Redemption escrita por Marimachan, Ginko13, Fujisaki D Nina


Capítulo 18
Especial I


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi, oi, oi! Tudo bom, meu povo? Aqui vai o primeiro capítulo especial de Redemption! Yeeeeyyy ~estoura confetis~
Esses capítulos são capítulos especiais, que não necessariamente seguem o tempo corrente da fic, mas são situações e ceninhas que nós escrevemos nos últimos 4 anos e continuaremos escrevendo, envolvendo esse mundo que criamos. Esperamos que gostem!!
Boa leitura! ;)
~Marima



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Especial - A vingança de uma esposa é como uma striper, então é melhor andar vendado

 

O barulho da música alta só alcançou seus ouvidos quando a porta se abriu para admití-los. Assim que adentrou o local, uma explosão de estímulos visuais ofuscaram por um momento seus olhos.

O salão era amplo, tendo o balcão do bar logo a sua esquerda e todo o resto ocupado por mesas redondas e quadradas, cercadas de sofás confortáveis e em tons de vinho. Ao fundo, o palco baixo, mas consideravelmente largo se encontrava. Em cada mesa havia um bastão de prata erguido, aonde em muitos deles garotas já divertiam os marmanjos, assim como no palco também havia três daqueles bastões, nos quais três stripers dançavam, veneradas pelos espectadores. O lugar estava lotado e lá estava ele, no melhor clube de strip-tease da cidade.

O que Sakata Gintoki estava fazendo lá?

Trabalhando. Oh, sim, trabalhando.

No fim daquela tarde, Kamaki Yohiro, líder do clã Kamaki, o procurou na sede, pedindo por segurança pessoal. Aparentemente, dois, irmãos, dos seus quatro seguranças pessoais estavam com a mãe internada, sendo que esses mesmos homens eram os que Yohiro mais confiava. Sendo assim, o senhor preferiu procurar por Gintoki, pedindo que ele e Kornors acompanhassem-no por aquela noite, quando ele teria uma reunião de negócios com dois empresários estrangeiros, que queriam contratar os serviços do clã. E ele deixou claro que não aceitaria outros senão os dois para protegê-lo. Considerando que o clã Kamaki era muito chegado ao Sakata, o prateado não pôde negar, e Kornors teve de acompanhá-los também.

O problema todo era que os tais empresários curiosamente marcaram essa reunião justamente no local no qual eles se encontravam agora. O problema maior ainda era que naquele dia em especial, ele e Mayah iriam jantar fora, após semanas tentando conciliar as obrigações de ambos para conseguirem marcar aquela noite. Ah, sim, como ela mesmo fizera questão de lembrá-lo quando a contou: “Então quer dizer que você, ao invés de ir jantar comigo, irá para um clube de strip-tease essa noite”. Gintoki sentia um arrepio na espinha cada vez que pressentia o que lhe aguardava nos próximos dias, com sua esposa com certeza querendo se vingar. E sentia por Kornors, porque sabia que a esposa dele também não deixaria aquilo por baixo. Talvez as duas, como boas amigas que eram, se unissem para uma vingança ainda mais requintada.

Ainda assim, pensando sobre o quanto estava ferrado, Gintoki acompanhou Yohiro até a mesa que esse escolheu, com Kornors ao seu lado. Os outros dois seguranças ficaram um em cada porta do estabelecimento.

Passaram-se alguns minutos nos quais Kornors e ele se colocavam sérios e firmes, de pé, um de cada lado do líder. Mas só naquele meio-tempo, quase todas as garotas livres já haviam vindo oferecer-lhes uma apresentação privada. Àquele ponto, o humor de Gintoki, que já não estava lá grandes coisas antes, alcançara o patamar de que a próxima garota que o abordasse, ele mandaria à puta que pariu.

Francamente! Já era difícil não cair na tentação de concentrar-se em algumas daquelas stripers ― seminuas e algumas fantasiadas primorosamente ―, que dançavam sem pudor algum por todo lado; ainda lhe vinham colocar à prova a cada um minuto com uma garota diferente, repleta de segundas, terceiras e quartas intenções?

― Ora, Comandante, aproveite! ― a voz animada de Kamaki ecoou. ― Vocês dois, aliás! Tivemos que vir até aqui de qualquer forma, então já que aqui estamos, vamos aproveitar os serviços! ― Riu com vontade, já virando o copo que a garçonete lhe entregou. ― Vocês só estariam apreciando a vista, se é que me entendem. Isso não pode ser uma infidelidade tão grave, pode? ― Divertiu-se, ainda rindo.

― Obrigado, Kamaki-san, mas prezamos pelas nossas vidas ― Kornors fora quem respondera, sombriamente.

O líder apenas riu com mais vontade, mas logo percebera os homens com quem iria se encontrar chegando. Após as apresentações e alguns comentários triviais sobre o lugar ― o qual os estrangeiros pareciam apreciar muito ―, eles não demoraram a tratar dos negócios em questão. Fora quase uma hora conversando sobre tudo o que tinham que conversar, hora a qual Gintoki teve que experimentar diferentes maneiras a cada 5 minutos de se concentrar em outra coisa que não fosse as jovens tentando lançar todos os tipos de insinuações possíveis pra cima dele e de seu vice-comandante. Tinha a leve impressão de que elas insistiam muito mais em abordá-los do que aos outros homens; sem dúvidas bem atentas a quem eram e suas patentes ― o que só o irritava mais.

Depois de toda a conversa sobre negócios, os dois empresários e Kamaki pareciam muito interessados em apreciar melhor os serviços do estabelecimento. Já fazia quase mais uma hora que os três apenas bebiam e aproveitavam as jovens dançarinas. Naquele meio tempo, depois de meia-hora com os três insistindo que os dois se juntassem a eles, ambos desistiram de negar e acabaram sentando-se. Talvez fosse uma boa ideia, considerando que poderiam concentrar-se em beber e conversar qualquer merda, fugindo assim da tentação de também apreciarem a movimentação local.

Assim passaram-se os minutos, até que a proprietária do clube subiu ao palco e anunciou algo que surpreendeu até mesmo seus frequentadores mais assíduos.

― Agora, uma surpresa que acredito alegrar vocês. ― A senhora sorriu maliciosa. ― Ladys e gentleman, ela não é uma de nossas garotas, mas tenho certeza que irão apreciar sua apresentação. Divirtam-se!

A proprietária desceu e então as luzes se apagaram. Um segundo depois, a luz violeta incidiu sobre a mulher no centro do palco, de costas para a plateia. Por alguns segundos a morena, de longos cabelos cacheados, apenas rebolava ainda de costas, encostada ao bastão prateado. Assim que virou-se de frente, entretanto, puderam perceber que estava mascarada e por isso mesmo ninguém conseguia ver seu rosto. Ainda assim, a vestimenta da mulher, num prateado azulado ― bem como sua máscara ― já chamava a atenção por si só. Não mostrava tanto quanto as das outras dançarinas, mas de longe era a mais sensual por conta do mistério intrínseco.

Gintoki não havia concentrado seu olhar no fundo do salão até Kornors lhe chamar a atenção.

― Comandante... ― chamou, meio risonho. ― Aquela não é... ― não concluiu a frase, porém, porque nada podia descrever o quão pasmo estava.

― Só pode estar brincando comigo... ― Sorriu num misto de nervoso e incredulidade.

― Céus! ― Um dos empresários exclamara, em meio a todos os assovios e gritos que invadiram o lugar assim que a música começou sua letra e a morena suas coreografias complexas e absolutamente sedutoras. ― Quem é essa mulher?! ― continuou, animado, batendo palmas junto dos outros presentes no clube.

No decorrer da música, os passos eram executados primorosamente, e de uma forma tão misteriosamente sensual, que era difícil até para as outras dançarinas não fixarem seus olhares na novata, que de novata no ramo não parecia ter nada. Na altura da metade da música, a dançarina não limitou seu espaço ao palco, mas passou a caminhar sobre as mesas, utilizando os bastões dessas em um passo ou outro, levando os homens à devorarem-na com fulgor, desejando ter aquela coreografia só para si, num sentimento de puro egoísmo.

O sentimento de egoísmo que aflorava em Gintoki, no entanto, era mesclado ao fato de querer cortar a garganta de cada um daqueles desgraçados. Sua mão apertava tanto o copo que envolvia sobre a mesa, que se admirava como o vidro não havia se partido. E mesmo querendo levantar daquele maldito sofá, arrancar aquela maldita mulher da mesa daquele bando de marmanjos malditos, e sair daquele maldito clube, não conseguia mover mais que os orbes dos olhos, que seguiam cada movimento libidinoso da morena. Esse era um dos motivos por estar xingando mentalmente tanto aquela mulher como nunca a xingara na vida. Por mais que estivesse puto ― extremamente puto ― por ter todos aqueles desgraçados devorando-a com os olhos, estava ainda mais puto consigo mesmo por não conseguir desprender os olhos por mais que uns milésimos de seu corpo. Era sempre assim.

Quase no final da música tocada, ela finalmente chegara à mesa aonde estava. Sorrindo maliciosamente ― e aparentemente muito satisfeita ―, a morena dançou por algum tempo utilizando o bastão, levando os empresários e Yohiro à euforia, enquanto Kornors ria consigo mesmo da situação de seu comandante. Assim que esgotou seus passos complexos, contudo, a mulher ajoelhou-se sobre a mesa, de frente para seu alvo, e o prateado praguejou-se mais de uma vez enquanto sentia seu corpo reagir a cada gesto da dançarina. Por um momento ele chegou até mesmo a esquecer que estavam em um clube de striper, aonde mais de 100 desgraçados observavam tudo, e se não fosse por seu auto-controle muito grande, já teria a puxado para seu colo sem cerimônia.

Isso, no entanto, não foi necessário, pois logo ela desceu do móvel e colocou-se primeiro à frente do comandante, e em segundo sobre seu colo. Gintoki não sabia se xingava ela, por estar utilizando-se de tal golpe baixo, ou se xingava o público presente, que não parava de gritar e assobiar, fazendo-o não se concentrar plenamente nas curvas femininas sobre si.

A canção estava prestes a acabar quando, por final, somente para piorar sua situação, a morena encostou seus lábios aos dele; o que levou a um rugido universal dos espectadoras. Era uma mistura de exclamações, risadas e xingamentos; todos provavelmente amaldiçoando o samurai por quererem estar em seu lugar.

― Agora sim quero ver como você irá explicar isso para sua esposa, Comandante! ― Gargalhou Kamaki, batendo palmas junto de todos os outros ao fim da música.

― Não acho que vou precisar explicar alguma coisa, Kamaki-san ― ironizou, num mesclado de nervosismo e sarcasmo, e então retirou a máscara que cobria o rosto da dançarina. ― Não é, querida?

A surpresa na cara de cada um dos presentes era absurdamente cômica e foi por isso que Kornors não conseguiu mais conter sua risada, acompanhada pelo riso sapeca de Mayah.

― Acho que não será necessário ― ela finalmente respondeu, sorrindo.

― Isso não vai te sair barato ― avisou ainda com ironia. ― Não vai sair nada barato.

Mayah riu com gosto, pegando sua máscara das mãos do marido e pondo-se de pé.

― Estarei esperando ansiosamente pela cobrança, Comandante ― sussurrou próximo ao rosto dele, logo depois abandonando um selinho e caminhando quase saltitante de satisfação por entre as mesas em direção aos camarins.

― Comandante, devo dizer que o senhor tem uma mulher atrevida. ― Voltou a rir Yohiro.

― Atrevida até demais pro meu gosto ― reclamou rabugento.

Logo, porém, em um gesto veloz, lançou sua espada contra os marmanjos de uma das mesas, ameaçadoramente, e avisou em alto e bom som:

― Continuem devorando-a com os olhos e vocês não saem daqui vivos, seus desgraçados!


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