Era infinito escrita por eduarda
Notas iniciais do capítulo
5 minutos de uma leitura entediante mas que surgiu em meus pensamentos e eu tive a ousadia de postar.
Não havia muito tempo que eu tinha me separado dele. Talvez uma semana, ou duas. Pra ser sincera, eu não lembro. O tempo parece não passar dentro desse quarto, lugar o qual eu não consegui pôr os pés para fora desde o rompimento.
Não era algo que eu planejava, pelo contrário, já até havia dado nome aos nossos filhos. Isaac e Luna ainda brincavam lindamente em meus pensamentos, mas seu pai já tinha pegado o beco e fugido da minha vida.
Parece coisa de louco, é insano. Nunca achei que isso fosse acontecer, mas olha só, aqui estou eu agarrada a esses lençóis sujos e úmidos; crostas de rímel atravessam as minhas bochechas e eu me ponho a chorar novamente. Era infinito. Era pra sempre. Devia ser pra sempre. Mas o meu "pra sempre" acabou.
Não quero ter que lidar com a morte de um amor de cinco anos de forma tão depressiva a ponto de recorrer a formas extremas de acabar com a dor, mas não posso fugir da morte de parte da minha alma que se foi junto com toda a dedicação e toda a segurança que eu depositava naquela relação.
Hoje, 18 de agosto de 2020, finalmente falece a outra parte que sobrou de uma garota que perdera o rumo por causa de seu amor. Era amor demais. Era intensidade demais. Era toda a confiança que a mesma possuía depositada em uma só pessoa. Não havia mais felicidade, não havia mais caminhos a serem seguidos. Foi destruído o que sobrara de uma alma fria e seca, para que nenhuma outra garota jamais aprenda a viver pela metade e se arrependa de um dia ter vivido para presenciar a própria morte.
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