem pior que a minha! – Falou Allena, enquanto gesticulava.

Willian suspirou e suspirou novamente, olhou para Allena e se acalmou um pouco, servindo agora o café para a aspirante a palhaço tomar.

— Por que veio para esse dormitório? – Disse ele, servindo agora o café para ele mesmo, sentando na cadeira próximo a mesa.

Allena bebeu o café em poucos goles e logo estendeu a caneca, pedindo mais, Willian reparou nos olhos e no sorriso de Alenna, talvez se não fossem todas aquelas roupas e cabelos espalhafatosos, ela seria uma garota bonita.

— Era mais barato, e já que vou para faculdade Horizon, era o melhor que consegui. – Disse ela, enquanto servia mais uma caneca de café, sem esperar para Willian fazer isso.

Willian quase derramou o café, na mesa enquanto encarava ela com um toque de surpresa.

— Sério? Horizon? Não bastava aqui, ainda vou ter que aturar você na mesma faculdade? – Ele tentou colocar mais café para ele, mas Allena havia pegado tudo. – Francamente, não sobrou nem uma gota para mim, o que tem nesse estomago, um alien e um leão?

Allena cuspiu o café na cara de Willian, e deu uma risada, porém Willian continuou com seu jeito emburrado, agora limpando seu rosto com um pano de prato.

— Olha só, vossa majestade faz faculdade, o que faz lá além de arruinar a vida das pessoas? – Allena sorria para ele, mas tentou fazer seu tom de voz com um toque de doçura, irritando ainda mais Willian.

— Ah, eu também mato pessoas que me perturbam, e gostam de cuspir café na minha cara. – Disse ele, enquanto limpava seu rosto e se jogava no chão. – Eu faço história, tanto a minha, quanto o curso.

Allena olhou para ele com um olhar estranho, quase como se tivesse interpretando aquele jeito de agir.

— História? Caramba, isso tem tipo... absolutamente nada a ver com você. – Falou ela, balançando a cabeça negativamente. – Você devia fazer um tipo de faculdade que trabalha em programas policiais, para sair gritando com as pessoas, acho que se sairia bem, que tal?

— Não daria certo, eu acabaria perdendo minha cabeça no primeiro programa. – Disse ele.

— Nossa Willian, para de levar tudo a sério! – Ela deu um tapinha nele. – A propósito, posso te chamar de Will?

— Não.

— Então, Will, eu faço artes cênicas, e acabei de me mudar pra cá, para começar o meu período.

— Não me chame de Will.

— Will, quer ir para faculdade comigo? Assim o caminho é menor, e tenho alguém para encher o saco. – Disse ela, enquanto balançava as mechas do seu cabelo.

— Ainda não entrei em uma história de quadrinhos, para me verem andando com uma super-heroína, muito menos no circo para te ver andando com essa roupa de palhaço.

Allena fez uma cara de irritada, porém Willian achou aquele rosto mais fofo, do que assustador de todo jeito.

— Eu estou assim porque faço artes cênicas, daí acabo me vestindo assim, porque me acostumei, tá bom! – Disse ela, dando tapinhas em Will.

— Eu faço história, e nem por isso saio falando da revolução de 30 para todo mundo, né. – Willian se defendia dos socos de Allena, mas acabou levando um no rosto o que o fez cambalear.

— É porque você é um chato! – Disse ela, enquanto pegava as canecas e levava até a pia.

Will a observou, suspirando mais uma vez.

— Vai lavar? – Ele perguntou.

— Claro que não? Já fiz o trabalho de levar até ali, isso aí é com você, você que é o dono desse quarto.

— Sai daqui!

~

Allena estava na porta já arrumada e pronta para ir, seus cabelos estavam espalhados como de costume, ela vestia um casaco preto, luvas amarelas e calças azuis, fazendo uma grande combinação de cores, seus cabelos castanhos estavam emaranhados em um falho rabo de cavalo, nada que impedisse de chamar completamente a atenção. Ela esperava ansiosamente por Willian na sua porta. Alguns minutos passaram até que o jovem a abrisse, Willian estava usando calças pretas e sapatos da mesma cor, vestia uma camisa gola polo preta também, seus cabelos estavam caídos em leves franjas para o lado, e seus olhos castanhos estavam mais caídos que o de costume, ao ver Allena ali, ele colocou a mão no rosto, como se não a estivesse esperando.

— Ainda está aqui, cabelo de... droga, acabou as palavras para usar em seu cabelo. – Disse ele, balançando a cabeça.

— Estou, nós vamos juntos hoje! – Ela levantou os braços, igual uma criança faria ao comemorar alguma coisa.

Willian, saiu de seu quarto e fechou a porta, e foi caminhando, ignorando Allena.

— Se quiser me seguir, fique à vontade, só não garanto ser uma boa companhia.

Allena o seguiu, caminhando logo atrás, e o alcançado, se pôs de lado ao de Will. Willian a olhou por um momento, e viu que talvez fosse difícil para ela ter amigos daquele jeito, por isso agia assim.

— Sabe, lá não é tão simples de se enturmar, então não fique triste se não... – Ao olhar novamente para Allena, Willian percebeu que ela estava conversando alegremente com duas garotas ao lado.

— É, não será um problema tão grande, eu que sou o grande antissocial mesmo. – E ao dizer isso, ele caminhou apressado seguindo em frente.


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Notas finais do capítulo

O próximo capitulo é da Erzy, então cobrem bastante dela, e me ajudem, ok? Até os próximos capítulos pessoal, espero que tenham gostado! :3



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