No Time For Love escrita por Unhas Roxas


Capítulo 11
Pegamos uma carona




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     Nossa viagem foi estranhamente calma, sem nenhum monstro querendo nos atacar, sem nenhum mau pressentimento. Estranho, muito estranho.

     Chegamos à Bloomsburg, a tal cidadezinha da Pensilvânia, ao anoitecer. Queríamos apenas passar a noite naquele lugar e seguir para o mais longe possível dali assim que tomássemos o café, se é que conseguiríamos.

     Ficamos mais que espremidos em um quarto de hotel com uma cama de casal pequena e um sofá cama apertado. E adivinhem. Que dormiu no sofá apertado? É isso ai, eu e Percy, por conta do nosso ilustre cavalheirismo.

     Tive o mesmo sonho ruim de sempre; Percy também estava tendo um sonho ruim, ele não parava de se remexer. Esses dois fatos juntos me fizeram não dormir mais.

     Sentei na mini varanda e fique vendo o Sol nascer, “será que Apolo tem raiva de mim? Que pergunta, é claro que tem, estou com a filhinha dele, que talvez até seja sua favorita, e ainda pra piorar minha situação, sou filho de Hades.”

     Minha situação não era das melhores, mas sabia que com Anna iria ficar tudo bem. A menos que o sonho se concretizasse... Mas não vinha ao caso, não poderia vir...

     Assim que todos acordaram, nos arrumamos depressa e tomamos café no hotel. Não fomos atacados por nenhum monstro, talvez aquilo fosse um bom sinal. Mas assim que pusemos os pés fora do hotel vimos o quão terrível estava o clima.

     E quando um filho de Hades diz que o clima nublado está terrível, acredite, está realmente terrível. Nuvens negras se acumulavam próximo ao hotel em que estávamos.

     -Não tem raios, talvez seja o seu pai. –Disse Annabeth à Percy.

     Um raio caiu na nossa frente.

     -Falou cedo de mais. –Eu disse.

     Começamos a andar o mais rápido possível tomando cuidado para não sermos atingidos pelos raios, precisávamos voltar para a rodoviária se quiséssemos sair da cidadezinha. Entramos em um beco escuro, que teoricamente daria em frente à rodoviária. Anna automaticamente pegou minha mão. 

     -Ahnnn, eu não gosto dessa escuridão. –Disse Anna.

     -Nem eu, gatinha. –Era uma voz de homem vindo de trás de nós. Virei-me no mesmo instante.

     Sabíamos quem era; Anna não. Ela ficou assustada por um completo estranho a chamar de “gatinha” em uma viela escura.

     -Quem é você?

     Um cara que parecia ter 18 anos, cabelos cor de areia, um sorriso extremamente branco, usava um Ray-Ban, sendo que o dia estava completamente escuro.

     -Minha própria filha não me reconhece? –Perguntou Apolo com uma cara triste.

     -Você é Apolo?

     -Quem mais poderia ser seu pai, Anna?

     Anna ficou olhando para Apolo sem nenhuma expressão. De repente ela sorriu exatamente igual ao deus, correu e o abraçou, como se ele fosse qualquer coisa menos um deus. E a coisa mais inacreditável aconteceu, ele retribuiu o abraço.

     Percy só abraçou o pai dele umas duas vezes apesar de tê-lo encontrado várias vezes, Annabeth passou a infância num acampamento sabendo quem era sua mãe, mas sem nunca ter falado com ela, meu próprio pai só sentiu orgulhoso por mim uma vez. Agora chegava Anna e com três silabas já recebia amor e carinho do pai, inveja rolando solta aqui!

     -Faz 16 anos que quero te conhecer, mas valeu a pena esperar! Não sabia que meu pai parecia ter apenas uns três anos a mais que eu. -Os dois riram. Apolo olhou para nós.

     -Eai Percy, Annabeth. –Ele estava sorrindo, até chegar à mim. –Filho de Hades, e à respeito dos seus pensamentos pela manhã, você esta certo.

     -Ótimo. –Respondi grosso. Anna olhou para mim querendo saber do que estávamos falando.

     -Só queria saber se vocês precisam de uma carona.

     -É claro que precisamos senhor Apolo. –Disse Annabeth.

     -Não precisa me chamar de senhor, não sou velho.

     -É claro que não, só tem um pouco mais de três mil anos. –Percy falou debochando. Eu ri.

     -Ouvi isso Jackson! E só por isso não vai dirigir meu carro!

     Percy bufou indignado, sempre quisera dirigir o carro de Apolo, era o carro dos seus sonhos, um Maserati Spyder. No momento o carro estava “apagado”, se não estivesse brilharia como o Sol. E o carro também estava transformado em um carro simples e espaçoso.

     -Anninha, quer dirigir? –Perguntou Apolo.

     -Ainda não tenho carteira.

     -Sou seu pai, pense que eu estou te ensinando a dirigir. –Apolo sorriu para a menina. O lindo rosto de Anna se iluminou.

     -Então eu quero!

     Entramos no carro, Apolo e Anna na frente, eu, Percy e Annabeth atrás. Anna e o pai ficaram conversando sobre alguma coisa que eu não fiz questão de saber, Percy e Annabeth estavam se agarrando do meu lado, e a mim restou passar a viajem olhando pela janela.

     Apesar de a loira ser uma excelente motorista, a viajem foi bem turbulenta. Tivemos que a cada cinco minutos desviar de um raio que surgia.

     -Pessoal, vamos descer, só posso trazer vocês até aqui. –Disse Apolo.

     Anna inclinou o carro para baixo e desceu numa velocidade incrível, parecia que estávamos em uma montanha-russa, Percy e Annabeth pararam de se pegar e os dois começaram a gritar que nem desesperados para Anna parar.

     Pousamos em uma ruazinha vazia Apolo estava rindo, assim como Anna, o resto de nós estava muito agradecido por voltar à terra firme.

     -Perfeito exemplo de direção de semideusa filhota.

     -Obrigada.

     -Perfeito?! Você queria nos matar Anna? –Gritou Annabeth.

     -Relaxa gente, vocês dois estavam tão ocupados que nem perceberam que o céu está azul de novo.

     -Onde estamos?

     -North Ridgeville, Ohio.

     -Como assim? Pelo tempo da viajem achei que já estaríamos em Chicago uma hora dessas.

     -Percy, só se passaram 35 minutos desde que saímos de Bloomsburg. Parece que a coisa estava muito boa pra vocês perceberem.

     Os dois ficaram muito vermelhos. Todos riram.

     -Bom crianças, tenho mais trabalho a fazer, boa sorte com a profecia! Quando encontrarem Thalia, mandem um oi por mim.

     Apolo entrou no carro e automaticamente ele se transformou em um Maserati, ele começou a dirigir e de repente não vimos mais nem o carro muito menos o deus.

     -Gostei do meu pai. –Disse Anna começando a andar em direção a rua principal.

     -Ele definitivamente não gostou de mim.

     -Por que será, não é mesmo Nico? –Percy disse sarcástico.

     -Ah cala boca peixinho fora d’água, Atena ainda não gosta de você completamente.

     Continuamos andando, entramos em um parque para podermos nos localizar. Enquanto estávamos olhando um mapa do bairro, ouvimos um barulho muito estranho vindo de trás de nós.

 


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Notas finais do capítulo

Ei gente!
Espero que estejam gostando, próximo capitulo +ação, ok?
Bjuxxx



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