No Time For Love escrita por Unhas Roxas


Capítulo 14
Meu mais novo pesadelo


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, culpem as ultimas e mais dificeis provas do ano!!!
Bjux, boa leitura.



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     Quando Percy me chamou para o meu turno de vigia o dia já estava por amanhecer. Anna e eu tínhamos dormido abraçados, e Percy (como sempre) ficou me zoando por isso.

     -A culpa não é minha se você não dorme abraçado à sua namorada, Percy. Vai encher o saco de outro.

     Ele foi embora resmungando alguma coisa sobre já ter dormido com Annabeth, mas eu não estava interessado em ouvir as aventuras de Percy. Sentei-me no mesmo galho em que Annabeth e Percy haviam estado antes em seus turnos.

     Algo me dizia que não veríamos o Sol hoje, nuvens negras se formavam sobre nossas cabeças e ao longe podia se ver chuva. Os ventos estavam cada vez mais fortes e nossa fogueira há muito já havia sido apagada.

     Olhei para baixo e vi os outros quatro dormindo tranqüilos, infelizmente com certeza a tranqüilidade acabaria assim que acordassem. O quanto antes achássemos Thalia melhor para todos nós.

     Mas eu não me preocupava com achar Thalia a tempo, o inverno ainda estava bem longe, o que me deixava nervoso era a luta contra ela. Thalia é bem forte, ainda mais agora imortal como caçadora de Artemis, perder para ela não seria problema, o problema é que tão certo quanto um mais um é dois, Thalia perceberia que não estaríamos reagindo de forma séria. E isso sim, seria sério.

     Outra coisa que me fazia parar para pensar era sobre Robert, por que será que o Moros* havia feito com que ele viesse conosco nessa missão? Sem querer ofender muito, o moleque tinha cara de retardado! Ok, parei, talvez ele até fosse legal, mas que era baixinho e tagarela ninguém poderia negar. O que nos levava a outro ponto, ele não se parecia com nenhum deus e, aparentemente, não tinha nenhuma habilidade especial impressionante como a maioria dos outro semi-deuses.

     Acho que se a mãe dele não houvesse dito aquelas coisas sobre o pai dele, talvez até pudéssemos considerar que ele é apenas um humano que consegue ver atravéz da nevoa, como Rachel.

     Passei algum tempo pensando sobre essas coisas.

     Minha barriga roncou. Eu estava com fome, o que significava que eram quase nove e trinta da manhã. Olhei no meu relógio e vi que eram 9:27 am. Hora de acordar os outros.

     Saltei da arvore em que estava e cai próximo à Anna. Dei-lhe um beijo, ela abriu os olhos devagar e sorriu para mim. Passei para perto de Annabeth e a cutuquei, ela acordou na hora, depois que viu que era apenas eu murmurou um bom dia desanimado. A vez dos garotos, uma vez com as meninas acordadas eu poderia acordá-los como preferisse.

     -Percy, acorda é a Annabeth ela esta ferida, rápido! –Gritei próximo ao seu ouvido.

     Meu primo acordou de um pulo e parecia que ele nem estava dormindo, destampou Contracorrente e começou a procurar o monstro que havia “ferido” Annabeth. Eu comecei a rir muito da cara dele, Anna me acompanhou, Annabeth apenas sorriu e disse a ele:

     -É bom saber que meu namorado se preocupa comigo.

     Robert tinha acordado e ficado de fora da piada. Percy ficou muito bravo e começou a me xingar em grego antigo. E se não corro pra trás de Annabeth, sou atingido pelo tênis que meu amado primo atirou em mim.

      -Vamos parar com essa palhaçada e continuar andando antes que percamos outro dia aqui nesse nada. –Falou ele.

     Arrumamos nossas coisas bem rápido e começamos a andar na direção da cidade. Minha barriga roncou de novo. Abri minha mochila e peguei uma barra de chocolate branco e preto misturados, era o meu tipo preferido. É claro que todo mundo pediu um pedaço.

     -Vai Niquinho, só mais um pedacinho, por favor. –Anna pediu fazendo biquinho, eu não pude resistir. Dei para ela mais dois pedaços.

     -Muito obrigada fofuxo.

     -E nós fofuxo? Nem mais um pedacinho, Niquinho? –Disse Percy imitando a voz da Anna.

     -Não cara de peixe, só pra Anninha.

     -Olhe, a cidade! –Disse Robert apontando para alguns prédios a frente que estavam longe.

     -Vamos aproveitar que não está Sol e vamos pelas sombras. –Os outros começaram a me olhar com cara de que não queriam viajar pelas sombras. –Vamos, sem frescuras.

     Peguei na mão de Anna e segurei braço de Percy, e em dois minutos estávamos a uns trinta passos da cidade. Os dois começaram a reclamar, acho que eles deveriam estar agradecidos, eu que fiz o esforço todo de levá-los ainda reclamam.

     Eu cheguei cansado onde estavam Annabeth e Robert. Segurei seus braços e voltei para onde Anna e Percy estavam. Errei meus cálculos e acabamos aparecendo no mesmo lugar onde os dois estavam, e ainda reclamando.

     Minhas pernas fraquejaram e eu cai de cara no chão.

     P.O.V. Anna

    

     Nico chegou com Annabeth e Robert esbarrando na gente. Ele chegou com aparência muito cansada, tropeçou pra frente e caiu no chão. Primeiro achei que ele só tivesse tropeçado, mas depois que ele não levantou logo fiquei preocupada.

     -O que aconteceu com ele? –Perguntei me ajoelhando ao seu lado.

     -Ele esgota seus poderes com mais facilidade do que nós, deve ter ficado estourado. –Disse Percy. –De um pouco de ambrosia pra ele.

     Remexi sua bolsa e achei a ambrósia, coloquei um pouco em sua boca. Ele engoliu e abriu devagar os olhos, sorriu pra mim.

     -Sente-se melhor?

     -Estou dolorido e cansado. –Disse ele se sentando.

     -Que pena, vamos ter que continuar assim mesmo. Eu te ajudo. –Me levantei e estendi minha mão para ajudá-lo.

     Quando nos levantamos os outros fizeram o mesmo e começamos a andar em direção à cidade. Levamos poucos minutos para chegarmos ao centro da cidade de Toledo, Ohio.

     -Andamos tanto para chegarmos só aqui! Que raiva!

     -Relaxa Percy, ainda falta muito tempo para o prazo do Olimpo.

     -Sei disso Anna, mas se não chegarmos antes, no mínio, todo o Estados Unidos serão destruídos.

     -Que prazo do Olimpo? –Perguntou Robert

     Era tanta confusão que tínhamos esquecido que Robert nem sabia da profecia. Ninguém quis explicar para ele, Annabeth fez um brevíssimo resumo da profecia e do que estávamos fazendo ali.

     -E essa tal Thalia, como ela é? –Senti uma nota de interesse na voz de Robert. Eu ri.

     -Sinto muito, Robert. Thalia é uma caçadora de Artemis, não pode se comprometer. –Disse Annabeth que também percebeu o interesse de Robert.

     -Quem disse que eu queria “comprometer-me” com ela?

     -Tudo bem Robert. Não vamos contar nada a ela. –Falou Percy.

     -Ei, daqui como nós vamos para Chicago? –Perguntou Nico que, eu acho, nem tinha escutado nada do que nós falamos. Ele estava com cara de acabado mesmo. Tadinhu!

     -Acho melhor irmos de ônibus. Você esta com cara de que não dorme a séculos. –Disse Robert.

     -Não dorme há séculos? –uma voz sinistra disse atrás de nós. Já perceberam que todas as vozes estranhas vêm sempre de trás da gente, acho que isso acontece por que... Ah, sei lá, mas é esquisito.

     Viramos-nos. Era um cara estranho com olheiras profundas e com um sorriso entre aberto do mal.

P.O.V. Nico

     Eu sabia quem ele era, não lembrava o nome, mas sabia quem era, e aquele sorriso do mal me dava o poder de afirmar que já o havia visto no reino de meu pai com certeza. E se ele já foi por lá, das duas uma, ou é um deus triste e sem graça (o que eu esperava que este fosse) ou um deus raivoso e rancoroso.

     -Não, mas parece que você não dorme há séculos. –Eu disse.

     -É, ando tendo alguns pesadelos.

     -É isso, você é Ícelos, não é? –Annabeth falou e tudo fez sentido.

     Era realmente Ícelos, deus dos pesadelos; se alguém quisesse que outro alguém tivesse um pesadelo era só falar com ele. Ele, assim como alguns deuses mais... digamos estranhos, se refugiou no Hades. Ícelos adorava irritar os sonho de meios-sangues.

     -Alguns também me chamam de Fobetor. –Ele olhou intensamente com raiva para nós.

     -O que quer conosco?

     -Eu nada, mas como sou o encarregado pelos pesadelos...

P.O.V. Robert

     Tudo ao meu redor ficou preto, eu não consegui enxergar nada. Fiquei assustado e peguei minhas facas, que estavam facilmente atadas ao meu cinto. Senti que não estava mais de pé, era como se eu estivesse flutuando em um breu sem fim.

     Sabe quando você tem certeza absoluta de que vão fazer alguma coisa com você, mas você não sabe quando e como? Então pegue esse sentimento e substitua “fazer alguma coisa com você” por “te fazer morrer de medo” e literalmente morrer, já que se trata de um deus grego; e vai saber como me sinto.

     Ouvi passos vindos da minha esquerda. Virei-me inutilmente para o som com intuito de tentar ver alguma coisa se mexendo. Passos vinda da direita. Novamente me virei. Nada.

     A angustia me deixava louco. Eu queria e não queria saber quem era. Ouvi uma risada metálica chegando próxima a mim, comecei a tentar acertá-la com uma das minhas facas.

     -Seu pai está depositando todas as fichas dele em você, não estrague tudo. –Não era a voz de minha mãe, mas havia sido ela que havia me dito isso no dia que sai de casa com Annabeth, Anna, Percy e Nico.

Continua...

*deus grego do destino, também conhecido como Destino.

**Ícelos, na verdade não há nada que indique que ele more no Submundo, diz-se até que mora com os outros Oniros –personificações dos sonhos- em praias escuras do oriente, mas preferi fazer algumas modificações.


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Notas finais do capítulo

Viva!!! Viva!!! Viva!!!
Genteeeee, conseguimos 101 comentarios! Um a mais do que eu tinha esperado!!! Muitissississimo brigadissimo, a todos que comentaram no ultimo cap, e até mesmo quem não comentou mas desejou que eu conseguisse os 100 reviews!!!
Bjux a todos até a próxima!



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