O brilho de uma vida escrita por Camila J Pereira


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Olá.
Ainda pensando se continuo postando essa história.
Vejamos...



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Edward conseguiu se despedir dos colegas, prometeu manter contato e tinha isso em mente. Mike estava com os olhos úmidos quando ele se virou para acenar para eles. Ele sentia muito pelos dois, mas como ele, eles tinham as suas dívidas. Não duvidava de que conseguiria pagá-las honrosamente e sairiam em breve.

Pegou os seus pertences que ficaram retidos no dia em que entrou. Não tinha sido muita coisa, alguns objetos sem valor e algumas notas que duvidava poder levá-lo a algum lugar muito distante ou para um lanche elaborado. Ele saiu daqueles prédios respirando melhor apesar da dor. Seu alivio era por estar deixando aquele lugar violento, mas estava apreensivo por sua vida do lado de fora.

Teve muito tempo para pensar em como lidou com suas próprias questões até aquele momento e muito mais para pensar em como lidaria depois de sair da cadeia. Seu objetivo era simples: queria retornar ao ponto em que foi interrompido, queria voltar ao seu trabalho com o seu amigo principalmente, queria obter sucesso e de alguma forma fazer parte da derrota do seu rival.

Mas não pensaria muito naquele cretino naquele instante em particular. Esse era o seu momento, ouviu o portão sendo aberto as suas costas, mandaram que saíssem e ele obedeceu automaticamente. Quando se viu do lado de fora, olhou para o céu, aquele movimento involuntário só o fez perceber o quanto prezava estar ali fora. Olhar para o céu sem nada que o prendesse, era muito diferente de olhar para ele enfurnado em quatro paredes geladas.  

— Filho! – A voz da sua mãe o despertou e logo viu-se sendo abraçado. Seus pais estavam ali diante dele, abraçando-o e chorando. Ele também não pôde deixar de chorar e quando começou, não parou com facilidade.

— Mas o que aconteceu? – Carlisle, seu pai, perguntou mais uma vez. Tinha sido ainda mais doloroso para eles vê-lo daquela forma. A sua aparência não estava nada melhor do que no dia anterior, agora estava completamente deformado pelos hematomas no rosto.

— Uma festa de despedida. Não se preocupem, parece pior do que realmente é. – Seu peito não dizia isso, mas aquele era uma dos momentos que deveria representar estar bem. Seu rosto machucado, seu olho inchado, os pontos em sua testa e os vários hematomas não diziam muito bem isso, mas seus pais se deram por satisfeito em tê-lo de volta vivo e em liberdade. – Porque vieram?

— Como não viríamos? – Esme ainda tocava em seu rosto. Sentindo dó pelo belo rosto do filho estar tão transfigurado.

— É muito longe de casa. – Ele resmungou.

— Emmet nos trouxe. – E ali a frente ele se deu conta que Emmet assistia a cena do outro lado da rua. Ele estava parado com seu corpo apoiado no seu Honda cinza metálico. – Ele foi tão gentil ao nos trazer. Eu fiquei muito agradecida.

— Mas não deveriam estar trabalhando?

— Não quando nosso filho está voltando para casa. – Edward abraçou a sua mãe assim que ela terminou de falar. Parecia para ele, que ela estava ainda menor e mais magra.

— Vamos para casa. – Carlisle deu tapinhas me suas costas. Ele se afastou de sua mãe e caminharam abraçados até Emmet.

— Seu grande patife! – Edward deixou seus pais para abraçar com fervor o seu amigo.

— Ah, cara, cara... É bom te ver do lado de fora.

— É bom estar do lado de fora. – Edward estava olhando para o amigo agora. Ele sorriu mesmo sentindo todos os seus músculos faciais tensos por causa dos hematomas. Sentiu dor, mas nem a dor o fez parar de sorrir.

— Você não se tornou um líder de gangue, não é mesmo? Eu te disse para ficar longe desses caras.

— Isso só foi a despedida. – Edward apontou para o próprio rosto. – Estou pronto para ir para casa. Pode nos levar?

— Estou aqui para isso, cara. – Eles entraram no carro enquanto a sua mãe tagarelava sobre os seus familiares. Era bom ouvir o som da voz dela, por muitas vezes sentiu falta.

Foi ouvindo a voz dela e sorrindo olhando para o caminho da casa dos seus pais que começou a divagar. Seus pensamentos traidores o levaram novamente para Bella, a garota que queria, mas não poderia ter.

— 25! – Ele gritou ao volante e pondo a cabeça para fora da janela totalmente aberta ele urrou e gargalhou, sabendo que a estava provocando. – Quantos você conseguiu até agora? 10?

— Idiota! – Bella estava um pouco chateada como sempre ficava quando ele a vencia em jogos e demonstrava a sua superioridade. – Eu deveria ter vetado os pretos também. O que mais tem são carros prestos na estrada. – Ela tinha se arrependido de ter escolhido a cor vermelha. Edward tragou do seu fumo enrolado por Bella enquanto ele dirigia. Ela tinha aprendido apenas de vê-lo fazer.

— Você adora vermelho. Você fica bem de vermelho. – Ela sorriu para o que ele disse, sentindo que um pouco da sua irritação se esvaia. – Gosto dos seus lábios vermelhos. Vestidos vermelhos lhe caem bem, adoro quando usa lingeries vermelhas. Adoro mais tirá-las, rasgá-las, triturá-las e vê-la vermelha pronta para mim.

— Então eu deveria ter dito ao meu pai que preferia um carro vermelho. – Ela se referia ao seu BMW que seu namorado dirigia naquele momento.

— Te cairia muito bem. – Afirmou.

— Você não deveria estar chapado enquanto dirige.

— E você deveria estar tão gostosa ao meu lado enquanto eu dirijo? É você que me tira a atenção.

— Eu posso ir para trás se preferir. – Provocou.

— Nem brinque. – Bella sorriu satisfeita com a resposta dele. – Vamos acabar com esse jogo.

Estava quase escurecendo quando cansados e empoeirados da estrada, eles chegaram ao rancho em que Edward Cullen nasceu e viveu até o momento em que foi admitido na universidade e mudou-se. Bella saiu do carro e se espreguiçou enchendo os pulmões daquele ar puro.

— Acho que somos os primeiros. Isso é bom. – Edward saia também e tirava as malas deles do carro. Bella viu quando uma jovem senhora com cabelos tão ruivos quanto os de seu namorado corria em direção a eles.

— Ah filho, que bom que chegou! – A pequena senhora quase sumiu entre os braços de Edward.

— Oi, mãe. Chegamos cedo.

— Fico muito feliz que tenham vindo antes. Teremos um tempinho.

— Quero apresentar a Srª. Esme Cullen, minha mãe, à minha adorável, inteligente, sexy e linda namorada. Está é Isabella Swan.

— Bella. – Bella estendeu a mão para a mãe do seu namorado, sentindo o olhar dela em todo o seu corpo analisando-a. Só não sabia se estava gostando do que via, ela esperava que sim. Ficou surpresa quando Esme a abraçou, ignorando a sua mão.

— Espero que meu filho a esteja tratando bem, Bella. – Falou sem seguida.

— Na maioria do tempo.

— Ela é sincera. – Esme constatou.

— Nem imagina o quanto. – Bella tascou um beliscão na barriga do namorado antes que ele pudesse se esquivar, mas ao sentir a dor do ataque dela ele não protestou, nem mesmo choramingou. Abraçou-a diante de sua mãe e lhe deu um beijo na boca.

— Comportem-se agora e entrem. Seu pai está lá dentro. – Esme falou afastando-se dos dois. Bella tentou sair do abraço e evitar o beijo, mas ele só permitiu quando se sentiu satisfeito.

— Não faça mais isso. – Bella estava vermelha.

— Beijar você?

— Me beijar na frente da sua mãe sem um aviso prévio. Quem beija a namorada que acabou de apresentar diante da sua mãe?

— O que? – Edward só pôde achar graça da sua namorada. Pegou as malas e entrou sem dar importância a sua timidez.

— Edward... – Bella ainda protestava atrás dele.

Não foi diferente com seu pai, Carlisle Cullen. Ele gostou da escolha do filho, Bella parecia inteligente e era muito simpática. Havia também o ótimo gosto para vinhos que ambos compartilhavam. Edward falou disso com Bella e ela levou de presente para o casal uma garrafa de uma safra maravilhosa.

Não era sempre que Carlisle podia degustar tal preciosidade, mas assim como a sua mãe ele percebeu o que o filho tinha omitido. Bella, pelo presente que lhes foi dado por ela, pelo carro que estava estacionado do lado de fora, pelo seu modo de se vestir, embora naquele dia em especial estivesse com roupas leves e mais confortáveis, com suas poucas e delicadas joias, com seu modo de falar e suas referências, ela era o produto de uma classe que não era a mesma deles, meros donos de um rancho, agricultores.

Depois de terem se lavado, Esme já tinha posto o jantar à mesa e eles se reuniram em volta dela. Bella estava se deliciando com a sopa a sua frente enquanto Edward a admirava e sorria. Adorava o modo como mesmo sendo filha de pais ricos, ela podia ser simples e tão sincera.

— Vai com calma. – Ele brincou.

— Está muito boa, Esme. Deliciosa.

— Que bom que gostou. Pensei que estivesse simples...

— Esme, essa é a melhor sopa que já experimentei em toda a minha vida. – Era verdade e Bella saboreava com sofreguidão.

— São todos ingredientes do nosso rancho. – Esme respondeu orgulhosa.

— Que maravilha! – Bella exclamou. – O que foi? – Ela perguntou ao namorado ao seu lado que ria parecendo divertir-se.

— Ah, nada. – Ele deu de ombros.

— Bella... Seus pais sabem que está aqui? – Carlisle tentou por algumas vezes tocar no assunto, mas apenas daquela vez tinha conseguido. Edward não parou de comer, mesmo sentindo um pouco de incomodo com a pergunta do pai.

— Eu comuniquei que viria para cá com o Edward para o casamento do seu primo. – Bella tentou soar calma também, Edward percebia.

— Então eles já conhecem o Edward?

— Ah... Não pessoalmente. – “Não pessoalmente.” Ele pensou, e seu sorriso alegre transformou-se.

Claro, os pais ricos já sabiam tudo sobre ele antes mesmo dele se apresentar formalmente. O que poderia fazer se o querido filho de amigos da família Swan, Alec Volturi, mantinha os pais da sua namorada a par de sua vida enquanto salientava os seus pontos fracos e pacientemente fazia a sua jogada.

Bella já tinha falado sobre ele com seus pais e já marcara um jantar em sua casa que foi cancelado por qualquer motivo. Edward entendia que eles não estavam interessados em conhecer o namorado pé-rapado da filha. E deveriam crer que era também temporário.

Havia tido uma pequena tensão entre os dois sobre aquele assunto. Edward insistia em dizer que Alec estava por trás da má vontade dos pais de Bella. Isso porque ela já tinha lhe dito que Alec se aproximou de seus pais nos últimos tempos, mas para ela, seu amigo não faria aquilo. A crença cega de Bella em Alec, era o motivo da primeira tensão dos dois.

— Ainda não deu certo o nosso encontro, só isso. Logo me apresentarei aos pais dela.

— Então o namoro está mesmo sério? – Esme quis saber com ar preocupado notando que havia algo errado naquela história.

— Mais sério do que possa ser. – Edward respondeu mostrando aos seus pais de que enfrentaria os pais da Bella corretamente.

— Você está mesmo dormindo? – A voz da Esme lhe fez abrir os olhos. Só assim percebeu que o manteve assim durante a maior parte da viagem. – Chegamos, filho. – Ela lhe informou. Edward empertigou-se e olhou para fora da janela. Realmente era o rancho dos seus pais.

Ele saiu com a sua mochila a tira colo. E junto com seus pais e amigo entrou na casa escura. Assim que o seu pai ligou o interruptor, Edward pôde ver muitos rostos conhecidos ali. Eles gritaram juntos boas vindas. Havia cartazes e balões, num segundo estava sendo abraçado e beijado por aquelas pessoas que ficavam ainda mais comovidas ao ver as marcas em seu corpo. Ele teve que afirmar várias vezes que não tinha sido nada demais. No final, estavam eles, Jasper e Laurent, seus amigos mais próximos e companheiros de sonhos.

— Filhos da mãe! – Edward exclamou ao abraçá-los.

— Você que é o maior filho da mãe, cretino desgraçado! Como pôde ficar tanto tempo fora? – Laurent batia no rosto de Edward.

— Isso dói, cara. – Edward apontou para o seu rosto machucado.

— Edward, a Bella... – Emmet falou mais baixo apenas para eles ouvirem.

— Não contou a ela, não é mesmo? Não diga que ela sabe dessa festa e esta vindo para cá. – Seu coração já estava bombeando fortemente, seu cérebro não raciocinava corretamente com a iminência de ficar frente a frente a ela. Ele não queria, não tinha estruturas, sentia-se indigno. Bella era agora totalmente fora de alcance e sabia que teria que machucá-la novamente se por acaso ela tivesse estomago de ir até ele.

— Calma. – Emmet pediu diante de sua agitação. – Ela sabe, a Rosie contou para ela, mas mesmo se não o fizesse eu faria. – Edward travou o maxilar, incapaz de responder aquilo.

— Acha que ela vem? – Jasper perguntou para eles.

— Ela não virá. – Edward respondeu o contrário do que queria seu coração.

— A Rosie optou por não vir e ficar com ela.

— Porque? Como ela está? – Sua decisão de parar de querer saber sobre ela se desfez em pó.

— O que você acha, Edward? Seu ex- noivo que terminou com você na prisão enquanto estava doente está livre novamente. – Emmet respirou fundo ganhando fôlego. – Quando aconteceu eu pensei que ela endureceria, mas depois ela tentou, todos fomos testemunhas de que ela tentou. Então quando lhe disse que você enfim sairia, ela voltou a mudar, é uma pequena variação em seu comportamento, só quem a conhece percebe... Rosie está apreensiva. Eu iria querer te encontrar e acabar com o resto do seu rosto já que agora tenho a oportunidade.

— Se for para acabar com o meu rosto ou o que quer que ela queira, então ela venha. Ela tem esse direito. – Ele sorriu amargurado. - Não há bebidas alcoólicas aqui, não é? – Edward olhou em volta.

— Claro que não. – Jasper respondeu. – Tio Carlisle se encarregou pessoalmente disso.

— Vou lá fora tomar um ar. – Edward avisou e se desviou de todas as pessoas que voltavam a falar com ele.

Edward caminhou até próximo ao lago, passando pela horta e estufa de seus pais. Deixava o calor das pessoas para trás, queria estar sozinho agora que as lembranças e a falta dela eram fortes demais para ele lidar. Ele mesmo queria ir ao encontro dela quando disse lá dentro que ela não viria. Queria estar em seu braços, chorar todas as lágrimas que estavam em sua garganta, mas apenas sentou-se diante do lago ouvindo o barulho do vento e dos pequenos animais. Quando percebeu tinha voltado no tempo.

Bella no dia seguinte a chegada no rancho conheceu todos os parentes que vieram para o casamento e já estava entrosada. Ajudava como podia na preparação da festa e cerimônia que seriam ali. Jasper, seu primo tinha pedido para seus pais o espaço para aquela comemoração e seus pais adoraram a ideia.

Era incrível como sempre que a via ela estava com alguma bebida nas mãos, mas não parecia estar tão bêbada como outros ali. A noite, Bella brilhou mais que a lua para ele quando se vestiu para a cerimônia. Todos já tinham notado a diferença que existia entre eles e nem precisava, já que uma BMW estava ali estacionada, mas quando ela se vestiu, todos entenderam.

Ela estava com um vestido rodado amarelo com flores delicadas estampadas. E usava os cabelos soltos em cascatas nas costas. Bella ousou no colar de perolas e parecia uma borboleta com aquele conjunto prestes a voar a qualquer momento. Alice, a noiva, não pareceu se ofender com a beleza de sua namorada. Pelo contrário, estavam sempre conversando e dançando juntas. Ela adorava beber e dançar, ele tinha que admitir que ela fazia ambos muito bem.

— Edward. Tudo bem? – Emmet sentou ao seu lado.

— Tudo o que eu tenho são essas lembranças.

— Não precisa ser apenas isso. Bella entenderia se você explicasse. – Edward deitou-se pondo as mãos atrás da nuca. Olhava o céu vasto e tranquilo lá em cima.

— De qualquer modo eu fui um canalha.

— Edward...

— Nós fizemos amor aqui no casamento do Jasper. Ela estava linda como sempre... – Emmet retirou a caixa que estava guardando em seu bolso e estendeu a mão para o amigo pegar.

— Acho que devo te devolver. – Edward pegou a caixa tremulo. - Ainda pode fazer a coisa certa entre vocês dois. Bella pode perdoar você, na verdade talvez já tenha. Você a conhece muito bem.

Edward abriu a caixa, viu o anel que daria a ela de noivado e fechou bruscamente sentindo seu coração espatifar.

***

Todos estavam parados diante da entrada do rancho na manhã seguinte. Os amigos tinham voltado para casa, menos seus três mais próximos amigos e Alice que também havia ido recepcioná-lo na noite passada. Emmet, Laurent e Jasper estavam apoiando o peso de seus corpos no Honda enquanto Edward a frente deles estava sentado no capo da velha caminhonete do seu pai.

— Esqueçam isso. Eu apoio que continuem, mas eu não posso permanecer na equipe. Estive fora por um ano, estou fora da jogada.

— Edward, a ideia e o projeto inicial é seu. – Emmet protestou.

— E eu agradeço que tenham depositado a parte que achavam que me cabia na conta dos meus pais, mas agora já chega.

— Aprendeu a ser mais cabeça dura na prisão? – Jasper perguntou – Essa pancada deveria ter quebrado a sua cabeça ao meio e só fez esse estrago mesmo porque ela é mais dura que uma rocha.

— Vejo que está compartilhando do humor do Emmet. – Edward analisou.

— Vá até a universidade, pegue o seu diploma. Abra o seu email e veja tudo o que lhe enviamos. Conseguimos vender aquele jogo, ok, mas agora queremos a nossa própria empresa.

— Precisamos de você na equipe. – Laurent enfatizou.

— Mas do que isso, você nos liderará. É o mais capaz. Nos fez seguir com o jogo mesmo na prisão. – Emmet completou.

— Eu só atuei como consultor.

— Eu não acredito no que estou vendo. Eu pensei que fosse apenas a apatia, reflexo do que você estava passando, mas isso já é demais. Pretende ficar enfurnado aqui com seus pais? Esquecerá do seu sonho? Você lutou para entrar na universidade e aprender mais. Queria dar uma vida melhor aos seus pais e a... – Emmet parou antes de dizer o nome “Bella”. – Boicotaram seus sonhos, a sua noiva, o seu primeiro jogo, a sua honra. Você está fichado. Será difícil arranjar algo que valhe a pena. – Emmet afastou-se do seu carro e ficou cara a cara com o Edward. – Nós o queremos, somos seus amigos, sabemos da sua capacidade.

— Não. – Edward respondeu e Emmet irritado cerrou os olhos afastando-se dele novamente. Apontou o dedo em riste para ele.

— Você perdeu os colhões! Covarde desgraçado de uma figa! – Jasper tocou no ombro dele que tentou relaxar. – Você já deixou a Bella, agora vai deixar o seu dom de lado também? Quando vai acordar e voltar a si? Quando vai tomar o que é seu de volta? Bella está te esperando, sua vida profissional está esperando e a sua honra está esperando. A questão é, até quando.

— O que eu sei é que Alec ainda está rondando a Bella. – Laurent disse.

— Ela não o quer, mas aquele desgraçado é realmente determinado. – Emmet estava diante dele novamente. – Até quando ela pode lutar contra o pai e Alec? E ele merece um susto. O que seria pior para ele se te visse em uma posição superior do que te deixou antes?

— Vamos montar a nossa empresa. Ser referencia. Jogos é o que sabemos. – Jasper estava animado.

— Volte por cima, mostre isso a Alec, aos pais da Bella, a você mesmo. E a pegue de volta.

— Pagá-la de volta? – Ele sacudiu a cabeça incrédulo. Ela não voltaria, Bella não poderia.

— Não finja que não quer isso. Não finja que não está arrasado. Pare de tentar se convencer de que não a quer de volta, que merece isso. Você nunca precisou de vitimismo e auto flagelo.

— É isso que estou fazendo? – Edward perguntou ao amigo, considerando profundamente as suas palavras.

— É, você sabe.

Eles ficaram calados por alguns segundos. Edward tinha adquirido o costume de olhar para o céu em busca de certa liberdade e conhecimento. Ele sempre olhava para cima quando buscava uma resposta, era como projetar-se.

— Eu aceito o desafio do trabalho com vocês. Será uma honra. Voltarei por cima.

— Isso! – Emmet vibrou apertando os punhos e abraçando o amigo.


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