Raios da Nova Estrela escrita por Lihnfa


Capítulo 1
Pequeno Mundo


Notas iniciais do capítulo

Yoo! Bom dia, boa tarde, boa noite, boa madrugada. Eu espero que leiam, desfrutem, gostem, etc. ^^
Até mais, bye.

>> Essa fanfic foi inspirada na imagem que está servindo de capa da fanfic; não sei quem é o artista ou para quem dar os créditos, mas já aviso.



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Os raios de luz estavam dispersos passando pela janela do castelo da princesa Allura. O clima estava agradável; lembrava, talvez, um pouco a Terra quando os dias se faziam frescos e aprazíveis. Todos do lado de fora aproveitando o momento de paz que estavam tendo brincando com baldes de água, pistolinhas, picolés que o próprio Hunk preparara. As brigas entre ele a princesa tentando decidir o nome do doce: picolé ou gaspachite? Lance insistiu em se intrometer afirmando que o nome era "gelado". Ninguém chegou a uma conclusão e a discussão acabou quando os picolés fizeram o mesmo.

—Gente, eu fiz mais, preocupa não. Só que... eu deixei na geladeira. - ele coçou a cabeça.

—Ah, Hunk! - Keith reclamou se comunicando pela primeira vez com os outros ali presentes.

—Eu vou lá pegar. - Shiro terminou de jogar água no próprio cabelo e o secou com a toalha.

—Nosso salvador. - Lance disse irônico, mas o maior só revirou os olhos e entrou no grande castelo à procura da cozinha.

Eram tantos corredores, cada um banhado pelo brilho daquela estrela tão parecida com o sol O brilho batendo nos detalhes, era tudo tão limpo, branco, bonito. Shiro atravessou dois corredores até chegar a uma espécie de hall. Pidge estava sentada com um computador em um canto dele quase adormecida. Os olhos já estavam pesados, os óculos estavam na cabeça por cima do cabelo e suas pernas estavam tortas. Shiro a fitou por alguns segundos sem nem perceber que o estava fazendo e achou a cena inclusive bem fofa até reparar na roupa da menina. Ela usava um short comum e uma camiseta nas cores verde, branca e laranja, suas cores habituais. Mas uma das alças daquela camiseta estava frouxa e caída para fora do ombro, dava para ver todo ele. Foi a primeira vez que ele parou para pensar no quão fofo e bonito era, não só o ombro, mas o corpo da amiga como um todo. Aqueles óculos gigantes, mas tão adoráveis naquele rostinho, no topo da cabeça já ameaçavam cair. Shiro tentou chegar um pouco mais perto e ajeitar sem acordá-la. Ela, por sua vez, mexera-se um bocadinho para se ajeitar e quase deixou o computador cair junto com seu corpo. Ele a segurou e tentou fazer o mesmo com o aparelho. Colocou-o do lado da menina, e os óculos logo em cima. voltou a sentá-la sem deixar de prestar atenção em seu pescoço e no ombro; já o deixava incomodado. Pegou a alça laranja e a ajeitou verificando para não arrastá-la demais na pele e ela sentir algo; mas logo foi ele quem sentiu a cabeça da menina no seu ombro e um braço da mesma lhe agarrando o pescoço. O cheiro doce e quente dela tomou, devagar, conta de seu consciente e o deixou nervoso

—Vamos, você precisa dormir. - disse e aproveitou que ela estava agarrada a si e a segurou no colo a fazendo gemer baixinho e balbuciar algumas palavras inaudíveis.

Pidge segurou pouco mais firme visto que estava mais acordada e tentou abrir os olhos, que só fizeram metade do trabalho.

—Shiro? - sussurrou.

—É, vou te levar para o seu quarto. - disse continuando a andar sem lhe dirigir o olhar.

A menina não respondeu nada, só assentiu e passou as mãos do pescoço do maior ao seu peito, que, só então, notou estar desnudo e levemente molhado. Por pouco, ela conseguiu se controlar, não ter um ataque de vergonha e o empurrar, mas não conseguiu deixar de corar e ficar quente fechando os olhos com força.

—Shiro, pode me soltar, eu vou sozinha.

—Ah, já chegamos. - ele riu fraquinho e a vibração em seu peito fez a menina arrepiar-se.

Com dificuldade, ele abriu a porta daquele quarto branco - como o resto do castelo inteiro. Ele a colocou em cima da cama com cuidado e sentou ao seu lado prestando atenção naquele cômodo e em sua organização. Tinham alguns vídeo-games de mão, já que os de plataforma não rodavam por conta da tecnologia diferente da nave, organizados em ordem cronológica - de acordo com a data de lançamento na Terra; alguns poucos livros - a maioria didático sobre as línguas Alteana e Galra que tinha conseguido emprestado - em ordem alfabética, e uns materiais de desenho sobre a mesa. Essa era parte arrumada do quarto, já o resto era indecifrável. Ele se estendeu um pouco e pegou uma das folhas sobre a mesa a fim de analisar o desenho nela.

—Você quem fez? - virou para a menina que estava com um dos braços cobrindo os olhos, mas que tirou para entender do que se tratava. Assim que percebeu ser um de seus desenhos, o tirou da mão do maior.

—Não olha! Ainda não está pronto! - ela escondeu o desenho debaixo do travesseiro enquanto ele levantava e ia até a mesinha.

Foi quando a menina lembrou de um dos desenhos que fizera quando estava triste. Era uma representação dos dois que estavam no quarto se olhando. Não passava disso, mas, na sua cabeça, aquilo era muita coisa.

—Para, nenhum está acabado! - se colocou na frente da mesinha com certa dificuldade em sair da cama.

—Por que está com vergonha dos seus desenhos? Eles são bonitos. Há quanto tempo você faz isso? - ele perguntou.

—É... desde que a Allura disse que podia ser uma boa forma de expressar os sentimentos... ela até que estava certa. - sorriu boba para os próprios pés.

—E você é muito talentosa. - disse e fez a menor chutar o ar abobalhada. - Eu gostei mais desse aqui. - ele, com seus três metros de altura, facilmente a contornou e pegou uma das folhas. Quando mostrou-a, a menina corou e sentiu uma espécie de desespero subir dos pés à cabeça.

—A-ah... - foi tudo o que conseguiu dizer e o fez rir.

—O que estava sentindo quando fez?

—Ah... - ela se jogou na cama. - Tanta coisa. Saudade, confusão, um pouco de tristeza. Até usei mais cores frias...

—O contraste com a cores quentes são bem fortes.

—Sim, a saudade era até boa de certa forma. E eu estava feliz também. Eram muitas emoções juntas, não me julga.

—Não estou. - riu. - Eu gostei, ficou muito bonito.

—Obrigada. - disse um pouco nervosa, ainda sentia-se abobalhada pelo desenho.

Os dois ficaram em silêncio, um sentando na frente do outro em cima da cama sentindo o clima estranho que tinha se formado. O dia estava em um tempo agradável, mas parecia tão abrasador naquele quarto. E, de novo, aquela maldita alça despencando do ombro.

Sem se aguentar, Shiro se aproximou para ajeitar a alça. Os rostos tão perto um do outro, os olhares coloridos se encontrando e brilhando conforme os raios da estrela batiam. Por impulso, o rapaz se aproximou devagar sentindo a respiração fraca, mas acelerada de Pidge se aglutinar na sua e roçou os lábios nos dela. Arregalou tanto os olhos, que ela quase os sentiu saltarem para fora das órbitas. Aos poucos, os dois se acostumaram e, o que era um beijo inexperiente e desajeitado, tornou-se carinhoso e sincronizado. Logo as mãos de cada um já se enganchavam em partes dos corpos alheios: nuca, braço, o meio dos cabelos curtos e castanho alaranjados, costas. Os dois deitaram na cama e Shiro fez questão de se apoiar com os dois braços para não fazer peso na menina. Ele agradeceu internamente que ela estivesse sem os óculos, uma dificuldade a menos.

—Castelo, quarto - Pidge disse em voz alta entre um beijo. - Apagar luz artificial. - ela mandou e o quarto se desligou deixando que somente aqueles alguns raios iluminassem os corpos. Shiro riu, mas não deixou de gostar da ideia.

A cabeça da morena já tinha descido para o pescoço. Era engraçado como ela era tão pequena em relação ao outro. Era toda tão bela, seu corpo, seu rosto, seu cabelo, sua pessoa, seus desenhos. E cada suspirar que ela soprava era um traço diferente no papel em branco, cada um do outro era uma cor. Tons e traços diferentes se misturando até que aquele desenho estivesse terminado. Pidge finalmente tinha ficado cansada o suficiente para adormecer e o fez sem nem ao menos avisar o rapaz que continuara distribuindo leves e doces beijinhos pelos seus braços e ajeitando a chata da alça laranja. Deu-lhe um último beijo na testa, a cobriu com o lençol mais fino e saiu do quarto deixando a luz artificial desligada.

 

 

—Onde é que você tava, cara? Eu tive que ir pegar todas essas caixas de picolé sozinho! - Hunk reclamou e o outro sorriu bobo levemente avermelhado.

—Gente, alguém viu a Pidge? Ela sumiu o dia todo. - Keith perguntou roubando um picolé da caixa e o enfiando na boca.

—Ela está no quarto dormindo.

—Ah, é? - Lance perguntou com um sorriso malicioso estampado no rosto. - E como é que você sabe, hein? Ficou preocupadinho com a namorada e foi checar, é?

—Lance, não seja chato! - Allura reclamou. - Tudo bem, Shiro, se você ficar preocupado com a sua namorad... digo, com a Pidge. - ela forçou uma risada boba e colocou a mão na cabeça.

—Ah! - Shiro se distanciou daqueles seres irritantes e foi em direção à vila. Mas, antes de nela chegar, parou e sentou no morrinho esverdeado e ficou olhando os vários raios daquela estrela que não era o sol e ficou imaginando se tinha sido tão ruim ele ter saído da Terra - não que os eventos que ocorreram ao sair não tivessem sido traumatizantes e cruéis. O sol nunca mais seria o mesmo, aquela nunca seria a sua estrela. Mas, pelo menos, seu pequeno mundo estava dormindo em seu quarto naquele momento.


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Notas finais do capítulo

Yee, bye-bye. Espero que tenham gostado. Primeira fanfic de Voltron, sejam bonzinhos com a minha pessoa que nem postar nesse site direito eu sei ainda aaa!!
>> fanfic ainda não revisada.



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